Revista Lusófona de Ciência das Religiões Ano VII, nº 13/14 (2008)
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Percorrer Revista Lusófona de Ciência das Religiões Ano VII, nº 13/14 (2008) por assunto "CATHOLICISM"
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Item Catolicismo e do destino das almas dos Índios : a crítica antijesuítica setecentista a um texto seiscentista(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Sousa, Evergton Sales; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA missionação na América esteve intimamente ligada à cristianização das populações autóctones. As preocupações de alguns religiosos, entretanto, extrapolavam o cotidiano da evangelização. Uma questão que suscitou interesse foi a do destino das inúmeras gerações de gentis mortos antes de terem a oportunidade de conhecer a religião do Cristo. Este artigo pretende, justamente, analisar duas visões antagônicas, produzidas em épocas diferentes, acerca de problemas relativos à salvação dos ameríndios. A primeira é a do jesuíta Simão de Vasconcellos, explicitada nas Noticias curiozas e necessarias das cousas do Brasil (1663 e 1668), que, a partir de sua experiência missionária no Brasil, oferece uma visão mais otimista acerca das possibilidades de salvação dos ancestrais daqueles a quem evangeliza. A segunda é a do Padre António Pereira de Figueiredo, um dos maiores intelectuais portugueses da segunda metade do século XVIII, que faz uma duríssima censura às posições defendidas pelo Pe. Simão de Vasconcellos acerca da redenção dos índios.Item Catolicismo e Integralismo como lugares de produção do conhecimento histórico entre o Brasil e Portugal em começos do século XX(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Silva, Giselda Brito; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEm nossas colocações neste Colóquio procuraremos destacar alguns aspectos das condições de produção do conhecimento e da escrita da história em nossa atualidade, objetivando mostrar como mudanças de perspectivas de abordagens podem trazer novas contribuições à historiografia. Nossa intenção é ampliar as reflexões dos que concordam que vivemos hoje num mundo de reconhecida indeterminação em matéria científica, o que nos leva a considerar que não se pode mais limitar as interpretações a uma situação em que nos colocamos em posição de transcendência diante do outro.Vivemos, perceptivelmente, um momento frutífero de novas possibilidades do ofício do historiador que tem resultado na ampliação do conhecimento e a escrita da história.Essa ampliação é fecunda na medida em que permite as diversas formas de visibilidade e dizibilidade das interpretações históricas num clima de respeitabilidade e ética científica.Trata-se de reconhecer que podemos identificar um momento de estabilidade dos discursos historiográficos e de percepção de uma nova postura científica; um momento de revisão das pretensões de verdade; um momento de entrada numa nova posição em que escutar vale tanto quanto participar do sistema de difundir conhecimento. Nesse sentido, a dimensão ética passa a ter grande relevância no campo da produção do conhecimento e da escrita da história. E, os historiadores situados nessa dimensão têm demonstrado que não estão preocupados apenas em se relacionar com seu objeto e fontes, mas em justificar seu lugar social e institucional, procurando reconhecer que a verdade é verdade historicamente reconhecida pelos seus pares num dado momento e lugar. Trataremos, enfim, de despertar algumas reflexões com o objetivo de indicarmos avanços no sentido de uma democratização na legitimação do conhecimento histórico.Item O colégio jesuítico da Vila do Desterro e a expansão portuguesa no Atlântico Sul(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Dallabrida, Norberto; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA escola para meninos da Vila do Desterro diferenciava-se bastante dos colégios jesuíticos estabelecidos nas grandes cidades litorâneas da América Portuguesa […]. É fundamental assinalar que a pequena instituição escolar dos padres jesuítas da Vila do Desterro foi um sintoma de integração da Ilha de Santa Catarina na política colonial metropolitana, pelo facto de a Companhia de Jesus ter sido a principal congregação católica que acompanhava a expansão dos domínios lusitanos na sua colónia americana.Item Da fuga mundi à vita in mundo : comunidades novas e outras metamorfoses da vida consagrada(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Franco, José Eduardo; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoInscritos na tradição da experiência da vida religiosa na Igreja e procurando actualizá-la e adaptá-la às condições de vida presente e vivê-la no século, afirmaram-se no seio da Igreja os institutos seculares e outras associações afins de leigos e sacerdotes que pretendiam viver a consagração radical a Deus, não fugindo do mundo, mas plenamente integrados na vida quotidiana dos homens e mulheres do nosso tempo.Item A Igreja portuguesa e as Invasões Francesas : uma crise na crise(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Cristóvão, Fernando; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA longa crise da Igreja de Portugal, iniciada por volta de 1750 com o regalismo pombalino, aprofundada pela ocupação francesa destruidora, de 1807 a 1811, e agravada em 1834 por D. Pedro e Joaquim António de Aguiar extinguindo as Ordens Religiosas, prolongou-se com o advento da primeira República de 1910, repetindo, “monotonamente” as perseguições, o anticlericalismo, as destruições e pilhagens de igrejas, conventos.Item As Igrejas e o nacionalismo em Angola(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Neves, Tony; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO trabalho, realizado no âmbito do mestrado em Lusofonia e Relações Internacionais, começa com uma investigação sobre a História do Cristianismo em Angola, marcada por relações de apoios e de contestações ao governo colonial português que, em 1940, tinha assinado o Acordo Missionário com o Vaticano. O lançamento, em Luanda, da revista Mensagem (1951) e o início da luta armada(1961) vão dar visibilidade à consciência nacionalista em Angola e criar algumas rupturas entre o Estado e as Igrejas, com perseguições e exílio para alguns cristãos nacionalistas.O papa Paulo VI daria um primeiro sinal de apoio à causa das independências nas ‘Colónias’ portuguesas, quando recebeu, em 1970, Agostinho Neto, Amílcar Cabral e Marcelino dos Santos. Pastores e padres envolveram-se num processo imparável que viria a ter como ponto de chegada a independência nacional a 11 de Novembro de 1975.