Revista Lusófona de Ciência das Religiões Ano VII, nº 13/14 (2008)

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    Educação, política e militância na jesuíta Antônio Vieira
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Meksenas, Paulo; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Esta é uma análise do Sermão da Sexagésima, proferido pelo padre Antônio Vieira em1655, na Capela Real da cidade de Lisboa, Portugal. Aborda os problemas da perseguição dos jesuítas na província do Maranhão no Brasil Colônia, porque defendiam as populações indígenas exploradas economicamente por colonos e proprietários de terra. Vieira discorre sobre o significado da prédica como ação militante. Este artigo trata o referido sermão como um texto clássico da ciência política moderna e estabelece uma terminologia própria: o termo sermão é empregado como parte de uma teoria política; o termo pregação é entendido como ação política orientada ou militância propriamente dita. Neste contexto, é possível interrogar-se acerca dos significados de uma educação militante que se dê por meio de estratégias didáticas da socialização da teoria.
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    O pensamento económico do António Vieira : um mar de pensamentos na busca de soluções para Portugal
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Assunção, Paulo de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Os múltiplos Vieiras que se manifestam nas cartas e sermões demonstram como um homem do Seis centos poderia se inserir nas questões temporais e espirituais. Mas, como Vieira afirmava, ele não era um homem comum, havia poucos Vieiras. A atuação multifacetada do religioso era em parte a expressão da Companhia de Jesus e de um dos seus representantes que defendia os interesses da monarquia portuguesa. A compreensão do pensamento econômico de Vieira se circunscreve dentro de faixas lineares, estabelecidas conforme a conjuntura.
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    “Ainda ressuscitados são cadáveres”: os Sermoens de Vieira enquanto fonte para o historiador
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Lima, Luís Filipe Silvério; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    O presente artigo pretende discutir alguns aspectos para a análise dos sermões de Vieira, pensados como documento histórico, sem contudo, perder de vista as especificidades retóricas e teológicas próprias da fonte.
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    “Ásperas proposições”: Jesuítas; moradores e a Inquisição na Amazônia seiscentista no tempo de Vieira, missionário
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Chambouleyron, Rafael; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Este texto analisa quatro denúncias apresentadas ao Santo Ofício da Inquisição de Lisboa contra os padres da Companhia de Jesus do Estado do Maranhão, entre os anos 1656 e 1663. As acusações contra os religiosos coincidem, não fortuitamente, com o período em que o padre Antônio Vieira era a figura de maior influência na missão do Estadodo Maranhão, e com o clímax dos conflitos entre os jesuítas e moradores em torno da mão-de-obra indígena. Nesse sentido, trata-se de entender essas denúncias a partir do contexto de embates em que foram produzidas. Por outro lado, trata-se de investigar de que modo os acusadores se valeram do Santo Ofício como um instrumento político no conflito contra os padres jesuítas.
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    O colégio jesuítico da Vila do Desterro e a expansão portuguesa no Atlântico Sul
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Dallabrida, Norberto; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    A escola para meninos da Vila do Desterro diferenciava-se bastante dos colégios jesuíticos estabelecidos nas grandes cidades litorâneas da América Portuguesa […]. É fundamental assinalar que a pequena instituição escolar dos padres jesuítas da Vila do Desterro foi um sintoma de integração da Ilha de Santa Catarina na política colonial metropolitana, pelo facto de a Companhia de Jesus ter sido a principal congregação católica que acompanhava a expansão dos domínios lusitanos na sua colónia americana.
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    Da fuga mundi à vita in mundo : comunidades novas e outras metamorfoses da vida consagrada
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Franco, José Eduardo; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Inscritos na tradição da experiência da vida religiosa na Igreja e procurando actualizá-la e adaptá-la às condições de vida presente e vivê-la no século, afirmaram-se no seio da Igreja os institutos seculares e outras associações afins de leigos e sacerdotes que pretendiam viver a consagração radical a Deus, não fugindo do mundo, mas plenamente integrados na vida quotidiana dos homens e mulheres do nosso tempo.
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    Padre Antônio Vieira: a Arquitetônica do Quinto Império na carta Esperanças de Portugal
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Real, Miguel; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    “Esperanças de Portugal” constitui-se como o primeiro grande esforço de teorização da visão profética do Quinto Império na obra de Pe. António Vieira. Fundamentada nas Trovas de Bandarra e na tradição judaica lida em Esperança de Israel, de Menassehben Israel, Pe. António Vieira evidencia nesta sua carta a estrutura universal, a temporalização, a espacialização geográfica e a sistematização hierofântica da consumação do Quinto Império.
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    Velhos ''cristãos-novos'' no sertão paraibano
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Miele, Neide; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Devido às tradições culturais brasileiras, sobretudo no Nordeste, onde o cadinho da História fundiu as culturas indígena, africana e europeia, o país tornou-se sui generis e profundamente sincrético. No Brasil colonial, os “cristãos-novos” se constituíram em produtores e grandes mercadores de cana-de-açúcar. Entretanto, perseguidos de morte pela Inquisição, eles tiveram de fugir. Alguns para além-mar, e muitos para dentro do continente, em direção à zona semi-árida do Sertão. Embora a “religião judaica”, em termos estritos, não tenha sobrevivido nesta região, a “religiosidade judaica” deixou profundos traços nos usos e costumes praticados pela população, muitas vezes ignorando sua procedência. Este estudo empírico coloca algumas questões teóricas.
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    Alessandro Valignano : teólogo e missionário
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Gonçalves, Rui Coimbra; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Vários factores concorreram para a configuração do pensamento de Valignano enquanto teólogo. Da componente europeia da sua formação – de teor jurídico e filosófico –, terá ele absorvido elementos que tanto apontavam para soluções de conciliação, como, porventura, até de repulsa (como a filosofia tomista de matriz aristotélica, fundada, por seu turno, numa fé justificada pela via da razão), face ao ideário, necessariamente diverso, com que iria deparar-se nos territórios de missão em que havia de exercer a sua tarefa de supervisão enquanto Visitador: a Índia e o Japão.O objectivo deste estudo consiste, pois, em pôr de relevo esses aspectos compósitos e intentar demonstrar como logrou ajustá-los Valignano junto dos povos nativos dos territórios do Oriente onde desenvolveu o seu magistério de evangelização.
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    Os Jesuítas e o comércio entre Macau e o Japão
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Oka, Mihoko; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Neste artigo, procurei examinar a intervenção da Companhia de Jesus no Comércio existente entre Macau e o Japão, ocorrido nos séculos XVI e XVII. Paralelamente pretendi demonstrar e levantar a hipótese que o envolvimento e a crescente corrupção associada a este trato comercial, em parte protagonizada pelos jesuítas associados aos comerciantes de Macau, poderia estar relacionado com a expulsão do Cristianismo do Japão no início do séc. XVII. Para o efeito acima descrito, referenciei alguns documentos da autoria de jesuítas e franciscanos, os quais tinham vivido no Japão, assim como importantes informações relacionadas com o trato e o papel de intermediários comerciais desempenhado pelos jesuítas.
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    Pedagogia da salvação segundo a Arte de Criar bem os Filhos na Idade da Puerícia, de Alexandre de Gusmão
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Veríssimo, Nelson; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Consciente das particulares obrigações da Companhia de Jesus em matéria de ensino, o Padre Alexandre de Gusmão (1629-1724), com a Arte de criar bem os filhos na idade da puerícia (1685), pretendia «um perfeito menino», educado, desde tenra idade, segundo os princípios da doutrina cristã e em «santos e honestos costumes». Logo que a criança tomasse conhecimento da realidade e começasse a discernir o bom do mau, deveria conhecer o Criador e os principais mistérios da fé. Os pais deveriam afastar os filhos do pecado e do vício, e incutir-lhes a piedade e o temor a Deus. Neste projecto pedagógico, reconhecia-se ser a educação dos filhos dever inalienável dos pais, cujo exemplo constituía «o melhor documento». Para que soubessem agir correctamente era-lhes especialmente dedicada a segunda parte da obra em apreço, com o sugestivo título de Como se hão-de haver os pais na criação dos meninos. Com este envolvimento, Gusmão tinha, igualmente, consciência da necessidade de reformar a família e, por natural extensão, a própria sociedade. Contudo, da boa criação dos meninos beneficiava também a república. Largamente apoiado nas Sagradas Escrituras, na História, nos filósofos da Antiguidade Clássica, bem como em muitos autores cristãos, Alexandre de Gusmão, para corroborar o seu pensamento pedagógico, utilizou situações exemplares e referências das autoridades, de modo que as suas ideias prevalecessem, sem possibilidade de quaisquer contestações gratuitas. Por diversas vezes, repetiu a mesma ideia, como a sublinhar propositadamente a mensagem que desejava transmitir.Gusmão entendia que a educação deveria conduzir à salvação. A boa criação dos meninos implicava obediência, devoção e piedade. Os pais e os mestres, que se demitissem deste propósito, haveriam de prestar contas a Deus e receber severos castigos divinos. Com esta comunicação, pretendemos dar a conhecer os princípios pedagógicos defendidos por Alexandre de Gusmão na obra em análise, salientando como a Escola deveria servir as letras, os bons costumes e a religião católica.
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    A crítica sócio-política de Vieira na parénese quaresmal dos sermões dos pretendentes
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Marques, João Francisco; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    A parénese pedagógica exercida através do púlpito, no tempo quaresmal, teve no jesuíta António Vieira, ao longo de mais de meio século, um pendor crítico de incidência impar sobre o estado e a sociedade portuguesa de seiscentos. É aliciante, para um historiador das ideias políticas e das mentalidades, analisar o seu sermonário onde perpassam problemas estruturais e conjunturais relativos ao poder a à governação coevos. Denúncia contundente e doutrinarismo imbricam-se exemplarmente no seu discurso moralista de contornos polémicos acerca da nomeação de pessoas para a administração e da distribuição de mercês por serviços prestados à coroa. Religioso, pregador régio e conselheiro de D. João IV, os seus três “sermões dos pretendentes”, dedicados ao tratamento desta temática e proferidos na Terceira Quarta-Feira da Quaresma, revestem-se de assinalável importância pelo conhecimento da realidade e envergadura intelectual e ética do orador, como, ao tempo, pela acuidade do assunto.
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    Vieira repórter: a construção do sermonista no jovem “repórter” Antônio Vieira
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Amatti, Vera Helena Pancotte; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    O trabalho analisa alguns trechos da carta que Vieira escreveu ao Geral da Companhia de Jesus em 1626, sua primeira obra escrita, em que o noviço e ainda não-ordenado padre relata a invasão dos holandeses e transmite as notícias dos diversos colégios das províncias ao Geral da Companhia de Jesus. Por meio da fortuna crítica e das marcas textuais do corpus, desponta o repórter e o sermonista em formação.Entre os objetivos do trabalho, destacam-se o resgate do corpus como fonte de pesquisa primária para estudiosos de e da literatura em sentido amplo, e do próprio trabalho como fonte secundária para o entendimento da obra de Vieira como um todo e sua inserção no cânone da literatura em Língua Portuguesa. O estudo se justifica por explorar a face repórter do Padre Antônio Vieira, à época da escritura ainda um jovem de 18 anos que gesta a utopia do Quinto Império a partir da experiência brasileira, além de apresentar algumas conclusões pertinentes à presençado gênero épico como composição, os relatos de viagem, a perspectiva informativa e interpretativa, os articuladores orais e gestuais, a composição da máscara e da voz.
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    Moldura para um retrato de Vieira
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Abreu, Luís Machado de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Esboça-se, neste pequeno ensaio, o perfil do Padre António Vieira, seleccionando e carregando alguns traços da sua fisionomia histórica e cultural. Como marcas dominantes realçam-se as seguintes: jesuíta, pregador e mestre da língua, diplomata da Restauração, amigo de judeus e cristãos novos, missionário e defensor dos índios, profeta do Quinto Império, vítima do Santo Ofício. Em qualquer destes aspectos, a memória de Vieira é a rememoração de um excesso de ousadia e grandeza, que continua a desafiar as normalidades do tempo secularizado em que lhe sobrevivemos.
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    Entre gente “aspra e dura” : advertências de um missionário no Congo e Angola (1713-1723)
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Almeida, Carlos José Duarte; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    A singularidade do relacionamento entre, por um lado, o reino do Kongo e as regiões mbundu vizinhas e, por outro, a acção evangelizadora levada a cabo pelos missionários europeus desde o final do século XV é, hoje, largamente reconhecida. Com pontos de partida diversos e enquadramentos conceptuais por vezes distintos, a generalidade dos autores converge na ideia que, ao longo dos séculos, as cosmologias africanas seleccionaram e reinterpretaram símbolos e rituais cristãos sem que a sua solidez e coerência tenham sido abaladas. Contudo, se existe acordo em relação a essa realidade, o mesmo não pode dizer-se relativamente à identificação da natureza e importância dos factores que intervieram nesse processo. Um desses aspectos remete, segundo alguns autores, para a feição tolerante que a acção missionária teria assumido naquelas paragens, permitindo a compatibilização dos preceitos doutrinais cristãos com as práticas culturais daqueles povos. O texto que se segue procura reflectir sobre esta problemática, sugerindo uma outra abordagem aos relatos e demais registos documentais produzidos pelos missionários. Centra-se, em particular, no exame de um conjunto de regras metodológicas para a acção dos missionários no Kongo e em Angola compiladas por Giuseppe Monari, um missionário capuchinho de Modena que chegou a Luanda no início de 1713. A partir desta análise, procura-se sustentar a tese de que a acção missionária em África não pode ser desligada das representação sobre África e os africanos correntes na Europa e do modo como essas imagens evoluem no contexto da experiência vivencial do missionário na realidade africana. Nessa perspectiva, a evangelização dos africanos é pensada, não sobre uma visão tolerante da realidade cultural africana mas, ao invés, a partir de uma imagem que inferioriza os africanos e reduz a sua existência espiritual a um território de ilusão e aparência, dominado pelas forças volúveis do interesse e da paixão.
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    O Bom Selvagem e o Boçal: argumentos de Vieira em torno à imagem do “índio boçal”
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Pécora, Alcir; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Com base nos trabalhos de Frank Lestringant, que estudam a formação da imagem calvinista do Bom Selvagem, considera-se a imagem altamente funcional do índio boçal pelos jesuítas portugueses e, em particular, nos sermões do jesuíta Antonio Vieira (1608-1697).
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    Acervos históricos e artísticos : Convento de São Francisco em Olinda
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Barbosa, Bartira Ferraz; Mendes, Débora; Assis, Maria Helena; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Este artigo, escrito a várias mãos, trata sobre pesquisa e levantamento de acervos artísticos e históricos existentes no Convento Franciscano de Nossa Senhora das Neves, localizado na cidade de Olinda – Pernambuco, Brasil. A pesquisa e o levantamento neste Convento se detiveram a quatro acervos, a saber: imagens devocionais, pintura, azulejaria e biblioteca.
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    Primeiros missionários dominicanos portugueses no Oriente Lusíada
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Almeida, António José de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Segundo escritores dominicanos dos séculos XVII e XVIII, Fr. Jordão [de Évora] foi o primeiro frade dominicano português que foi para o Oriente, para aquela parte do mundo que iria estar sob o domínio do Império Português do Oriente. Foi para lá, em 1320, com um companheiro (socius) dominicano, Fr. Francisco de Pisis, e quatro frades franciscanos. O martírio de Fr. Jordão, em Taná, é descrito com tópicos neotestamentários, colhidos da Paixão de Cristo e do martírio de Estêvão, o Proto-Mártir. Depois da morte dele, os habitantes da região fizeram uma estátua de madeira com a sua efígie e adoraram-na até à chegada dos Portugueses àquela parte da Índia. Então, Fr. Aleixo de Setúbal, Prior de S. Domingos de Chaúl, levou-a para o seu Convento,onde continuou a ser venerada.
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    Reinventando a mística franciscana no Brasil do século XVIII: das quatro partes do mundo ao Novo Brasílico
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Almeida, Marcos António de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Historicamente, o franciscanismo sempre utilizou os referenciais místicos da Ordem para renovar suas diretrizes em momentos de crise. Dentre os referenciais mais usados, dois se destacam: São Francisco e as Chagas de Cristo nele impressas. O franciscano colonial brasileiro em pleno século XVIII, precisamente a partir de 1750, é marcado por um retorno às fontes franciscanas. Procuramos trilhar esse momento de renovação espiritual no Brasil a partir da arte iconográfica nos conventos do Nordeste e da literatura desenvolvidas por franciscanos brasileiros. Em 1754, é pintado um magnífico Orbis Seraficus no Salão de Santana, no convento de Olinda. Em 1761, Fr. Antônio de Santa Maria Jaboatão retoma esse Orbis Seraficus e acrescenta a existência de um Novo Brasílico na sua crônica. A nossa pesquisa consiste em desvendar a importância da espiritualidade franciscana na formação de um novo perfil político para o Brasil em meados do século XVIII.
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    A Igreja portuguesa e as Invasões Francesas : uma crise na crise
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Cristóvão, Fernando; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    A longa crise da Igreja de Portugal, iniciada por volta de 1750 com o regalismo pombalino, aprofundada pela ocupação francesa destruidora, de 1807 a 1811, e agravada em 1834 por D. Pedro e Joaquim António de Aguiar extinguindo as Ordens Religiosas, prolongou-se com o advento da primeira República de 1910, repetindo, “monotonamente” as perseguições, o anticlericalismo, as destruições e pilhagens de igrejas, conventos.