Falar do silêncio na literatura parece paradoxal, o próprio da literatura sendo a representação através
do verbal. No entanto, o silêncio e a palavra são indissociáveis. Filósofos e críticos pós-modernos
parecem cada vez mais interessados no silêncio eloquente que se manifesta pelos textos de um
grande número de escritores contemporâneos.
Marguerite Duras faz parte destes últimos. O objectivo do nosso artigo é analisar algumas das formas sintácticas do silêncio nos seus textos narrativos.