Babilónia : Revista Lusófona de Línguas, Culturas e Tradução nº 10/11 (2011)

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    Into the silence of the objects : analyzing Samuel Beckett’s nothingness
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Florescu, Florina Catalina; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
    Os objetos têm sempre desempenhado um papel fundamental nas nossas vidas, pela forma como eles, passivamente, fazem-nos companhia e transmitem tacitamente a sua quietude inata. Contudo, o que acontece quando os objetos se tornam uma presença tão poderosa que, como resultado, dominam a vida das pessoas? Noutras palavras, o que é que acontece quando os objetos sobrecarregam as pessoas com as suas potentes (falando literalmente, sempre lá) presenças? No silêncio dos objetos há um lugar onde nos tornamos conscientes da nossa insignificância, da nossa crise de identidade,ansiedade de linguagem e entorpecimento. Mas nas peças Endgame e Act without Words I de Samuel Beckett, o dramaturgo gradualmente capta a inutilidade da vida das personagens principais e a transformação das suas mentes e corpos numa coleção de objetos arquivados. Sem interagir com outras pessoas e por se autoencarcerarem estas personagens de Beckett esquecem-se o que é ser humano e tornam-se «uma não-coisa, nada». Pode haver um facto perturbador nesta realização, e, sem dúvida, até mesmo uma infeliz aliteração; mesmo assim, o que é ainda mais chocante é que estas personagens são paradigmáticas em relação ao que significa ter pisado uma aniquilação prematura ontológica e existencial. Estas são agora objetos abandonados entre outros objetos, uma espécie de coleção ineficaz. Com base nestes argumentos, este ensaio mostra uma tremenda influência de Beckett no desenvolvimento da teoria da descarnalizaçao e da desmaterialização do corpo e mente do povo, culminando na revolução tecnológica onde queremos ser empilhados dentro de incontáveis arquivos de computador. O principal argumento propõe uma reflexão sobre como podemos pôr em perigo a nossa sofisticação emocional e social, jogando este complicado «jogo» digital.
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    The right to remain silent : the ethics of invasion and evasion in Paul Sayer’s ''The Comforts of Madness''
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Byatt, Jim; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
    Este artigo considera as implicações do silêncio e da ética da experimentação médica no romance de Paul Sayer, The Comforts of Madness, vencedor do prémio Whitbread. O romance de Sayer debruça-se sobre um paciente emestado catatónico, Peter, o qual procura retirar-se para um estado de pura subjetividade como consequência de uma série de eventos traumáticos. Inicialmente tratado num hospital tradicional, é posteriormente transferido para uma clínica experimental onde é submetido a uma série de «tratamento» invasivos e bárbaros com o objectivo de «curá-lo». A abordagem de Sayer dos temas relacionados com a insanidade, o silêncio pessoal e a medicina progressiva levanta questões relativas ao direito do indivíduo de rejeitar o mundo comunitário e à ética de extrair a narrativa retida da narrativa relutante. Ao examinar os processos de normalização e resistência, o romance levanta questões relativamente à ética da inclusão forçada e estabelece uma legitimidade de não-cooperação, o direito ao silêncio, o qual funciona em paralelo com a legitimidade da voz marginalizada. A tendência recente nos estudos literários tem sido no sentido da exposição e promoção das vozes anteriormente ostracizadas pela indústria editorial e pelo público leitor, mas, de um modo geral, este processo tem partido da premissa de que a voz perdida beneficia de tal exposição. Para Sayer, existe o caso igualmente persuasivo relacionado com o reconhecimento do direito à privacidade, em risco de ser preterido numa era de transparência excessiva. Este ensaio discute o modo como o romance de Sayer aborda estas preocupações e salienta a sua consciência do processo complexo de lidar com o indivíduo para quem a recusa a falar corresponde a um gesto social ambíguo.
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    Delineating difference and spaces of resistance : reading the Nana’s Silence in Rosario Castellanos’ ''Balún Canán''
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Strobel, Leah; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
    A escritora mexicana Rosario Castellanos incorpora silêncios em suas obras de uma forma que permite ao leitor a questionar o próprio significado da agência e da natureza da subjetividade de uma protagonista feminina. Silêncios tendem a criar brechas no texto, iluminando as diferenças sociais e raciais que a narração em primeira pessoa foge. Além disso, é revelado que o sujeito se imagina em oposição ao silêncio de mulheres menos privilegiadas, e que realmente não existe um local em que o subalterno pode falar. Este projecto se centra em seu romance Balún Canan (1957), em que a babá Indígena de uma menina complica o desejo de ascender dentro da estrutura patriarcal da sua família mais privilegiada, como a menina descobre que o que faria sua vida confortável é a causa da subjugação de sua “outra mãe.” O texto é desenvolvido em torno de um desejo de falar a partir das margens, e há um esforço claro para dar voz aos subalternos. No entanto, a relação entre a menina e sua babá não é nem romântica nem idealizada; a presença da mulher colonizada resiste a marginalização e ressalta que está sendo coberto no processo de desenvolvimento individual. Ansiedadesurge dentro da narração da menina como ela percebe seu privilégio como membro da classe latifundiária, e a escrita navega entre diferentes manifestações de silêncio: o silenciamento da babá em uma replicação de violência colonial, e a manutenção do silêncio como uma barreira respeitosa.
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    The sight of silence : the conceptualisation of silence in the visual cultures of sign language communities
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Uhlig, Anne C.; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
    Deaf people are perceived by hearing people as living in a silent world. Yet, silence cannot exist without sound, so if sound is not heard, can there be silence? From a linguistic point of view silence is the absence of, or intermission in, communication. Silence can be communicative or noncommunicative. Thus, silence must exist in sign languages as well. Sign languages are based on visual perception and production through movement and sight. Silence must, therefore, be visually perceptible; and, if there is such a thing as visual silence, how does it look? The paper will analyse the topic of silence from a Deaf perspective. The main aspects to be explored are the perception and evaluation of acoustic noise and silence by Deaf people; the conceptualisation of silence in visual languages, such as sign languages; the qualities of visual silence; the meaning of silence as absence of communication (particularly between hearing and Deaf people); social rules for silence; and silencing strategies.
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    Cosas del silencio
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Pérez, Victoria; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
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    Ciel vide
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Timénova, Zlatka; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
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    Le silence de la phrase chez Marguerite Duras
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Timénova, Zlatka; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
    Falar do silêncio na literatura parece paradoxal, o próprio da literatura sendo a representação através do verbal. No entanto, o silêncio e a palavra são indissociáveis. Filósofos e críticos pós-modernos parecem cada vez mais interessados no silêncio eloquente que se manifesta pelos textos de um grande número de escritores contemporâneos. Marguerite Duras faz parte destes últimos. O objectivo do nosso artigo é analisar algumas das formas sintácticas do silêncio nos seus textos narrativos.
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    No meio da multidão… há solidão povoada
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Madureira, Libânia; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
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    The victim that speaks is not a victim
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Kona, Prakash; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
    Este artigo incide sobre o modo como as vítimas respondem à situação de vitimização através da «fala» ou sobre uma política de articulação. Aborda o papel da ordem social na criação da tortura como meio de alcançar o controlo e o papel das vítimas que inadvertidamente se tornam cúmplices da vitimização num sistema «que faz com que os homens torturem e prendam pessoas inocentes». O artigo examina igualmente as nuances da palavra «fala» e as suas conotações mais profundas em termos de resistência face a uma ordem injusta. As vítimas são tão complexas quanto o fenómeno de vitimização. Por esse motivo, uma perspectiva interdisciplinar é essencial para compreender o significado do acto de falar da vítima; essa é a perspectiva aqui seguida para sustentar a minha visão sobre o modo como a vítima deixa de ser vítima durante o processo de «fala».
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    Do silêncio = Of silence
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Ribeiro, Luís Cláudio; Azevedo, Rui Vitorino, trad.; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
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    From enforced silence to creative silence : Amitav Ghosh’s ''The Hungry Tide''
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Ain, Sandip; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
    Neste ensaio, procuro explorar como Ghosh traça a trajetória do silêncio do subalterno, principalmente através do personagem Fokir, enquanto movimento que ocorre desde o ato de ser silenciado até ao primeiro ato de resistência a esse silêncio, em seguida, até ao ato de se apropriar desse silêncio e, finalmente, até uma derradeira jornada que consiste em tornar esse silêncio seu, transformando- o de tal modo que acaba por caracterizar o seu, o nosso, modo de saber e ser. O silêncio não se opõe, então, à linguagem, mas é algo complementar: acrescenta significado à linguagem. O silêncio funciona aqui enquanto retórica e, como se verá, não é tratado em termo dos binários ocidentais como algo que se opõe ao discurso e que é caracterizado pela ausência. O meu argumento neste ensaio é semelhante ao do escritor Phulboni em The Calcutta Chromosome - o silêncio é caracterizado pela presença e possui vida própria; o silêncio é, aqui, uma força criativa. Em ambos os casos, será uma questão de escolha o facto de se ter em consideração as personagens subalternas ou marginais. Os grupos de subalternos usam frequentemente o silêncio como retórica, uma vez que muitas vezes lhes é negado o privilégio de representação nas narrativas principais. O silêncio seria, muitas vezes, uma ferramenta melhor do que a linguagem, porque a linguagem é o discurso dos poderosos. O silêncio não resistiria à equação do poder, mas também corromperia as mesmas ferramentas responsáveis pela criação da discriminação. Neste ensaio, gostaria de salientar como em The Hungry Tide, de Ghosh, nos deparamos com uma viagem que parte de um silêncio forçado para um silêncio criativo e colaborativo.
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    Black Notebook #9, 1am Boston
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Sousa, Brian; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
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    O som do silêncio no cinema e na fotografia
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Gil, Inês; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
    No cinema, o silêncio é muito utilizado porque tem uma grande riqueza semântica; no entanto, quando se limita em acompanhar a imagem, e vale por si só, precisa de tempo para ser compreendido e apreciado. Este silêncio cria atmosferas particulares que dão a forma ao filme. A fotografia é em si, silenciosa. Quando ela «fala com o espetador» é porque o seu conteúdo exprime ou sugere o som. O cinema tem o movimento das imagens e a possibilidade de reproduzir os sons da vida. A fotografia tem a possibilidade de congelar o tempo. Ambas mostram uma imagem espelhada da realidade. Será que podem exprimir o mesmo silêncio?
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    Babilónia, meu amor
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Mancelos, João de; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
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    The audible and the inaudible : Bob Kaufman and the politics of silence
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Fisher, Thomas; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
    O poeta americano Bob Kaufman fez um voto de silêncio nas décadas de sessenta e setenta do século passado. Durante quase dez anos, não falou nem escreveu. “The Audible and the Inaudible: Bob Kaufman and the Politics of Silence” (“O Audível e o Inaudível: Bob Kaufman e a Política do Silêncio”) é uma tentativa de ver o silêncio de Kaufman como uma espécie de discurso político em nome das massas anónimas, dos marginais, dos que não conseguem fazer-se ouvir. O ensaio baseia-se, em parte, na obra recente de Jacques Rancière sobre discurso e política. Para Rancière, a política só pode ser exercida através do discurso, através da participação dos que não são vistos como parte activa. No entanto, o silêncio de Kaufman é uma recusa do discurso e da participação; assim sendo, o ensaio procura explorar o silêncio como um discurso político que se mantém socialmente isolado e inaudível, mas procura, ainda assim, reconhecer todos aqueles que continuam a não ter voz nas nossas instituições democráticas.
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    Fluxing the logic of definitive differences
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Lushetich, Natasha; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
    Focusing on Fluxus, a loosely knit association of artists from America, Europe and Asia whose work centers around intermediality, this article explores the notion of relationality without relata. Intermediality refers to works that fall conceptually between media – such as visual poetry or action music – as well as between the general area of art media and those of life media(Higgins). Departing from two Fluxus intermedia – the event score, a performative score in the form of words, and the Fluxkit, a performative score in the form of objects – I investigate the logic of co-constitutivity within which every element is both subject and object, both constitutive and constituted. To be more precise, I trace the cross-categorial interplay of differences that explodes the logico-linguistic structure of binary oppositions, such as those between foreground and background, word and action, sound and silence, identity and alterity. Aided by Jacques Derrida’s concept of ‘de-centered play’ and Shigenori Nagatomo’s concept of ‘interfusion’ this article seeks to articulate the ways in which the Fluxus works mobilise the ‘silent background’ to dismantle the dualistic logic of definite differences.
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    Long distance
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Escobar, Linette; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
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    A poesia é um estado de transe
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Oliveira, Vera Lúcia de; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
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    Laughing in the mechanism : du choix du silence comme élément autobiographique dans le poème ''Agrippa'' de William Gibson (1992)
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Becker, Christophe; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
    Silence is a fundamental component of artistic creation, be it in the musical domain or in the world of cinema. The notion of silence, however, seems to reach a dead end within the field of literature. Gilles Deleuze notes this when referring to “silence within the words,” or the “asyntaxic limit” which is not situated “outside of the language” in Antonin Artaud’s poetry. This particular notion becomes even more problematic when relating to autobiographies which are traditionally informative. Firstly, I examine how the author, through narration of his own life and path, opts for short or long silences in his writing, thus seeming to renounce his primary goal. I then proceed to study American writer William Gibson’s poem, “Agrippa-A Book of the Dead” (1992). Inspired by the discovery of a photo album belonging to his father, the author conjures up memories from his childhood in Virginia. The singularity of “Agrippa” can mostly be found in the mechanisms it sets in motion whilst being read. The poem, only available on disk at first, is being erased by an encryption program or “logic bomb” while being decoded by the computer, meaning it can only be read once and leaving nothing but emptiness, silence at the end. I propose studying “Agrippa,” demonstrating how the progressive disappearance of the text, through William Gibson’s writing technique, has an unprecedented reach. The main objective of this paper is to demonstrate that Gibson uses the poem as a means to prone a literary revolution where art “leaves the framework,” where “the written word leaves the page” in a way that is both tangible and effective, leading the reader to an interrogation which raises aesthetic, philosophical and possible theological issues; for example, Maurice Blanchot claiming that God only communicates “through his silence.”
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    The dialectic of silence and remembrance in Lily Brett’s ''Things could be worse''
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Botez, Catalina; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
    The dynamics of silence and remembrance in Australian writer Lily Brett’s autobiographic fiction Things Could Be Worse reflects the crisis of memory and understanding experienced by both first and second-generation Holocaust survivors within the diasporic space of contemporary Australia. It leads to issues of handling traumatic and transgenerational memory, the latter also known as postmemory (M. Hirsch), in the long aftermath of atrocities, and problematises the role of forgetting in shielding displaced identities against total dissolution of the self. This paper explores the mechanisms of remembrance and forgetting in L. Brett’s narrative by mainly focusing on two female characters, mother and daughter, whose coming to terms with (the necessary) silence, on the one hand, and articulated memories, on the other, reflects different modes of comprehending and eventually coping with individual trauma. By differentiating between several types of silence encountered in Brett’s prose (that of the voiceless victims, of survivors and their offspring, respectively), I argue that silence can equally voice and hush traumatic experience, that it is never empty, but invested with individual and collective meaning. Essentially, I contend that beside the (self-)damaging effects of silence, there are also beneficial consequences of it, in that it plays a crucial role in emplacing the displaced, rebuilding their shattered self, and contributing to their reintegration, survival and even partial healing.