Cadernos de Sociomuseologia Nova serie 11 - 2018 (Vol. 55) : Museologia e Direitos Humanos
URI permanente para esta coleção:
Navegar
Percorrer Cadernos de Sociomuseologia Nova serie 11 - 2018 (Vol. 55) : Museologia e Direitos Humanos por assunto "MEMORY"
A mostrar 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de ordenação
Item Os lugares de memória da ditadura: disputas entre o poder público e os movimentos sociais(Lusofona University, 2018) Ferraz, Joana D'Arc Fernandes; Campos, Lucas Pacheco; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoOs lugares de memória, na perspectiva de Pierre Nora (1990), são espaços de eternização de uma memória de um grupo que já não consegue mais ser evocada espontaneamente pela memória coletiva. Há uma grande disputa entre o Estado e os movimentos sociais em relação à preservação do patrimônio histórico que faz alusão ao golpe militar-empresarial brasileiro (1964-1985), no Rio de Janeiro. Pretendemos pensar o lugar político destes lugares memórias, a partir das querelas em torno da patrimonização de alguns espaços e prédios, que fazem apologia ao golpe e à ditadura, na cidade do Rio de Janeiro. A política que tem sido efetuada até agora pelo Estado pode ser definida como conciliatória. Não obstante, os movimentos sociais reclamam a inserção de suas vozes nestes lugares, considerando-as, silenciadas ou esquecidas. Interessa-nos analisar estas disputas e as seus reflexos na sociedade.Item A museologia e a construção de sua dimensão social: olhares e caminhos(Lusofona University, 2018) Chagas, Mário de Souza; Primo, Judite Santos; Assunção, Paula; Storino, Cláudia; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoOlhar para a museologia, de modo especial, para a denominada museologia social ou sociomuseologia, conversando com ideias e noções que podem ser consideradas óbvias, mas que, talvez, examinadas por outro ângulo, tenham algo de novo a oferecer, faz parte dos objetivos do presente texto. Além disso, é pertinente perguntar: o óbvio é óbvio para quem? Não raro, aquilo que parece óbvio para determinados grupos de especialistas, pode não ser óbvio para uma grande maioria de pessoas. É neste sentido que peregrinando pela obviedade, afirma-se que a museologia social ou sociomuseologia não surgiu do nada e também não é o resultado de intelectuais iluminados que retiraram de si mesmos, de suas essências a luz museal ou museística que haveria de iluminar o mundo; ao contrário, surgiu de amplos debates e embates, de um acúmulo de tensões, críticas, enfrentamentos, vivências, reflexões e práticas que impactaram a museologia e os museus que do século XIX, projetaram-se no século XX, sem que seus paradigmas tivessem sido submetidos a uma análise crítica. Em outros termos: a museologia social ou sociomuseologia não é o resultado de uma construção teórica que quer, a todo custo, de cima para baixo, enquadrar os museus e as diferentes formas de pensar e praticar a museologia aos seus ditames técnicos, científicos, artísticos e filosóficos; ao contrário, trata-se de uma construção que resulta de um contexto histórico específico, que não tem e não quer ter um caráter normativo e que apresenta respostas singulares para problemas também singulares e que, sobretudo, assume explicitamente compromissos políticos e poéticos.