Mestrado em Psicologia da Educação
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Percorrer Mestrado em Psicologia da Educação por assunto "CIDADÃOS COM DEFICIÊNCIA"
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Item Juízos e emoções morais de adolescentes sobre atitudes de exclusão de pares com deficiência(2014) Espiga, Catarina Inês Costa; Ferreira, Jorge, orient.A inclusão de sujeitos com deficiência depende bastante das atitudes que os pares adotam nos contextos efetivos de interação. Lidar com sujeitos com caraterísticas diferentes da maioria dos pares desafia os estereótipos e a capacidade de tolerância e solicita a utilização de princípios de igualdade e justiça e, de empatia. A exclusão de sujeitos com deficiência pode ser, portanto, influenciada por juízos e por emoções morais, duas componentes importantes para a avaliação da ação moral. Neste estudo analisámos a relação entre a avaliação moral efetuada pelos adolescentes e os juízos que fazem sobre a justeza da inclusão de pessoas com essas caraterísticas da motivação para interagir com elas. Para avaliar os juízos e emoções morais utilizámos uma versão traduzida por Ferreira (2012) da Survey Instrument for Measuring Judgments about Emotions about Exclusion (Malti, Killen & Gasser, 2012) que incluiu três histórias de exclusão de sujeitos com deficiência motora, mental e sensorial. Participaram no estudo 109 adolescentes, de dois grupos etários, os mais novos com média de idade de 13, 06 e os mais velhos com média de idade de 15,05. Os adolescentes mais velhos expressam juízos e emoções atribuídas ao excludente mais positivas que os mais novos, o que sugere uma tendência desenvolvimentista. Embora ambos os grupos expressem juízos positivos sobre a inclusão, evidenciam uma motivação mais baixa para interagir com pares com deficiência que, ainda assim, é mais alta nos jovens mais velhos o que confirma a tendência desenvolvimentista antes referida. Contrariamente ao esperado não foram encontradas associações entre juízos e emoções morais e juízo sobre inclusão; a motivação para interagir está associada à emoção atribuída ao excludente pelo que a atitude concreta perante um par com deficiência parece depender mais da existência de emoções que inibam a tendência para o estereótipo e a discriminação. Tal como esperado, o conteúdo das emoções varia em função do sujeito-alvo: a culpa e a tristeza são as emoções mais atribuídas ao excludente e a tristeza e a raiva são as emoções mais atribuídas ao excluído. Os jovens utilizaram diversos tipos de argumentos para justificar as avaliações efetuadas, predominando os argumentos de equidade e justiça, depois os convencionais e, finalmente, os de empatia. Os jovens relacionam a atitude de exclusão com aspetos de justiça e, portanto, da moral, fazem as suas emoções variar em função do sujeito-alvo e utilizam diferentes argumentos para tender para a inclusão ou exclusão dos pares.