Mestrado em Psicologia da Educação

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    Indisciplina no ensino superior: perceção dos professores sobre comportamentos indisciplinados na sala de aula
    (2014) Lopes, Carla Sofia Monteiro; Oliveira, Célia, orient.
    A indisciplina no ensino superior em Portugal é uma realidade para a qual escasseiam estudos científicos. Baseado na perceção dos professores sobre indisciplina no ensino superior e utilizando uma perspetiva de investigação quantitativa, o presente estudo visa contribuir para o conhecimento e contextualização desta realidade no nosso país. São assim objetivos do estudo: (1) Explorar a perceção dos professores do ensino superior sobre a indisciplina em sala de aula, (2) Compreender como se manifesta a indisciplina nas salas de aula deste nível de ensino, nomeadamente no que se refere à frequência e tipo dos comportamentos indisciplinados, e (3) Estudar o impacto das variáveis sexo, experiência letiva e tipo de estabelecimento de ensino (politécnico versus universitário) na perceção dos comportamentos indisciplinados. Foi aplicada uma escala de avaliação da perceção de frequência dos comportamentos de indisciplina a uma amostra de 484 docentes do ensino superior a lecionar em diferentes instituições do território nacional. Os resultados apontam para a perceção de uma elevada prevalência de comportamentos de «baixa intensidade», tais como “Chegar atrasado à aula ou sair mais cedo”, “Conversar com os colegas sobre assuntos não relacionados com a aula” e “Usar o computador para tarefas não relacionadas com a aula”. Globalmente, as variáveis sexo, experiência letiva e tipo de estabelecimento de ensino não predizem a perceção de indisciplina, com exceção de um impacto marginalmente significativo do sexo e experiência letiva na perceção das conversas dos alunos sobre assuntos não relacionados com a aula.
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    A identidade e a integridade são preditores da motivação moral? Estudo em adolescentes
    (2014) Marques, Ana Gonçalves; Ferreira, Jorge, orient.
    Com o objectivo de analisar os factores que induzem o comportamento moral, apoiámo-nos nas teorias psicológicas que salientam a importância do papel das emoções, da identidade e da integridade na motivação para a acção moral. Assim, definimos a existência de diferenças individuais na motivação moral, e elegemos a identidade e a integridade como variáveis que podem estar associadas à motivação moral, avaliada pela consciência moral e pela intensidade das emoções atribuídas aos transgressores. Participaram no presente estudo 95 adolescentes, com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos (M = 16,65; Dp = 1,15), 51 do género feminino e 44 do género masculino. Para avaliar a motivação moral, a identidade e a integridade, utilizámos a PMAM, PIES e IS, respectivamente. Os resultados confirmaram a existência de diferenças individuais na consciência moral e na atribuição de emoções e, igualmente, uma relação entre ambas. As emoções atribuídas variam claramente em função do tipo de avaliação, consciência moral, mais negativa para a avaliação das condutas como transgressão, sendo a não transgressão a que aparece associada às emoções mais positivas. A integridade aparece associada a ambas as medidas enquanto a identidade apenas está associada à atribuição de emoções. A integridade é a única variável preditora da atribuição emocional. Estes resultados confirmam o papel das variáveis de self na motivação moral.
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    Indisciplina no ensino secundário: perceção dos professores sobre comportamentos indisciplinados na sala de aula
    (2014) Pereira, Marta Sofia Silva; Oliveira, Célia, orient.
    O presente estudo pretende, fundamentalmente, identificar os comportamentos de indisciplina que professores do Ensino Secundário percecionam como mais frequentes em sala de aula e explorar o impacto das variáveis sexo, anos de experiência e tipo de escola na perceção de indisciplina. 196 professores de todo o país responderam online a um conjunto de inquéritos cujos resultados evidenciam que os comportamentos mais frequentes são “intervir fora de vez”, “desatenção”, “falhar repetidamente entrega de trabalhos”, “brincar/fazer palhaçada”, “chegar atrasado à aula” e “ter atitude passiva”. Para além disso, verificou-se que (embora não predigam a perceção de todos) os anos de experiência predizem um número significativo de comportamentos de indisciplina em sala de aula, ao contrário do que acontece com o sexo e o tipo de escola. Por fim, são ainda apresentadas algumas limitações que se prendem com: a pesquisa bibliográfica, pois a indisciplina é quase sempre indissociada da violência escolar; a amostra, devido ao número reduzido de inquiridos do sexo masculino e de inquiridos com três ou menos anos de experiência, e; o instrumento de recolha de dados, constituído por cinco frequências de avaliação, que poderá ter reforçado a tendência para as altas percentagens na opção central, dificultando a leitura dos dados. 
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    Será que crianças com 2 e 3 anos de idade já conseguem realizar adições?
    (2014) Reis, Renata Filipa Mansilha; Aguiar, Maria Stela, orient.
    Partindo das investigações de Wynn (1992b) e de Lubin e colaboradores (2009, 2010), a presente investigação tem por objetivo contribuir para o estudo da sensibilidade à adição, em crianças com 2 e 3 anos de idade, observando e avaliando a reação verbal e o papel da ação na resolução de operações de adição numericamente possíveis (1+1=2) e impossíveis (1+1=1). A amostra é constituída por 60 crianças de dois grupos etários: 30 crianças com 2 anos de idade (entre os 24 e os 35 meses, M= 30, 07 meses; Dp= 3,22) e 30 crianças com 3 anos de idade (entre os 36 e os 45 meses, M= 40,47 meses; Dp= 2,98), sendo cada grupo etário composto por 15 crianças do género feminino e 15 crianças do género masculino. Todas as crianças eram de nível socioeconómico médio, de língua materna portuguesa e frequentavam instituições educativas situadas na área de Lisboa. Os resultados obtidos revelaram que, com a idade, tanto a utilização da linguagem verbal, como a discriminação e justificação correta das operações de adição aumentam. Contudo, apenas cerca de 13% das crianças observadas distinguiram corretamente as operações de adição numericamente possíveis (1+1=2) e impossíveis (1+1=1) e forneceram uma justificação verbal e logicamente correta das suas respostas. Cerca de 87% dos participantes ainda não apresenta este padrão de resposta e, neste grupo, a ocorrência de respostas logicamente corretas parece incidir mais na resposta final de resolução de problema do que na justificação.     
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    A audácia da mente e a rebeldia de criar
    (2014) Palha, Sara Machado de Lencastre Garcêz; Nogueira, Sara Ibérico, orient.
    O estudo da criatividade tem vindo a suscitar um grande interesse por parte dos investigadores. Considera-se a criatividade como um processo que se constrói desde cedo e se vai desenvolvendo em conjunto com outras funcionalidades. Ao longo dos anos tornou-se pertinente estudá-la em conjunto com outras variáveis, como a inteligência. Este estudo centra-se na relação entre a criatividade e a inteligência. Para esta análise foram utilizados os instrumentos de avaliação, Test for Creative Thinking – Drawing Production (TCT-DP), as Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (MPCR) e duas Provas Piagetianas correspondentes aos domínios de avaliação, Lógico-Matemático e Físico, sendo as provas, Inclusão de Classes e Conservação da Substância, respetivamente. A amostra recolhida por conveniência foi de 75 participantes, em que 31 são do género masculino (41,3%) e 44 do género feminino (58,7%). A recolha foi realizada em duas escolas, em que 43 pertencem à Academia de Música de Santa Cecília (57,3%) e 32 pertencem à EB31 (42,7%). A avaliação foi feita em crianças com idades entre os seis anos e os sete anos (M= 6,28, DP=,452) que frequentam o 1º ano de escolaridade do 1º Ciclo do Ensino Básico. Foi feita uma análise diferencial, que revelou não existirem diferenças estatisticamente significativas, no que respeita os níveis de criatividade em função das variáveis sociodemográficas. Quanto aos níveis de inteligência, a análise realizada às Matrizes Progressivas Coloridas de Raven revelou que existem diferenças estatisticamente significativas, no tipo de atividades extracurriculares agrupadas (p=,019), neste caso, entre o grupo das atividades físicas e atividades cognitivas (p=,019), no número de atividades extracurriculares agrupadas (p=,044), na escola (p=,000) e nos níveis socioeconómicos agrupados (p=,000), neste caso, entre a classe média menos instruída – estrato operário e rural e classe superior (p=,003) e entre classe média menos-instruída – estrato operário e rural e classe média mais instruída (p=,031). Quanto às Provas Piagetianas, foi encontrada uma associação significativa na prova Conservação da Substância em relação à escola (p=,015). Na análise correlacional, os resultados indicam que não existe correlação entre os níveis de criatividade e inteligência (r=,181, p=,121). Quando esta análise é feita por escola, encontra-se uma correlação considerada moderada na escola EB31, entre os níveis de criatividade e inteligência (r=,434, p=,013)
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    Competência de subtração em crianças de 2 e 3 anos de idade
    (2014) Lemos, Ana Sofia Novais da Silva; Aguiar, Maria Stela, orient.
    Sendo a habilidade matemática uma função cognitiva complexa, a presente investigação procura compreender as competências precoces de subtração, contribuindo designadamente para o debate teórico e metodológico sobre os efeitos do conhecimento linguístico emergente. Participaram neste estudo 60 crianças de nacionalidade e língua materna portuguesa, 30 crianças de 2 anos (entre os 24 e os 35 meses, M= 28,4; Dp= 3) e 30 crianças de 3 anos (entre os 36 e os 47 meses, M=40,3; Dp=2,9), sendo cada grupo etário composto por 15 crianças do género feminino e 15 crianças do género masculino. Todas as crianças eram de nível socioeconómico médio e frequentavam instituições educativas da área de Almada. Os sujeitos foram confrontados a tarefas de subtração numericamente possível (2-1=1) e impossível (2-1=2) propostas por Wynn (1992) e Lubin (2009) e foi comparado o efeito da participação, ativa ou passiva nas referidas tarefas (Lubin, 2009). Considerando a totalidade da amostra, é possível constatar que cerca de 82% das crianças utilizam linguagem verbal e que a condição de participação na tarefa, no papel de ator e espectador, não influencia o tipo de linguagem mobilizada na resolução das operações. Verificou-se ainda que a maioria dos participantes não distingue as operações de subtração possível e impossível e não justifica as suas respostas, embora a competência dos sujeitos tenda a melhorar com a idade e mostre alguns efeitos positivos da condição de ator.
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    Juízos e emoções morais de adolescentes sobre atitudes de exclusão de pares com deficiência
    (2014) Espiga, Catarina Inês Costa; Ferreira, Jorge, orient.
    A inclusão de sujeitos com deficiência depende bastante das atitudes que os pares adotam nos contextos efetivos de interação. Lidar com sujeitos com caraterísticas diferentes da maioria dos pares desafia os estereótipos e a capacidade de tolerância e solicita a utilização de princípios de igualdade e justiça e, de empatia. A exclusão de sujeitos com deficiência pode ser, portanto, influenciada por juízos e por emoções morais, duas componentes importantes para a avaliação da ação moral. Neste estudo analisámos a relação entre a avaliação moral efetuada pelos adolescentes e os juízos que fazem sobre a justeza da inclusão de pessoas com essas caraterísticas da motivação para interagir com elas. Para avaliar os juízos e emoções morais utilizámos uma versão traduzida por Ferreira (2012) da Survey Instrument for Measuring Judgments about Emotions about Exclusion (Malti, Killen & Gasser, 2012) que incluiu três histórias de exclusão de sujeitos com deficiência motora, mental e sensorial. Participaram no estudo 109 adolescentes, de dois grupos etários, os mais novos com média de idade de 13, 06 e os mais velhos com média de idade de 15,05. Os adolescentes mais velhos expressam juízos e emoções atribuídas ao excludente mais positivas que os mais novos, o que sugere uma tendência desenvolvimentista. Embora ambos os grupos expressem juízos positivos sobre a inclusão, evidenciam uma motivação mais baixa para interagir com pares com deficiência que, ainda assim, é mais alta nos jovens mais velhos o que confirma a tendência desenvolvimentista antes referida. Contrariamente ao esperado não foram encontradas associações entre juízos e emoções morais e juízo sobre inclusão; a motivação para interagir está associada à emoção atribuída ao excludente pelo que a atitude concreta perante um par com deficiência parece depender mais da existência de emoções que inibam a tendência para o estereótipo e a discriminação. Tal como esperado, o conteúdo das emoções varia em função do sujeito-alvo: a culpa e a tristeza são as emoções mais atribuídas ao excludente e a tristeza e a raiva são as emoções mais atribuídas ao excluído. Os jovens utilizaram diversos tipos de argumentos para justificar as avaliações efetuadas, predominando os argumentos de equidade e justiça, depois os convencionais e, finalmente, os de empatia. Os jovens relacionam a atitude de exclusão com aspetos de justiça e, portanto, da moral, fazem as suas emoções variar em função do sujeito-alvo e utilizam diferentes argumentos para tender para a inclusão ou exclusão dos pares.
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    As relações entre identidade, integridade e motivação moral em adolescentes
    (2012) Santos, Margarida Rocha; Ferreira, Jorge, orient.
    O objetivo do estudo foi analisar as relações entre identidade, integridade e motivação moral em sujeitos adolescentes. Apoiados numa perspetiva que enfatiza a identidade e as emoções como fatores determinantes da ação moral do individuo, utilizámos três medidas, Prova de Motivação para Ação Moral (Ferreira, 2011), Escala de Integridade (Ferreira, 2011) e o Inventário Psicossocial das Forças do Ego (Markstrom e colaboradores, 1997, traduzida por Ferreira, 2011).A amostra foi composta por 177 sujeitos, 107 do 10º ano, 56 masculinos e 51 femininos (M= 15,62; Dp=,71) e 70 do 12º ano, 25 masculinos e 42 femininos (M=17,49;Dp =,70), de duas escolas secundárias do concelho de Almada. Verificou-se que existem diferenças individuais na consciência moral e na atribuição de emoções o que apoia a perspetiva de que as emoções e a identidade também participam nos processos de motivação moral. Blasi (204) e Ferreira (2011). A intensidade das emoções atribuídas varia em função do tipo de consciência moral. Foi ainda verificada associação entre a integridade e a consciência moral e atribuição de emoções, nas transgressões por mentira e fraude, o que dá suporte à noção que à importância da integridade para a ação moral defendida por Schlenker (2008).
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    Raciocínio lógico-matemático em crianças de 2 e 3 anos de idade : Emergência da Competência de Adição
    (2013) Francisco, Patrícia Alexandra Santos; Aguiar, Maria Stela, orient.
    Nos últimos anos vêm surgindo cada vez mais estudos, que reconhecem limitações à teoria de Piaget, principalmente, ao nível do desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático. Foi objetivo da presente investigação, contribuir para o estudo da sensibilidade à adição, em crianças de 2 e 3 anos de idade, através da observação de sinais fortes de competência na resolução de tarefas propostas. Tais tarefas são baseadas nos estudos de Wynn, onde medem o tempo de olhar de bebés de 5 meses, para resultados possíveis e impossíveis de operações de adição, e nos estudos de Lubin, que comparam diferentes condições de participação das crianças nas tarefas propostas, nomeadamente uma participação passiva e uma participação mais ativa. A amostra deste estudo foi composta por 60 crianças de dois grupos etários: 30 crianças de 2 anos de idade (entre os 24 e os 35 meses, M= 32,5; meses; Dp=2,3 ); e 30 crianças de 3 anos de idade (entre os 36 e os 47 meses, M= 42,6; meses; Dp=3,3 ). Em cada grupo etário, 15 crianças eram do género feminino e 15 crianças do género masculino. Todas as crianças eram de nível socioeconómico médio, de língua materna portuguesa e frequentavam instituições educativas situadas na área de Lisboa. Como principais resultados verificou-se que a utilização da linguagem verbal se tende a acentuar e generalizar com a idade. Apenas, cerca de 3% de crianças de 2-3 anos de idade distinguem corretamente as operações de adição numericamente possíveis (1+1=2) e impossíveis (1+1=3) e fornecem uma justificação verbal e logicamente consistente das suas respostas. Cerca de 87% das crianças observadas ainda não apresenta este padrão de resposta.
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    A identidade moral e a integridade são preditoras da motivação moral?
    (2012) Costa, Ana Mafalda Nunes da; Ferreira, Jorge, orient.
    Com o objetivo de analisar os componentes que induzem o comportamento moral, apoiámo-nos nas teorias psicológicas que admitem a importância do papel das emoções e da identidade na motivação para a ação moral, contrariamente ao que era defendido pelas teorias construtivistas, que apenas referiam a cognição como motor do funcionamento moral. Deste modo elegemos a identidade moral e a integridade como variáveis que podem estar associadas à motivação moral. Participaram 91 adultos emergentes, com idades compreendidas entre os 18 e os 25 anos (M = 20,63; Dp = 2,33), 14 do género masculino e 77 do género feminino. Para avaliar a motivação moral, a identidade moral e a integridade utilizámos respetivamente a PMAM, EIM e EI. Os objetivos foram verificar se existem diferenças individuais na consciência moral e nas emoções atribuídas a atos de transgressão, se a intensidade das emoções auto-atribuídas varia em função da consciência moral, e se a identidade moral e a integridade estão associadas à motivação moral. Os resultados mostram que existem diferenças individuais tanto na consciência moral como na atribuição de emoções. Os sujeitos avaliaram as transgressões de cuidado, não cuidar de parente e infidelidade, com emoções mais negativas e com maior utilização de consciência moral de transgressão, do que as transgressões anti-sociais, fraude e mentira. Verificámos também que a intensidade emocional varia em função da consciência moral. As categorias de Transgressão Identitária e Transgressão estão associadas com emoções mais negativas e as de Transgressão Relativizada e Não Transgressão estão relacionadas com emoções menos negativas. Foi ainda encontrada associação entre a identidade moral e integridade com a motivação moral, mas apenas para as transgressões anti-sociais.
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    Desenvolvimento da identidade em estudantes universitários : o papel dos estilos de processamento e do sentido de vida
    (2012) Coelho, Cátia Sofia dos Santos; Ferreira, Jorge, orient.
    Sabe-se que a definição de identidade tem como base os diferentes estilos de processamento identitários assim como a definição de um projeto, finalidade ou sentido de vida. O objetivo principal deste estudo foi o de compreender como os estilos de processamento de identidade, por um lado, e a definição de um sentido de vida e de objetivos, podem concorrer para o desenvolvimento de uma identidade positiva. Para estudar esta questão foram aplicados cinco questionários: o questionário de dados socio-demograficos, a Escala de Sentido de Vida, a Escala de Objetivos de Vida, a versão traduzida do Psychosocial Inventary of Ego Strenghts e a versão traduzida do Identity Stile Inventory (ISI13).A amostra foi composta por 149 estudantes, sendo 24 do género masculino e 125 do género feminino, de um 1º ciclo de estudos com idades compreendidas entre os 18 e 30 anos. Os resultados demonstraram que os estilos de processamento de identidade e o sentido de vida encontram-se relacionados com a identidade reunindo em si a capacidade proditora da mesma, atuando como fatores independentes.
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    Identidade, purpose e sentido de vida em adolescentes e jovens adultos
    (2012) Parreira, Inês Filipa Coelho de Sousa; Ferreira, Jorge, orient.
    Vários estudos indicam que a identidade vai sendo construída e definida, um processo desenvolvimental onde também acontece a definição de objetivos de purpose e de um sentido de vida. O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre estas três variáveis tendo sido considerado que a existência de objetivos de purpose e de um sentido de vida estão associados ao melhor desenvolvimento da identidade em dois grupos etários, adolescentes e adultos emergentes. As variáveis foram respetivamente avaliadas por uma medida de objetivos de purpose e uma medida de Sentido de Vida que incluía a consciência de ter um sentido de vida e a satisfação com este, construídas para este estudo, e a identidade foi avaliada pela versão reduzida da PIES (Markstrom et al, 1997). As medidas foram aplicadas a 80 adolescentes (M = 16,02; Dp = 0,42) e 80 adultos emergentes (M = 16,02; Dp = 0,42). Verificámos que o sentido de vida, consciência e satisfação, estão associados ao desenvolvimento da identidade, em ambos os grupos; os objetivos de família, amizade e carreira estão associados com a identidade nos adolescentes.
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    Estratégias de resolução de conflitos em adolescentes angolanos e portugueses
    (2012) Alberto, Raimundo Quintas; Aguiar, Maria Stela, orient.
    Pretendemos estudar situações de conflito interpessoal e sócio-moral e comparar as estratégias de resolução que são escolhidas por adolescentes de contextos culturais diferentes. Participaram no estudo 89 adolescentes, 44 portugueses e 45 angolanos, com idades compreendidas entre os 14 e os 16 anos, distribuídos de forma equivalente pelos dois géneros. Foram construídos quatro dilemas que configuram situações de conflito interpessoal e moral habituais entre adolescentes (humilhação, inveja, rivalidade entre grupos e traição amorosa) e foram utilizadas quatro medidas, atribuição de comportamento e de emoção, perceção de ganhos e antecipação de custos. Os resultados revelaram que a escolha de estratégias de resolução de conflitos interpessoais (agressão física, agressão verbal, indiferença, negociação e outras) é insensível ao género, mas varia inter-medidas nas histórias de inveja e de traição, varia com o conteúdo sócio-moral das situações, sobretudo entre a história de traição amorosa e as outras histórias, e varia inter-culturas também para a história de traição, onde se verificam diferenças estatísticas nas três medidas. Os resultados mostram ainda que os adolescentes têm dificuldade em antecipar os custos associados às estratégias de resolução de conflitos interpessoais, pois optam maioritariamente por não responder a esta questão.
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    Exclusão étnica, julgamento moral e emoções morais : estudo em adolescentes
    (2013) Martins, Marta Mendes; Ferreira, Jorge, orient.
    Os pressupostos defendidos na declaração de Salamanca sobre a Educação Inclusiva não são fáceis de concretizar pois as pessoas, por causa de diferenças de sexo, etnia, aparência, etc, têm frequentemente condutas diferenciais. Um dos critérios sociais que mais provoca exclusão social são as diferenças étnicas, um fenómeno mais estudado pela psicologia social. Porém, a atitude de exclusão social pode estar relacionada com a competência moral dos indivíduos, uma relação que foi analisada neste estudo. Para isso recorremos ao suporte da psicologia moral que valoriza o papel das emoções na compreensão das condutas sociais, bem exemplificada nos estudos do vitimizador feliz (e.g., Arsenio & Kramer, 1992; Lourenço, 1998). Nas perspectivas mais recentes da psicologia moral tem sido atribuída grande ênfase à necessidade de analisar cognições e emoções nas condutas morais (e.g., Malti & Latzko, 2010; Turiel & Killen, 2010). Apoiados no estudo de Malti, Killen & Gasser (2012) sobre a exclusão social analisámos os julgamentos e as emoções morais de adolescentes em três contextos, etnia africana, etnia cigana e género, numa amostra de 45 adolescentes, com idades entre os 13 e os 19 anos, através da aplicação de uma versão traduzida da Survey Instrument for Measuring Judgments about Emotions about Exclusion (Malti, Killen & Gasser, 2009). Os jovens avaliaram a exclusão étnica como mais incorreta que a exclusão por género mas não foram encontradas diferenças nos juízos e emoções expressas pelos portugueses e estrangeiros. As emoções de culpa, tristeza, vergonha, atribuídas ao excludente confirmam a avaliação negativa da atitude de exclusão. Porém, a emoção normal que revela indiferença expressa que alguns jovens avaliaram positivamente a exclusão. A intensidade emocional intermédia das emoções atribuídas mostra inconsistência com o juízo moral. Relativamente ao excluído existe consenso pois as emoções de tristeza e raiva foram as mais atribuídas. As justificações dos juízos e emoções atribuídos são de tipo diverso, ou seja, argumentos morais de justiça e igualdade, argumentos de inclusão por empatia e argumentos convencionais relativos à coesão intragrupal. A atitude de exclusão não é estritamente moral pois também é vista em função de benefícios para o funcionamento do grupo. A relação complexa entre juízos, emoções e justificações requisita mais investigação de modo a percebermos melhor os processos psicológicos que induzem a conduta social.
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    Bullying e bem-estar psicológico em alunos dos 2ºe 3ºciclos do ensino básico e secundário
    (2011) Saúde, Ana Catarina Rocha Garganta Correia da; Simões, Carlos, orient.
    A presente investigação incidiu sobre um subtipo de violência, caracterizada por um carácter sistemático, desigualdade de poder e intencionalidade: o Bullying. O estudo deste fenómeno em contexto escolar assume-se preponderante se analisarmos a escola enquanto espaço privilegiado de socialização, educação e transmissão cultural. Importa explorarmos a análise dos comportamentos desviantes, para providenciarmos medidas preventivas. Tendo em conta a incidência deste tipo de comportamentos em contexto escolar, o seu carácter transcultural e as consequências nefastas para o Bem-estar Físico e Psicológico dos diferentes intervenientes, a investigação procurou: descrever as características dos adolescentes envolvidos em condutas de Bullying em função de variáveis sociodemográficas; analisar as associações entre o Bullying e a percepção de Bem-estar Psicológico nos adolescentes; definir modelos preditores para os comportamentos de Bullying em função do Bem-estar Psicológico. Para a avaliação do Bullying foi utilizada a Escala de Vitimação e Agressão Escolar (Cunha, s/d) e para a avaliação do Bem-estar Psicológico a Escala de Bem-estar Psicológico para adolescentes (Bizarro, 1999). A amostra foi constituída por 400 alunos, de ambos os géneros, dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Secundário, em escolas portuguesas. Os resultados evidenciam associações significativas entre o Bullying e o Bem-estar Psicológico na adolescência. O Bullying associa-se positivamente às dimensões negativas do Bem-estar Psicológico. Foram encontrados 11 modelos preditores, apresentando-se as Cognições Emocionais e a Ansiedade com maior valor preditivo face os três estatutos de Bullying (agressores, vítimas e observadores).
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    Criatividade e estatutos identitários em alunos do ensino superior
    (2011) Jacinto, Sandra Guerreiro; Simões, Carlos, orient.
    O estado actual da sociedade, transporta-nos para uma realidade de constantes alterações e cada vez mais ofertas. Esta é uma realidade que exige, ao mesmo tempo uma capacidade de adaptação e um conhecimento de si que permita definir a sua identidade. Estas características encontram-se associadas à de identidade e à criatividade, pelo que se torna cada vez mais pertinente estudar estas variáveis no contexto da educação. Esta investigação tem como objectivos caracterizar os estatutos de identidade e os níveis de criatividade em jovens do primeiro ciclo do ensino superior, fazer uma comparação dos níveis de criatividade nos diferentes cursos e analisar a relação entre estatutos de identidade e criatividade. Para realização deste estudo utilizou-se o instrumento de avaliação dos estatutos de identidade - EOMEIS - 2 de Adams e Bennion (1986) e o Test for Creative Thinking – Drawing Production, forma A de Urban e Jellen (1996) para avaliar a criatividade. Foi recolhida uma amostra de 319 sujeitos do ensino superior e obteve-se como principais resultados que os alunos mais velhos apresentam mais frequentemente um estatuto de identidade achievement; os alunos da área das artes apresentam maiores níveis de criatividade, assim como os sujeitos do estatuto de identidade difusa; e, não foram observadas relações entre os estatutos de identidade e os níveis de criatividade.
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    Caracterização dos níveis de criatividade numa amostra de alunos surdos : um estudo exploratório
    (2010) Frango, Paula Cristina Barreto; Nogueira, Sara Ibérico, orient.
    Este estudo avaliou os níveis de criatividade numa amostra de 123 sujeitos surdos, alunos do 1º e 2º ciclo das Escolas de Referência para o Ensino Bilingue de alunos surdos em Portugal, sendo 70 do sexo masculino e 53 do sexo feminino, maioritariamente de nacionalidade portuguesa e com uma média de idade de 11,05 anos. O Test for Creative Thinking - Drawing Production - TCTP-DP de Urban & Jellen (1996) foi a medida utilizada. Encontramos na nossa amostra, um nível de criatividade de 16 pontos, significativamente abaixo da média padronizada. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas nos níveis de criatividade entre os sujeitos relativamente à idade; posição na fratria e nível socioeconómico. Quanto ao sexo, foi encontrada uma diferença estatisticamente significativa a favor dos rapazes num dos critérios de não convencionalidade. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas em alguns critérios do TCT-DP, relativamente ao nível de escolaridade e aos anos de escolaridade. Foram igualmente encontradas diferenças estatisticamente significativas em alguns critérios do teste, relativamente à idade de início de uso de suporte auditivo, a favor daqueles que mais precocemente iniciaram o seu uso e à idade de aprendizagem de Língua Gestual Portuguesa, igualmente a favor daqueles que mais precocemente iniciaram a sua aquisição, designadamente entre o nascimento e os dois aos de idade.
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    Criatividade e autoconceito : um estudo exploratório com crianças do 5º ano de escolaridade
    (2010) Santos, Marisa Caetano dos; Nogueira, Sara Ibérico, orient.
    É em 1950, após a palestra proferida por Guilford na conferência intitulada ‘Creativity’, que se despoleta o grande início da investigação sobre a criatividade. Os teóricos que têm realizado investigação neste campo salientam a importância e a necessidade cada vez maior de se ser criativo, num mundo em que se vislumbra um progresso sem precedentes. Neste sentido, para que sejam implementados programas que promovam a criatividade, é importante que existam instrumentos que a avaliem adequadamente, tal como se realizem estudos a fim de compreender a sua relação com outros constructos cruciais do desenvolvimento humano (Bahia & Ibérico 2005). Desta forma, uma vez que existe uma enorme lacuna a nível de instrumentos de avaliação dos níveis de criatividade aferidos para a população portuguesa, este estudo propõese começar por avaliar e caracterizar os níveis de criatividade numa amostra de 203 crianças do 5º ano de escolaridade, assim como, compreender o tipo de relação entre a criatividade e o autoconceito, de forma a perceber se estas variáveis se correlacionam. Para o efeito foi utilizado um protocolo constituído pelo Teste de Pensamento Criativo - Produção Desenhada de Urban e Jellen (1996), pela Escala de Autoconceito para crianças e pré-adolescente de Susan Harter, adaptação portuguesa de Martins, Peixoto, Mata e Monteiro (1995), e uma ficha de dados sócio-demográficos. No que se refere aos principais resultados, foi detectada uma correlação positiva embora fraca entre os níveis de criatividade e os níveis de autoconceito avaliados pelas dimensões Competência Escolar, Competência Atlética e Aparência Física, da Escala de Autoconceito. O que sugere que a criatividade e o autoconceito evoluem no mesmo sentido em que, por exemplo, elevados níveis de criatividade se encontram associados a altos níveis de autoconceito.