Mestrado em Justiça Juvenil e Proteção de Crianças e Jovens em Perigo
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Percorrer Mestrado em Justiça Juvenil e Proteção de Crianças e Jovens em Perigo por assunto "AUTOCUIDADO"
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Item Práticas de autocuidado e burnout em técnicos das comissões de proteção de crianças e jovens(2023) Campos, Daniela Filipa Eusébio de; Lamela, Diogo, orient.A investigação tem demonstrado que o fenómeno de burnout apresenta incidência nos trabalhadores sociais, em específico nos profissionais de apoio infantil. No entanto, esta temática é pouco explorada nos profissionais que trabalham nas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). O presente estudo apresentava três objetivos. O primeiro objetivo foi descrever as práticas de autocuidado de técnicos das equipas da Comissão Restrita de Proteção de Crianças e Jovens (CRCPCJ). O segundo objetivo foi examinar associações entre as práticas de autocuidado pessoal e práticas de autocuidado profissional com as dimensões do burnout. Por fim, o terceiro objetivo foi examinar se existiam diferenças ao nível das práticas de autocuidado e burnout em função de características sociodemográficas. A amostra foi constituída por 91 participantes, sendo 92% do género feminino. A idade dos participantes variou entre os 21 e 64 anos de idade. Foi conduzido um inquérito online na plataforma Qualtrics para recolha de dados. Os resultados evidenciaram que as práticas de autocuidado pessoal mais recorrentes foram rir, participar em atividades que dão prazer e aceitação de ajuda por parte de outras pessoas. As práticas de autocuidado pessoal com menor frequência foram a prática de atos religiosos e exercício físico. Quanto às práticas de autocuidado profissionais, o direito a tirar férias, a capacidade de resolução de problemas e a procura de novos desafios profissionais foram as mais frequentes. No entanto, a reserva de tarefas laborais para horas específicas ao longo do dia de trabalho foram identificadas como menos frequentes pelos participantes. Quanto ao segundo objetivo, o estudo demonstrou que as práticas de autocuidado pessoal e as práticas de autocuidado profissional estavam positiva e fortemente relacionadas. As dimensões do burnout estavam significativamente correlacionadas entre si. Por fim, as práticas de autocuidado pessoal, as práticas de autocuidado profissional e o burnout face às características sociodemográficas demonstraram não estar associadas com o número de anos de experiência profissional, o número de processos atuais na CPCJ e o número de horas de formação. De igual forma, não foram encontradas diferenças nas práticas de autocuidado pessoal, as práticas de autocuidado profissional, o burnout em função do género e tempo em anos como membro das comissões restritas da CPCJ. No caso do nível de educação, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas quanto às práticas de autocuidado profissional.