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Percorrer Entretextos por assunto "ACTION RESEARCH"
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Item A Educação Inclusiva não é uma utopia(Edições Universitárias Lusófonas, 2010) Catrola, Manuela; Silva, Maria Odete Emygdio da; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA inclusão dos alunos considerados com necessidades educativas especiais (NEE) implica mudanças a nível da organização da escola, em particular quando os alunos têm problemáticas complexas como é o caso do autismo. Sendo uma questão de direitos, a inclusão atravessa dimensões que se prendem com deontologia, ética e valores. É nesse sentido que ela não pode perspectivar-se sem ser em termos de educação inclusiva. Com esta comunicação queremos apresentar alguns dados relativamente à intervenção que realizámos numa turma do 3º ano, na qual havia um aluno diagnosticado como tendo perturbações do espectro do autismo. De acordo com Hobson (1995), estas perturbações implicam, de um modo geral, anomalias na capacidade de relação; dificuldade em partilhar experiências com os outros; dificuldade na compreensão das reacções de medo ou de mal-estar manifestadas por quem os rodeia; problemas no uso adequado das regras de comportamento social; anomalias na autopercepção e expressão de sentimentos; uso descontextualizado de acções, atitudes e de linguagem; anomalias no desenvolvimento do vínculo afectivo aos outros; problemas na definição da autoconsciência. Partindo do pressuposto que a interacção que se estabelece num grupo é fundamental para a aprendizagem de todos, a nossa intervenção, cujos fundamentos assentaram na investigação-acção, procurou que o trabalho desenvolvido com todos e para todos se organizasse inicialmente a pares e depois em pequenos grupos, de modo a criar condições facilitadoras da comunicação e, consequentemente, da aprendizagem. A sua avaliação permitiu-nos concluir acerca da importância deste processo investigativo e da educação inclusiva. Perspectivado como um elemento da turma pelos seus colegas e sentindo-se a fazer parte da mesma, este aluno fez aprendizagens significativas a nível académico e social. A turma tornou-se mais coesa e, sobretudo, mais solidária, na medida em que ajudar, colaborar e cooperar, passou a ser uma situação comum.Item Português para todos : estreita relação entre língua portuguesa, interculturalidade e inclusão social(Edições Universitárias Lusófonas, 2012) Leal, Marcelino; Sanches, Isabel Rodrigues; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoPara existir inclusão, as leis não são o suficiente. Mais importante é haver uma correta forma de sentir e agir por parte do público em geral, não anulando a diferença (seja física, cognitiva, cultural, linguística ou religiosa). No que diz respeito aos imigrantes, as comunidades locais de acolhimento têm um papel importante na promoção da inclusão e igualdade de oportunidades, passando isto também pelo ensino da Língua Portuguesa [LP]. E, como adjuvante em todo este processo, aparece o formador do curso de Português Para Todos [PPT], com atuação em três ambientes (sala de aula, escola e comunidade local) e com três responsabilidades básicas: envolver o imigrante nas situações de comunicação em LP, tornando-a um facilitador e não um obstáculo e fator de diminuição; sensibilizar e dinamizar a comunidade socioeducativa, atribuindo à LP o devido destaque no processo da inclusão; e promover uma interculturalidade dinâmica, estreitando as relações formandos-escola-comunidade. E foi este o trabalho que se realizou numa escola do Algarve com cidadãos imigrantes do norte da Europa, resultando num Trabalho de Projeto de mestrado intitulado Português Para Todos: a aprendizagem da Língua Portuguesa como facilitadora da Interculturalidade e da Inclusão Social. Depois da investigação teórica e de campo (com recurso a métodos de pesquisa e de análise de informação), foi possível conhecer melhor as temáticas abordadas, o curso de PPT (objetivos e organização), a entidade formadora, os formandos, o contexto local, a situação inicial a ser mudada e traçar os objetivos e o plano de intervenção. O Trabalho de Projeto realizado permitiu tornar visível o contributo que o curso de PPT pode dar quer na aprendizagem da LP quer na interculturalidade assentes numa dinâmica educativa que ocorra tanto na sala de aula como no seio da comunidade escolar e local. Tratou-se de um trabalho de investigação-ação pertinente por: divulgar exemplos de trabalho e de valoração social que podem ser seguidos, melhorados e adaptados a outros contextos; e por deslocar a investigação para os locais alvo de intervenção, o que possibilita avaliações e reflexões constantes e, portanto, uma paulatina construção do saber.