FCAATI - Faculdade de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
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Item Propostas do arquiteto José Loureiro para a mudança do perfil da cidade do Porto na década de 50 e 60(2013) Valente, José Manuel Portugal Couto; Rosa, Edite Maria Figueiredo e, orient.Esta dissertação pretende analisar a importância dos fundamentos modernos, na formação do Arquiteto José Carlos Loureiro e da consequente utilização dessas influências nas suas primeiras obras. Não podemos realizar uma correta analise dessas obras, sem avaliar ainda de que de forma limitada, os fundamentos modernos internacionais e as condicionantes Portuguesas, especialmente a situação da Escola do Porto, local de formação do Arquiteto e docência. Os avanços tecnológicos do início do século XX permitem o surgimento do fenómeno moderno na arquitetura e nas artes, sustentado pelo crescimento das cidades e pela consequente necessidade de habitações e equipamentos. Este crescimento origina problemas de espaço e organização urbana. Em função dos novos desafios os arquitetos organizam-se, de forma a acompanhar o processo evolutivo das cidades, com o recurso às novas técnicas construtivas disponíveis. Faltava no entanto uma fórmula que permitisse resolver os problemas das cidades do fim do séc. XIX. Para isso os arquitetos formaram o movimento denominado CIAM «Os Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna», com o objetivo de criação de regras e princípios, em resultado do debate de ideias e na experimentação, que permitissem solucionar os problemas das cidades. Este debate terá dado origem á Carta de Atenas, que servirá durante alguns anos como regulamento geral para a arquitetura e urbanismo das cidades modernas. É nesse panorama que surgem nomes como Le Corbusier, Mies Van der Rohe ou Alvar Aalto, Frank Lloyd Wright que em diferentes tempos e países, criarão diferentes interpretações formais do Moderno, influenciando várias gerações de arquitetos em vários países. Em Portugal, por questões de isolamento, a influência terá um maior impacto nos anos 50 do século XX. Com a mudança de paradigma na forma de projetar a Cidade, que do modelo mecanicista passa ao modelo aberto, com um enquadramento local de vertente natural ou vernacular, terá um destaque nas intervenções urbanas, principalmente na Cidade do Porto. De facto as tendências artísticas presentes no trabalho de alguns arquitetos modernos moldaram e influenciaram a obra e método do arquiteto José Carlos Loureiro, tendo feito o arquiteto se debruçar sobre os novos modelos para as Cidades Parque, Habitação/Equipamento em Altura, e as novas Formas de Habitar. A liberdade relativa dos arquitetos no Porto, demostrada por uma relativa abertura da Escola de Belas Artes do Porto às novas experimentações formais modernas, terão dado origem a novos profissionais, com a força necessária para a criação de um movimento fundador de divulgação dos ideais modernos, a Segunda Geração de Arquitetos Modernos, tendo esta geração deixado marcas no 1.º Congresso de Arquitetura Portuguesa em 1948. Por consequência, os novos arquitetos modernos formados neste período, alguns pertencentes ao grupo ODAM, apresentaram novas soluções urbanas, relacionando as novas formas modernas com as condições locais, dando origem a projetos como o Edifício Parnaso ou o Conjunto Luso, do Arquiteto José Carlos Loureiro.