FCSEA - Artigos de Revistas Internacionais de Divulgação Científica

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    Poéticas africanas
    (Marca DÁgua Publicações e Projetos, 2022) Leite, Pedro Pereira
    No âmbito dos trabalhos de preparação da Galeria de trovadores e jograis e segréis do Romanceiro em Língua Portuguesa, que o Museu da Autonomia apresentou em 2021, e que foi parcialmente publicado nesta revista , verificamos que a partir do século XVIII (num processo que se acentuou ao longo do século XX), a questão do locus da produção poética começou a ganhar relevância. A afirmação duma língua num determinado espaço traduz simultaneamente uma questão prática e política. Vimos que do ponto de vista da sua função ela constitui um instrumento natural de comunicação entre os humanos dum dado grupo, constituindo uma forma de expressão poética. A sua forma foi evoluindo a partir duma raiz antiga, dita vulgar, misturando-se entre outras, influenciando e sendo influenciada por interações diversas, até que se constitui como um corpo autónomo, com uma gramática, uma sintaxe e um vocabulários que se individualizam de outros territórios. A poética, com os seus estilos e modas, acompanhou esse processo. Do ponto de vista político, a partir do século XVIII a língua torna-se também um instrumento de poder. Quem domina e utiliza o código constitui-se simultaneamente usuário credenciado e senhor da ferramenta da comunicação. Uma ferramenta que é instrumento de dominação e regulação do outro. Não é portanto qualquer coisa que seja neutra. Há uma intenção no uso para além da expressão poética. Há um lugar da expressão e uma forma da expressão que é relevante. Foi essa questão que se foi evidenciando na abordagem da questão poética em língua portuguesa, à medida que, no tempo histórico emergiam diferentes lugares de enunciação. Primeiro nas Américas, e depois na África e Oriente. Ora esse instrumento de comunicação em que a língua portuguesa se constitui é, nesse caso um legado do processo colonizador. E nós ao observarmos o potencial de libertação da poética, não podemos deixar de equacionar, de que forma é que essa libertação se concretiza através do uso da língua, quando esse instrumento de dominação se transforma em instrumento de libertação. Pensando dessa forma a língua que não só é um fator relevante na formação de novas culturas e novas identidades, como é um canal de construção de inovação. De ferramenta de dominação, da invasão e de criação de subalternidade, a poética emergem como criadora de autonomia e pensamento. A crítica pós-colonial e decolonial defende muitas vezes que é necessário resgatar o silêncio das memórias, de reabilitar o apagão cultural e identitário das línguas nativas. Mas ao analisarmos o que é hoje o corpus de produção poética das diferentes linguagens estéticas verificamos que elea acabam por se exprimir através das várias ferramentas linguísticos, incluindo a apropriação criativa da língua portuguesa. Estamos pois perante um ato libertador, em que a apropriação do instrumento de opressão de transforma no instrumento da sua própria libertação, criando novas sonoridades e ritmos. Sem esquecer que essa é uma discussão aberta, há que ter ainda em linha de conta que em muitos desses lugares ainda se verificam outros diálogos com as línguas mães ou nativas desses territórios, produzindo diversos crioulos. Ou seja no universo pan africano de língua portuguesa há lugar para outras especificidades (como por exemplo na Guiné-Bissau e Cabo Verde) que se constituem como outras experiencias poéticas. Para já, neste volume tratamos apenas da forma como evoluí a poética na língua portuguesa nos territórios africanos. Deixamos deliberadamente de parte, o caso do Brasil (que será trabalhado num outro volume) e dos crioulos africanos (que será tem de outro volume). Num curto apêndice abordamos a geografia de crioulos no Oriente. Este volume dá corpo aos conteúdos expositivos do Museu da Autonomia.
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    Trovas da Liberdade - Sementes de Futuros : Galeria de trovadores, jograis e segréis do Romanceiro em Língua Portuguesa I
    (Marca DÁgua Publicações e Projetos, 2021) Leite, Pedro Pereira
    Numa das propostas de museologia social que fizemos em 2020 (https://recil.grupolusofona.pt/bitstream/10437/11729/1/sementes1redux.pdf) apresentamos a criação duma galeria ou jardim de Poetas num para equipamento dos museus nacionais. (Panteão Nacional). Recolhemos na altura algumas ideias com o intuito de mais tarde desenvolver esse projeto no espaço público, como alternativa à natureza da “celebração da morte” que o equipamento mostra. Procurava-se com este projeto celebrar a vida através da criatividade dos “portugueses ilustres”, tendo na altura da proposta exemplificado com os poetas. Tendo-se gorado essa proposta, aproveitamos o trabalho feitos para desenvolver uma galeria digital. Por que fazer isso? Ao longo dos anos de observação sobre os processos de museologia social, fomos notando que havia uma ausência sistemática das tradições e poéticas da oralidade e da performatividade. A linguagem e em particular a língua é a ferramenta da formulação dos enunciados. A liberdade é primeiramente expressa na fala. E em particular é cantada para melhor se configurar no mundo. Cantada é poesia pura. Muitas vezes, com fala ou sem fala, a liberdade também se exprime pelas linguagens do corpo que corporizam os sentidos e os afetos. Mas o seu contrário, a opressão é também expressa através da fala e sobretudo pelo domínio do corpo. Se na opressão, o corpo é encarcerado, castigado ou mesmo mutilado, o pensamento é um campo de liberdade individual. Se essa evidência, da dimensão opressiva do discurso e do corpo, foi ao longo da história um instrumento de dominação do outro, não deixa de ser verdade que as linguagens do pensamento e do corpo também são as ferramentas da liberdade, que cantam e dançam, tanto a liberdade como o reconhecimento da opressão. Ambas, a celebração da liberdade e o reconhecimento da opressão e da resistência, são componentes necessárias da autonomia cidadã e do pensamento critico. Independentemente deste quadro de categorização, a expressão poética é sempre uma expressão de liberdade. Uma ação de emancipação social com base na consciência crítica. O psiquiatra argelino Franz Fanon no seu Livro "Peles Negras - Mascaras Brancas" desmonta alguns dos estereótipos que fundam os Estudo Decoloniais, e que mostram a necessidade de reconhecer-se a si e os outros como condição de emancipação. (https://museueducacaodiversidade.com/galeria-educadores/#jp-carousel-1996). Como temos vindo a defender em várias trabalhos sobre o pensamento decolonial, nos dias de hoje, não basta declarar e reconhecer os processos de dominação do outro. É necessário construir alternativas e é necessário testar essas alternativas. Por essa razão, e com esse objetivo, porque a poética representa o potencial libertador da palavra afirmando a utopia e autonomia crítica abordamos os jograis e trovadores da liberdade em língua portuguesa. Uma poética que transita na expressão escrita, cantada, musicada ou dançada.
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    Sementes de Futuros: Programas e Planos em Museologia Social
    (Marca DÁgua Publicações e Projetos, 2021-02-14) Leite, Pedro Pereira
    A 31 de janeiro faço dez anos do meu doutoramento em museologia na Universidade Lusófona. Este número (#29) dos Informal Museologia Studies apresenta uma síntese dos trabalhos de planeamento de museus. Uma síntese que vêm desde o trabalho pioneiro de planeamento do museu do Tejo, no âmbito do Parque do Almourol, em tempos pensado no programa Valtejo, da área metropolitana de Lisboa em 1998, até aos programa pensado em 2020 para vários museus em Moçambique, na Guiné-Bissau e em Portugal. Com isso procuro marcar uma reflexão sobre a forma de planear em museus socias. É uma reflexão que evoluiu do tradicional para a rutura. Para uma rutura com a ideia tradicional de museu. A ideia de plano tem como objetivo definir um roteiro de ação. Implica marcar um quadro de referência duma determinada realidade, identificar dinâmicas e oportunidades de ação, definir problemas da resolver, fixar objetos e delinear caminhos para a resolução desses problemas. No caso dos museus, este processo de elaboração dum plano pressupõe que existe uma vontade de museu. Com isso o plano torna-se numa ferramenta que se torna indispensável na sua afirmação na sociedade. Nos casos dos museus socias, esse desafio de relevância é naturalmente duma exigência superior. Uma exigência que todavia não encontra uma correspondência no conjunto de publicações de quem defende a “função social” dos museus e os seus novos desafios, criados pela Recomendação da UNESCO sobre museus em 2015: Um plano museológico para museus sociais é um instrumento de formação de conhecimento sobre a sociedade (comunidade) sobre as coleções (objetos socialmente relevantes) e sobre o espaço e o tempo (território), procurando dar indicações sobre o quadro de referências da ação e sobre s procedimentos a desenvolver para alcançar a missão do museu social. Nele se encontram as prioridades, os principais caminhos a desenvolver, as formas de acompanhar e avaliar as ações para verificar a sua conformidade com os objetivos delineados. Como se pode facilmente entender, o Plano Museológica é praticamente um documento fundador da vontade de museus, a partir do qual se desenvolvem as ações museológicas de coleta, salvaguarda, documentação, pesquisa, e comunicação. É também um documento integrador das ações dos museus na comunidade em que se insere, na sua relação com outras instituições. De um modo geral, embora pensado como documento fundador, o plano museológico é um documento que, periodicamente exige a sua revisão. Tal como a sociedade se transforma, também aquilo que é exigido aos museus se vai transformado, ajustando-o às várias dinâmicas que enfrenta na sociedade.
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    Cartas da Guiné Experiências de Educação Patrimonial
    (Marca DÁgua Publicações e Projetos, 2020-03) Leite, Pedro Pereira
    Neste número dos Estudos de Museologia Informal, apresentamos o Diário da Vigem à Guiné-Bissau, realizada nos primeiros meses do ano de 2020. Escrito ao sabos dos dias, será melhorado e revistado em função dos fluxos do pensamento sobre a experiencia e sobre o lugar. Bibaque – Bijagós, março de 2020
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    Museologia Social e Arte Pública
    (Marca D’Água - Edições e Projeto, 2020) Leite, Pedro Pereira
    Neste número dos Estudos de Museologia Informal, que terá uma edição em inglês, apresentamos uma reflexão sobre as galerias de arte publica nas cidade contemporaneas. Integramos estas análsie, que temos vindo a fazer desde 2012, quando visitamos o Museu de Casas Tela no Rio de Janeiro, e demos conta de que as cidades dse estavam a tornar em espaços museológicos. Tal como aconteceu nos museus de paisagem no norte da Europa noa anos 20 e 30, lugares, que como sabemos influenciaram o que ficou conhecido como os movimentos dos eco-museus propostos por Huges de Varine nos anos setenta, estes novos tipos de museus surgem de um modo geral em todas as cidades centporâneas. Dum lado como fazendo parte de movimentos em que os museus saem para a rua, noutros como expressa vontade de intervenção social para a inclusão, ou mesmo noutros casos como formas de intervenção estética e social. Temos pois vindo a analisar este movimento em diversas cidades, Lisboa, Rio de Janeiro, Maputo, Buenos Aires, Bogotá, Madrid, Tiblsiti, Ereven Londonderry, Córdova. Acontece que nos trabalhos que fomos fazendo acabamos por verificar que esta nova museologia em espaço urbano, acaba por se inserir num contexto de transformação artística. Estamos pois perante um momento de transformação do real. Um momento, que como temos vindo a chamar a atenção, acompanha uma mutação nas funções ou papéis das instituições sociais. Por isso, o debate que ao longo deste ano ocorreu no ICOM, sobre o conceito de museu, sofre dum equívoco fundamental Isto é quanto a nós as instituições de memória (museus, bibliotecas e arquivos) eixaram de se definir pelos seus conteúdos formais, pela sua configuração, para se transformarem em algo que é uma exigência processual. Temos vindo a defender que o que é relevante são os processos de trabalho com a memória e o património para enfrentar os novos desafios societais. Este é um propósito deste trabalho.
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    Pedagogia Crítica e Autonomia: Metodologia e Epistemologia
    (Marca D’Água - Edições e Projeto, 2020) Leite, Pedro Pereira
    As abordagens da pedagogia da autonomia, de influência libertária, distinguem habitualmente os objetivos educativos em três categorias: • as pedagogias da emancipação, que se preocupam com o desenvolvimento dos indivíduos e ou transformação da sociedade. Que constitui o objetivo das práticas pedagógicas que se defendem; • a educação como reprodução de saberes, técnicas e valores, que correspondem a práticas de processo autoritários que visam a reprodução acrítica de conhecimento, e por isso é criticada. • e a “pedagogia da redenção”. Este último caso, da pedagogia de redenção, é pouco usada na conceção de sistemas de educação formais, remetendo-se para outras instituições sociais, de correção e ou de formação de adultos. É também alvo de crítica pela pedagogia da autonomia. A pedagogia da autonomia de influência libertária insere-se nas propostas de ações transformadoras dos indivíduos e da sociedade, acentuando a dimensão libertária, não violenta e autogestionária dos processos, propondo economias solidárias, de respeitos pela natureza e pela sua diversidade. Como prática educativa parte da participação dos alunos em grupos, valoriza os processos de decisão pela democracia participativa. A pedagogia libertária tem vários pontos de convergência com algumas propostas pedagógicas, como o Método Moderno, O MEM, A Educação para Paz, A educação para a liberdade. Propõe ainda um reconhecimento do ser em contexto como guia para o reconhecimento do mundo. A experiencia pedagógica passa pela produção de conhecimento relevante em grupo, da reflexão das experiencias vivenciadas e na proposta de desenvolvimento de processo de ação autogestionados. O processo educativo é sempre anti autoritário, não violento de não diretivo. O papel do professor é nesse sentido um mediador que ajuda e aconselha no desenvolvimento de atividades, podendo efetuar alguma tutoria não diretiva, partindo da identificação que cada aluno faz das suas necessidades. Com base no trabalho em grupo, cada indivíduo tem a liberdade de escolher participar. Mas o grupo deve discutir todas as questões, e deve desenvolver atividade de integração dos vários membros. A pedagogia da autonomia procura desenvolver os conhecimentos relevantes. Por essa razão, a medida de avaliação dos processos é a sua adequação à prática social e em relação ao seu potencial de uso. Alexander Neil e Carl Rogers são figuras influenciadoras da Pedagogia da autonomia. É necessário não esquecer as propostas dos libertários catalães no início do século XX, como Francisco Ferrer. Na América do Sul nota-se a influência de Michel Lobrot, Paulo Freire e Fals Borda. Na Europa, por vezes refere-se a influência do trabalho de Célestin Freinet, e do Movimento de Escola Moderna. Algumas escolas “Paideia” Escola Livre; Orfanato Cempuis (1880 – 1894), de Paul Robin, O movimento das Escolas Modernas (1901 – 1953), iniciado por Francesc Ferrer i Guàrdia, A Colmeia (1904 – 1917), de Sébastien Fauré. Summerhill (1921 – atual), de Alexander Neil. Ainda no campo do trabalho de projeto, recolhe com alguma crítica as propostas de escola democrática de William Kilpatrick e John Dewey, A pedagogia para a autonomia é uma pedagogia não diretiva. Procura o reconhecimento da diversidade cultural, e assumir a diferença como experiencia significativa da construção da realidade. A consciência da realidade, na pedagogia da autonomia, parte da necessidade de reconhecer a relação do eu e do outro em contexto, de compreender a relação das identidades coletivas com as diferenças. A consciência da realidade implica o reconhecimento da ação como processo transformador. A realidade pode ser transformada pela ação, mas também implica a consciência da realidade como algo inacabado, em, processo, que está constantemente em construção. O objetivo deste número dos Estudos de Museologia Informal é o de contribuir para a constituição duma galeria das propostas sobre a epistemologia e a metodologia dos processos educativos com base na pedagogia do projeto, passando por alguns educadores que influenciam esta corrente pedagógica. Noutro número trabalharemos as experiências de Paulo Freire na Guiné-Bissau.
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    Pedagogia e Autonomia
    (Marca D’Água, 2019) Leite, Pedro Pereira
    A pedagogia para a autonomia é uma pedagogia não diretiva. O objetivo deste número dos Estudos de Museologia Informal é o de contribuir para a constituição duma galeria de educadores que influenciam esta corrente pedagógica. Não faremos a sua análise crítica que será alvo duma publicação posterior, de que este trabalho é um elemento preparatório. Por isso faremos um movimento cronológico sobre o pensamento pedagógico crítico, para no final abordamos várias experiencias, quer na Europa, quer na América do Sul. Infelizmente não encontramos experiencias de pedagogia para autonomia em países africanos. Continuaremos a pesquisar sobre esta questão.
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    O que é e para que serve o Património?
    (2018) Leite, Pedro Pereira
    Neste número dos Informal Museology Studies apresentamos três textos sobre a problemática do “ato Patrimonial em contexto urbanos. Tratam-se de três artigos em que damos conta da necessidade de desenvolver ações afirmativas com base na intervenção patrimonial na cidade. No primeiro artigo damos relevo ao debate sobre a educação patrimonial, no âmbito do ano Europeu do Património Cultural (2018), no qual fomos refletindo no site “Global Education and Cultural Diversity, sobre a forma de postais, e que aqui se reúnem numa forma única. O segundo artigo, resulta da nossa intervenção no Seminário do CANO, o Comité do ICOM para os museus de cidade, que se realizou em Frankfurt, em Junho de 2018, onde apresentamos algumas experiencias que se tão a desenvolver na cidade de Lisboa. O terceiro artigo, e constituído pela nossa intervenção na XIX Conferencia Internacio0nal do MINO, que se realizou em Bogotá na Colômbia, e que será publicada em livro da atas, que tarda a surgir. No ato patrimonial defendemos que existem duas práticas de ação patrimonial para o desenvolvimento de políticas culturais publicas para a diversidade na contemporaneidade: Através da Educação patrimonial e por via da intervenção associativa. Estes artigos procuram demonstrar essa evidência e as suas possibilidades. As imagens são da XIX Conferencia do MINOM, tiradas em Bogotá, Colômbia.
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    Uneasy lies Rivara's chair
    (Goan Observer, 2016) Souza, Teotónio R. de
    Prof. George Moraes belonged to a generation of Indo-Portuguese historians who believed in Portugal’s civilizing mission, which he sought to emphatically distinguish from the colonial performance of the English and the Dutch, “who were bent solely on trade and wars”. Prof. Moraes added that it should not be forgotten that it was the Goan Priest and the Goan doctor that assisted Portugal in its civilizing mission in Portuguese Africa. Concluding his paper Prof. Moraes added a wish: "It would indeed be a fitting tribute to his memory and grateful acknowledgement of his services to Indian history if a group of scholars would come forward to prepare a centenary memorial edition of his works which are very rare but of whose immense usefulness there can be no two opinions.” We saw the death centenary and also the birth bicentenary of Cunha Rivara pass away a few years ago. I had the privilege of speaking in a memorial event organized by the Municipality of Arraiolos on 20th June 2009, and to deliver a commemorative lecture at the Public Library of Evora that same week. A summary of those lectures may be read at the website of Ciberdúvidas da Língua Portuguesa [http://bit.ly/1rTDVWt]
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    Camões, the harbinger of national calamities
    (The Goan Everyday, 24/10/2016) Souza, Teotónio R. de
    The Goan freedom-fighters blew up the larger than life size statue of Camões in the neighbourhood of the See Cathedral of Goa when the Portuguese were commemorating the fourth centenary of his death. It was not for the first time that Camões must have felt unwanted in Goa. If he decided to leave back to his country, that was probably motivated by his fear that his jewish background and his friendship with Garcia da Orta had made him a likely target of the Inquisition. Garcia da Orta had published his Colóquios in Goa in 1563, and it carried the first published ode of Camões. Garcia da Orta died in 1568 and the Inquisition burned his sister in 1569. Later they exhumed his bones and burned them. In the meanwhile Camões had scooted away.
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    Processos Patrimoniais Africanos: Guião de Aula Aberta
    (Marca d'Agua, 2015) Leite, Pedro Pereira
    Neste número apresentamos o guião da aula aberta no Mestrado de Estudos Africanos, em 15 de maio de 2015 na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Uma participação feita por convite da nossa amiga Isabel Galhano Rodrigues, coordenadora do curso, a quem mais uma vez agradecemos. Com a duração de cerca de quatro horas optamos por apresentar de forma sintética a proposta de metodologia do sociodrama com processo de trabalho sobre processos africanos. A partir duma reflexão crítica sobre patrimónios e processos patrimoniais em África, discutimos as questões da oralidade e da performatividade das culturas africanas. Procuramos situar a reflexão teórica a partir da apresentação de casos práticos, escolhidos a partir de experiencias de trabalhos de campo. A questão da abordagem aos patrimónios e processos patrimoniais africanos, como já por várias vezes salientamos, é um conceito que tem que ser usado com cuidado na medida em que África e os seus processos apresentam uma diversidade interna que não se podem reduzir a partir de alguns casos. Nos Estudos do Património há contudo uma questão que se tem vindo a acentuar, a dicotomia entre material e imaterial, que os processos patrimoniais africanos acentuam, e que tornam útil essa abordagem. O objectivo principal da aula foi propiciar uma consciência sobre essa “falsa consciência” sobre o património. Uma falsa consciência que os trabalhos sobre a oralidade e a performatividade permitem evidenciar. Como alternativa de construção da relevância apresentamos as questões da função social dos patrimónios, a partir da qual se constituem métodos de análise e propostas de ação. Pensamos, pelas palavras finais dos balanços dos participantes, que esses objetivos terão sido alcançados. Neste trabalho apresenta-se ainda como uma primeira síntese de abordagem, a relação entre cultura e desenvolvimento, questão que nos dias de hoje se tem assumido como questão transversão no nosso trabalho.
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    Cultura e Desenvolvimento?
    (Marca d'Agua, 2015) Leite, Pedro Pereira
    Neste número dos Informal Museology Studies apresentamos um pequeno texto sobre a relação entre a cultura e o desenvolvimento. O texto começou a ser elaborado à alguns meses, e procura ser um contributo para a operacionalização da relação entre a cultura e o desenvolvimento. O texto serviu de base para a aula do seminário no âmbito do III Curso Avançado de Museologia, que se realizou em Portalegre, em Agosto. Do debate que se ralizou como o grupo de alunos foi muito estimulante e levou-nos a efectuar uma revisão. Este texto é apresentado num momento em que se inicia, nas Nações Unidas em Nova York, a discussão sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: os ODS, que vão substituir os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (2000-2015) e que irão marcar a agenda a comunidade internacional até 2030. A questão que queremos neste trabalho salientar, e por isso colocamos um ponto de interrogação na relação que estabelecemos no título: Cultura e desenvolvimento?, procura operacionalizar as possibilidades de intervenção das organizações e das práticas culturais no âmbito de projetos de desenvolvimento sustentável. Defendemos que se isto sucede – a ausência da cultura como objectivo da ação nos ODS - caberá portanto ás organizações culturais procurarem, em contexto adverso, afirmar o contributo dos projetos culturais como vetor de desenvolvimento sustentável das comunidades. Como colocar a cultura como quarto pilar do desenvolvimento sustentável. Será uma propositura viável? Será possível concretizar o desenvolvimento sustentável assente apenas nos seus três pilares: -desenvolvimento económico, desenvolvimento social e preservação ambiental, sendo a cultura algo de transversal a eles? Ou, pelo contrário, a cultura pode aportar algo de distintivo ao desenvolvimento sustentável?
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    A Dignidade Humana e uma Nova Narrativa para a Europa
    (27/09/2016) Leite, Pedro Pereira
    Neste número dos Informal Museology Studies apresentamos o texto do Professor Carlos Carranca que serviu de base à sua intervenção na Tertúlia “Café Europa” realizada no dia 6 de março de 2015 na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Segue-se um pequeno texto que acompanha a exposição sobre “Uma nova narrativa para a Europa” que realizamos para esse evento e que esteve patente ao público durante o mês de março na biblioteca Vítor de Sá, onde abordamos sinteticamente as novas narrativas e a ideia da dignidade humana. Este número sai numa altura em que a Europa enfrenta, enquanto projecto político, um dos seus maiores desafios. Curiosamente encontram-se já enunciados na Ideia de Europa de Miguel Torga, que aqui o Professor Carlos Carranca tão bem disseca. Neste mês de julho de 2015 os caminhos da Europa, da sua União e desunião estão uma vez mais na ordem do dia. A questão grega é sem dúvida uma questão política e económica. São sinais duma crise que eclodiu em 2008 e que mostrou diversos desenhos duma arquitectura imperfeita. Para além da crise financeira e da crise da moeda única a Europa, enfrenta agora, de forma clara, uma crise estrutural. Estará em condições de a superar, recriando-se numa arquitectura de povos solidários ou iniciou, mais uma, vez um caminho de conflitos? Uma resposta que está nas mãos dos cidadãos.
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    A Ideia da Europa e a Dignidade Humana
    (Marca d'Agua, 2015) Leite, Pedro Pereira
    Neste número dos Informal Museology Studies apresentamos o texto do Professor Carlos Carranca que serviu de base à sua intervenção na Tertúlia “Café Europa” realizada no dia 6 de março de 2015 na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Segue-se um pequeno texto que acompanha a exposição sobre “Uma nova narrativa para a Europa” que realizamos para esse evento e que esteve patente ao público durante o mês de março na biblioteca Vítor de Sá, onde abordamos sinteticamente as novas narrativas e a ideia da dignidade humana. Este número sai numa altura em que a Europa enfrenta, enquanto projecto político, um dos seus maiores desafios. Curiosamente encontram-se já enunciados na Ideia de Europa de Miguel Torga, que aqui o Professor Carlos Carranca tão bem disseca. Neste mês de julho de 2015 os caminhos da Europa, da sua União e desunião estão uma vez mais na ordem do dia. A questão grega é sem dúvida uma questão política e económica. São sinais duma crise que eclodiu em 2008 e que mostrou diversos desenhos duma arquitectura imperfeita. Para além da crise financeira e da crise da moeda única a Europa, enfrenta agora, de forma clara, uma crise estrutural. Estará em condições de a superar, recriando-se numa arquitectura de povos solidários ou iniciou, mais uma, vez um caminho de conflitos? Uma resposta que está nas mãos dos cidadãos.
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    Notas milanesas sobre ecomuseologia social
    (Marca D'Agua, 2016) Leite, Pedro Pereira
    O Ecomuseu e a eco museologia constituem-se fundamentalmente como um modelo de organização para trabalhar o património duma dada comunidade, na sua relação com o território através de métodos participativos. Dos vários trabalhos de Graça Filipe e Hugues de Varine fica clara a afirmação desde modelo de intervenção, que se distingue duma museologia mais clássica, centrada sobre objetos e coleções num edifício chamado museus. Um modelo que surge na Europa, num contexto de crescente preocupação com a nova ciência nascente – a “ecologia”, em 1972, no encontro de Grenoble do ICOM. A filiação da Museologia social ou da Sociomuseologia no campo genético ecomuseologia é clara e parece-nos hoje indiscutível. O encontro que deu origem à “Declaração do Quebéc”, em 1984, que fundamenta o Movimento da Nova Museologia (MINOM), surge dum encontro sobre ecomuseologia e novos museus, realizado no Ecomuseu de Haute Beauce. Foi um momento de encontro entre quem procurava, de um lado atualizar a função social dos museus e de outro, aprimorar a intervenção ecomuseal.2 Se a museologia social se agregou, no ano seguinte, em torno do MINOM, o movimento da ecomuseologia não encontrou uma forma de associação, de troca e partilha de ideias e projetos. Podemos considerar, que a proposta que neste encontro de Milão é feita pelos ecomuseus, procura atualizar esse propósito, procurando agora agregar forças, juntando o MINOM, o ICOFON e o CAMOC. Foi por isso um evento relevante, uma vez, que nos anos 70 a ecomuseologia encontrou sérias resistências por parte deste comité da teoria museológica.
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    Carta do Património: Instrumentos de Participação no Urbanismo
    (2014) Leite, Pedro Pereira
    Ao longo de três anos (2011 e 2013) regemos na Universidade Lusófona de Lisboa a Cadeira de Urbanismo e Património. Uma atividade que iniciamos em substituição do nosso colega e amigo Alfredo Tinoco pelo seu prematuro falecimento, e que interrompemos por imperativo legal. Na sequência do nosso projeto de Investigação “Heranças Globais: A Inclusão dos Saberes das Comunidades no Desenvolvimento dos Territórios, que realizamos na Universidade de Coimbra , por uma estranha bizarria da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal, os investigadores não podem exercer atividades docentes em cursos de graduação. Tratava-se duma elevada responsabilidade. Herdamos uma disciplina da Licenciatura em Urbanismo e Planeamento Territorial que já se encontrava estruturada e que era lecionada com mestria pelo Alfredo que tantas marcas havia deixado nos seus alunos. Estávamos preparados. Ao longo de dez anos desenvolvemos intensa atividade profissional no âmbito do planeamento territorial, sempre com um papel na avaliação e diagnóstico da sociologia urbana, na análise das redes sociais, da génese da morfologia urbana, na análise de estrutura e funcionamento das redes de equipamentos coletivos, na elaboração das condicionantes patrimoniais da intervenção urbana. Foi um trabalho exigente onde ganhamos uma consciência sobre a complexidade da questão patrimonial. Ao nível da formação académica a cadeira de Urbanismo e Património, na abordagem que lhe fazia Alfredo Tinoco e com a qual me identifico, propunha um reflexão que juntava a técnica (de planear) com a capacidade de entender o território e a comunidade que usa esse o espaço. Uma proposta de uma filosofia de ação que juntava a ética, a estética e a técnica, que constitui uma forma de pensar o espaço muito pouco desenvolvida na academia. Defende-se que a intervenção patrimonial é uma oportunidade de intervir no espaço através da valorização das heranças e memórias que nele confluem: Heranças geológicas e sociais, memórias das diferentes comunidades que inscreveram as suas marcas no espaço. Como processo de gestão, é uma oportunidade e uma força de ação. Em Portugal é vulgar a questão patrimonial ficar reduzida a uma lista de objetos notáveis, incluídos num articulado legal, que delimita as respetivas interdições. Sendo necessário, por imperativos legais que essas condicionantes fiquem delimitadas, propomos que cada plano urbano deve conter uma “Carta do Património” como proposta de ação e gestão urbana. Este artigo visa demonstrar a sua relevância.
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    Representações Cartográficas do Espaço Estratégico Português
    (Marca D'Agua, 2013) Leite, Pedro Pereira
    Este é um pequeno exercício sobre a problematização da representação sobre espaço como marcador de memória. Como sabemos a cartografia é um processo de representação do espaço como um processo simbólico de apropriação duma determinada realidade. O objetivo da representação é criar uma forma de apropriação do mundo sobre o qual se constrói a ação. Neste pequeno exercício interpretamos o significado simbólico da representação como objeto de conhecimento. A ideia de marcador de memória, que procuramos nos vários elementos da representação cartográfica é importada da biologia por analogia com o marcador da genética . Essa formulação foi usada na nossa tese como sinónimo do conjunto de informação mnemónica essencial presente num individuo, que em situação de interação com o mundo exterior ativa formas de ação. O marcador de memória não é informação pura. É uma representação da essência processual da informação, enquanto valor, do elemento socialmente significativo situado num espaço e num tempo, que origina ação. (Leite, 2011). Como objetos de conhecimento, os marcadores de memória resultam da perceção, das emoções e da experiencia dos sujeitos sobre objetos exteriores, e traduzem-se na mente como elementos nodais através dos quais de constroem mapas mnemónicos . Os mapas da memória são elementos de referências catalisadores da ação. São constituídos pelo processo de armazenamento da informação essencial (informação conservada), em confronto com a experiencia. Ao contrário dos nossos mapas cartográficos, elementos estáticos, os mapas de memória são processos em permanente ajustamento no confronto com o real e equilibram-se com a consciência de si da mente.
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    Representações dos lugares de memória: Estudos de Geocultura do Mar no litoral português
    (Marca D'Agua, 2013-12) Leite, Pedro Pereira
    Este pequeno texto, apresenta os resultados das análises aos lugares de memória no âmbito da nossa expedição pela costa portuguesa. Foi um trabalho elaborado no verão de 2012 no âmbito do curso de Auditores de Defesa Nacional, que deu origem ao nosso livro Heranças do Mar Salgado, geocultura do mar, que se encontra em fase de edição final (Lisboa, Marca D’ Água- Publicações e Projetos). Temos vindo a usar a metodologia da viagem em diversos trabalhos sobre museologia. Neste nosso trabalho de investigação, que procuramos trabalhar a questão da geocultura do mar, usámo-lo mais uma vez para recolher o material primário de investigação. Foi essa metodologia que nos permitiu detetar a discrepância entre os discursos sobre as fundamentações da estratégia do e para om mar com os discursos e narrativas sobre a cultura do mar. Com então concluímos, o assumir dum novo paradigma de especialização económica de Portugal, recentrando na economia do mar, não se pode verificar sem que a cultura do mar, os territórios de mar e os habitantes que usam o mar, sejam mobilizado e motivados para participar nesse movimento. Este trabalho permitiu-nos concluir que os saberes das comunidades não estão a ser mobilizados.
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    A Miséria da Museologia: Reflexões sobre a museologia social em Portugal
    (Marca D'Agua, 2014) Leite, Pedro Pereira
    Os primeiros anos do novo milénio trouxeram para a história dos movimentos sociais novas formas de organização, novas ideias e novos protagonistas. Qual o lugar da museologia social em Portugal no âmbito destes movimentos sociais é a linha que nos orienta neste artigo? Em Portugal constitui-se em 1985 o Movimento Internacional para Uma Nova Museologia, um grupo de reflexão sobre os processos e as praticas duma museologia comprometida com as comunidades e com os territórios. Tal sucedeu devido à vitalidade dessa museologia social, em grande parte herdada da intensa atividade dos movimentos sociais iniciado com o processo revolucionais de 25 de Abril de 1974. Este artigo procura inventariar de que forma esta museologia social está a traduzir os movimentos sociais contemporâneos em Portugal.
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    Museologia Informal e Investigação-ação
    (Marca D'Agua, 2013) Leite, Pedro Pereira
    Este artigo constitui uma reflexão sobre as metodologias de investigação-ação aplicada na museologia informal. Iniciamos o artigo com uma reflexão sobre os Horizontes da emancipação social, a proposta de Boaventura Sousa Santos apresentada em 2000 no seu livro “Critica da Razão Indolente”, para de seguida fazermos uma atualização da nossa reflexão sobre a Investigação-ação aplicada na museologia informal. Constitui o nosso principal objetivo fazer uma reflexão crítica sobre as metodologias que temos vindo a testar.