FCSEA - Artigos de Revistas Internacionais de Divulgação Científica
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Item Sementes de Futuros: Programas e Planos em Museologia Social(Marca DÁgua Publicações e Projetos, 2021-02-14) Leite, Pedro PereiraA 31 de janeiro faço dez anos do meu doutoramento em museologia na Universidade Lusófona. Este número (#29) dos Informal Museologia Studies apresenta uma síntese dos trabalhos de planeamento de museus. Uma síntese que vêm desde o trabalho pioneiro de planeamento do museu do Tejo, no âmbito do Parque do Almourol, em tempos pensado no programa Valtejo, da área metropolitana de Lisboa em 1998, até aos programa pensado em 2020 para vários museus em Moçambique, na Guiné-Bissau e em Portugal. Com isso procuro marcar uma reflexão sobre a forma de planear em museus socias. É uma reflexão que evoluiu do tradicional para a rutura. Para uma rutura com a ideia tradicional de museu. A ideia de plano tem como objetivo definir um roteiro de ação. Implica marcar um quadro de referência duma determinada realidade, identificar dinâmicas e oportunidades de ação, definir problemas da resolver, fixar objetos e delinear caminhos para a resolução desses problemas. No caso dos museus, este processo de elaboração dum plano pressupõe que existe uma vontade de museu. Com isso o plano torna-se numa ferramenta que se torna indispensável na sua afirmação na sociedade. Nos casos dos museus socias, esse desafio de relevância é naturalmente duma exigência superior. Uma exigência que todavia não encontra uma correspondência no conjunto de publicações de quem defende a “função social” dos museus e os seus novos desafios, criados pela Recomendação da UNESCO sobre museus em 2015: Um plano museológico para museus sociais é um instrumento de formação de conhecimento sobre a sociedade (comunidade) sobre as coleções (objetos socialmente relevantes) e sobre o espaço e o tempo (território), procurando dar indicações sobre o quadro de referências da ação e sobre s procedimentos a desenvolver para alcançar a missão do museu social. Nele se encontram as prioridades, os principais caminhos a desenvolver, as formas de acompanhar e avaliar as ações para verificar a sua conformidade com os objetivos delineados. Como se pode facilmente entender, o Plano Museológica é praticamente um documento fundador da vontade de museus, a partir do qual se desenvolvem as ações museológicas de coleta, salvaguarda, documentação, pesquisa, e comunicação. É também um documento integrador das ações dos museus na comunidade em que se insere, na sua relação com outras instituições. De um modo geral, embora pensado como documento fundador, o plano museológico é um documento que, periodicamente exige a sua revisão. Tal como a sociedade se transforma, também aquilo que é exigido aos museus se vai transformado, ajustando-o às várias dinâmicas que enfrenta na sociedade.Item Christianity in history : postcolonial perspective(2011) Souza, Teotónio R. de; FCSEA - Faculty of Social Sciences, Education and AdministrationHistorians have successfully pointed to new ways of re-writing Christianity’s history.Item Praying Doves and Preying Vultures(Edições Universitárias Lusófonas, 2009-09-12) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoThe most saddening feature in this entire debate is that the Church in Goa, instead of transmitting the image of kingdom of God, of Jesus who emptied himself (kenosis) and was crucified with nothing that he could call his own (“rights”) is increasingly revealing a spiritual bankruptcy. Obviously, the mystical body does not feed on mystical rice and curry. A mere suggestion of State legislation to check the transparency and accountability of the temporal goods of the Church was sufficient to raise the hackles of the rich and the powerful who need the Church, but present themselves as its faithful servants, who can ensure that the more humble sons and daughters of the Church benefit from crumbs of their charity. *Spiritus ubi vult spirat* – the Spirit blows where it wills, and the history of the Church has umpteen illustrations of this. As the saying goes, “The road to Hell is paved with good intentions”. Only the kicks of history have brought about most significant reforms.Item "Waking up from Medieval Slumber"(2009-08-01) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoWhen the book Medieval Goa first appeared three decades ago (Delhi: Concept, 1979), it represented a significant break in the tradition of Indo-Portuguese historiography, until then markedly Luso-Indian, even when Goan native historians were the authors. This was acknowledged by prominent historians like C R Boxer, M N Pearson, A Disney, J Wicki and others who reviewed the book in international journals of history. The colonial culture and the political climate were not helpful for the promotion of a critical approach.Item A Ideia da Europa e a Dignidade Humana(Marca D’Água, 2015) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoNeste número dos Informal Museology Studies apresentamos o texto do Professor Carlos Carranca que serviu de base à sua intervenção na Tertúlia “Café Europa” realizada no dia 6 de março de 2015 na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Segue-se um pequeno texto que acompanha a exposição sobre “Uma nova narrativa para a Europa” que realizamos para esse evento e que esteve patente ao público durante o mês de março na biblioteca Vítor de Sá, onde abordamos sinteticamente as novas narrativas e a ideia da dignidade humana. Este número sai numa altura em que a Europa enfrenta, enquanto projecto político, um dos seus maiores desafios. Curiosamente encontram-se já enunciados na Ideia de Europa de Miguel Torga, que aqui o Professor Carlos Carranca tão bem disseca. Neste mês de julho de 2015 os caminhos da Europa, da sua União e desunião estão uma vez mais na ordem do dia. A questão grega é sem dúvida uma questão política e económica. São sinais duma crise que eclodiu em 2008 e que mostrou diversos desenhos duma arquitectura imperfeita. Para além da crise financeira e da crise da moeda única a Europa, enfrenta agora, de forma clara, uma crise estrutural. Estará em condições de a superar, recriando-se numa arquitectura de povos solidários ou iniciou, mais uma, vez um caminho de conflitos? Uma resposta que está nas mãos dos cidadãos.Item “The political economy of the Church”(Herald Publication Pvt. Ltd, 2009) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA igreja de Goa é uma filha da expansão portuguesa. Nasceu e cresceu no âmbito do Padroado português do Oriente. Essa ligação beneficiou e prejudicou a sua missão espiritual. Desde 1961 a igreja de Goa enfrenta os desafios da democracia. Apesar da demonstração de progresso visível, há muito caminho para percorrer, particularmente no que diz respeito à administração dos bens temporais da igreja e com maior participação leiga nessa área.Item Cultura e Desenvolvimento?(Marca D’Água, 2015) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoNeste número dos Informal Museology Studies apresentamos um pequeno texto sobre a relação entre a cultura e o desenvolvimento. O texto começou a ser elaborado à alguns meses, e procura ser um contributo para a operacionalização da relação entre a cultura e o desenvolvimento. O texto serviu de base para a aula do seminário no âmbito do III Curso Avançado de Museologia, que se realizou em Portalegre, em Agosto. Do debate que se ralizou como o grupo de alunos foi muito estimulante e levou-nos a efectuar uma revisão. Este texto é apresentado num momento em que se inicia, nas Nações Unidas em Nova York, a discussão sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: os ODS, que vão substituir os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (2000-2015) e que irão marcar a agenda a comunidade internacional até 2030. A questão que queremos neste trabalho salientar, e por isso colocamos um ponto de interrogação na relação que estabelecemos no título: Cultura e desenvolvimento?, procura operacionalizar as possibilidades de intervenção das organizações e das práticas culturais no âmbito de projetos de desenvolvimento sustentável. Defendemos que se isto sucede – a ausência da cultura como objectivo da ação nos ODS - caberá portanto ás organizações culturais procurarem, em contexto adverso, afirmar o contributo dos projetos culturais como vetor de desenvolvimento sustentável das comunidades. Como colocar a cultura como quarto pilar do desenvolvimento sustentável. Será uma propositura viável? Será possível concretizar o desenvolvimento sustentável assente apenas nos seus três pilares: -desenvolvimento económico, desenvolvimento social e preservação ambiental, sendo a cultura algo de transversal a eles? Ou, pelo contrário, a cultura pode aportar algo de distintivo ao desenvolvimento sustentável?Item Machiavelli, European avatar of Kautilya(Herald Publication Pvt. Ltd, 2011) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoModern appropriations of Machiavelli and india’s KautilyaItem Poéticas africanas : galeria de poéticas africanas de expressão em lingua portuguesa(Marca D’Água, 2022) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoNo âmbito dos trabalhos de preparação da Galeria de trovadores e jograis e segréis do Romanceiro em Língua Portuguesa, que o Museu da Autonomia apresentou em 2021, e que foi parcialmente publicado nesta revista , verificamos que a partir do século XVIII (num processo que se acentuou ao longo do século XX), a questão do locus da produção poética começou a ganhar relevância. A afirmação duma língua num determinado espaço traduz simultaneamente uma questão prática e política. Vimos que do ponto de vista da sua função ela constitui um instrumento natural de comunicação entre os humanos dum dado grupo, constituindo uma forma de expressão poética. A sua forma foi evoluindo a partir duma raiz antiga, dita vulgar, misturando-se entre outras, influenciando e sendo influenciada por interações diversas, até que se constitui como um corpo autónomo, com uma gramática, uma sintaxe e um vocabulários que se individualizam de outros territórios. A poética, com os seus estilos e modas, acompanhou esse processo. Do ponto de vista político, a partir do século XVIII a língua torna-se também um instrumento de poder. Quem domina e utiliza o código constitui-se simultaneamente usuário credenciado e senhor da ferramenta da comunicação. Uma ferramenta que é instrumento de dominação e regulação do outro. Não é portanto qualquer coisa que seja neutra. Há uma intenção no uso para além da expressão poética. Há um lugar da expressão e uma forma da expressão que é relevante. Foi essa questão que se foi evidenciando na abordagem da questão poética em língua portuguesa, à medida que, no tempo histórico emergiam diferentes lugares de enunciação. Primeiro nas Américas, e depois na África e Oriente. Ora esse instrumento de comunicação em que a língua portuguesa se constitui é, nesse caso um legado do processo colonizador. E nós ao observarmos o potencial de libertação da poética, não podemos deixar de equacionar, de que forma é que essa libertação se concretiza através do uso da língua, quando esse instrumento de dominação se transforma em instrumento de libertação. Pensando dessa forma a língua que não só é um fator relevante na formação de novas culturas e novas identidades, como é um canal de construção de inovação. De ferramenta de dominação, da invasão e de criação de subalternidade, a poética emergem como criadora de autonomia e pensamento. A crítica pós-colonial e decolonial defende muitas vezes que é necessário resgatar o silêncio das memórias, de reabilitar o apagão cultural e identitário das línguas nativas. Mas ao analisarmos o que é hoje o corpus de produção poética das diferentes linguagens estéticas verificamos que elea acabam por se exprimir através das várias ferramentas linguísticos, incluindo a apropriação criativa da língua portuguesa. Estamos pois perante um ato libertador, em que a apropriação do instrumento de opressão de transforma no instrumento da sua própria libertação, criando novas sonoridades e ritmos. Sem esquecer que essa é uma discussão aberta, há que ter ainda em linha de conta que em muitos desses lugares ainda se verificam outros diálogos com as línguas mães ou nativas desses territórios, produzindo diversos crioulos. Ou seja no universo pan africano de língua portuguesa há lugar para outras especificidades (como por exemplo na Guiné-Bissau e Cabo Verde) que se constituem como outras experiencias poéticas. Para já, neste volume tratamos apenas da forma como evoluí a poética na língua portuguesa nos territórios africanos. Deixamos deliberadamente de parte, o caso do Brasil (que será trabalhado num outro volume) e dos crioulos africanos (que será tem de outro volume). Num curto apêndice abordamos a geografia de crioulos no Oriente. Este volume dá corpo aos conteúdos expositivos do Museu da Autonomia.Item Notas milanesas sobre ecomuseologia social(Marca D’Água, 2016) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO Ecomuseu e a eco museologia constituem-se fundamentalmente como um modelo de organização para trabalhar o património duma dada comunidade, na sua relação com o território através de métodos participativos. Dos vários trabalhos de Graça Filipe e Hugues de Varine fica clara a afirmação desde modelo de intervenção, que se distingue duma museologia mais clássica, centrada sobre objetos e coleções num edifício chamado museus. Um modelo que surge na Europa, num contexto de crescente preocupação com a nova ciência nascente – a “ecologia”, em 1972, no encontro de Grenoble do ICOM. A filiação da Museologia social ou da Sociomuseologia no campo genético ecomuseologia é clara e parece-nos hoje indiscutível. O encontro que deu origem à “Declaração do Quebéc”, em 1984, que fundamenta o Movimento da Nova Museologia (MINOM), surge dum encontro sobre ecomuseologia e novos museus, realizado no Ecomuseu de Haute Beauce. Foi um momento de encontro entre quem procurava, de um lado atualizar a função social dos museus e de outro, aprimorar a intervenção ecomuseal.2 Se a museologia social se agregou, no ano seguinte, em torno do MINOM, o movimento da ecomuseologia não encontrou uma forma de associação, de troca e partilha de ideias e projetos. Podemos considerar, que a proposta que neste encontro de Milão é feita pelos ecomuseus, procura atualizar esse propósito, procurando agora agregar forças, juntando o MINOM, o ICOFON e o CAMOC. Foi por isso um evento relevante, uma vez, que nos anos 70 a ecomuseologia encontrou sérias resistências por parte deste comité da teoria museológica.Item Museologia Informal e Investigação-ação(Marca D’Água, 2013) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEste artigo constitui uma reflexão sobre as metodologias de investigação-ação aplicada na museologia informal. Iniciamos o artigo com uma reflexão sobre os Horizontes da emancipação social, a proposta de Boaventura Sousa Santos apresentada em 2000 no seu livro “Critica da Razão Indolente”, para de seguida fazermos uma atualização da nossa reflexão sobre a Investigação-ação aplicada na museologia informal. Constitui o nosso principal objetivo fazer uma reflexão crítica sobre as metodologias que temos vindo a testar.Item Pedagogia e Autonomia(Marca D’Água, 2019) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA pedagogia para a autonomia é uma pedagogia não diretiva. O objetivo deste número dos Estudos de Museologia Informal é o de contribuir para a constituição duma galeria de educadores que influenciam esta corrente pedagógica. Não faremos a sua análise crítica que será alvo duma publicação posterior, de que este trabalho é um elemento preparatório. Por isso faremos um movimento cronológico sobre o pensamento pedagógico crítico, para no final abordamos várias experiencias, quer na Europa, quer na América do Sul. Infelizmente não encontramos experiencias de pedagogia para autonomia em países africanos. Continuaremos a pesquisar sobre esta questão.Item Representações dos lugares de memória: Estudos de Geocultura do Mar no litoral português : Represantations on portuguese sea memories points: Geocultural studies(Marca D’Água, 2013-12) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEste pequeno texto, apresenta os resultados das análises aos lugares de memória no âmbito da nossa expedição pela costa portuguesa. Foi um trabalho elaborado no verão de 2012 no âmbito do curso de Auditores de Defesa Nacional, que deu origem ao nosso livro Heranças do Mar Salgado, geocultura do mar, que se encontra em fase de edição final (Lisboa, Marca D’ Água- Publicações e Projetos). Temos vindo a usar a metodologia da viagem em diversos trabalhos sobre museologia. Neste nosso trabalho de investigação, que procuramos trabalhar a questão da geocultura do mar, usámo-lo mais uma vez para recolher o material primário de investigação. Foi essa metodologia que nos permitiu detetar a discrepância entre os discursos sobre as fundamentações da estratégia do e para om mar com os discursos e narrativas sobre a cultura do mar. Com então concluímos, o assumir dum novo paradigma de especialização económica de Portugal, recentrando na economia do mar, não se pode verificar sem que a cultura do mar, os territórios de mar e os habitantes que usam o mar, sejam mobilizado e motivados para participar nesse movimento. Este trabalho permitiu-nos concluir que os saberes das comunidades não estão a ser mobilizados.Item O que é e para que serve o Património?(Marca D’Água, 2018) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoNeste número dos Informal Museology Studies apresentamos três textos sobre a problemática do “ato Patrimonial em contexto urbanos. Tratam-se de três artigos em que damos conta da necessidade de desenvolver ações afirmativas com base na intervenção patrimonial na cidade. No primeiro artigo damos relevo ao debate sobre a educação patrimonial, no âmbito do ano Europeu do Património Cultural (2018), no qual fomos refletindo no site “Global Education and Cultural Diversity, sobre a forma de postais, e que aqui se reúnem numa forma única. O segundo artigo, resulta da nossa intervenção no Seminário do CANO, o Comité do ICOM para os museus de cidade, que se realizou em Frankfurt, em Junho de 2018, onde apresentamos algumas experiencias que se tão a desenvolver na cidade de Lisboa. O terceiro artigo, e constituído pela nossa intervenção na XIX Conferencia Internacio0nal do MINO, que se realizou em Bogotá na Colômbia, e que será publicada em livro da atas, que tarda a surgir. No ato patrimonial defendemos que existem duas práticas de ação patrimonial para o desenvolvimento de políticas culturais publicas para a diversidade na contemporaneidade: Através da Educação patrimonial e por via da intervenção associativa. Estes artigos procuram demonstrar essa evidência e as suas possibilidades. As imagens são da XIX Conferencia do MINOM, tiradas em Bogotá, Colômbia.Item Representações Cartográficas do Espaço Estratégico Português : Cartographic representations of the Portuguese Strategic Space(Marca D’Água, 2013) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEste é um pequeno exercício sobre a problematização da representação sobre espaço como marcador de memória. Como sabemos a cartografia é um processo de representação do espaço como um processo simbólico de apropriação duma determinada realidade. O objetivo da representação é criar uma forma de apropriação do mundo sobre o qual se constrói a ação. Neste pequeno exercício interpretamos o significado simbólico da representação como objeto de conhecimento. A ideia de marcador de memória, que procuramos nos vários elementos da representação cartográfica é importada da biologia por analogia com o marcador da genética . Essa formulação foi usada na nossa tese como sinónimo do conjunto de informação mnemónica essencial presente num individuo, que em situação de interação com o mundo exterior ativa formas de ação. O marcador de memória não é informação pura. É uma representação da essência processual da informação, enquanto valor, do elemento socialmente significativo situado num espaço e num tempo, que origina ação. (Leite, 2011). Como objetos de conhecimento, os marcadores de memória resultam da perceção, das emoções e da experiencia dos sujeitos sobre objetos exteriores, e traduzem-se na mente como elementos nodais através dos quais de constroem mapas mnemónicos . Os mapas da memória são elementos de referências catalisadores da ação. São constituídos pelo processo de armazenamento da informação essencial (informação conservada), em confronto com a experiencia. Ao contrário dos nossos mapas cartográficos, elementos estáticos, os mapas de memória são processos em permanente ajustamento no confronto com o real e equilibram-se com a consciência de si da mente.Item Maritime India : trade, religion and polity(2010) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEste artigo de recensão apresenta a publicação de Pius Malekandathil sobre o comércio maritimo da India e as suas ligações transcontinentais. A recensão focaliza sobre o impacto desse comércio em Goa.Item Carta do Património: Instrumentos de Participação no Urbanismo(Marca D’Água, 2014) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoAo longo de três anos (2011 e 2013) regemos na Universidade Lusófona de Lisboa a Cadeira de Urbanismo e Património. Uma atividade que iniciamos em substituição do nosso colega e amigo Alfredo Tinoco pelo seu prematuro falecimento, e que interrompemos por imperativo legal. Na sequência do nosso projeto de Investigação “Heranças Globais: A Inclusão dos Saberes das Comunidades no Desenvolvimento dos Territórios, que realizamos na Universidade de Coimbra , por uma estranha bizarria da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal, os investigadores não podem exercer atividades docentes em cursos de graduação. Tratava-se duma elevada responsabilidade. Herdamos uma disciplina da Licenciatura em Urbanismo e Planeamento Territorial que já se encontrava estruturada e que era lecionada com mestria pelo Alfredo que tantas marcas havia deixado nos seus alunos. Estávamos preparados. Ao longo de dez anos desenvolvemos intensa atividade profissional no âmbito do planeamento territorial, sempre com um papel na avaliação e diagnóstico da sociologia urbana, na análise das redes sociais, da génese da morfologia urbana, na análise de estrutura e funcionamento das redes de equipamentos coletivos, na elaboração das condicionantes patrimoniais da intervenção urbana. Foi um trabalho exigente onde ganhamos uma consciência sobre a complexidade da questão patrimonial. Ao nível da formação académica a cadeira de Urbanismo e Património, na abordagem que lhe fazia Alfredo Tinoco e com a qual me identifico, propunha um reflexão que juntava a técnica (de planear) com a capacidade de entender o território e a comunidade que usa esse o espaço. Uma proposta de uma filosofia de ação que juntava a ética, a estética e a técnica, que constitui uma forma de pensar o espaço muito pouco desenvolvida na academia. Defende-se que a intervenção patrimonial é uma oportunidade de intervir no espaço através da valorização das heranças e memórias que nele confluem: Heranças geológicas e sociais, memórias das diferentes comunidades que inscreveram as suas marcas no espaço. Como processo de gestão, é uma oportunidade e uma força de ação. Em Portugal é vulgar a questão patrimonial ficar reduzida a uma lista de objetos notáveis, incluídos num articulado legal, que delimita as respetivas interdições. Sendo necessário, por imperativos legais que essas condicionantes fiquem delimitadas, propomos que cada plano urbano deve conter uma “Carta do Património” como proposta de ação e gestão urbana. Este artigo visa demonstrar a sua relevância.Item "Goa Jesuits: 250 Years Ago and Since"(Edições Universitárias Lusófonas, 2009) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA Companhia de Jesus foi extinta em Goa como em Portugal em 1759. A Companhia restaurada regressou à Goa somente em 1931 via Belgaum, no território vizinho de Goa, na Índia britânica. A primeira base em Goa foi o Seminário de Rachol, e a seguir a residência de Bom Jesus, a antiga casa professa. Ao contrário da antiga Companhia de Jesus a Companhia restaurada regressou à India a partir de França. Era pró-Propaganda Fide e pouco favorável aos interesses políticos do Estado português da Índia. O que ajudou foi a abertura da Companhia restaurada para receber candidatos nativos goeses, o que não acontecera com a Companhia antes da extinção.Item The Mirage of Election(Edições Universitárias Lusófonas, 2009) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoNota-se um amadurecimento rápido dos goeses na vida política após a Libertação do colonialismo. Não podemos esquecer que o liberalismo político português desde 1821 providenciou algum treino neste sentido, embra as eleições na altura e até o fim do Estado Novo eram mais uma farsa política do que de algum proveito real para o povo. Também a história mais remota de Goa, nomeadamente o processo da crisitanização nos séculos XVI e XVII tem o seu reflexo na vida politica de Goa em tempos recentes. A militância dos Jesuitas em Salcete reflecte-se na militância dos católicos de Salcete que contribuem o maior número de deputados na Assembleia. Os métodos dos Franciscanos em Bardez não surtiram os mesmos efeitos.Item Uneasy lies Rivara's chair(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoProf. George Moraes belonged to a generation of Indo-Portuguese historians who believed in Portugal’s civilizing mission, which he sought to emphatically distinguish from the colonial performance of the English and the Dutch, “who were bent solely on trade and wars”. Prof. Moraes added that it should not be forgotten that it was the Goan Priest and the Goan doctor that assisted Portugal in its civilizing mission in Portuguese Africa. Concluding his paper Prof. Moraes added a wish: "It would indeed be a fitting tribute to his memory and grateful acknowledgement of his services to Indian history if a group of scholars would come forward to prepare a centenary memorial edition of his works which are very rare but of whose immense usefulness there can be no two opinions.” We saw the death centenary and also the birth bicentenary of Cunha Rivara pass away a few years ago. I had the privilege of speaking in a memorial event organized by the Municipality of Arraiolos on 20th June 2009, and to deliver a commemorative lecture at the Public Library of Evora that same week. A summary of those lectures may be read at the website of Ciberdúvidas da Língua Portuguesa [http://bit.ly/1rTDVWt]
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