FCSEA - Artigos de Revistas Internacionais de Divulgação Científica

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    Sementes de Futuros: Programas e Planos em Museologia Social
    (Marca DÁgua Publicações e Projetos, 2021-02-14) Leite, Pedro Pereira
    A 31 de janeiro faço dez anos do meu doutoramento em museologia na Universidade Lusófona. Este número (#29) dos Informal Museologia Studies apresenta uma síntese dos trabalhos de planeamento de museus. Uma síntese que vêm desde o trabalho pioneiro de planeamento do museu do Tejo, no âmbito do Parque do Almourol, em tempos pensado no programa Valtejo, da área metropolitana de Lisboa em 1998, até aos programa pensado em 2020 para vários museus em Moçambique, na Guiné-Bissau e em Portugal. Com isso procuro marcar uma reflexão sobre a forma de planear em museus socias. É uma reflexão que evoluiu do tradicional para a rutura. Para uma rutura com a ideia tradicional de museu. A ideia de plano tem como objetivo definir um roteiro de ação. Implica marcar um quadro de referência duma determinada realidade, identificar dinâmicas e oportunidades de ação, definir problemas da resolver, fixar objetos e delinear caminhos para a resolução desses problemas. No caso dos museus, este processo de elaboração dum plano pressupõe que existe uma vontade de museu. Com isso o plano torna-se numa ferramenta que se torna indispensável na sua afirmação na sociedade. Nos casos dos museus socias, esse desafio de relevância é naturalmente duma exigência superior. Uma exigência que todavia não encontra uma correspondência no conjunto de publicações de quem defende a “função social” dos museus e os seus novos desafios, criados pela Recomendação da UNESCO sobre museus em 2015: Um plano museológico para museus sociais é um instrumento de formação de conhecimento sobre a sociedade (comunidade) sobre as coleções (objetos socialmente relevantes) e sobre o espaço e o tempo (território), procurando dar indicações sobre o quadro de referências da ação e sobre s procedimentos a desenvolver para alcançar a missão do museu social. Nele se encontram as prioridades, os principais caminhos a desenvolver, as formas de acompanhar e avaliar as ações para verificar a sua conformidade com os objetivos delineados. Como se pode facilmente entender, o Plano Museológica é praticamente um documento fundador da vontade de museus, a partir do qual se desenvolvem as ações museológicas de coleta, salvaguarda, documentação, pesquisa, e comunicação. É também um documento integrador das ações dos museus na comunidade em que se insere, na sua relação com outras instituições. De um modo geral, embora pensado como documento fundador, o plano museológico é um documento que, periodicamente exige a sua revisão. Tal como a sociedade se transforma, também aquilo que é exigido aos museus se vai transformado, ajustando-o às várias dinâmicas que enfrenta na sociedade.
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    “The political economy of the Church”
    (Herald Publication Pvt. Ltd, 2009) Souza, Teotónio R. de; FCSEA - Faculty of Social Sciences, Education and Administration
    A igreja de Goa é uma filha da expansão portuguesa. Nasceu e cresceu no âmbito do Padroado português do Oriente. Essa ligação beneficiou e prejudicou a sua missão espiritual. Desde 1961 a igreja de Goa enfrenta os desafios da democracia. Apesar da demonstração de progresso visível, há muito caminho para percorrer, particularmente no que diz respeito à administração dos bens temporais da igreja e com maior participação leiga nessa área.
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    “Goan Ethnography and Colonial Anthropology”
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2009) Souza, Teotónio R. de; FCSEA - Faculty of Social Sciences, Education and Administration
    A.B. da Bragança Pereira publicou a primeira versão da sua Etnografia da India Portuguesa em 1923, ou seja, 3 anos antes da instalação em Goa de um Gabinete de Antropologia do Estado da Índia. Este gabinete foi obra do médico “descendente” Germano da Silva Correia, que tinha apostado na “antropologia seletiva” com o objetivo de provar a pureza do sangue português nos descendentes na Índia, e convencido de que era uma forma de assegurar o futuro colonial português na Índia portuguesa. Bragança Pereira, de naturalidade goesa e Juiz da Relação de Goa, não partilhava essa ideologia “racista”, e produziu uma versão mais desenvolvida da sua Etnografia em 1940. Orgulhava-se da cultura indo-portuguesa, mas valorizava igualmente o património pré-português de Goa. Não foi um adepto da antropologia colonial do Estado Novo.
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    Uneasy lies Rivara's chair
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Prof. George Moraes belonged to a generation of Indo-Portuguese historians who believed in Portugal’s civilizing mission, which he sought to emphatically distinguish from the colonial performance of the English and the Dutch, “who were bent solely on trade and wars”. Prof. Moraes added that it should not be forgotten that it was the Goan Priest and the Goan doctor that assisted Portugal in its civilizing mission in Portuguese Africa. Concluding his paper Prof. Moraes added a wish: "It would indeed be a fitting tribute to his memory and grateful acknowledgement of his services to Indian history if a group of scholars would come forward to prepare a centenary memorial edition of his works which are very rare but of whose immense usefulness there can be no two opinions.” We saw the death centenary and also the birth bicentenary of Cunha Rivara pass away a few years ago. I had the privilege of speaking in a memorial event organized by the Municipality of Arraiolos on 20th June 2009, and to deliver a commemorative lecture at the Public Library of Evora that same week. A summary of those lectures may be read at the website of Ciberdúvidas da Língua Portuguesa [http://bit.ly/1rTDVWt]
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    Machiavelli, European avatar of Kautilya
    (Herald Publication Pvt. Ltd, 2011) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Modern appropriations of Machiavelli and india’s Kautilya
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    Pedagogia Crítica e Autonomia: Metodologia e Epistemologia
    (Marca D’Água - Edições e Projeto, 2020) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    As abordagens da pedagogia da autonomia, de influência libertária, distinguem habitualmente os objetivos educativos em três categorias: • as pedagogias da emancipação, que se preocupam com o desenvolvimento dos indivíduos e ou transformação da sociedade. Que constitui o objetivo das práticas pedagógicas que se defendem; • a educação como reprodução de saberes, técnicas e valores, que correspondem a práticas de processo autoritários que visam a reprodução acrítica de conhecimento, e por isso é criticada. • e a “pedagogia da redenção”. Este último caso, da pedagogia de redenção, é pouco usada na conceção de sistemas de educação formais, remetendo-se para outras instituições sociais, de correção e ou de formação de adultos. É também alvo de crítica pela pedagogia da autonomia. A pedagogia da autonomia de influência libertária insere-se nas propostas de ações transformadoras dos indivíduos e da sociedade, acentuando a dimensão libertária, não violenta e autogestionária dos processos, propondo economias solidárias, de respeitos pela natureza e pela sua diversidade. Como prática educativa parte da participação dos alunos em grupos, valoriza os processos de decisão pela democracia participativa. A pedagogia libertária tem vários pontos de convergência com algumas propostas pedagógicas, como o Método Moderno, O MEM, A Educação para Paz, A educação para a liberdade. Propõe ainda um reconhecimento do ser em contexto como guia para o reconhecimento do mundo. A experiencia pedagógica passa pela produção de conhecimento relevante em grupo, da reflexão das experiencias vivenciadas e na proposta de desenvolvimento de processo de ação autogestionados. O processo educativo é sempre anti autoritário, não violento de não diretivo. O papel do professor é nesse sentido um mediador que ajuda e aconselha no desenvolvimento de atividades, podendo efetuar alguma tutoria não diretiva, partindo da identificação que cada aluno faz das suas necessidades. Com base no trabalho em grupo, cada indivíduo tem a liberdade de escolher participar. Mas o grupo deve discutir todas as questões, e deve desenvolver atividade de integração dos vários membros. A pedagogia da autonomia procura desenvolver os conhecimentos relevantes. Por essa razão, a medida de avaliação dos processos é a sua adequação à prática social e em relação ao seu potencial de uso. Alexander Neil e Carl Rogers são figuras influenciadoras da Pedagogia da autonomia. É necessário não esquecer as propostas dos libertários catalães no início do século XX, como Francisco Ferrer. Na América do Sul nota-se a influência de Michel Lobrot, Paulo Freire e Fals Borda. Na Europa, por vezes refere-se a influência do trabalho de Célestin Freinet, e do Movimento de Escola Moderna. Algumas escolas “Paideia” Escola Livre; Orfanato Cempuis (1880 – 1894), de Paul Robin, O movimento das Escolas Modernas (1901 – 1953), iniciado por Francesc Ferrer i Guàrdia, A Colmeia (1904 – 1917), de Sébastien Fauré. Summerhill (1921 – atual), de Alexander Neil. Ainda no campo do trabalho de projeto, recolhe com alguma crítica as propostas de escola democrática de William Kilpatrick e John Dewey, A pedagogia para a autonomia é uma pedagogia não diretiva. Procura o reconhecimento da diversidade cultural, e assumir a diferença como experiencia significativa da construção da realidade. A consciência da realidade, na pedagogia da autonomia, parte da necessidade de reconhecer a relação do eu e do outro em contexto, de compreender a relação das identidades coletivas com as diferenças. A consciência da realidade implica o reconhecimento da ação como processo transformador. A realidade pode ser transformada pela ação, mas também implica a consciência da realidade como algo inacabado, em, processo, que está constantemente em construção. O objetivo deste número dos Estudos de Museologia Informal é o de contribuir para a constituição duma galeria das propostas sobre a epistemologia e a metodologia dos processos educativos com base na pedagogia do projeto, passando por alguns educadores que influenciam esta corrente pedagógica. Noutro número trabalharemos as experiências de Paulo Freire na Guiné-Bissau.
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    Christianity in history : postcolonial perspective
    (2011) Souza, Teotónio R. de; FCSEA - Faculty of Social Sciences, Education and Administration
    Historians have successfully pointed to new ways of re-writing Christianity’s history.
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    A Dignidade Humana e uma Nova Narrativa para a Europa
    (Marca D’Água, 2016-09-27) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Neste número dos Informal Museology Studies apresentamos o texto do Professor Carlos Carranca que serviu de base à sua intervenção na Tertúlia “Café Europa” realizada no dia 6 de março de 2015 na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Segue-se um pequeno texto que acompanha a exposição sobre “Uma nova narrativa para a Europa” que realizamos para esse evento e que esteve patente ao público durante o mês de março na biblioteca Vítor de Sá, onde abordamos sinteticamente as novas narrativas e a ideia da dignidade humana. Este número sai numa altura em que a Europa enfrenta, enquanto projecto político, um dos seus maiores desafios. Curiosamente encontram-se já enunciados na Ideia de Europa de Miguel Torga, que aqui o Professor Carlos Carranca tão bem disseca. Neste mês de julho de 2015 os caminhos da Europa, da sua União e desunião estão uma vez mais na ordem do dia. A questão grega é sem dúvida uma questão política e económica. São sinais duma crise que eclodiu em 2008 e que mostrou diversos desenhos duma arquitectura imperfeita. Para além da crise financeira e da crise da moeda única a Europa, enfrenta agora, de forma clara, uma crise estrutural. Estará em condições de a superar, recriando-se numa arquitectura de povos solidários ou iniciou, mais uma, vez um caminho de conflitos? Uma resposta que está nas mãos dos cidadãos.
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    Historical Inevitability
    (Herald, Goa, 2011) Souza, Teotónio R. de; FCSEA - Faculty of Social Sciences, Education and Administration
    What interests me more here is the so-called Historical Inevitability. It is a concept intimately linked with Human Choice and Freedom. There is a long history of debate around it among the western thinkers. The protestant thinkers, and particularly its Calvinist brand laid much emphasis upon predestination. The modern thinkers, freed from the theological trappings, questioned the Church imposed limitations to the capacity of human reasoning. The progress of science and technologies supported by it through the Industrial Revolution and thereafter seemed to endorse this new self-confidence. However, the miseries brought upon mankind by regional and world wars fuelled by the same technologies have made mankind wary of its faith upon scientific progress. The promises of modernization have left the greater part of mankind without its benefits, and even the rest of mankind is unsure of living in a safe and uncontaminated environment.
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    Poéticas africanas : galeria de poéticas africanas de expressão em lingua portuguesa
    (Marca D’Água, 2022) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    No âmbito dos trabalhos de preparação da Galeria de trovadores e jograis e segréis do Romanceiro em Língua Portuguesa, que o Museu da Autonomia apresentou em 2021, e que foi parcialmente publicado nesta revista , verificamos que a partir do século XVIII (num processo que se acentuou ao longo do século XX), a questão do locus da produção poética começou a ganhar relevância. A afirmação duma língua num determinado espaço traduz simultaneamente uma questão prática e política. Vimos que do ponto de vista da sua função ela constitui um instrumento natural de comunicação entre os humanos dum dado grupo, constituindo uma forma de expressão poética. A sua forma foi evoluindo a partir duma raiz antiga, dita vulgar, misturando-se entre outras, influenciando e sendo influenciada por interações diversas, até que se constitui como um corpo autónomo, com uma gramática, uma sintaxe e um vocabulários que se individualizam de outros territórios. A poética, com os seus estilos e modas, acompanhou esse processo. Do ponto de vista político, a partir do século XVIII a língua torna-se também um instrumento de poder. Quem domina e utiliza o código constitui-se simultaneamente usuário credenciado e senhor da ferramenta da comunicação. Uma ferramenta que é instrumento de dominação e regulação do outro. Não é portanto qualquer coisa que seja neutra. Há uma intenção no uso para além da expressão poética. Há um lugar da expressão e uma forma da expressão que é relevante. Foi essa questão que se foi evidenciando na abordagem da questão poética em língua portuguesa, à medida que, no tempo histórico emergiam diferentes lugares de enunciação. Primeiro nas Américas, e depois na África e Oriente. Ora esse instrumento de comunicação em que a língua portuguesa se constitui é, nesse caso um legado do processo colonizador. E nós ao observarmos o potencial de libertação da poética, não podemos deixar de equacionar, de que forma é que essa libertação se concretiza através do uso da língua, quando esse instrumento de dominação se transforma em instrumento de libertação. Pensando dessa forma a língua que não só é um fator relevante na formação de novas culturas e novas identidades, como é um canal de construção de inovação. De ferramenta de dominação, da invasão e de criação de subalternidade, a poética emergem como criadora de autonomia e pensamento. A crítica pós-colonial e decolonial defende muitas vezes que é necessário resgatar o silêncio das memórias, de reabilitar o apagão cultural e identitário das línguas nativas. Mas ao analisarmos o que é hoje o corpus de produção poética das diferentes linguagens estéticas verificamos que elea acabam por se exprimir através das várias ferramentas linguísticos, incluindo a apropriação criativa da língua portuguesa. Estamos pois perante um ato libertador, em que a apropriação do instrumento de opressão de transforma no instrumento da sua própria libertação, criando novas sonoridades e ritmos. Sem esquecer que essa é uma discussão aberta, há que ter ainda em linha de conta que em muitos desses lugares ainda se verificam outros diálogos com as línguas mães ou nativas desses territórios, produzindo diversos crioulos. Ou seja no universo pan africano de língua portuguesa há lugar para outras especificidades (como por exemplo na Guiné-Bissau e Cabo Verde) que se constituem como outras experiencias poéticas. Para já, neste volume tratamos apenas da forma como evoluí a poética na língua portuguesa nos territórios africanos. Deixamos deliberadamente de parte, o caso do Brasil (que será trabalhado num outro volume) e dos crioulos africanos (que será tem de outro volume). Num curto apêndice abordamos a geografia de crioulos no Oriente. Este volume dá corpo aos conteúdos expositivos do Museu da Autonomia.
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    Pedagogia e Autonomia
    (Marca D’Água, 2019) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    A pedagogia para a autonomia é uma pedagogia não diretiva. O objetivo deste número dos Estudos de Museologia Informal é o de contribuir para a constituição duma galeria de educadores que influenciam esta corrente pedagógica. Não faremos a sua análise crítica que será alvo duma publicação posterior, de que este trabalho é um elemento preparatório. Por isso faremos um movimento cronológico sobre o pensamento pedagógico crítico, para no final abordamos várias experiencias, quer na Europa, quer na América do Sul. Infelizmente não encontramos experiencias de pedagogia para autonomia em países africanos. Continuaremos a pesquisar sobre esta questão.
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    Goa : Port of Call and Strangers at Home
    (Herald Publication Pvt. Ltd, 2011-04-11) Souza, Teotónio R. de; FCSEA - Faculty of Social Sciences, Education and Administration
    The Portuguese were the last batch of strangers who sought to make Goa their home
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    Museologia Informal e Investigação-ação
    (Marca D’Água, 2013) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Este artigo constitui uma reflexão sobre as metodologias de investigação-ação aplicada na museologia informal. Iniciamos o artigo com uma reflexão sobre os Horizontes da emancipação social, a proposta de Boaventura Sousa Santos apresentada em 2000 no seu livro “Critica da Razão Indolente”, para de seguida fazermos uma atualização da nossa reflexão sobre a Investigação-ação aplicada na museologia informal. Constitui o nosso principal objetivo fazer uma reflexão crítica sobre as metodologias que temos vindo a testar.
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    Cultura e Desenvolvimento?
    (Marca D’Água, 2015) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Neste número dos Informal Museology Studies apresentamos um pequeno texto sobre a relação entre a cultura e o desenvolvimento. O texto começou a ser elaborado à alguns meses, e procura ser um contributo para a operacionalização da relação entre a cultura e o desenvolvimento. O texto serviu de base para a aula do seminário no âmbito do III Curso Avançado de Museologia, que se realizou em Portalegre, em Agosto. Do debate que se ralizou como o grupo de alunos foi muito estimulante e levou-nos a efectuar uma revisão. Este texto é apresentado num momento em que se inicia, nas Nações Unidas em Nova York, a discussão sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: os ODS, que vão substituir os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (2000-2015) e que irão marcar a agenda a comunidade internacional até 2030. A questão que queremos neste trabalho salientar, e por isso colocamos um ponto de interrogação na relação que estabelecemos no título: Cultura e desenvolvimento?, procura operacionalizar as possibilidades de intervenção das organizações e das práticas culturais no âmbito de projetos de desenvolvimento sustentável. Defendemos que se isto sucede – a ausência da cultura como objectivo da ação nos ODS - caberá portanto ás organizações culturais procurarem, em contexto adverso, afirmar o contributo dos projetos culturais como vetor de desenvolvimento sustentável das comunidades. Como colocar a cultura como quarto pilar do desenvolvimento sustentável. Será uma propositura viável? Será possível concretizar o desenvolvimento sustentável assente apenas nos seus três pilares: -desenvolvimento económico, desenvolvimento social e preservação ambiental, sendo a cultura algo de transversal a eles? Ou, pelo contrário, a cultura pode aportar algo de distintivo ao desenvolvimento sustentável?
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    Notas milanesas sobre ecomuseologia social
    (Marca D’Água, 2016) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    O Ecomuseu e a eco museologia constituem-se fundamentalmente como um modelo de organização para trabalhar o património duma dada comunidade, na sua relação com o território através de métodos participativos. Dos vários trabalhos de Graça Filipe e Hugues de Varine fica clara a afirmação desde modelo de intervenção, que se distingue duma museologia mais clássica, centrada sobre objetos e coleções num edifício chamado museus. Um modelo que surge na Europa, num contexto de crescente preocupação com a nova ciência nascente – a “ecologia”, em 1972, no encontro de Grenoble do ICOM. A filiação da Museologia social ou da Sociomuseologia no campo genético ecomuseologia é clara e parece-nos hoje indiscutível. O encontro que deu origem à “Declaração do Quebéc”, em 1984, que fundamenta o Movimento da Nova Museologia (MINOM), surge dum encontro sobre ecomuseologia e novos museus, realizado no Ecomuseu de Haute Beauce. Foi um momento de encontro entre quem procurava, de um lado atualizar a função social dos museus e de outro, aprimorar a intervenção ecomuseal.2 Se a museologia social se agregou, no ano seguinte, em torno do MINOM, o movimento da ecomuseologia não encontrou uma forma de associação, de troca e partilha de ideias e projetos. Podemos considerar, que a proposta que neste encontro de Milão é feita pelos ecomuseus, procura atualizar esse propósito, procurando agora agregar forças, juntando o MINOM, o ICOFON e o CAMOC. Foi por isso um evento relevante, uma vez, que nos anos 70 a ecomuseologia encontrou sérias resistências por parte deste comité da teoria museológica.
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    Praying Doves and Preying Vultures
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2009-09-12) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    The most saddening feature in this entire debate is that the Church in Goa, instead of transmitting the image of kingdom of God, of Jesus who emptied himself (kenosis) and was crucified with nothing that he could call his own (“rights”) is increasingly revealing a spiritual bankruptcy. Obviously, the mystical body does not feed on mystical rice and curry. A mere suggestion of State legislation to check the transparency and accountability of the temporal goods of the Church was sufficient to raise the hackles of the rich and the powerful who need the Church, but present themselves as its faithful servants, who can ensure that the more humble sons and daughters of the Church benefit from crumbs of their charity. *Spiritus ubi vult spirat* – the Spirit blows where it wills, and the history of the Church has umpteen illustrations of this. As the saying goes, “The road to Hell is paved with good intentions”. Only the kicks of history have brought about most significant reforms.
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    "Waking up from Medieval Slumber"
    (2009-08-01) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    When the book Medieval Goa first appeared three decades ago (Delhi: Concept, 1979), it represented a significant break in the tradition of Indo-Portuguese historiography, until then markedly Luso-Indian, even when Goan native historians were the authors. This was acknowledged by prominent historians like C R Boxer, M N Pearson, A Disney, J Wicki and others who reviewed the book in international journals of history. The colonial culture and the political climate were not helpful for the promotion of a critical approach.
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    A Ideia da Europa e a Dignidade Humana
    (Marca D’Água, 2015) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Neste número dos Informal Museology Studies apresentamos o texto do Professor Carlos Carranca que serviu de base à sua intervenção na Tertúlia “Café Europa” realizada no dia 6 de março de 2015 na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Segue-se um pequeno texto que acompanha a exposição sobre “Uma nova narrativa para a Europa” que realizamos para esse evento e que esteve patente ao público durante o mês de março na biblioteca Vítor de Sá, onde abordamos sinteticamente as novas narrativas e a ideia da dignidade humana. Este número sai numa altura em que a Europa enfrenta, enquanto projecto político, um dos seus maiores desafios. Curiosamente encontram-se já enunciados na Ideia de Europa de Miguel Torga, que aqui o Professor Carlos Carranca tão bem disseca. Neste mês de julho de 2015 os caminhos da Europa, da sua União e desunião estão uma vez mais na ordem do dia. A questão grega é sem dúvida uma questão política e económica. São sinais duma crise que eclodiu em 2008 e que mostrou diversos desenhos duma arquitectura imperfeita. Para além da crise financeira e da crise da moeda única a Europa, enfrenta agora, de forma clara, uma crise estrutural. Estará em condições de a superar, recriando-se numa arquitectura de povos solidários ou iniciou, mais uma, vez um caminho de conflitos? Uma resposta que está nas mãos dos cidadãos.
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    The Mirage of Election
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2009) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
    Nota-se um amadurecimento rápido dos goeses na vida política após a Libertação do colonialismo. Não podemos esquecer que o liberalismo político português desde 1821 providenciou algum treino neste sentido, embra as eleições na altura e até o fim do Estado Novo eram mais uma farsa política do que de algum proveito real para o povo. Também a história mais remota de Goa, nomeadamente o processo da crisitanização nos séculos XVI e XVII tem o seu reflexo na vida politica de Goa em tempos recentes. A militância dos Jesuitas em Salcete reflecte-se na militância dos católicos de Salcete que contribuem o maior número de deputados na Assembleia. Os métodos dos Franciscanos em Bardez não surtiram os mesmos efeitos.
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    Cursing the Parents, Cursing the Past
    (Herald Publication Pvt. Ltd, 2008-11-26) Souza, Teotónio R. de; Lusófona University
    Não se avança amaldiçoando o passado! Gastam-se muitas energias em atribuir a responsabolidade dos infortúnios das nossas incompetências aos antepassados e aos políticos do passado. Nota-se isto até hoje em Goa e em Portugal. As democracias e a tolerância política são ainda muito jovens! Em Santa Comba Dão há quem admire o seu "filho" Salazar, e isto causa muita irritação nos pretensos defensores da liberdade política! Em Goa, um delegado da Fundação Oriente diz numa entrevista que os protestos de uns 70 "ex-combatentes" da liberdade não contam muito. Esquece-se que na democracia eleitoral até 1 voto conta! São reacções sintomáticas de democracia ainda mal digerida.