FCSEA - Atas de Conferências Internacionais
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Item As impressões portuguesas da Índia: realidade, fantasia e auto-retratação(Edições Universitárias Lusófonas, 2000) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoPropõe uma outra maneira de compreender e explicar o processo dos "Descobrimentos", de alargamento dos conhecimentos e de sua aplicação para dominação e exploração do "descoberto". Considero a "auto-retratação" uma estratégia consciente ou insconsciente de dominação duma realidade que ultrapassa a fantasia. A sua variante perceptiva seria o processo normal de chegar ao desconhecido por via do conhecido. Mas são as outras variantes que aqui nos interessam, as variantes que implicam auto-imposição e manipulação do "descoberto" para servir interesses próprios. Dependendo de contextos históricos e apertos situacionais, tais variantes podem manifestar-se como mais ou menos disfarçadas, mais ou menos violentas. Quero porém esclarecer que auto-retratação não se aplica somento ao "descoberto" indiano ou oriental, mas também ao processo de auto-descobrimentos dos próprios descobridores.Item New source-material for the socio-economic history of the Hindus of Goa(Edições Universitárias Lusófonas, 2004) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoThe Mhamai brothers were the suppliers of daily commodities / stationery to the viceroys / governors of Goa. Since late 18th century their agency house worked in partnership with several other trading houses all over the west coast of India. They also served as brokers for the French East India company in Goa during the critical period of anglo-french wars. The Mhamais were also revenue farmers, particularly customs and tobacco tax farming. I had the privilege of taking their family archives to the Xavier Centre of Historical Research in 1979 and making the history of the family known worldwide.Item Educação Global e museologia social: Experiências do sul global sobre desenvolvimento sustentável(2017) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA questão dos direitos humanos, do desenvolvimento e da globalização na perspetiva da museologia social e dos ecomuseus poderá ser olhado do ponto de vista da educação global como processo de educação patrimonial popular. Vale a pena olhar para três conceitos básicos nesta questão: - Educação, Cidadania e Desenvolvimento, e procurar entender a forma como o seu significado se foi consolidando na linguagem. A linguagem é o que sustenta a forma como olhamos para o mundo, como construímos as nossas práticas. Eles transportam intenções, certezas e ambiguidades. Haverá hoje poucas dúvidas que estes três conceitos: Educação, cidadania e desenvolvimento, são hoje campos semânticos de complexidade. São por um lado construções históricas e apresentam significados diferentes em função do seu lugar de enunciação. Por outro lado, eles são também conceitos que ancoram a formulação de políticas públicas, afetam recursos públicos e mobilizam a ação social. Em suma são conceitos que legitimam as políticas públicas no campo da ajuda ao desenvolvimento e na educação para a cidadania nos sistemas de ensino. São essas políticas que definem o que se entende como Desenvolvimento e Cidadania.Item The Economic and Racial Implications of the Globalization of Knowledge by Catholic Missionaries in Portuguese India, 16th-18th Centuries(2012-10-03) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoThe European Missionaries benefitted from the native Asian sources and knowledge providers much more than it is honestly acknowledged.Item As narrativas biográficas: oralidade e intersubjectividade(Marca D’Água, 2014) Leite, Pedro Pereira; Fantasia, Ana; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA questão da intersubjetividade tem vindo a ser abordada na teoria do conhecimento com uma proposta de superação da relação do sujeito (aquele que formula os problemas) com o seu objeto de conhecimento (formulação de problemas sobre os quais são aplicados os métodos de observação e medição). Esta crítica ao paradigma racional, que tem vindo a ser feito entre outros pela escola de Frankfurt, de onde salientam os trabalhos de Jürgen Habermas (1990) Axel Honneth (2011) e ente nós pelos trabalhos de Boaventura Sousa Santos (1987). Entre outras questões a teoria crítica fundamenta uma proposta de reformulação dos modos de objetivação do real a partir da intersubjetividade. Propomo-nos neste trabalho a efetuar uma análise sobre a intersubjetividade na museologia a partir duma postura de investigação-ação através do recurso das narrativas biográficas. No paradigma da ciência social moderna as categorias de espaço e tempo surgem como formulações absolutas (SANTOS, 1987). Invariáveis a partir das quais se efetuam a construção de narrativas lineares sobre os espaços e as comunidades. A crítica de construção destas categorias como fenómenos processuais, interelacionais e reflexivos (HABERMAS, 1990) tem vindo a concluir que uma narrativa não pode aspirar a constituir-se mais do que uma entre outras narrativas possíveis. A possibilidade de narrativa emerge assim não pelo seu caráter universal e único, mas pela sua relação com as forças sociais que em determinadas conjunturas a tornam dominantes. A critica destas narrativas implica equacionar a sua expressão como possibilidade narrativa. A visão critica sobre as narrativas como fenómenos que resultam dum processo social interrelacional evidencia, na museologia, a necessidade de equacionar o sujeito que produz o discurso. Ora, neste ponto de vista, uma narrativa museológica, como processo de conhecimento construído a partir do sujeito museólogo, é um processo que resulta mais próprio conhecimento prévio do sujeito como que construindo um efeito de imagem refletida num espelho. A narrativa museológica moderna é portanto um conhecimento que se reflete a si mesmo. Ora a construção deste conhecimento reflexivo, a partir do qual se reconstroem as narrativas, é também criticado a partir do seu efeito processual. Isto é, ao projetarmos no mundo uma interrogação que nos é devolvida como resposta (quando construímos um problema já construímos, intuitivamente, a resposta para esses problemas (Ver JESUINO,2000 Processos Cognitivos), também estamos ao mesmo tempo a predeterminar a essa narrativa construindo os seus próprios limites de possibilidade, a partir da sua formulação. A comunicação não é neutra e não existe sem desencadear uma multiplicidade de efeitos a partir da qual se geram novos campos de tensão. O reconhecimento deste princípio da incerteza nas narrativas (do sujeito sobre o objeto),pelo efeito de reflexo e pelo efeito processual, induz uma consciência sobre as narrativas museológicas como campos de possibilidades contínuas.Item Acompanhando a Lusofonia em Goa: Preocupações e experiências pessoais(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoÉ uma apresentação quase auto-biográfica que reflete reações emocionais que possam ainda parecer desmedidas. Mas trata-se das experiências pessoais, e não dos outros. São mais emotivas do que emocionais, mas passaram pelo crivo de reflexões críticas e foram objeto de várias conferências em que participei e ensaios que publiquei. Estes ficam registados na bibliografia anexa ao texto e poderão ser consultados para completar o que o tempo e espaço disponíveis aqui não deixam partilhar mais à vontade.Item Shakuni trumps Pandavas(Edições Universitárias Lusófonas, 2016-11-19) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoThe publication of Goa, Daman and Diu mining concessions (Abolition and declaration as mining leases) ACT, 1987, in accordance with Mines and Minerals (Regulation and Development) Act, 1957, replaced the colonial decree of 20 September 1906 which had legislated about mining concessions in Goa (Gazette of India, 1987). The new legislation permitted the conversion of 700 colonial concessions into leases), and limited the exploration to only 90, which does not correspond to the actual situation, scandalous and destructive of the regional eco-system. It was a very generous legislation in its respect for the colonial rights and obligations, even after a political transition marked by invasion and conquest. Obviously, the Government of India did not want to give the Goans and the world at large an impression that could go counter to the image of liberation.Item Portuguese source-material in the Goa Archives for the Economic History of the Konkan in the 16th-17th centuries(Edições Universitárias Lusófonas, 1978) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoSurvey of archival material in Goa for the economic history of the Konkan regionItem Unwrapping Goan Identity(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Souza, Teotónio R. de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO título do ensaio evoca Gunter Grass. É um apelo aos goeses para se reconciliarem com o seu legado histórico. O autor revela as suas dificuldades nesse sentido até se sentir confortável com a multiplicidade das experiência que são consideradas como um enriquecimento da identidade. Refere ao desafio que continua a atenuar as capacidades dos goeses em globalização: o legado das castas.Item A Miséria da Museologia em Portugal(Edições Universitárias Lusófonas, 2014) Leite, Pedro Pereira; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoOs primeiros anos do novo milénio trouxeram para a história dos movimentos sociais novas formas de organização, novas ideias e novos protagonistas. Qual o lugar da museologia social em Portugal no âmbito destes movimentos sociais é a linha que nos orienta neste artigo? Em Portugal constitui-se em 1985 o Movimento Internacional para Uma Nova Museologia, um grupo de reflexão sobre os processos e as praticas duma museologia comprometida com as comunidades e com os territórios. Tal sucedeu devido à vitalidade dessa museologia social, em grande parte herdada da intensa atividade dos movimentos sociais iniciado com o processo revolucionais de 25 de Abril de 1974. Este artigo procura inventariar de que forma esta museologia social está a traduzir os movimentos sociais contemporâneos em Portugal.