Silêncio organizacional e gênero : analisando a percepção de mulheres e homens sobre a comunicação ascendente (e horizontal) em organizações no Brasil

Miniatura indisponível

Data

2019

Título da revista

ISSN da revista

Título do Volume

Editora

Resumo

Estudos sobre os temas silêncio organizacional e gênero nas organizações são crescentes, dada a importância da qualidade da comunicação e das relações interpessoais dentro do ambiente de trabalho. Entretanto, análises feitas de forma interligada sobre estes temas ainda são escassas, especialmente no Brasil, onde o enfoque neste debate mostra-se recente e pouco explorado. Este cenário provém a oportunidade de dar este novo passo, conciliando estas esferas em uma mesma investigação. Desta forma, este estudo vem examinar e debater os rótulos estabelecidos sobre o gênero como fator de influência na comunicação ascendente e horizontal dentro das organizações, positiva ou negativa, do ponto de vista de seus colaboradores abaixo dos níveis de gerência. Para tanto, apresenta-se um histórico da literatura de gênero e silêncio organizacional, visando estabelecer parâmetros investigativos, além de promover uma pesquisa empírica em duas etapas: quantitativa (prévia), por meio de um questionário com perguntas fechadas, proporcionando dados introdutórios, rápidos e superficiais; qualitativa (principal), recorrendo a entrevistas, buscando relatos aprofundados e possíveis padrões. Desta forma, foi possível identificar diferenças significativas entre homens e mulheres, mas apenas em alguns aspectos avaliativos, além de encontrar padrões de comportamento próprios de cada gênero. Entretanto, o mais notável foi a descoberta de que os participantes pouco creditam o gênero de suas chefias e de seus colegas como influenciadores nas relações interpessoais. Nas exceções em que isto de fato ocorreu, há em comum o fato de estarem inseridas em ambientes com predominância de um único gênero, seja masculino ou feminino. Estes resultados permitem agregar e atualizar conteúdos a ambos os temas, proporcionar novas referências e confrontar estereótipos decretados.
Studies on organizational silence and gender issues are growing, given the importance of the quality of communication and interpersonal relationships within the workplace. However, interconnected analyzes on these themes are still rare, especially in Brazil, where the focus on this debate is recent and not usually explored. This whole scenario provides us the opportunity to take one step further by reconciling these themes in one single investigation. Thus, this study examines and discusses the established labels on gender as an element of influence (positive/negative) on upward and horizontal communication within organizations, from the employee’s perspective. First, this study presentes historical research in gender and organizational silence literature to establish investigative parameters, while in its second part the empirical research delivered in two stages: quantitative – introducing fresh, but superficial data – and qualitative (the main one), through interviews – seeking in-depth reports and potential patterns. It was possible to identify significant differences between men and women in some evaluative aspects, in addition to finding their gender behavior patterns. Most notable, however, was to notice that participants scarcely credit the gender of their bosses and colleagues as influencers in interpersonal relationships. In the exceptions in which this occurred, it is common that they are inserted in environments with the predominance of a single-gendered organization. These results allow us to confront stereotypes, provide new data and content to both themes.

Descrição

Orientação: Jorge Correia Jesuíno

Palavras-chave

MESTRADO EM COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES, COMUNICAÇÃO, COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL, GÉNERO, BRASIL, COMMUNICATION, ORGANIZATIONAL COMMUNICATION, GENDER, BRAZIL

Citação