Raped Africa, Mother Africa, emasculated Africa : the evolution of the gendered national body in the fiction of Abdulai Sila

dc.contributor.authorFrascina, Francesca
dc.contributor.institutionEscola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação
dc.date.issued2013
dc.descriptionBabilónia : Revista Lusófona de Línguas, Culturas e Tradução
dc.description.abstractA exploração e trauma da nação colonizada muitas vezes escreviam-se no corpo feminino, e consecutivamente a terra acordava-se características femininas. Os colonizadores europeus falavam da sua missão divina e patriótica para penetrar terras virgens para inseminá-las com a semente da civilização. Esta alegoria evoluiu no discurso pós-colonial na violação figurativa da terra colonizada e das sociedades que as habitavam. Os nacionalistas africanos e pan-africanistos, através da figuração da nação como família (McClintock, 1993) e na sua romantização das suas origens como Mãe-África perpetuaram a feminidade inata da terra nativa. O presente papel examinaria o gênero do corpo no qual se escreve a narrativa da nação nas três novelas do autor Bissau-Guineense Abdulai Sila. A Última Tragédia (1995), a sua segunda obra publicada mas a que se situa primeira na cronologia narrativa dos seus romances, enfoca-se na tropa da África feminina em inscrever a nação colonial sobre o corpo do protagonista, Ndani, enquanto ela passa simbolicamente pelas violações físicas, psicológicas e culturais que também igualmente tiranizavam a nação. Eterna Paixão (1994) caracteriza-se pela romantização da Mãe-África carinhosa, vital, fecunda: um simbolismo que se derrama para os corpos femininos como a conexão tempestuosa do protagonista afro-americano com o continente pós-colonial reflecte-se nas suas relações com a figura caseira da mãe África(na) e com a mulher africana moralmente pervertida e sexualmente carregada. Finalmente, este papel explorará e interrogará a evolução inovativa do autor do corpo nacional pós-independência como o homem emasculado em Mistida (1997). Aqui o corpo masculino está o sítio na qual a corrupção e a violência política que se fermentavam nos anos precedentes à guerra civil em 1998 e as suas graves consequências na fábrica social da Guiné-Bissau escrevem-se nas invalidezes físicas, cicatrizes psicológicas e incapacidades sociais de personagens comoventemente masculinos.pt
dc.description.abstractThe exploitation and trauma of the colonised nation has often been written upon the female body, and in turn the land has been accorded feminine characteristics. European colonisers talked of their divine, patriotic mission to penetrate virgin lands in order to inseminate them with the seed of civilisation. This allegory evolved in postcolonial discourse into the figurative rape of the colonised land and the societies that inhabited them. With the figuring of the nation as family (McClintock, 1993) the innate femininity of the native land was perpetuated in African nationalists’ and 'an-Africanists' romanticisation of their origins as Mother Africa. This paper will examine the gendering of the bodies upon which the narrative of the nation is written in the three novels of the Bissau-Guinean author Abdulai Sila. A Última Tragédia (1995), his second published work but whose narrative sits chronologically first of his three novels, centres on the trope of the female Africa in inscribing the colonial nation upon the body of his protagonist Ndani as she symbolically undergoes the physical, psychological and cultural violations which likewise oppressed the nation. Eterna Paixão (1994) features the romanticisation of Africa as the loving, vital, fecund Mother, a symbolism which spills onto female bodies as the African-American protagonist’s tempestuous connection with the post-colonial continent is reflected in his relationships with the homely African Mother figure and the sexually charged, morally deviant African Woman. Finally, this paper will explore and interrogate Sila’s innovative evolution of the post-independence national body into the emasculated man in Mistida (1997). Here the male body becomes the site upon which the corruption and political violence brewing in the years preceding the 1998 civil war and their grave consequences upon Guinea Bissau’s social fabric are figured in the physical disabilities, psychological scarring and social incapacities of poignantly male characters.en
dc.description.statusNon peer reviewed
dc.formatapplication/pdf
dc.identifier.citationFrascina , F 2013 , ' Raped Africa, Mother Africa, emasculated Africa : the evolution of the gendered national body in the fiction of Abdulai Sila ' , Babilónia : Revista Lusófona de Línguas, Culturas e Tradução .
dc.identifier.issn1646-3730
dc.language.isoeng
dc.publisherEdições Universitárias Lusófonas
dc.relation.ispartofBabilónia : Revista Lusófona de Línguas, Culturas e Tradução
dc.rightsopenAccess
dc.subjectLITERATURA LUSÓFONA
dc.subjectESTUDOS DO GÉNERO
dc.subjectCONDIÇÃO FEMININA
dc.subjectCOLONIALISMO
dc.subjectLITERATURA GUINEENSE
dc.subjectANÁLISE LITERÁRIA
dc.subjectGUINÉ-BISSAU
dc.subjectLUSOPHONE LITERATURE
dc.subjectGENDER STUDIES
dc.subjectSTATUS OF WOMEN
dc.subjectCOLONIALISM
dc.subjectGUINEAN LITERATURE
dc.subjectLITERARY ANALYSIS
dc.subjectGUINEA-BISSAU
dc.titleRaped Africa, Mother Africa, emasculated Africa : the evolution of the gendered national body in the fiction of Abdulai Silaen
dc.typearticle

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