É cada um para o que nasce?: Desenvolvimento das atribuições causais da pobreza infantil na infância e soluções percebidas para a pobreza
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Data
2020
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Editora
Edições Universitárias Lusófonas
Resumo
O presente estudo analisa o desenvolvimento das atribuições causais da pobreza infantil, o papel do estatuto sócio económico nestas atribuições e as soluções que as crianças identificam para a pobreza. Foram entrevistadas crianças com idades entre os 6 e 12 anos (N = 107), e os resultados mostram a prevalência da externalização das causas da pobreza, nomeadamente através de explicações fatalistas (e.g. sorte) e estruturalistas (e.g. desemprego). Este estudo permite, ainda, verificar que as crianças percecionam dois tipos de soluções para a pobreza, que variam no grau de agência imputado à criança pobre. Análises de mediação mostram que a indicação de soluções que requerem a ação da criança pobre aumenta com a idade através do aumento da perceção de que a pobreza é causada por fatores sociais. Os resultados são discutidos em termos do desenvolvimento sociocognitivo, refletindo sobre as consequências das atribuições causais da pobreza na perpetuação das desigualdades sociais.
Descrição
Palavras-chave
PSICOLOGIA, CRIANÇAS, POBREZA, LUTA CONTRA A POBREZA, EXCLUSÃO SOCIAL, PSYCHOLOGY, CHILDREN, POVERTY, FIGHT AGAINST POVERTY, SOCIAL EXCLUSION
Citação
Costa , L P D , Rodrigues , R B & Waldzus , S 2020 , ' É cada um para o que nasce?: Desenvolvimento das atribuições causais da pobreza infantil na infância e soluções percebidas para a pobreza ' , Default journal .