Revista Lusófona de Educação n.º 25 (2013)
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Percorrer Revista Lusófona de Educação n.º 25 (2013) por autor "Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração"
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Item A Administração Escolar : racionalidade ou racionalidades?(Edições Universitárias Lusófonas, 2013) Carvalho, Maria João de; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoOs pressupostos a que se encontra vinculada a administração escolar, a mesma adoptada pela administração empresarial, constitui-se como factor decisivo para a situação de crise de racionalidade, de motivação e de legitimidade em que aquela se encontra. A produtividade e a eficiência, pressupostos que a racionalidade instrumental integra, não tem permitido que os actores educativos se constituam enquanto sujeitos democráticos e, por isso, tem impedido que se convertam em sujeitos de acção. As práticas dos directores escolares e as condições a que estão sujeitos parecem não favorecer o aparecimento de uma racionalidade democrática e emancipatória. Torna-se, por isso, necessário a emergência de uma racionalidade enformada pela crítica, pelo diálogo intersubjectivo e que reconheça, tanto a importância dos meios como dos fins na tentativa de perscrutarmos a verdade de que ambos os elementos se revestem.Item Dados de investigação em Ciências da Educação e em Artes Visuais : testemunho para a construção da escola inclusiva(Edições Universitárias Lusófonas, 2013) Silva, Maria Odete Emygdio da; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA inclusão de alunos com necessidades educativas especiais, entendida como educação inclusiva, implica a participação dos diversos atores que intervêm no espaço educativo. A investigação que realizámos e que temos orientado, no âmbito da metodologia de estudo de caso, tem permitido identificar e analisar dificuldades, preocupações e representações sociais de alguns atores envolvidos no processo de inclusão destes alunos, bem como práticas implementadas pelos professores, nas escolas onde os referidos estudos se realizaram. Estes decorreram no Brasil, Rio Grande do Norte, e em Portugal, na zona metropolitana de Lisboa, no âmbito de Mestrados em Ciências da Educação e em Artes Visuais. Os resultados, que apresentamos e refletimos, evidenciam que a inclusão destes alunos suscita ainda, passados que são dezoito anos desde Salamanca, muitas dificuldades aos professores, nomeadamente no que diz respeito à implementação de respostas adequadas, o que nos remete para a necessidade e a premência de formação neste sentido.Item Do Ambiente ao Desenvolvimento Sustentável : contextos e protagonistas da Educação Ambiental em Portugal(Edições Universitárias Lusófonas, 2013) Schmidt, Luísa; Guerra, João; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoNo âmbito da década 2005-2014 proclamada pela UNESCO para a Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS), realizou-se um diagnóstico que teve como principais objetivos conhecer o tipo de projetos, temáticas e intervenientes da Educação Ambiental (EA) em Portugal, a partir de dois inquéritos de âmbito nacional — um aplicado a um vasto leque de organizações não-escolares estatais, privadas e associativas e outro aplicado ao universo português de estabelecimentos de ensino básico e secundário. Dando conta de alguns dos resultados mais representativos, procura-se contribuir para uma descrição fundamentada em observação empírica. Refira-se, por exemplo, o persistente afunilamento do espaço de incidência da EA/EDS que sobrevaloriza a questão ecológica em desfavor da questão cívica, deixando na sombra áreas tão importantes para a sustentabilidade como as atividades económicas, ou as questões da qualidade de vida. Esta auto-delimitação tende a expressar-se também no peso excessivo da escola, dos estudantes e dos grupos mais jovens, em desfavor de uma maior abrangência que permitisse alargar o âmbito, à comunidade escolar, às famílias e à comunidade envolvente em geral. Caraterísticas que resultam da desarticulação entre uma visão mais curricular do Ministério da Educação e uma prática mais assente em aspetos recreativos do Ministério do Ambiente, uma situação que tende a não criar as necessárias sinergias.Item O ensino da Física nas escolas secundárias portuguesas no século XX(Edições Universitárias Lusófonas, 2013) Valadares, Jorge; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoNeste trabalho mostra-se como o ensino da Física no século passado em Portugal teve duas fases, a primeira de estagnação, baseada num manual único, adoptado oficialmente para todas as escolas, cujas deficiências, algumas delas referidas neste estudo, eram transmitidas de manuais únicos para manuais únicos, década após década. O ensino expositivo e passivo de má qualidade conduzia a uma aprendizagem marcadamente literal, memorística e mecânica e os professores expunham esses erros e concepções erróneas aos alunos que as decoravam e repetiam. O fim do manual único e a democratização do ensino nos anos 70 deu origem a uma segunda fase do ensino da Física também analisada neste trabalho.Item Investigando a relação entre o jogo do Semáforo e os padrões(Edições Universitárias Lusófonas, 2013) Ferreira, Dores; Palhares, Pedro; Silva, Jorge Nuno; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoOs jogos têm despertado o interesse de investigadores no sentido de averiguar o benefício da sua prática no desenvolvimento de capacidades. Este interesse emerge, possivelmente, das caraterísticas motivadoras do jogo em geral e do facto de determinado tipo de jogos envolverem destrezas cognitivas na sua prática. Estas caraterísticas levaram-nos a serem considerados como agentes facilitadores do processo de ensino e aprendizagem da matemática. A capacidade de identificar padrões é igualmente apontada como essencial a este processo, sendo considerada uma capacidade intrínseca à atividade matemática. Neste artigo apresentar-se-ão as etapas essenciais de um estudo conduzido junto de uma amostra de alunos do 1.º ciclo do ensino básico, envolvendo o jogo do Semáforo, bem como as principais conclusões. Como resultados principais do estudo verificámos a existência de uma relação entre a força de jogo e a capacidade de identificar padrões, tendo-se verificado também uma relação entre estas variáveis e a classificação obtida nas provas de aferição de matemática. Verificou-se, ainda, que uma turma sujeita à prática sistemática do jogo diferiu significativamente da turma de controlo.Item Physlets e Open Source Physics para professores e estudantes portugueses(Edições Universitárias Lusófonas, 2013) Carvalho, Paulo Simeão; Christian, Wolfgang; Belloni, Mario; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoHoje em dia, muitos professores utilizam, na sua prática letiva, software educativo para o ensino da Física. Muito desse software resulta em aplicações multimédia, de onde se destacam as simulações e os vídeos educativos. Apesar da qualidade dos materiais disponíveis na internet, um dos problemas com que os professores se deparam é, com frequência, a ausência de sugestões de exploração didática adequadas, que tornem o uso desses recursos em verdadeiras ferramentas de ensino interativo. Por Ensino Interativo, referimo-nos a “todo o ensino elaborado para promover a aprendizagem conceptual através do envolvimento interativo dos alunos, em atividades de raciocínio (sempre) e práticas (habitualmente), que conduzam a um feedback imediato através da discussão entre os alunos e/ou o professor” (Hake, 1998). Neste contexto, o uso da modelação matemática associada quer ao algoritmo por detrás das simulações, quer à análise dos dados recolhidos a partir daquela, constitui uma mais-valia na aprendizagem conceptual dos alunos que raramente é contemplada pelos programas nacionais e consequentemente, pelos professores. Neste trabalho são apresentados dois projetos (Physlets e Open Source Physics) de produção de materiais interativos, acessíveis através da Web e que atualmente podem ser utilizados pelos estudantes e professores portugueses.Item Pré-cálculo e a formação inicial de professores de Matemática: resultados preocupantes de um teste diagnóstico(Edições Universitárias Lusófonas, 2013) Fernandes, Susana; Conceição, Ana C.; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA adaptação ao processo de Bolonha, ao reduzir as licenciaturas para três anos de escolaridade, impulsionou a criação de mestrados que têm por objectivo formar professores profissionalizados. Encontramos na literatura inúmeros trabalhos que referem ser necessário, na formação de futuros professores, apostar no domínio dos conteúdos que vão ser lecionados nos níveis de ensino para os quais conferem a habilitação para a docência, sem esquecer a importante aquisição de todo o tipo de competências inerentes ao ensino. Neste artigo apresentamos dados relativos a licenciados em Matemática que frequentam um Mestrado em Ensino. Com o intuito de aferir os seus conhecimentos, na área de pré-cálculo, foi elaborado um teste diagnóstico, respondido presencialmente antes e depois desses conteúdos serem abordados em sala de aula, tendo sido identificadas diversas lacunas de conhecimento. Discutimos os diferentes tipos de erros cometidos, exemplificando as fragilidades científicas existentes. Concluímos a necessidade de criação de disciplinas pensadas especificamente para o conhecimento do conteúdo a lecionar; um fator determinante para um futuro de sucesso de qualquer professor de Matemática.Item Recensão : Gardou, Ch. (2012). La société inclusive, parlons-en! Il n’y a pas de vie minuscule Toulouse: Editions Érès. Collection Connaissances de la diversité: comprendre-comparer; accompagner-soigner; éduquer-enseigner-former (167 páginas)(Edições Universitárias Lusófonas, 2013) Paulo, Elisabete dos Santos; Sanches, Isabel Rodrigues; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoItem The relationship of pay to job attraction, job loyalty, and performance for high quality STEM teachers(Edições Universitárias Lusófonas, 2013) Rose, Richard; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoMelhorar a qualidade da educação em ciência, tecnologia, engenharia e matemática é vital para a competitividade global. A necessidade de escolas mais eficazes e a centralidade do papel do professor em quaisquer planos de melhoria substancial da escola são bem conhecidos. Educadores, facções políticas e decisores políticos estão envolvidos num intenso debate sobre se são os sistemas de remuneração por desempenho ou aumentos substanciais em toda a tabela salarial que são mais susceptíveis de motivar os professores para melhorar os resultados da aprendizagem dos alunos. Nenhum dos lados questiona que algum tipo de incentivo financeiro é necessário para obter resultados robustos. Uma vez que a economia tem tornado as autarquias locais menos capazes de fornecer qualquer destes tipos de incentivo financeiro, este estudo procurar examinar se os dispendiosos factores de motivação salariais são tão essenciais como parece sugerir este debate. Mostra-se que factores de motivação virtualmente livre de custos, tais como respeito profissional, ambiente de trabalho positivo, realização pessoal, segurança no trabalho e desafio positivo, podem ser mais eficazes para atrair, reter e inspirar professores de qualidade do que qualquer reestruturação ou melhoria de compensação financeira.Item Teoria crítica de Paulo Freire, formação docente e o ensino de ciências nos anos iniciais de escolaridade(Edições Universitárias Lusófonas, 2013) Souza, Ana Lúcia Santos; Chapani, Daisi Teresinha; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoAs demandas impostas pela sociedade da tecnologia e do conhecimento impõem novas exigências sobre a formação dos professores de Ciências Naturais. Postula-se que a educação científica ocorra desde os anos iniciais de escolaridade, para tanto, é necessário que a formação docente contemple, além dos aspectos tradicionalmente relacionados ao ensino para crianças, também aqueles relativos aos produtos e processos das ciências. Este trabalho teve por objetivo discutir as contribuições da teoria crítica de Paulo Freire para a formação de professores de Ciências Naturais, enfocando os conceitos e pressupostos dessa teoria que possam oferecer instrumentos tanto para a crítica aos atuais modelos de formação docente, quanto para as necessárias mudanças que se impõem no ensino de Ciências Naturais nos anos iniciais. Ponderamos que a formação docente para os anos iniciais fundamentada na práxis possibilita o reconhecimento do caráter histórico e mutável dos produtos da ciência e, além disso, fornece bases para a efetivação de uma prática pedagógica crítica, reflexiva e investigativa no ensino de Ciências Naturais. Concluímos apontando algumas possibilidades para a formação dos professores para os anos iniciais de escolaridade capazes de contribuir para uma formação emancipadora.Item La transición en los modelos de la pedagogía del ocio a finales del franquismo a través de fuentes fotográficas : las colonias de verano de Can Tàpera en Baleares(Edições Universitárias Lusófonas, 2013) Sureda Garcia, Bernat; Comas Rubí, Francisca; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEste artigo é parte de um processo de pesquisa que visa explorar as possibilidades das fotografias como uma fonte para a história da educação. A historiografia positivista do século XIX trouxe imensas ferramentas metodológicas para analisar e criticar as fontes escritas. Apesar disso, não temos suficientemente desenvolvidos os princípios e as técnicas que nos permitem usar fluentemente as fotografias como fontes históricas. Este artigo visa dois objetivos: avançar na exploração de recursos e métodos que nos permitam melhorar o tratamento de fotografias como fonte histórica e fazê-lo através do estudo concreto de uma coleção de fotografias de um acampamento de verão. A exploração das fotografias como fontes históricas é baseada nas contribuições das ciências sociais, tais como a etnografia, a sociologia e a semiótica. A conclusão é que as fotografias podem fornecer informações que dificilmente se podem obter a partir de outras fontes, mas, por sua vez, é necessário que esta informação seja comparada e contrastada com outras evidências. Neste caso, podemos notar a transição que ocorre no final do franquismo e nos primeiros anos de democracia, entre uma pedagogia de lazer assente em modelos altamente formalizados e outros mais flexívels baseados na espontaneidade, liberdade e atividades recreativas.