Mestrado em Exercício e Saúde
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Percorrer Mestrado em Exercício e Saúde por autor "Sobrinho, Miguel Lourenço"
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Item Inovação tecnológica na avaliação da força e da fadiga muscular em jogadores de futebol(2022) Sobrinho, Miguel Lourenço; Teixeira, Carlos, orient.A inovação tecnológica tem possibilitado a criação e desenvolvimento de dispositivos com boa capacidade de avaliação e monitorização dos principais indicadores de performance e risco de lesão nas diversas modalidades desportivas. Particularmente no futebol, o estudo da força dos músculos dos membros inferiores, e dos dispositivos que possibilitam a sua avaliação, tem merecido grande atenção pela comunidade desportiva, académica e científica, no sentido de melhorar a monitorização da adaptação ao treino, estimar o risco de lesão e de controlar os índices de fadiga. Uma forma de monitorização da fadiga é através da avaliação da força isométrica (FI), definida como a contração voluntária do músculo, sem alteração do seu comprimento. Apesar de já existirem alguns dispositivos capazes de avaliar a FI no terreno, e dos testes inerentes serem simples de aplicar, a existência de estudos que documentem o impacto de um jogo na fadiga (força isométrica) permanecem escassos, especialmente, nos músculos adutores dos membros inferiores, determinantes para a modalidade e com elevada incidência de lesões. Objetivos: Desenvolver e adaptar acessórios para uma célula de força sem fios (GripWise) que permitam avaliar no terreno a força isométrica dos músculos adutores dos membros inferiores em jogadores de futebol, possibilitando o cálculo da fadiga muscular induzida por um jogo. Métodos: Este estudo transversal teve uma amostra constituída por nove jogadores de futebol semiprofissional (23.11 ± 3.24 anos). A FI foi avaliada através da célula GripWise, e pelo teste de Squeeze, antes e após um jogo de futebol (90 minutos). O teste de Squeeze consiste na avaliação da força muscular isométrica, produzida pelos adutores, durante 10 segundos. Os jogadores foram incentivados a realizar a maior força possível contra a célula GripWise, imediatamente antes .e após um jogo completo (pelo menos 90 minutos) de futebol. Para a análise dos dados de força foram realizados os testes de normalidade e o teste T de medidas repetidas para verificação das diferenças. Os dados de força (todos com normalidade) são apresentados em quilogramas de força (kgf) e respetivo desvio padrão, ou em percentagem de alteração, pré versus pós jogo. O valor de significância (p) foi menor que 0,05. Resultados: Apesar da FI máxima após o jogo apresentar uma redução de, aproximadamente, 14% (36,2 ± 7,3 kgf vs. 31,8 ± 8,8 kgf; p<0,01) houve um jogador que apresentou melhorias da primeira para a segunda avaliação (pré e pós jogo, respetivamente). A FI média teve uma redução de, aproximadamente, 28% (28.44 ± 6.56 kgf vs 20.94 ± 8.48 kgf; p<0,01). Conclusão: Os nossos resultados permitam concluir que um jogo de futebol é indutor de fadiga muscular e que esta é responsável por uma diminuição dos níveis de FI máxima, imediatamente após a sua ocorrência. Esta fadiga é individual, variando de atleta para atleta, o que implica que a análise dos resultados não esteja circunscrita à análise estatística, uma vez que esta indica que um jogo de futebol, efetivamente, provoca fadiga nos jogadores, mas não refere as alterações individuais, onde houve casos em que a FI máxima não se alterou.