Mestrado em Justiça Juvenil e Proteção de Crianças e Jovens em Perigo
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Percorrer Mestrado em Justiça Juvenil e Proteção de Crianças e Jovens em Perigo por autor "Cabral, Joana, orient."
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Item Consciência crítica no trabalho social : o papel da identidade social(2023) Branco, Gabriela Alexandra Pereira; Cabral, Joana, orient.De forma a reparar as desvantagens sociais e as hierarquias impostas pela desigualdade e pelos mitos legitimadores da discriminação, importa para a prática social uma abordagem de consciência crítica. A presente investigação explora o conhecimento que profissionais e estudantes das áreas sociais têm sobre as experiências de opressão, bem como sobre o papel da identidade social nestes sistemas. Foi utilizada uma amostra de 64 participantes, 52 mulheres (81.3%), 10 homens (15.6%) e 2 pessoas não binárias (3.1%). São trabalhadores (29; 45.3%) ou estudantes (25; 39.1%), em áreas de intervenção social. Os participantes responderam a um protocolo de questionários quantitativos através da plataforma online Qualtrics. Foram incluídas medidas sobre a consciência crítica (CC), competência cultural e meritocracia. Para a análise e tratamento dos dados, recorreu-se ao software SPSS versão 28. Os resultados confirmaram que a escolaridade é um forte preditor para aumentar os níveis de CC. Os resultados mostram que quem experiencia maior desigualdade tem níveis mais baixos de CC sobre o classismo, mas que menor crença meritocrática prediz níveis mais elevados de CC. À medida que a crença meritocrática aumenta amplifica-se o efeito negativo da experiência de desigualdade na CC sobre o classismo. Pessoas com um ESS mais baixo revelaram níveis inferiores de CC e de competência cultural. Este efeito é maior quanto maior a adesão a crenças meritocráticas e atenua-se quando a adesão é baixa, no caso da CC, e inverte-se no caso da competência cultural. Salienta-se a importância de considerar intervenções que permitam às pessoas conhecer mais sobre a sua identidade social, de forma a compreender como se sentem na relação com outros grupos sociais e culturalmente diversos e se o grupo social a que pertencem promove as igualdades sociais.Item Transgressão ao género tradicional entre mulheres imigrantes brasileiras(2023) Moreira, Jéssica Filipa Freitas; Cabral, Joana, orient.O presente estudo teve como principais objetivos compreender as representações e esquemas de género de mulheres imigrantes do Brasil e ainda explorar de que forma um esquema menos tradicional está associado a uma maior perceção de transgressão e conflitualidade nas relações de intimidade. Olhamos para a conflitualidade não como exclusiva da mulher, mas sim, para a conflitualidade nas relações de intimidade. Deste modo, partimos de um olhar bidirecional sobre o fenómeno. A amostra foi constituída por 79 mulheres imigrantes de nacionalidade brasileira, com idades compreendidas entre os 30 e 49 anos (M = 40,82, DP = 10,625). Os instrumentos aplicados foram: Gender Theory Questionnaire (Coleman & Hong, 2008), Identily Centrality (Leach et al., 2008), Cenários Projetivos de Violência e Desigualdade (Cabral, et al, 2017), CADRI (Wolfe, et al. 2001), Inventário Masculino dos Esquemas de Género do Auto- Conceito (Giavani & Tamayo, 2003). Os resultados revelaram que mulheres cujo esquema é de transgressão, identificam e reagem emocionalmente mais aos conflitos que estão associados às transgressões de género e consideram que estes conflitos não devem ser ignorados. Verificou-se ainda que as mulheres que constroem o seu esquema de género de forma que é menos tradicional, estão mais sensíveis a detetar as transgressões que acontecem nas interações de casal e identificam maiores probabilidades de estas desencadearem conflito e violência nas relações íntimas. Assim sendo, quanto maior for a sensibilidade às transgressões de género, maior a insatisfação e consequentemente maior a conflitualidade elas experimentam nas suas relações de intimidade.