Cadernos de Sociomuseologia nº 01 (1993) : Sobre o conceito de Museologia Social
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Percorrer Cadernos de Sociomuseologia nº 01 (1993) : Sobre o conceito de Museologia Social por autor "Menezes, Luís"
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Item A evolução de conceitos entre as declarações de Santiago e de Caracas (texto1)(Lusofona University, 1993) Menezes, Luís; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO confronto analítico que aqui se preconiza entre a Declaração de Santiago do Chile e a Declaração de Caracas, não pode alhear-se dos momentos conjunturais em que ambos foram produzidos, como da realidade sobre a qual se debruçam de forma particular, a América Latina. Em primeiro lugar, o mundo contemporâneo da Declaração de Santiago, início dos anos setenta, é um tempo em que na maioria dos países da América Latina se travam violentos combates para a institucionalização da democracia, constituindo essa luta política uma condição prévia para a superação da sua profunda crise económica e social, enquanto a Declaração de Caracas se insere num contexto em que as esperanças depositadas como o estabelecimento dos regimes democráticos já em grande número daqueles países, não resultou numa alteração das condições económicas e sociais pré-existentes, antes pelo contrário, o ensaio de modelos político-económicos desenquadrados das realidades sócio-culturais a que se dirigiam, frustraram as expectativas e agudizaram essa crise, inerente a uma acelarada alteração de valores e à desintegração sócio-cultural das comunidades.Item O primado do discurso sobre o efeito decorativo(Lusofona University, 1993) Menezes, Luís; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoTrata-se nesta abordagem de pôr à discussão os modos de exposição nos museus, apresentando em maquete o exemplo de vitrinas, um suporte cuja forma substantiva exprime o uso do vidro-matéria prima de construção de algo que se pretende constituir como uma barreira entre o objecto exposto e o meio ambiente. De imediato, diga-se que uma exposição não se improvisa. Ela funda-se sobre imperativos científicos, que determinam um programa e um projecto. Todavia, programa e projecto não devem corresponder só às necessidades de exploração científica das colecções de um museu, mas também pela sua pertinência, devem saber destacar os valores inerentes à comunidade em que se inserem, como situar-se no âmbito das suas necessidades. Um programa, é assim um acto científico, na medida em que constitui a armadura ideológica da exposição, e o projecto nesta acepção, o acto de conceber as estruturas de exposição, selecção e apresentação, a propósito de dados científicos e sua interpretação.