Caleidoscópio - Revista de Comunicação e Cultura
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Percorrer Caleidoscópio - Revista de Comunicação e Cultura por autor "Andrade, Rogério Ferreira de"
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Item As análises institucionalistas nas organizações e o conceito de "institucional"(Edições Universitárias Lusófona, 2002) Andrade, Rogério Ferreira deA apreensão global desse vasto campo de estudos que designamos por teorias e análises institucionalistas revela-se tarefa difícil, senão mesmo impossível. W. Richard Scott diagnostica muito bem a situação quando afirma que “embora haja alguns temas recorrentes e básicos (…) nas actuais teorias institucionais das organizações, quando alguém anuncia que está a desenvolver uma análise institucional a questão seguinte é: usando que versão?” (Scott, 1987: 501). Por essa razão, iremos passar em revista os seguintes pares de distinções (ou tensões) que operam no campo institucionalista, o estruturam e lhe dão vigor: a) organizações e instituições; b) institucionalismo e neo-institucionalismo; c) ambientes técnicos e ambientes institucionais das organizações; d) micro e macro-institucionalismo; e) actores individuais e actores colectivos da institucionalização; f) instituições e extituições. Em todos estes pares de distinções acabaremos por nos referir, directa ou indirectamente, aos aspectos simbólicos das organizações e dos seus ambientes, o que corresponde, afinal, aos nossos interesses actuais de investigação.Item Recensões : the corrosion of character, de Richard Sennett(Edições Universitárias Lusófonas, 2001) Andrade, Rogério Ferreira deThe corrosion of character, de Richard Sennett, é um ensaio em forma de novela sobre a impaciência do capital e o destino do carácter na sociedade de informação. O protagonista central? O «homem de rede» do capitalismo neo-liberal, flexível. E o primeiro, mas não o único, perdedor anunciado? O «homem de mármore»1, aquele que quer ainda acreditar que o trabalho e a carreira são para toda a vida, aplicando-se a «provar o seu valor moral através do seu trabalho» (p. 105). Qual a ironia subjacente? A descoberta paradoxal de que quanto mais densificamos a malha e os nós nas redes sociais, tanto mais o carácter – o «laço que estabelecemos com o mundo, o facto de sermos necessários aos outros» (p. 146) – se corrói e, com ele, a confiança, a lealdade e a possibilidade de compromissos mútuos. Sennett não tem grandes ilusões sobre o trabalho que desenvolvemos em equipas e em ambientes empresariais de rede, onde a «ficção dos empregados cooperativos (…), as máscaras do espírito de cooperação» (p. 113) se multiplicam e «as pressões dos outros membros da equipa substituem os golpes de chicote dos patrões para que as linhas de montagem de automóveis rodem sempre mais depressa» (p. 113). O epílogo? O de sempre.