Caleidoscópio - Revista de Comunicação e Cultura
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Item O 11 de Setembro como mega-acontecimento: um desafio à globalização(Edições Universitárias Lusófonas, 2005) Alvares, Claudia; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação; ECATI - Departamento Engenharia Informática e Sistemas de InformaçãoDefende-se, neste texto, que o 11 de Setembro põe em causa os parâmetros de definição tradicional de «acontecimento mediático», revelando uma função simultaneamente integradora e desagregadora. Ao mesmo tempo que serviu para consolidar um comunitarismo ocidental definido em relação a uma alteridade islâmica ameaçadora, também enfatizou a existência de fissuras numa globalização não homogénea, deixando em aberto divisões acentuadas entre centro e periferia. A especificidade do 11 de Setembro prende-se ainda com o facto desse acontecimento ter sido produzido para os media por aqueles que pretendiam desafiar o sistema de globalização de que os media fazem parte. Assim, este mega acontecimento adquire conotações particularmente perversas, pois o ritual ao qual deu origem foi, em parte, ditado pelo ‘outro’, com o intuito de utilizar os media como espaço público de contestação, combate e confronto em tempo real.Item A abordagem do enquadramento nos estudos do jornalismo(Edições Universitárias Lusófonas, 2005) Gonçalves, Telmo; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoA abordagem do enquadramento transfor - mou-se nas últimas duas décadas num dos paradigmas mais expressivos dos estudos do jornalismo. Percorremos, neste artigo, a evolu - ção desta corrente de investigação, desde as suas origens até aos seus desenvolvimentos mais recentes. Pretendemos, assim, demonstrar os diferentes sentidos com que a noção de «frame» tem vindo a ser aplicada nos estudos do jornalismo, evidenciando-se hoje como um conceito incontornável tanto no estudo das notícias como na investigação dos seus efeitos.Item Actividade e comunicação: o sujeito perante os media(Quimera, 2007) Damásio, Manuel José; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoO presente artigo apresenta uma perspectiva material de compreensão da relação entre os sujeitos e os media centrada no conceito de actividade. A partir da discussão deste conceito no contexto de diferentes abordagens no campo dos estudos da comunicação, pretendemos centrarmo-nos na denominada “teoria da actividade” para introduzir uma concepção da actividade enquanto vector central da relação entre sujeito e media. Esta relação constrói-se de acordo com esta perspectiva, não como uma relação passiva baseada na exposição, mas sim como uma relação produtiva de uso dos media enquanto objectos no contexto de actividades colectivas e individuais de objectivação de uma relação produtiva de consumo suportada na mediação de artefactos.Item Acto de filmar: Variações(Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Cordeiro, Edmundo; Pinto, José Gomes; Hernández Sánchez, Domingo; Coroado, Amândio; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoPorquê a requisição para que não se veja da mesma maneira um filme documentário e um filme de ficção? Trata-se de uma questão tanto mais importante quanto o ressurgimento do documentário não será alheio quer à virtualização da ficção, quer à mediatização – virtualização – dos acontecimentos do mundo. E quais são exactamente as condições de base do filme?Item A análise do Laoconte por Goethe ou o primeiro texto estruturalista(Edições Universitárias Lusófonas, 2012) Petitot, Jean; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoItem As análises institucionalistas nas organizações e o conceito de "institucional"(Edições Universitárias Lusófonas, 2002) Andrade, Rogério Ferreira de; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoA apreensão global desse vasto campo de estudos que designamos por teorias e análises institucionalistas revela-se tarefa difícil, senão mesmo impossível. W. Richard Scott diagnostica muito bem a situação quando afirma que “embora haja alguns temas recorrentes e básicos (…) nas actuais teorias institucionais das organizações, quando alguém anuncia que está a desenvolver uma análise institucional a questão seguinte é: usando que versão?” (Scott, 1987: 501). Por essa razão, iremos passar em revista os seguintes pares de distinções (ou tensões) que operam no campo institucionalista, o estruturam e lhe dão vigor: a) organizações e instituições; b) institucionalismo e neo-institucionalismo; c) ambientes técnicos e ambientes institucionais das organizações; d) micro e macro-institucionalismo; e) actores individuais e actores colectivos da institucionalização; f) instituições e extituições. Em todos estes pares de distinções acabaremos por nos referir, directa ou indirectamente, aos aspectos simbólicos das organizações e dos seus ambientes, o que corresponde, afinal, aos nossos interesses actuais de investigação.Item Anúncio e capa de revista : territórios paralelos ou contíguos?(Edições Universitárias Lusófonas, 2005) Cardoso, Carla Rodrigues; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoImagem e texto são dois elementos partilhados por anúncio e capa de revista. As semelhanças entre estes dois dispositivos comunicacionais começam ou terminam aqui? A resposta a esta questão passa pela análise das estratégias subjacentes à criação do anúncio publicitário e da capa de revista. Neste último caso, optou-se por restringir o campo das publicações, optando-se pelas newsmagazines, sólidas representantes do mundo do jornalismo. Depois do esgrimir de argumentos teóricos, parte-se para a análise empírica das capas de Janeiro de 2004 da newsmagazine portuguesa Visão, à procura de vestígios concretos que as relacionem ou não com os anúncios de revista.Item Após um século de Orwell : Política, Pós-Modernismo e reputação(Edições Universitárias Lusófonas, 2007) Vaninskaya, Anna; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoOrwell é o padrão sob o qual ou contra o qual os críticos se lançam na guerra. É um lugarcomum que Orwell tem sido reclamado como a luz orientadora de quase todas as doutrinas políticas existentes, desde o velho Labour até ao neo-liberalismo, mas em lado nenhum é o seu lado icónico mais evidente do que na utilização que dele é feita como figura de proa na batalha contra o pós-modernismo académico. Nada nos escritos de Orwell, clar, nem sequer os seus mais cáusticos ataques ao “relativismo” induzido pelo Partido de intelectuais de Esquerda, sugere que tenha inventado ou mesmo previsto o pós-modernismo e a oposição a este. Mas um público institucional particular insiste em reclamá-lo como profeta do primeiro e, similarmente, como líder espiritual da segunda. São eles, não ele, que fazem a ligação entre reescritas ideológicas da história e da ciência nazis e soviéticas (ou de inspiração soviética) e as práticas dos académicos ocidentais de hoje, e extrapolam consequências totalitárias deste facto. Que ambas as actividades são exemplos flagrantes da falácia do tipo “se Orwell aqui estivesse hoje pensaria como eu”, foge à sua atenção. Que os escritos de Orwell, com selecção e interpretação adequadas, possam servir como arma de eleição na cruzada anti-pós-moderna confirma o seu valor instrumental mais do que fundacional. Também constituem a matéria-prima para este tipo de crítico mais preocupado com a política britânica moderna, que trata de pendurar a sua, discutivelmente mais fiel, versão de Orwell na parede.Item Arte, acontecimento e acção(Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Cruz, Maria Teresa; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoDo acontecer como estrutura ontológica da arte, à obra como “happening”, performance, acção ou interacção, parece poder inferirse um devir prático da arte, que importa interrogar na sua vocação emancipadora, mas também na sua afinidade com a dimensão pragmática e mobilizadora da razão moderna.Item O ataque ao sítio web da Al-Jazeera ou o anunciado salto das notícias da retaguarda para a linha da frente(Edições Universitárias Lusófonas, 2005) Sousa, Pedro Diniz de; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoO ataque ao sítio web da Al-Jazeera, levado a cabo por hackers na primeira semana da Guerra do Iraque, terá constituído o primeiro sinal importante da assimilação da imprensa online pelo campo da guerra informática, apresentada desde há décadas como «guerra do futuro», mas mantendo um estatuto marginal no quadro dos conflitos militares entre estados. O acontecimento atravessa o terreno cientificamente minado do estudo da Internet, nomeadamente pela «retórica de substituição» que acompanhou o nascimento das principais tecnologias de comunicação e que regressou em força com a chegada do novo meio. Mas este e outros perigos não nos devem inibir de encarar de frente o significado do bloqueio do sítio web da Al-Jazeera, nas suas dimensões bélica, simbólica e política. É o que este artigo procura fazer, a partir da confrontação das teorizações já produzidas acerca das notícias online e da guerra informática com um conjunto de dados empíricos relevantes.Item A atmosfera fílmica como consciência(Edições Universitárias Lusófonas, 2002) Gil, Inês; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoO conceito de «atmosfera fílmica» é complexo porque a sua análise levanta o problema da construção formal cinematográfica como meio indutor da atmosfera de um filme. Além disso, a própria noção de «atmosfera» revela uma série de outros conceitos mais ou menos controlados através dos elementos fílmicos, que terão todos o mesmo objectivo: o reconhecimento desses conceitos através da manifestação da atmosfera.Item Branca de Neve e as imagens no escuro(Edições Universitárias Lusófonas, 2002) Viveiros, Paulo; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoPartindo de uma referência aos filmes Branca de Neve de João César Monteiro e O Quarto da Vanda de Pedro Costa, este texto procura reflectir sobre o que o cinema acrescenta aos filmes. Ou seja, se o cinema não é um meio neutro de simples narração de histórias ou de documentos sociais e pessoais, como é que ele se manifesta para além da «linguagem» da indústria e do seu autor? O que este texto pretende fazer sobressair é a importância da montagem e do som numa arte que ficou associada à imagem em movimento. Neste sentido, o texto é também uma panorâmica sobre algumas propostas teóricas sobre esses dois conceitos.Item O campo expandido do desenho e suas práticas criativas(Edições Universitárias Lusófonas, 2006) Vasconcelos, Maria Constança; Elias, Helena Catarina da Silva Lebre; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoEste artigo reflecte sobre o desenho como processo projectual na formação do designer. Para além dos aspectos de comunicação que o desenho invoca como fim último, centra-se sobretudo nas suas capacidades exploratórias como ferramenta e expressão do pensamento e, muito particularmente, no seu funcionamento como estímulo à criatividade. O reforço através do desenho de estruturas conceptuais de várias áreas parece ser fundamental como incentivo à imaginação, para a prática do design num mundo em permanente mudança. Também o desenvolvimento das tecnologias digitais permitiu enriquecer a prática do desenho, possibilitando novas experiências gráficas, confirmando-o como um “campo expandido” do processo criativo/capacidades perceptivas e conceptuais para o designer. São apresentadas dum modo integrado algumas destas questões, através de exemplos de programação feita.Item Carl Einstein e a força da arte(Edições Universitárias Lusófonas, 2012) Miranda, José Bragança de; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoCom a morte de Carl Einstein, em 1940, consumou-se um desaparecimento voluntário, a que está sempre ligado uma secreta vontade de desaparecer e de não deixar traços. Com o desprezo pelo «eu» que caracterizou aqueles que assistiram ao colapso da revolução europeia, Einstein entregava-se ao comum, à gramática colectiva, a que ele próprio se refere no extraordinário epitáfio que dedicou a Durruti1. Ele é um habitante de essa memória do comum e da sua gramática universal, envolto por uma cortina de silêncio que se abateu sobre ele, e que durou demasiadamente.Item Carlos Fino, A Guerra em Directo, Verbo, Lisboa, 2003(Edições Universitárias Lusófonas, 2005) Baptista, Carla; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoItem A cerâmica e a joalharia : o design como agente de sobrevivência de duas culturas materiais(Edições Universitárias Lusófonas, 2006) Aparo, Ermanno; Pombo, Fátima; Lauda, Giovanni; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoA Cerâmica e a Joalharia portuguesa vivem ainda hoje de realidades produtivas artesanais ou elaboradas em pequenas indústrias bem concentradas em “distritos”, caracterizados por tipologias, tradições e metodologias produtivas. A capacidade da Cerâmica de abordar novos sectores, a característica da Joalharia de receber novos materiais ou tecnologias, o percurso histórico paralelo, as semelhanças das matrizes estéticas/decorativas e a proximidade geográ fica dos centros de produção, são os princípios e a base deste documento. Um dos principais papéis do Design sempre foi o de receber estímulos, processando-os e escolhendo uma estratégia que pense a evolução do produto. Este documento pretende destacar a importância do Designer neste tipo de pesquisa e intervenção, porque ele é o profissional capaz de ler e traduzir as potencialidades de cada material, juntando e renovando o processo de fabrico com o objectivo de aumentar a qualidade do produto final. Este trabalho espera, através de referências culturais e instrumentos tecnológicos adequados, contribuir para ajudar a Cerâmica a encontrar um novo campo de utilização, juntando as suas características e propriedades às capacidades evidenciadas pelo sector da Joalharia na recepção de outros materiais de modo a alcançar uma constante renovação do próprio processo criativo. Este tipo de operação pode ao mesmo tempo estimular o tipo de pequena empresa, encontrando um mercado específico, geográfico ou logístico. Espera-se também, através do Design, juntar duas culturas enriquecendo-as mutuamente tanto na concepção como no processo de fabrico e nas potencialidades mercantis. Tomando partido da história que as duas culturas têm espera-se alcançar um conjunto de propriedades e qualidades que possam conduzir a uma nova e vantajosa tipologia para o mundo do produto industrial.Item O cerco ideológico do Estado Novo à imprensa de 'província'(Edições Universitárias Lusófonas, 2005) Barros, Júlia Leitão de; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoApós a aprovação da Constituição, em 1933, o Estado Novo lançou uma nova política de informação assente em dois instrumentos: a Direcção Geral dos Serviços de Censura e o Secretariado de Propaganda Nacional (S.P.N.). O SPN produziu dois documentos, no seu primeiro ano de actividade, referentes à sua actuação junto da imprensa de província, estando um deles até aqui inédito O presente artigo, partindo desta base documental, procurou contribuir para uma refle - xão em torno do processo de arranque do novo sistema informativo do Estado Novo. Tudo parece indicar que a actuação do novo regime junto da imprensa de província» foi prudente, gradual e planificada. As intervenções punitivas procuraram lidar com a diferenças regionais existentes e contaram a seu favor com jornais de influência local circunscrita.Item A comunicação e os limites do mundo(Edições Universitárias Lusófonas, 2001) Rosa, Jorge Leandro; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoEste texto procura detectar o enraizamento histórico-cultural do conceito de comunicação, abrindo-o ao seu entrelaçamento com a tradição metafísica do Ocidente e à sua consequente constituição aporética. Enquanto as práticas comunicativas deslocam os limites do mundo, a representação mediática deste depende ainda de estruturas ontológicas clássicas. Mais do que como teoria da informação, será enquanto encenação que o sentido da comunicação vem à luz do dia.Item A configuração evenemencial da publicidade(Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Mateus, Samuel; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoNa produção do socialmente notável, isto é, do acontecimento, há o envolvimento de uma dimensão colectiva irrefutável.Com efeito, o acontecimento é algo que se posta do lado do extraordinário e do socialmente pertinente assumindo contornos imediatamente públicos. E a sociedade estabelece-se a partir da sua encenação em acontecimentos públicos – na dupla articulação de ocorrências tornadas comuns e ocorrências fazedoras de mais publicidade. Há, pois, uma relação estreita entre a realização eventiva das sociedades e a realização pública, isto é, entre o acontecer e o fazer acontecer da sociedade. O acontecimento é uma construção em continuidade, sempre inconclusiva porque sempre irrepetível, espécie de acontecimento singular tornado regra que a sociedade se obriga a recuperar através do seu princípio público. Deste ponto de vista, o acontecimento, enquanto categoria genérica de recorte público dos eventos, é um acontecimento-rito, uma prática que as sociedades cultivam como método primário de organização da sua experiência. Procura-se, nesta reflexão, ponderar a relação entre publicidade e acontecimento inserindo-a numa perspectiva religiosa e moral das sociedades. Trata-se, então, de inverter o privilégio da análise: concentrarmo-nos, não no ajuste público do acontecimento mas na própria configuração eventiva da publicidade.Item Configuração mediática dos acontecimentos do ano(Edições Universitárias Lusófonas, 2011) Lança, Isabel Babo; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoPela memória, os acontecimentos passados, vividos na experiência pública por uma comunidade histórica, podem ser rememorados e reconstruídos. A memória reporta-se ao que aconteceu antes, ao que se passou e que alguém declara recordar-se. Partindo de uma reflexão sobre acontecimento, tempo, memória, quadros sociais da memória, pretende-se abordar “acontecimentos do ano” colocando questões tais como o que significa, em termos mediáticos, sociais e simbólicos, a selecção pelos media dos acontecimentos do ano, a aquisição por parte destes de um tal estatuto e o processo de reelaboração e transmissão mediática de uma memória social. Aspira-se tentar perceber se há um acréscimo de sentido, um novo estatuto e significação atribuídos aos acontecimentos do ano seleccionados e se os balanços do ano construídos pelos media funcionam hoje como um mecanismo de apropriação do tempo histórico e construção da memória colectiva.