Mestrado em Psicologia Forense
URI permanente para esta coleção:
Navegar
Percorrer Mestrado em Psicologia Forense por autor "Benzinho, Maria Emilia da Costa Alemão dos Santos"
A mostrar 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de ordenação
Item O papel da sociossexualidade, psicopatia e crenças sobre a violência sexual no recurso a estratégias sexualmente agressivas numa amostra masculina(2018) Benzinho, Maria Emilia da Costa Alemão dos Santos; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.A violência sexual, conhecida por ser um problema de saúde e segurança pública, é uma manifestação de comportamentos desviantes, sendo uma temática transversal associada a diversificadas crenças culturais, diferentes faixas etárias, onde são utilizados variados recursos pelos praticantes desta agressão. Considerando a prevalência da violência sexual, incluindo nos estudantes universitários, e a necessidade de enriquecer os conhecimentos sobre este tema, o presente estudo tem como objetivo caraterizar a violência sexual com recurso a estratégias sexualmente agressivas em estudantes universitários do sexo masculino, como grupo de risco, considerando a influência de traços de psicopatia, sociossexualidade e crenças legitimadoras de violência sexual. 232 alunos universitários do sexo masculino (idade ≥ 18 anos) heterossexuais responderam ao questionário online “Diferenças de género na interação sexual com o sexo oposto”, constituído por um questionário sociodemográfico, pela Escala de Comportamentos Sexualmente Agressivos (SABS), pela Escala de Crenças sobre Violência Sexual (ECVS), pelo Inventário de Orientação Sociossexual (SOI) e pela versão portuguesa do Youth Psychopathic Traits Inventory – Short Version (YPI-S). Os dados recolhidos foram submetidos a uma análise estatística com descrição de frequências e posterior MANOVA e ANOVA, com um nível de significância de 0,05. 115 (56,7%) alunos não apresentaram historial de comportamento sexualmente agressivo. 88 (43,3%) reportaram o uso de alguma estratégia sexualmente agressiva, com a finalidade de iniciar interação social com mulher(es), em que 81,8% relataram comportamento considerado sexualmente coercivo, 44,3% como abuso sexual e 9,1% uso da força física. Os resultados revelaram um efeito principal significativo para a condição grupo (Grupo Agressor x Grupo não Agressor) na sociossexualidade e nas crenças legitimadores de violação, excepto na provocação à vítima bem como nos traços de psicopatia, em que não se verificaram diferenças significativas entre os grupos.Os resultados obtidos fomentam a possibilidade de reflexão para o desenvolvimento e realização de futuras investigações, que englobem populações mais jovens (em última análise desde a primeira infância), de forma a desenhar programas de prevenção e de intervenção mais adequados e eficazes nesta área, baseados na psico-educação, de modo a minimizar esta problemática.