Mestrado em Psicologia Forense
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Item Abordagem psicológica da idade da mudança e contexto laboral: o que farei eu com esta reforma?(2016) Martins, José Miguel Costa Furtado; Poiares, Carlos Alberto, orient.O presente estudo pretende contribuir para o conhecimento acerca das expetativas dos sujeitos face à reforma, por ser uma etapa muitas vezes desejada por diversos motivos, entre eles, o aumento do tempo disponível. Sendo este um tema relevante na sociedade hodierna, a reforma é um processo de transição significativo que acompanha a evolução do envelhecimento demográfico. Representada como uma mudança, a mesma comporta em si diversas alterações baseadas em ganhos e perdas, podendo ser vivenciada de forma diferente conforme as características pessoais de cada um. Junto de uma amostra de 139 sujeitos (N=98 – feminino; e N=41 – masculino), com idades compreendidas entre os 40 e os 68 anos, foram avaliadas, através de um questionário, as expectativas saudáveis do envelhecimento e as perspetivas da reforma como um processo ativo. Os principais resultados sugerem que os inquiridos relataram demonstrar uma perceção saudável do envelhecimento bem como demonstraram percecionar a reforma como um processo ativo. Neste sentido, confirmam-se as hipóteses em estudo.Item Abusadores sexuais a menores intra e extra-familiares: caracterização dos esquemas nucleares(2016) Ferreira, Anabela Teixeira; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.O presente estudo tem como objectivo caracterizar o grupo de agressores sexuais de menores intra e extrafamiliares, estudar a relação entre os domínios de Esquemas Precoces Maladaptativos (EPM) e o contexto em que ocorre as agressões sexuais. A amostra foi recolhida em estabelecimentos prisionais do norte e centro do País, constituída por 39 participantes do sexo masculino condenados por abuso sexual a menores e divididos em dois grupos, intra e extrafamiliar. A recolha dos dados foi efectuada a partir do Questionário de Esquemas de Young e os dados analisados através dos procedimentos estatísticos de análise multivariada da variância. Os resultados obtidos demonstram que os agressores sexuais a menores extrafamiliares activam mais EPM comparativamente aos agressores sexuais a menores intrafamiliares, nomeadamente nos domínios Distanciamento/Rejeição, Autonomia e Desempenho Deteriorados e Influência dos Outros. Os resultados obtidos colocam a hipótese de serem desenvolvidos programas de intervenção e prevenção através da Terapia Focada nos Esquemas.Item Abuso sexual no género masculino : crenças e mitos(2020) Pereira, Águeda Sofia Rosa; Alho, Laura, orient.A violência e o abuso sexual são um tema complexo, com consequências graves a curto e longo prazo, que afeta crianças, mulheres e homens. A existência de diversos obstáculos e mitos associados à revelação de uma experiência de vitimação sexual, contribuem para que muitas vítimas não partilhem as suas experiências, principalmente as vítimas do sexo masculino. O presente estudo teve como principal objetivo avaliar a perceção dos profissionais de saúde e estudantes da área da saúde, em relação às crenças e mitos existentes sobre o abuso sexual masculino. Neste estudo participaram 188 adultos, sendo que 68% (n = 127) são profissionais de saúde e 32% (n= 61) são estudantes da área da saúde. Os resultados mostraram que: (1) os dois grupos, quer estudantes quer profissionais, revelaram o mesmo nível de discordância em relação aos mitos apresentados; (2) não foram encontrados mitos na amostra do nosso estudo, isto é, estudantes e profissionais de saúde apresentaram níveis elevados de discordância em relação aos mitos de estereótipos de sexo; (3) por fim, não se encontraram diferenças entre homens e mulheres (em formação e com formação superior), em relação aos mitos de estereótipos de género.Item Adversidade, psicopatia e comportamentos criminais : um estudo empírico com adultos portugueses(2022) Costa, Beatriz Amélia da Silva; Cruz, Ana Rita Pereira da, orient.A adversidade na infância tem sido estudada pelas implicações que provoca no indivíduo. Traços de psicopatia são encontrados em indivíduos que sofreram adversidade na infância e em indivíduos que cometeram crimes. A compreensão do comportamento criminal e da sua génese é essencial para o desenvolvimento de trabalho preventivo e identificação de pessoas em risco de perpetrarem crimes. Assim procurou-se analisar se existe relação entre adversidade na infância, presença de psicopatia e comportamento criminal, através de um estudo exploratório, com aplicação de um questionário numa amostra comunitária de adultos portugueses recrutados online, com avaliação de adversidade na infância (ACE), psicopatia (SRP-SF) e comportamentos criminais (D-CRIM). Foi testada a associação entre o efeito cumulativo da adversidade, o sexo e o envolvimento em comportamento criminal; diferenças entre o efeito cumulativo da adversidade e as diferentes facetas da psicopatia. A amostra polariza-se entre não ter nenhuma experiência adversa e sofrer quatro ou mais experiências adversas; na psicopatia existem diferenças significativas em relação à adversidade; o comportamento criminal varia significativamente em função da quantidade e do tipo de experiências adversas, quem sofre abuso físico ou emocional e é exposto a violência doméstica tem maior probabilidade de cometer crimes. Concluiu-se que a prevalência da adversidade na infância é maior do que a prevista na Europa mesmo numa amostra comunitária.Item Agressividade e traços de psicopatia em estudantes universitários(2016) Simões, Amanda Mariza Martins; Oliveira, João Pedro, orient.Com o objetivo de estudar a relação entre a agressividade e os traços de psicopatia foi efetuado um estudo onde participaram 170 indivíduos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 17 e os 45 anos (M = 24.21; DP =6.58). Como instrumentos foram utilizados um questionário socio demográfico, o questionário de Agressividade de Buss & Perry e o Inventário de Traços Psicopáticos, de Andershed et al. Os resultados mostraram algumas diferenças significativas entre os sexos, quer na agressividade quer nos traços de psicopatia, com os participantes do sexo masculino a obterem resultados superiores nos traços de psicopatia e inferiores na agressividade. Por outro lado, a situação familiar dos pais e o nível de habilitações dos participantes apenas apresentaram diferenças significativas em algumas dimensões. Por último, pudemos constatar uma elevada relação entre as dimensões da agressividade e os traços de psicopatia. Os resultados deste estudo foram analisados de acordo com a literatura.Item Agressividade e traços psicopáticos em jovens em idade escolar(2016) Correia, Maria Rita Marques dos Santos Bebiano; Oliveira, João Pedro, orient.É cada vez mais importante a abordagem da agressividade em jovens. A presente investigação tem como objectivo o estudo da agressividade e de traços associados à psicopatia em adolescentes, com idades compreendidas entre 14 e 20 anos, em ambiente escolar. A amostra é constituída por 141 estudantes do ensino básico e secundário, nomeadamente 70 do sexo feminino (49,6%) e 71 do sexo masculino (50,4%), com idades compreendidas entre 14 e 20 anos (M = 16,75; DP = 1,348; Amplitude = 14-20 anos), entre o 9.º e o 12.º ano, que frequentam uma escola das Caldas da Rainha. Foram aplicados instrumentos para a medição da agressividade e de traços psicopáticos, nomeadamente a versão portuguesa de Buss – Perry Aggression Questionnaire - Short Form (BPAQ-SF) (Pechorro, et al., 2015), para a avaliação da agressividade, e a versão portuguesa de Youth Psychopathic Traits Inventory (YPI) (Pechorro, et al., 2015), para a medição de características associadas à psicopatia. Os resultados obtidos revelam uma associação positiva entre a agressão física e as características associadas à psicopatia. Os jovens do sexo masculino apresentam maiores níveis de agressividade e características associadas à psicopatia que jovens do sexo feminino. Verifica-se também que jovens com retenções, com registos de ocorrência, que já consumiram algum tipo de substâncias, ou que tenham tido algum contacto com a justiça têm maiores níveis de agressividade e características psicopáticas.Item Ajudantes de acção directa do apoio domiciliário a idosos dependentes: percepção da sobrecarga, dificuldades e satisfação programa de intervenção(2013) Pedro, Alda Maria de Oliveira; Oliveira, João Pedro, orient.A presente dissertação pretende avaliar a percepção da sobrecarga, as dificuldades e a satisfação dos Ajudantes de Acção Directa que prestam cuidados a idosos dependentes. Os processos do envelhecimento colocam novos desafios e a necessidade de ajustamentos na formação dos profissionais de cuidados. O fraco investimento formativo por parte das Instituições de Apoio Social a estes profissionais tem vindo a comprometer a qualidade e o tipo de serviço prestado. Os objectivos são conhecer as características sociodemográficas, a sobrecarga, as dificuldades, a satisfação destes cuidadores e, de que forma a sua formação profissional influência a relação com os idosos. O estudo foi realizado nas 16 Instituições Particulares de Solidariedade Social que têm a Valencia do Serviço de Apoio Domiciliário, na zona oriental do Concelho de Loures, sendo a amostra constituída por 86 cuidadores. Foram utilizados como instrumentos de recolha de dados um questionário sociodemográfico, o ZBI (Escala de avaliação da sobrecarga do cuidador) de Zarit (1983), o CADI (Índice para a avaliação das dificuldades da prestação de cuidados) e o CASI (Índice para a avaliação da satisfação do prestador de cuidados) de Nolan, Grant & Keady (1998). Os resultados obtidos revelaram que os cuidadores formais são predominantes no género feminino, a maioria não tem formação profissional especifica. Os cuidadores apresentam uma pequena ou ausência de sobrecarga, verificaram-se correlações significativas entre a Sobrecarga na Relação com o Deficiente Apoio Profissional, observou-se que quanto maior a procura da Satisfação da Pessoa Dependente maior são as dificuldades percepcionadas pelos Ajudantes de Acção Directa. O programa de intervenção visa o desenvolvimento e promoção da aquisição de conhecimentos e procedimentos relativos às funções nas várias áreas de abrangência, nomeadamente, higiene, alimentação, mobilização, transferências e, o não menos importante, o apoio psicossocial ao cuidador.Item Alienação parental: o alienador e a violência que exerce sobre as vítimas(2014) Carmo, Gisela Maria Pires do; Oliveira, João Pedro, orient.A Alienação Parental (AP) é um fenómeno frequente na sociedade de hoje em dia, devido ao crescente número de divórcios e ao consequente aumento de disputas de guarda pelas crianças. Em 1985, o psiquiatra Richard Gardner propõe o termo Síndrome de Alienação Parental (SAP) para descrever a patologia desenvolvida em crianças que são vítimas de um processo de programação por parte de um progenitor, no sentido de as afastar do outro progenitor - considerado adequado/bom progenitor – para gozo próprio no contexto de separações conjugais litigiosas. O objetivo desta dissertação consiste em fazer uma revisão da literatura sobre o conceito da Síndrome de Alienação Parental do ponto de vista da psicologia forense. Ao longo do mesmo serão exploradas as temáticas da história socio-legal da família, o exercício da psicologia forense, as causas e consequências da Síndrome de Alienação Parental e da Alienação Parental, o enquadramento legal das mesmas, visando a criação de um contexto mais abrangente, permitindo uma reflexão mais profunda sobre o tema. O último capítulo proporciona sugestões de tratamento da Síndrome de Alienação Parental. Conclui-se que, não obstante a discussão da sua classificação como síndrome, este fenómeno necessita de ser estudado em mais profundidade e de perspetivas mais consensuais de forma a compreender, prevenir e tratar este fenómeno que cada vez causa mais vítimas.Item Arrumando vidas: o caso dos arrumadores de carros alcoólicos ou toxicodependentes(2016) Ferreira, Diana Patrícia Gomes; Oliveira, João Pedro, orient.A presente dissertação centra-se na figura do arrumador de automóveis enquanto indivíduo dependente de uma substância (álcool ou droga) e no modo como este sobrevive. Tem como objetivo principal aprofundar o conhecimento sobre estes indivíduos que vivem em situação de exclusão social e marginalidade. Para tal, analisou-se o percurso de vida dos entrevistados (n= 30) tentando compreender quais as necessidades sentidas, quais as estratégias de adaptação às diversas situações e ruturas que vivenciaram. É ainda pretendido estruturar o tipo de medidas políticas existentes em Portugal. Por fim, identifica-se um conjunto de fatores de vulnerabilidade/risco que permitam à Psicologia e, em particular, à Psicologia Forense e da Exclusão Social atuar e intervir.Item Associação entre os mitos de violação, ativação fisiológica e resposta emocional face a clip de violência sexual(2021) Lopes, Liliana Maria Vicente; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.No âmbito da compreensão do fenómeno da violência sexual, a literatura foca-se no estudo do papel dos mitos de violação na perpretação e legitimação dos comportamentos de violência sexual. Por isto, este estudo tem como objetivo compreender o papel dos mitos de violação na forma como os indivíduos do género masculino respondem emocionalmente à visualização de clips de violência sexual e de violência física contra mulheres. Para tal, participaram neste estudo 30 estudantes do género masculino. Os resultados mostraram algumas associações significativas entre os mitos de violação e a forma como os sujeitos responderam emocionalmente aos clips de violência, sobretudo ao menor afeto negativo face ao clip de violência sexual. Espera-se com este estudo fomentar a investigação na área, no sentido de uma melhor compreensão acerca dos processos psicológicos implicados nos comportamentos de violência sexual.Item Breve olhar sobre o envelhecimento: inclusão é preciso!(2016) Barros, Ana Isabel da Gama Teixeira Homem de; Oliveira, João Pedro, orient.O aumento da esperança média de vida que hoje se verifica, sobretudo nas sociedades ocidentais, apresenta um aparente paradoxo. O que, à partida, tem sido visto como uma grande conquista da sociedade no que respeita à longevidade e qualidade de vida dos mais velhos, transformou-se igualmente num importante e relevante problema social, exigindo novas respostas para novas questões. Este trabalho pretende reflectir sobre as problemáticas associadas ao envelhecimento e os contributos do Psicólogo Forense e da Exclusão Social na procura de soluções e de práticas facilitadoras e promotoras de um envelhecimento positivo. Neste sentido, é feito um enquadramento do papel dos idosos na sociedade, focando as problemáticas do envelhecimento à luz das alterações socioeconómicas, o processo de envelhecimento individual e demográfico enquanto elementos fundamentais para enquadrar os idosos na sociedade, o papel do Estado, da Sociedade Civil e as respostas que têm dado no sentido de minimizar o impacto das desigualdades promotoras de exclusão social dos mais idosos, o envelhecimento activo enquanto projecto de vida capaz de dar sentido a uma fase da vida que se pretende digna, e a inclusão enquanto elemento e modelo de intervenção, fundamental, para uma integração plena na sociedade e para a qualidade de vida. Defende-se, afinal, a importância do papel a desempenhar pelos Psicólogos da área forense e da exclusão social em todas as dinâmicas em torno do envelhecimento humano, num plano de prevenção da exclusão e de plena inclusão dos idosos nas várias áreas da vida social em que se movam.Item Caminhar para a inclusão com inteligência : programa de intervenção juspsicológica de formação da competência emocional em docentes(2014) Pereira, Marta Filomena Monteiro; Oliveira, João Pedro, orient.A Exclusão Social significa a rejeição de tudo aquilo que se encontra fora dos padrões e representações ditas normais da sociedade moderna (Xiberras, 1993) podendo, portanto, ter várias fontes e origens (Costa, 1998; Costa, A. B., Baptista, I., Perista, P. & Carrilho, P., 2008) destacando-se, neste estudo, o desvio, a delinquência e o Abandono Escolar, sobre as quais se desenvolve a intervenção juspsicológica (Poiares & Ramos, 2007) desenvolvida pelo Psicólogo Forense e da Exclusão Social. A Intervenção Juspsicológica poderá dar-se a diferentes níveis de intervenção, mas, também, de prevenção. Existe, por isso, a necessidade de implementação de programas escolares alternativos (Genovés & Latorre, 1995) que requerem dos profissionais que aí exercem as suas funções – professores e técnicos - a devida preparação profissional e pessoal. Assim, e colmatando os programas direcionados para as crianças e jovens, o presente estudo apresenta-se como uma proposta de programa complementar a esses mesmos programas, incidindo sobre os profissionais e a necessidade de desenvolvimento da sua Competência Emocional, individual e de equipa. O Programa de Intervenção Juspsicológica Caminhar para a Inclusão com Inteligência, composto por 6 módulos e 9 sessões, recorrendo ao estímulo da Inteligência Emocional, e utilizando a dramatização como técnica de «empowerment», agirá na tentativa da mudança social desejada.Item Caracterização da população acolhida pela CDT de Lisboa : estudo sobre trajetórias de uso de substâncias ilícitas(2019) Palata, Fernanda Gomes; Poiares, Carlos Alberto, orient.O presente estudo teve por objetivo captar e compreender a trajetória de uso de drogas ilícitas dos indivíduos classificados como tóxicodependentes e foram indiciados junto a CDT de Lisboa, no período compreendido entre 2015 à 2017. Com base na revisão documental, obtiveram-se dados relacionados com as seguintes variáveis: elementos circunstanciais, dados sociodemográficos e trajetória de uso de substâncias ilícitas. Trata-se de pesquisa quantitativa, descritiva, com uma amostra constituída por 120 processos individuais. Os resultados mostraram que 85,8% são do género masculino, média da idades 41,5 e de anos 72,5% são solteiros, 93,3% são portugueses, 48,3% trabalham. 20,2% têm o 12.º ano, 29,2% moram sozinhos. Para a trajetória de uso de drogas ilícitas observaram-se os seguintes resultados: a idade de início de uso 18,7 anos, sendo o valor mínimo de 10 anos e máximo de 45 anos, 55,8% dos casos apresentaram haxixe como primeira droga, 60,0% da frequência de consumo era regular e 44,2% dos casos as substâncias atuais utilizadas foram cocaína e heroína.Item Caracterização psicopatológica dos abusadores sexuais de menores intra versus extra familiares(2017) Rodrigues, Ana Rita Chagas; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.O objetivo do presente estudo será o de caracterizar os abusadores sexuais de menores intra familiares e os abusadores sexuais de menores extra familiares de acordo com o seu perfil psicopatológico e de personalidade. A amostra deste estudo foi recolhida em estabelecimentos prisionais do norte e centro do País, constituída por 39 participantes do sexo masculino condenados por abuso sexual a menores e divididos em dois grupos, intra e extra familiar. Os dados foram recolhidos através do preenchimento de 4 escalas; o Breve Inventário de Sintomas (BSI), Inventário de Personalidade dos Cinco Fatores (NEO-FFI), as Escala de Afeto Positivo e Afeto Negativo (PANAS) e a Escala de Impulsividade de Barrat (BIS). Os dados foram analisados através dos procedimentos estatísticos de análise multivariada da variância (MANOVA). Os resultados obtidos demonstram que os agressores sexuais de menores extra familiares caracterizam-se por serem mais impulsivos cognitivamente, vivenciarem mais afetos negativos, terem uma maior tendência para o neuroticismo e por serem pessoas com mais sintomatologia psicopatológica comparativamente aos abusadores sexuais intra familiares.Item Caraterização psicopatológica de violadores em função do modus operandi(2016) Colaço, Sara Helena Raposo; Carvalho, Joana Patrícia Pereira de, orient.A violação é um ato violento, obtido através da força, de ameaças físicas e/ou psicológicas que provoca o medo e vergonha à vítima. Nos termos jurídicos é um crime sexual resultante da penetração vaginal, anal ou oral, não sendo uma situação consensual. Existem inúmeros estudos que caraterizam os agressores sexuais: a sua personalidade, os fatores de vulnerabilidade psicossocial, as vítimas escolhidas, entre outros aspetos; contudo torna-se também importante diferenciar estes agressores de acordo com as suas diferentes tipologias, já que cada tipologia terá características e motivações distintas. A dissertação apresentada tem por finalidade verificar se existem fatores de predisposição para a prática do crime de violação de acordo com o modus operandi do sujeito, ou seja, se houve ou não a inflação de dano severo ou morte da vítima. Pretendeu-se averiguar de que forma a impulsividade, afeto, personalidade, psicopatologia geral intervêm nestas tipologias de violadores. Para esse efeito, foi feita uma observação a 53 reclusos em estabelecimentos prisionais Portuguese, com idades compreendidas entre os 20 anos e os 58 anos (M= 34.11). Posteriormente foram elaborados vários testes psicológicos, dados estes recolhidos anteriormente por parte de uma linha de investigação em Sexologia Forense. Os resultados demonstraram que os violadores que infligiram dano severo ou morte da vítima apresentaram significativamente menos afeto positivo e mais psicoticismo e sintomatologia do foro obsessivo-compulsivo relativamente aos violadores que não infligiram dano severo ou morte. Estes dados permitem refletir sobre os factores de perigosidade para crimes de violação, bem como orientar os alvos terapêuticos em indivíduos que causam dano severo na vítima.Item Codependência e défices comunicacionais: programa de intervenção(2016) Ferraz, Frederico Samuel Pinto; Oliveira, João Pedro, orient.Esta dissertação apresentacomointuito a exploração do construto da codependência, através de uma perspetiva de exclusão social via os conhecimentos e competências associados à Psicologia Forense e da Exclusão Social, de forma a criar um Programa de Intervenção relativo ao construto em questão. Considerou-se como pertinente a análise da evolução histórica de diversos modelos de pensamento referentes ao fenómeno da dependência, construto intimamente ligado à codependência, para obter uma maior compreensão das possibilidades, vertentes e ângulos no qual a codependência poderáser explorada e alvo de intervenção. A partir de tal análise teórica, complementada pela lógica subjacente à Psicologia Forense e da Exclusão Social,foi possível apreender a vertente da codependência que será alvo de intervenção por parte do programa –a vertente de comunicação, mais concretamente, os défices comunicacionais que fazem parte de uma aglomerado de efeitos adversos provocados pelo construto em si no sujeito. Assim sendo, o programa de intervenção foi criado e estruturado no sentido de promover as competências comunicacionais do sujeito, tanto ao nível social como emocional, através da aplicação de três atividades principais: «Apreensão da Emocionalidade»; «Role-Playing»; e «Elaborar de Metas».Item Como tem sido integrada a perspetiva interseccional no estudo das experiências adversas precoces?(2023) Santos, Mariana Reis; Gonçalves, Mariana, orient.As experiências adversas precoces são eventos negativos e traumáticos que acontecem na infância. Estas são comuns e estão inter-relacionadas, sendo prevalentes em 20% a 50% da população adulta. A interseccionalidade defende que estas experiências são moldadas pelas características individuais, que interagem entre si, devendo ser analisadas de forma dependente e à luz desta teoria. No entanto, a literatura que a usa descarta a relação entre estas características (e.g., raça/etnia e género). Posto isto, o objetivo da presente scoping review é compreender de que forma esta perspetiva é aplicada no estudo das experiências adversas precoces. Para tal, seguiu-se o modelo PRISMA-P, pesquisando as palavras-chaves em quatro bases de dados, resultando na inclusão de 21 artigos. Verificou-se que todos fizeram menção explícita da teoria da interseccionalidade, mas apenas doze a aplicaram na sua totalidade. A raça/ etnia e a orientação sexual foram as variáveis de interseccionalidade mais analisadas. A interseção mais observada foi a orientação sexual x raça/ etnia e as experiências adversas precoces mais estudadas foram o bullying e o abuso/ violência sexual. Concluiu-se que efetivamente existe uma escassez de artigos que incorporam a interseccionalidade no estudo das experiências adversas precoces. Porém, os que existem representam um avanço na investigação quantitativa deste tema. Palavras-chave: Experiências Adversas Precoces; Vitimação; Vulnerabilidade; Interseccionalidade.Item Comportamento abusivo nas relações de namoro em adolescentes(2016) Lopes, Etelvina Maria Fortes; Brites, José de Almeida, orient.O presente estudo procura compreender e avaliar o fenómeno da violência no namoro entre adolescentes. Pretende-se, conhecer as estratégias de resolução de conflitos (abusivas/não abusivas) adotadas nas relações de namoro, avaliar se as estratégias de resolução de conflitos diferem em função do sexo, avaliar as atitudes sobre a agressão física em situações provocatórias e avaliar as atitudes sobre a agressão verbal, o controlo e o ciúme no namoro. Os dados para este estudo foram recolhidos nos distritos de Lisboa e Évora em Portugal e nas ilhas de São Vicente e Santiago do arquipélago de Cabo Verde. A amostra foi constituída por 150 adolescentes com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos, sendo 81 do sexo feminino e 69 do sexo masculino. Concluiu-se que, no que respeita as estratégias de resolução de conflitos, os rapazes utilizam maioritariamente o abuso sexual, enquanto que as raparigas apresentam índices mais elevados de abuso verbal ou emocional. Concluiu-se também que os adolescentes do sexo masculino, em situações provocatórias, tendem a ter maiores níveis de agressão física quando comparados com os adolescentes do sexo feminino. Os resultados também apontam uma relação da agressividade com os níveis de ciúmes.Item Conduz-te: programa de prevenção para redução do consumo de álcool em futuros condutores(2011) Ferreira, Maria Alice Pinheiro; Poiares, Carlos Alberto, orient.O número elevado de acidentes rodoviários em Portugal, aliado ao consumo precoce de bebidas alcoólicas, motivou a realização do presente estudo, que tem como objectivo promover uma diminuição do consumo de álcool em adolescentes que se encontrem em processo de aquisição de habilitação legal para conduzir, a partir da implementação de um programa de prevenção primária - Conduz-te, que está desenhado para ser aplicado a uma população com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos, no âmbito de uma escola de condução. Pretende-se sensibilizar os jovens para a associação negativa entre o consumo de álcool e a condução e, paralelamente, alertar para perigos e sanções que podem advir da junção destes comportamentos, sendo fundamental trabalhar competências pessoais e sociais que permitam resistir no futuro a apelos transgressionais.Item Correlação entre o consumo de álcool e violência entre parceiros íntimos numa amostra de estudantes universitários(2016) Carvalho, Catarina Raquel Baptista Cabrita de; Oliveira, João Pedro, orient.O álcool faz parte da realidade de muitos estudantes universitários, e a acompanhá-lo encontramos, muitas vezes, a prática de violência no seio de relações de intimidade. Neste estudo pretende-se perceber qual a correlação entre o consumo de álcool e a violência entre parceiro íntimos, tendo se analisado uma amostra de 141 estudantes universitários, na qual 70 são do sexo feminino e 71 do sexo masculino, com uma média de idades de 23,81 anos (DP=6.735). Para este estudo foi elaborado um protocolo de avaliação, constituído por 1) questionário sociodemográfico, 2) Revised Conflict Tactics Scales, validadas para a população portuguesa (Figueiredo & Paiva, 2006) e 3) Alcohol Use Disorder Identification Test (Barbor et al., 2001). Concluiu-se que neste estudo, a amostra não demonstrou qualquer correlação entre o consumo de álcool e a perpetração ou vitimização em relacionamentos íntimos.