Percorrer por autor "Bogado, Diana"
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Item Museu das Remoções da Vila Autódromo: Resistência criativa à construção da cidade neoliberal(Lusofona University, 2017) Bogado, Diana; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO planejamento da cidade neoliberal que se consolida com a realização de megaeventos carrega dentre as suas implicações a redução do habitar ao habitat (Lefebvre, 2008). Levanta-se como hipótese neste trabalho que a proposta de sociedade que vem sendo modelada para residir na cidade neoliberal estrutura-se sobre o conceito do habitat. O empreendedorismo urbano (Harvey, 1996) é o fenômeno que sugere que a gestão da cidade se estabeleça nos moldes de uma gestão empresarial, alterando com isso, a condução da política urbana, que passa a submeter a reconfiguração territorial aos processos de valorização do capital de forma mais direta e acentuada. Destaca-se a dominação espacial, ferramenta necessária para adaptação do espaço à obtenção de lucro (Santos, 2011, Lefebvre 2001, Winnicott, 1975). No contexto de preparação/realização dos megaeventos no Rio de Janeiro a prefeitura removeu aproximadamente 22.059 famílias, dentre as quais anunciava a comunidade Vila Autódromo, caso de estudo deste trabalho. A permanência da comunidade culminou na construção do Museu das Remoções, fruto da luta da população frente à destruição levada a cabo pelo poder público. A aproximação da comunidade ocorreu através da observação participante (WHYTE,1943), ou da participação observante (WACQUANT, 2000). A autora deste trabalho é atora na pesquisa-ação (TRIPP, 2005) uma vez que é pesquisadora e ativista, tendo coordenado o projeto de extensão que construiu com a comunidade o Museu das Remoções.Item O uso da dimensão social da memória como instrumento emancipatório em comunidades em situação de vulnerabilidade sociocultural(Lusofona University, 2019) Bogado, Diana; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO presente artigo é resultado da pesquisa-ação realizada durante o pós-doutoramento junto ao Departamento de Museologia Social da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e ao Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, CES-UC, e apresenta a mobilização contra a remoção do 6 de Maio, bairro localizado na Amadora, Área Metropolitana de Lisboa, junto ao movimento social pelo Direito à Habitação. O contexto é a conversão da cidade na “Lisboa da moda”, que desencadeia processos de valorização imobiliária e assume novos significados no marco da lógica neoliberal de gestão urbana. As consequências são assistidas no acelerado processo de substituição de população desencadeado em determinadas áreas da cidade e da região metropolitana, que provoca impactos materiais e simbólicos aos atingidos. O artigo apresenta as “Oficinas de Memória” realizadas no bairro 6 de Maio como estratégia do movimento social para acionar a memória popular e dinamizar a luta pelo direito à moradia. Buscou-se explorar novas formas de resistência criativa e afetiva capazes de atuar em esferas simbólicas e imateriais.