Revista Lusófona de Educação n.º 56 (2022)
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Percorrer Revista Lusófona de Educação n.º 56 (2022) por assunto "AVALIAÇÃO"
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Item Avaliações externas e em larga escala e os organismos internacionais : da accountability educacional à cultura da performatividade(Edições Universitárias Lusófonas, 2022) Amestoy, Micheli; Mattos, Kélli; Tolentino-Neto, LuizA Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) adentra os projetos e políticas educacionais difundidas no Brasil, contribuindo para a ascensão da lógica neoliberal na educação. Nesse viés, este artigo de abordagem qualitativa e análise documental tem como objetivo discutir as relações estabelecidas entre as políticas de avaliação no Brasil, os Organismos Internacionais, e a cultura da performatividade oriunda dessas relações. Nesse sentido, a accountability educacional, em voga em vários países, ganha cada vez mais espaço, ao operacionalizar e integrar a concepção de avaliação, prestação de contas e responsabilização. O conceito de performatividade abordado no texto descreve a cultura da performatividade como a busca pelos desempenhos, invadindo e transformando as individualidades e subjetividades do professor, da educação e da sociedade. Como resultados, destaca-se o forte papel da OCDE como organismo transnacional impactando nas políticas nacionais e na produção de uma transformação e uniformização do conceito de qualidade educativa. Para concluir, o texto propõe a busca por alternativas para pensar uma corresponsabilidade de todos os envolvidos no processo educativo e na reafirmação do papel do professor e da escola pública em um projeto de responsabilização participativa, democrática e de qualidade negociada.Item Estudo correlacional entre os resultados globais dos domínios do PISA 2018 e os indicadores do TALIS 2018(Edições Universitárias Lusófonas, 2022) Mascarenhas, Daniela; Maia, João Sampaio; Rosa, Vítor; Teodoro, Vítor DuarteO Programme for International Student Assessment (PISA) e o Teaching and Learning International Survey (TALIS) são estudos coordenados pela (OECD) com o objetivo de avaliar as competências que os alunos de 15 anos adquiriram para a vida ativa e o ensino e a aprendizagem no 3.º ciclo do ensino básico, através das opiniões de docentes, diretores e pais. Neste artigo, calculámos as correlações lineares entre os esultados, por países, dos 61 indicadores do TALIS 2018 e os resultados globais do PISA 2018, em Leitura, Matemática e Ciências. Verificámos que os parâmetros relacionados com as competências e conhecimentos básicos dos professores têm maior correlação com os resultados do PISA dos que os relacionados com prestígio, responsabilidade e autonomia e que o empenhamento dos professores e diretores na sua formação e desenvolvimento profissional tem correlação positiva com os resultados dos alunos no PISA. Verificámos também que a escassez ou inadequação de tecnologia digital para o ensino tem correlações negativas com as competências para a vida dos alunos e que o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no ensino não se traduz em melhores resultados no PISA.Item Quem/quais são os responsáveis pelo ‘fracasso’ do Brasil no PISA, de acordo com a mídia brasileira?(Edições Universitárias Lusófonas, 2022) Silva, Gabriel dos Santos eDesde o ano 2000, o Brasil não tem apresentado bons resultados nas provas do Programme for International Student Assessment (PISA). Tal desempenho tem sido considerado pela mídia brasileira como um “fracasso”. Este artigo tem como objetivo investigar quem/quais são os responsáveis pelo desempenho dos estudantes brasileiros nas provas do PISA de acordo com a mídia brasileira. Para tanto, foram discutidas as perspectivas de avaliação de autores que versam sobre o tema, levantando como discussão a relação entre avaliação e qualidade da educação, do ponto de vista da “pedagogia do exame”. Em seguida, foi feito um levantamento de notícias de oito jornais brasileiros que mencionam o PISA em seu conteúdo. Após um procedimento de agrupamento desses textos, seguindo as orientações da Análise de Conteúdo, obteve-se 18 grupos, que foram analisados e discutidos. Em geral, destaca-se que, embora o discurso midiático apresente possíveis responsáveis pelo desempenho do Brasil no PISA, também denuncia a falta de investimentos e políticas públicas voltadas à educação no país. Também apontam para uma concepção que entende que “educação de qualidade” é sinônimo de nota alta nas provas do PISA, tomando a educação de países que têm alto rendimento nessas aferições como modelo para o Brasil.