Este artigo aborda duas questões centrais no estudo da obra do artista cinético latino-americano Jesús Soto
(1923-2005): o uso de métodos combinatórios para gerar novos esquemas de estruturação da imagem,
renunciando aos conceitos tradicionais de harmonia e composição, e a incorporação de elementos
aleatórios na configuração das obras, com o intuito de multiplicar ad infinitum as possibilidades de
performance das mesmas. A análise da produção do artista permitiu reconhecer a repetição, a permutação
e a liberdade de ação como ideias fundamentais no processo de configuração formal e conceitual das obras.
Assim, fruidor e obra artística agem como uma unidade cujo dinamismo é apenas uma parcela de um
domínio físico mais extenso.