FCSEA - Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração
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Percorrer FCSEA - Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração por assunto "ACCESSIBILITY"
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Item O aluno com deficiência motora e a acessibilidade arquitectónica no Ensino Básico : um estudo de caso : o concelho de Guimarães(2009) Sousa, Gracinda da Cruz Machado de; Carvalho, Margarida Alice Ferreira Pinto Santos, orient.Para que o sucesso educativo se verifique, a escola tem de ajustar a sua prática educativa a todos os alunos, incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais (NEE). Portugal dispõe de legislação que assegura o direito à educação e à igualdade de oportunidades, consignados na Constituição da República Portuguesa (artigos 71º, 73º e 74º), em consonância com a Declaração Universal dos Direitos do Homem e na Lei de Bases do Sistema Educativo (artigos 2º, 7º, 17º e 18º). O nosso país subscreveu também a Declaração de Salamanca, a qual reuniu, em 1994, o consenso de noventa e dois governos e de vinte e cinco organizações internacionais, reafirmando o direito à educação para todos. A construção da escola inclusiva passa pela responsabilização da escola por todos os alunos, na perspectiva de educação para todos, exigindo a sua concretização novas estratégias e resposta a novos desafios. Há que alterar práticas para atender à diversidade. Assim, as escolas precisam de estar arquitectonicamente adaptadas às necessidades dos alunos que utilizam a cadeira de rodas como forma de mobilidade, respeitando o direito à diferença e possibilitando, em igualdade de oportunidades, o sucesso escolar e educativo. Levar à prática as medidas previstas na lei portuguesa e implementar, em cada escola, a inclusão do aluno com mobilidade condicionada, implica equipar as escolas com adaptações, meios e recursos educativos facilitadores do seu processo ensino/aprendizagem. A constatação do que efectivamente acontece no terreno educativo no que concerne aos alunos com deficiência motora que usam a cadeira de rodas para se movimentarem assume toda a centralidade da nossa investigação, que tem o cariz de um estudo de caso. Incide sobre a compreensão mais aprofundada de como se processa o acesso arquitectónico nas escolas do Ensino Básico da Zona Norte e mais concretamente do Concelho de Guimarães. Recolhemos dados através de questionários dirigidos aos professores de apoio educativo e coordenadores de escola; ouvimos os alunos com deficiência motora pronunciar-se sobre as dificuldades que sentiam; observámos o seu quotidiano escolar e, finalmente, escutámos as entidades locais, através de uma entrevista realizada à Vereadora da Cultura do Concelho de Guimarães. Os resultados obtidos serão, como foi acordado, divulgados aos intervenientes com responsabilidades directas no campo da educação que se prontificaram a partilhar connosco a sua informação e saber, no sentido de os sensibilizar para a necessidade de rever o aspecto das acessibilidades arquitectónicas nas instituições educativas que servem o seu concelho, pois, como verificámos, muito há ainda a fazer para que o Ensino Básico, universal e obrigatório, se traduza numa igualdade de oportunidades de acesso e sucesso educativo para os alunos que utilizam a cadeira de rodas para se movimentarem no espaço escolar.Item Osteogenese imperfeita: o desafio de gerar e gerir facilitadores. Estudo de caso(2016) Gil, Rita Isabel Lourenço; Sanches, Isabel Rodrigues, orient.A presente investigação teve como objeto de estudo a vivência de um indivíduo com Osteogénese Imperfeita (O.I.), doença crónica rara, caraterizada por fraturas frequentes dos ossos muitas vezes espontâneas, comprometendo a mobilidade e a autonomia do indivíduo. Definimos como objetivo geral: compreender como um indivíduo com Osteogénese Imperfeita consegue realizar o seu projeto de vida, em termos pessoais e profissionais, e como consegue gerar e gerir os facilitadores pessoais, sociais e familiares do seu quotidiano, em contextos diferentes, para atingir os seus objetivos. Tendo em conta que o nosso estudo necessita de ser adequado, fundamentado e refletido, optou-se pela metodologia de investigação qualitativa, numa abordagem de estudo de caso. Para a recolha e análise de dados seleccionámos as seguintes técnicas: pesquisa documental, entrevista semi diretiva, observação naturalista e análise de conteúdo. Através deste estudo foi possível identificar as estratégias e suportes que levaram o indivíduo em estudo, com 22 anos, a concluir o seu percurso escolar e fazer face à doença. Os suportes de ajuda permanentes por parte dos amigos e sobretudo da família, através de estratégias de coping e o recurso a ajuda de técnicos especializados geraram possibilidades que possibilitaram ao sujeito alcançar uma performance equilibrada. Através do cruzamento de dados recolhidos foi possível concluir que a vivência da O.I. afeta a autonomia deste sujeito, porém não o impede de se integrar, não só na comunidade onde reside, como na vida ativa. Assim, com a ajuda dos que lhe estão mais próximos e potenciando as suas áreas fortes, nomeadamente ao nível cognitivo, foi possível participar em algumas das atividades da comunidade onde reside. Pudemos apurar com este estudo as dificuldades sentidas nas acessibilidades no decorrer da sua vida escolar, social e familiar e graças às redes de suporte de que sempre beneficiou conseguiu superar o desafio de gerir e gerar facilitadores que o conduziram à pessoa que hoje é. Graças igualmente às tecnologias de apoio a que recorre diariamente, pode através de casa, realizar projetos na sua área profissional e gerir um negócio de turismo rural.Item A vida escolar e social dos alunos com deficiência auditiva : o impacto das tecnologias de apoio(2012) Oliveira, Raquel Alexandra de Brito Costa; Serrano, Jorge Manuel de Melo, orient.O tema partiu do interesse pessoal em compreender até que ponto as tecnologias de informação e comunicação (TIC) facilitam a aprendizagem e contribuem para a inclusão de pessoas com deficiência auditiva, em contexto escolar. Assim sendo, o núcleo de incidência desta investigação centra-se no papel que as TIC representam nos processos de aprendizagem das pessoas portadoras de deficiência auditiva e que utilizam ajudas técnicas no seu quotidiano. O estudo é teoricamente fundamentado em informação recolhida através de uma revisão bibliográfica. Para a obtenção dos dados empíricos do estudo procedeu-se à aplicação de um questionário. Os sujeitos em estudo foram selecionados em Escolas, Faculdades e Associações de Surdos da Região da Grande Lisboa e Vale do Tejo, sendo estudantes do 1º, 2º, e 3º ciclos do ensino secundário e do ensino superior. Trata-se de pessoas com problemas auditivos de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 7 e os 26 anos de idade. Também foi aplicado um questionário aos profissionais que atendem este tipo de população bem como a sujeitos conhecedores de pessoas com perda auditiva. Para que o projeto ganhasse informação complementar foram feitas entrevistas estruturadas a vários profissionais. O software estatístico utilizado para proceder ao tratamento de dados deste estudo foi o SPSS versão 19. Visto o estudo ser iminentemente descritivo, utilizou-se estatística descritiva, nomeadamente análise de frequências para as variáveis qualitativas (com escala nominal e ordinal) e média e desvio padrão mínimo e máximo para as variáveis com escala quantitativa. Ao nível de estatística inferencial, - e no sentido de cruzar variáveis que são de natureza qualitativa - utilizaram-se os testes de Qui-Quadrado e Fisher. O presente trabalho de investigação suporta a conclusão de que as tecnologias são um recurso importante para quem as pode ter e faz uso delas; porém, por si só não chegam para garantir o sucesso escolar. As dificuldades de comunicação, a falta de preparação dos professores, a falta de apoios técnicos e logísticos das escolas, a falta de currículos alternativos, o atraso académico que estes alunos apresentam devido às lacunas de aprendizagem, levam à dificuldade de integração, ao insucesso escolar e, consequentemente, ao abandono escolar.