Revista Lusófona de Educação n.º 63 (2024)
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Percorrer Revista Lusófona de Educação n.º 63 (2024) por assunto "EDUCATIONAL POLICY"
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Item Capitalismo na era digital e educação : democracia, Estado e ideologia(University of Lusophone Humanities and Technology, 2024) Saura, Geo; Peroni, Vera Maria Vidal; Pires, Daniela de Oliveira; Lima, Paula Valim de; CeIED (FCT) - Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e DesenvolvimentoO objetivo do artigo é defender um aparato teórico-conceitual e analítico sobre as noções de democracia, Estado e ideologia para analisar alguns dos avanços do capitalismo contemporâneo em sua era digital na política educacional global. O procedimento analítico baseia-se em uma revisão crítica da literatura sobre democracia, Estado e ideologia, com foco nos contextos da política educativa em Portugal e Brasil, enquadrado em três períodos de crises cíclicas do capitalismo. A primeira seção concentra-se na democracia, partindo da Revolução dos Cravos de 1974 (Portugal) e do final da ditadura civil-militar em 1985 (Brasil). A segunda seção focaliza-se no Estado após a crise capitalista de 2008. A terceira seção concentra-se na ideologia após a crise da pandemia global de Covid-19. Os resultados e conclusões estão centrados em defender e advogar três aspectos centrais para analisar o capitalismo contemporâneo em sua era digital. Em primeiro lugar, estudar a democracia como um processo de construção histórica. Em segundo lugar, examinar o Estado contemporâneo como uma relação social através da análise de redes de governança e da relação entre o público e o privado. Em terceiro lugar, analisar a ideologia existente na configuração presente e futura das reformas educacionais através das noções de imaginários sociotécnicos e tecnosolucionismo.Item Gestão democrática como currículo da educação(University of Lusophone Humanities and Technology, 2024) Souza, Ângelo Ricardo de; Finatti, Renata Riva; CeIED (FCT) - Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e DesenvolvimentoO trabalho pretende colocar luz sobre o debate de uma democracia possível não apenas como instrumento e método de gestão da educação e da escola a que tem se vinculado nos estudos e pesquisas da área, mas como processo, princípio e currículo, constituinte, portanto, das relações que se estabelecem nos processos educativos. Para tanto, o texto se estrutura a partir de uma tomada teórica em Norbert Bobbio, a partir do qual se explora o conceito da democracia como princípio, ou educação da e para a democracia, e segue com breves análises de referencial teórico que trata a ideia de democratização da pedagogia, das práticas, dos currículos. Com a finalidade de reconhecer a democracia como objetivo educacional, o estudo baseou-se, também, em levantamento bibliográfico no Portal de Periódicos CAPES, dentre trabalhos em língua portuguesa, com o intuito de verificar como a literatura vem tratando a temática. O estudo conclui indicando a necessidade da construção de processos democráticos que tenham seus alicerces na gestão da educação e da escola, que se tornem princípio das relações e práticas que se estabelecem nas instituições e, especialmente, conduzam a uma educação da democracia.Item “Liberdade, onde estás? Quem te demora?” : é democrática a gestão escolar para os/as alunos/as?(University of Lusophone Humanities and Technology, 2024) Sousa, Inês; Ferreira, Elisabete; CeIED (FCT) - Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e DesenvolvimentoA participação democrática dos/as alunos/as na governação das escolas está prevista desde a Constituição da República Portuguesa (1976) pela participação nos órgãos colegais de gestão das escolas, que perdura até hoje na representação dos/as alunos/as, com direito de voto, no Conselho Geral (DL 75/2008), ouvidos no Conselho Pedagógico e através da Associação de Estudantes. Não obstante, persistem tempos paradoxais e lógicas contraditórias nas escolas, entre discursos neoliberais, elitistas e individualistas; e outras práticas e experiências participadas, com autonomia e liberdade (Apple & Beane, 2000; Biesta, 2016; Sant, 2019). Deste enquadramento questionamos se “É democrática a gestão escolar para os/as alunos/as?” e procuramos na voz dos/as alunos/as identificar e compreender experiências de autonomia e práticas democráticas na tomada de decisão sobre a gestão das escolas. A partir de um recorte parcial do estudo em curso e das respostas a um inquérito por questionário dos/as alunos/as do ensino secundário, percebe-se que estes/as reconhecem espaços para participarem, serem ouvidos e tomarem decisões, nos órgãos de gestão (conselho geral, conselho pedagógico e reunindo com o diretor), mas valorizam mais outros espaços de participação direta, através dos delegados e no grupo-turma. Há novos desafios para os/as alunos/as na gestão democrática, que resultam da centralidade de poderes no órgão de gestão unipessoal e pela exacerbada pressão e exigência nos resultados escolares.