Cadernos de Sociomuseologia Nova serie 21 - 2023 (Vol. 65) : Interculturalidade Crítica e Sociomuseologia
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Item Decolonizando os oratórios afro-brasileiros(Edições Universitárias Lusófonas, 2023) Souza, Claudio Rafael Almeida deO presente texto aborda a decolonização dos oratórios domésticos afro-brasileiros e suas implicações enquanto aparelho de magia de uma religião de matriz européia que encontra subsídios em religiões de matrizes africanas ao longo dos séculos, e presume uma aculturação que permite resultar em uma simbiose de ritos, onde sobressaísse a religião católica imbuída de uma religiosidade particular afro-brasileira. Deste modo, busca-se compreender a decolonialidade imposta na utilização e criação destes objetos a partir da mão de obra, sua utilização e plasticidade. Para tanto, buscou-se arcabouço teórico em autores como Edgardo Lander (2000), Nelson Maldonado-Torres (2007), Dussel (1994), Menezes (1998), Barros (1982), Bérgson (1999) e Bosi (1987). O resultado permite compreender o objeto oratório doméstico enquanto detentor de áurea que permite compreendê-lo enquanto objeto passível de decolonização e descolonização. Permitindo assim, entender suas particularidades como objeto de memória que perpassa a individualidade alcançando a coletividade. Palavras-chave: Oratório Afro-brasileiro. Decolonialidade. Memória. Folkcomunicação.Item A ético-estética da experiência museal(Edições Universitárias Lusófonas, 2023) Ferraro, José LuísO presente artigo tem como objetivo promover a discussão em torno da dimensão ético-estética no interior da ciência a partir dos museus de ciências. Trata-se de uma tentativa de aproximação entre o campo científico e a esfera do sensível, observando a importância da experiência estética na ciência. A estetização da ciência trata de sua necessária sensibilização considerando a prevalência discursiva de seu paradigma moderno; afastando a subjetividade e permanecendo arraigada ao mito da neutralidade. Neste trabalho exploramos a importância da experiência do fora, da postura nomádica e do ritornelo na produção de constantes movimentos de (des)territorialização em uma tentativa de desprendimento de uma concepção de ciência tão somente normativa, para a produção de percepções em torno da possibilidade de uma ciência ética. Para tanto, os museus de ciências como ferramenta pedagógica servem como mote na condução desta problematização. Palavras-chave: museus de ciências; ética; estética; educação.Item Musealização em pontos de memória brasileiros(2023) Lei, Cristiane Calheiros; Rocha, Eliane Cristina de Freitas; Freitas, Álisson Valentim deEste artigo apresenta uma síntese sobre os processos de musealização para criação de pontos de memória - instituições para resgate de memória comunitária e fomentadas por política pública homônima no campo da cultura. Por meio de revisão bibliográfica e análise de conteúdo de fontes documentais, são analisados o que se musealiza nestas instituições, incluindo os conflitos de narrativa envolvidos na constituição dos pontos e sua relação com as comunidades presentes em seus territórios. Conclui-se que os processos de musealização envolvidos na criação dos pontos de memória envolvem resgate dos laços comunitários em torno de suas lutas e afazeres cotidianos, com o emprego de metodologias participativas, tais como ações de sensibilização e qualificação com membros da comunidade em torno das temáticas da memória e direito à memória; e inventários participativos. Além dos atores e grupos comunitários envolvidos na criação dos pontos, outros atores externos - tais como universidades e o IBRAM [Instituto Brasileiro de Museus] - podem tanto agir como catalisadores e apoiadores das ações comunitárias, especialmente em processos de capacitação e qualificação, como também como fontes de tensão e atravessamento da lógica participativa dos coletivos. Palavras-chave: pontos de memória; museologia social; metodologia.Item Museologia Social e Pandemia : ações e interações de dois museus de base comunitária no estado do Rio de Janeiro(Edições Universitárias Lusófonas, 2023) Alonso, Alexandre RamiresEste artigo apresenta as ações de dois museus de base comunitária inseridos na Rede de Museologia Social do Rio de Janeiro (REMUS-RJ) - o Museu Vivo do São Bento, no município de Duque de Caxias, e o Museu das Remoções, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro - ao longo do primeiro ano da pandemia de COVID-19, de março a dezembro de 2020, no contexto das restrições de funcionamento dos museus em todo o mundo. A análise leva em conta as reflexões a respeito das transformações conceituais e práticas do campo museal nas últimas décadas, que levaram ao desenvolvimento da Museologia Social, e observa como, frente à pandemia, esses museus atuaram para garantir a continuidade do acesso aos seus acervos. A pesquisa constituiu-se de uma análise qualitativa do conteúdo publicado nas mídias sociais e outras plataformas digitais e da realização de entrevistas com representantes dos museus estudados, observando as interações com o público nesses meios e o alcance proporcionado por essas ferramentas. Essas observações apontam para a importância desses museus como exemplos de aplicação eficaz de políticas públicas e de atuação como dispositivos inovadores, com potencial de transbordamento para o campo museal como um todo, proporcionando maior visibilidade às pautas contra-hegemônicas. Dada a singularidade do momento pandêmico, a documentação dessas experiências pode servir de base para novas análises acerca do papel social dos museus na construção de sociedades plurais e igualitárias. Palavras-chave: Brasil; COVID-19; Museus Comunitários; Sociomuseologia;Item Museu e Sustentabilidade : pensar e agir sustentável a partir da proposta de criação do Museu Orgânico Salinas e Manguezais no município de Chaval, Ceará, Brasil(Edições Universitárias Lusófonas, 2023) Araújo, Neycikele Sotero; Melo, Rodrigo de Sousa; Braga, SolanoAs práticas de sustentabilidade vêm sendo, desde a década de 1990, propostas em documentos internacionais que apontam diretrizes para o desenvolvimento sustentável, tem-se como exemplo mais recente a agenda 2030. Esse artigo busca apresentar, a partir da proposta de criação do museu orgânico Salinas e Manguezais no município de Chaval-Ce, as contribuições que a criação de um museu pode promover para desenvolvimento sustentável local. Seguindo o pensamento da museologia social, de forma inclusiva e colaborativa, a comunidade é convidada a pensar o seu lugar e definir quais bens culturais representam a coletividade e falam sobre o território, para a partir da criação do museu desenvolver os caminhos que desejam seguir para tornar a cidade sustentável. O museu será o ele entre as memórias do lugar (passado) e as práticas de sustentabilidade (futuro) que serão adotadas através da construção de roteiros de vivência cultural e ambiental no território, pensando a prática museológica integrada ao turismo responsável e a gestão social. A presente discussão tem caráter descritivo, pois busca descrever um fenômeno ou uma situação em detalhes, observando suas características, valores e cultura, quanto aos procedimentos técnicos foram utilizados pesquisa bibliográfica e dado início a pesquisa de campo. Palavras-Chave: Museologia Social; Inventário Participativo; Sustentabilidade; Racionalidade ambiental; Turismo responsável.