Vol.06 - Rios urbanos na Ibero-América: casos, contextos e experiências
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Item Córregos vivos: Imaginações para uma bacia hidrográfica(Edições Universitárias Lusófonas, 2023) Canuto, Frederico; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoO presente capítulo tem como objetivo discutir os rios urbanos e seus imaginários, a partir das narrativas obtidas dentro da Mostra Córregos Vivos, e tendo como território de investigação a unidade geográfica da Bacia Hidrográfica do Cercadinho, na região oeste de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. A Mostra organizada numa plataforma virtual foi financiada pela prefeitura de Belo Horizonte a partir da Lei de Incentivo à Cultura, e idealizada e sob coordenação geral da arquiteta e artista visual Louise Marie Cardoso Ganz, com equipe curatorial composta da mesma e Frederico Canuto, Ana Paula Baltazar, Alexandre Campos e Isabela Izidoro. O objetivo do presente texto é discutir os imaginários relacionados às águas e rios urbanos a partir da Mostra, usando seus trabalhos comissionados a grupos escolhidos por edital, produção de material pedagógico, correspondências livres entre participantes e catálogo. O que depreendemos de tais narrativas dizem respeito às águas e rios urbanos não apenas como uma questão relacionada à técnica, mas sim como discutido em cada parte do texto a uma vida social abrangente que envolve economia dos afetos, imagens, testemunhos e memórias. Palavras-chave - imaginários, narrativas, testemunhos, memórias, Belo HorizonteItem Jardins e as águas na cidade: mundos cosmopolíticos(Edições Universitárias Lusófonas, 2023) Bragança, Luciana Souza; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoOs jardins são microcosmos do infinito, uma cosmologia. O ponto de partida do capítulo é o entendimento dos jardins historicamente como lugar do relacionamento entre os viventes onde a água sempre foi central. Entre água, solo, sol, vento, animais e plantas há jardins como possibilidades multiespécies, aqui identificados como hipóteses investigativas para se entender como a água, os rios e as bacias hidrográficas são percebidos e permanecem na cidade como mundos ainda pouco visíveis. Será apresentado o estudo de caso do bairro São Geraldo, a jusante do Ribeirão Arrudas, na cidade de Belo Horizonte. Este foi escolhido a partir do entendimento da bacia hidrográfica como unidade essencial para a vida e do pensamento sobre o espaço urbano, e dos jardins, como artefatos da memória e da cosmopolítica. Palavras-chave - Memória, ciclo da água, jardins, cosmopolíticaItem “Sobre o Rio” e a invisibilidade dos córregos urbanos em Belo Horizonte(Edições Universitárias Lusófonas, 2023) Prado, Isabela; Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da InformaçãoO presente capítulo apresenta e discute a obra “Sobre o Rio”, intervenção artística urbana permanente de minha autoria, que consiste na instalação de placas de sinalização nas ruas de Belo Horizonte para indicar a presença de córregos, afluentes do Ribeirão Arrudas, canalizados sob as ruas da cidade. Este trabalho se insere na pesquisa poética Entre Rios e Ruas – composta por desenhos, fotografias, objetos, vídeos, instalações e performances – que reflete sobre as relações entre cidade, meio ambiente e indivíduo, tendo como ponto de partida a relação que Belo Horizonte estabeleceu desde sua fundação e estabelece ainda hoje com os rios e córregos presentes em seu território. Alguns dos elementos a serem destacados são: o caráter público e permanente da obra, seu entendimento enquanto um monumento para a cidade, e as características do processo de criação, construção e instalação que levam a uma diluição da fronteira entre a obra de arte e a intervenção do poder público municipal. Palavras-chave - Arte contemporânea, intervenção urbana, meio ambiente, Belo Horizonte