R-LEGO - Revista Lusófona de Economia e Gestão das Organizações. nº 03 (2016)
URI permanente para esta coleção:
Navegar
Entradas recentes
Item A importância da informação financeira nas empresas portuguesas: o justo valor do ativo fixo tangível(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Silva, Marisa; Paiva, Inna Choban de Sousa; Silva, Ana Lorga da; Escola de Ciências Económicas e das OrganizaçõesMotivação: A União Europeia preconizou, através do Regulamento 1606/2002, a obrigatoriedade da adoção das normas do IASB nas contas consolidadas de todas as empresas cotadas em bolsas europeias, a partir de 1 de Janeiro de 2005. A transição para as IAS/IFRS em 2005 na Europa proporciona uma oportunidade única para estudar forças e fatores explicativos das práticas contabilísticas, particularmente na adoção do justo valor. O modo de mensuração tradicionalmente adotado pelas empresas europeias, no relato financeiro, é o custo histórico, enquanto as normas do IASB apresentam-se mais próximas do critério do justo valor. Objetivo do estudo: O presente estudo investiga a importância da informação financeira para investidor, nomeadamente o justo valor nas empresas portuguesas cotadas em bolsa de valores, no que concerne aos ativos fixos tangíveis. Assumindo que as escolhas contabilísticas são influenciadas por um conjunto de variáveis e que as empresas ponderam e reconhecem a importância da informação financeira, procurou-se neste estudo identificar se a informação sobre o valor do ativo fixo tangível, endividamento, o resultado líquido e o ganho de revalorização está incorporado no preço das ações. Metodologia: O presente estudo empírico baseia-se em empresas cotadas portuguesas, incluídas na Bolsa de Valores de Lisboa, tendo sido analisado o período de 1995 a 2014. Para o efeito, utilizamos a base de dados Thomson Worldscope Database. Para identificar se a informação financeira está incorporada no preço das ações, utilizamos o modelo de avaliação de Ohlson (1995). Resultados / Contribuições: No geral, os resultados obtidos vão de encontro às nossas expectativas. Eles indicam que, tanto antes da adoção das IFRS, como após a adoção das IFRS, a informação representada no valor das ações pelas empresas, é influenciada, de modo significativo, pelo valor dos ativos, o nível de endividamento e o resultado líquido.Item Entrepreneurship education: a scorecard approach to assess regional impacts of university programs(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Silva, Helena; Caravau, Hilma; Amorim, Marlene; Dias, Marta Ferreira; Escola de Ciências Económicas e das OrganizaçõesAs Universidades desempenham um papel importante no desenvolvimento das regiões, decorrentes da sua tripla missão (Brennan et al., 2004): Ensino, Investigação e “Envolvimento da Comunidade” (B-HERT, 2006). As Instituições de Ensino Superior estão equipadas com recursos humanos altamente qualificados e desempenham um papel fundamental na criação de conhecimento, bem como no desenvolvimento e na evolução das sociedades (European Union, 2011). Assim, é crucial uma efetiva incorporação destes conhecimentos no desenvolvimento de produtos e inovações (European Union, 2011). Ao longo das últimas décadas, as atividades de transferência de conhecimento foram alvo de especial atenção, nomeadamente pelo seu potencial para expandir o impacto das Universidades (Sánchez-Barrioluengo, 2014), através do desenvolvimento de relações com a comunidade. Assim, os países europeus estabeleceram políticas promotoras da transferência de conhecimentos da Universidade para as regiões europeias (Berbegal-Mirabent et al., 2013). A União Europeia (2011) elencou um conjunto de quatro áreas a partir das quais as Universidades estimulam o desenvolvimento regional: reforçar a inovação regional através das suas atividades de investigação; promoção das empresas, desenvolvimento e crescimento de negócios; contribuição para o desenvolvimento do capital humano regional e competências, e melhorar a igualdade social através da regeneração e desenvolvimento cultural. Este artigo centra-se na segunda área, abordando os projetos universitários que visam a promoção do empreendedorismo. O empreendedorismo tem um papel crucial no crescimento económico e na criação de emprego. A educação no empreendedorismo está incluída no leque de ferramentas através das quais se espera que as Universidades contribuam para o desenvolvimento regional (Laukkanen, 2000). Desde uma fase inicial que a educação ganhou relevância e foi definida como uma prioridade, tanto para a Comissão Europeia, como para as regiões europeias. Neste contexto, as Universidades têm beneficiado das oportunidades criadas pelos programas educacionais que promovem o desenvolvimento de um conjunto variado de competências, promovidos por Políticas de Educação Europeias (Cankaya et al., 2015). Atualmente o programa Erasmus+ cobre uma ampla gama de projetos destinados a aumentar as qualificações e a empregabilidade. O programa apoia parcerias transnacionais no campo da educação, formação e instituições e organizações jovens que promovam a cooperação e estabeleçam pontes entre o mundo da educação e do trabalho, com o objetivo de colmatar as lacunas de competências na Europa. A educação em empreendedorismo está no centro destas preocupações. O Erasmus+ promove o desenvolvimento de competências empresariais que criam um ambiente propício para o empreendedorismo (European Commission, 2010; European Commission, 2016), e oferece suporte para a promoção da educação empreendedora pelas Universidades, (Jansen et al., 2015). Este artigo propõe uma abordagem inspirada na abordagem de scorecard para desenvolver uma metodologia para aferir os impactos regionais dos projetos de empreendedorismo universitários desenvolvidos no âmbito do programa Erasmus+.Item Compreender o que se entende por ecossistema empreendedor: Lisboa como uma cidade start up(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Carvalho, Luísa Margarida Cagica; Escola de Ciências Económicas e das OrganizaçõesO desenvolvimento regional depende da existência de territórios dinâmicos e da existência de parceiros que contribuam para melhorar as condições de vida, o ambiente de negócios, a criação de emprego e a competitividade regional. O ecossistema empreendedor emerge com a possibilidade de promover o empreendedorismo e o desenvolvimento num contexto regional. Porém, os estudos aplicados a este tema são ainda incipientes e não existem evidências do impacto das politicas públicas na criação de ecossistemas empreendedores. Este artigo tem dois objetivos. Em primeiro lugar, pretende discutir a definição de ecossistema empreendedor, considerando as suas características e sua origem. E, ainda apresentar um exemplo de um ecossistema empreendedor, o caso da cidade de Lisboa que se pretende assumir como uma start up city e tem vindo a estabelecer um ecossistema empreendedor cada vez mais forte.Item The entrepreneurial leader’s profile: A case study from IPCA’s Master students(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Ferreira, Fátima Maria Vieira; Dieguez, Teresa; Escola de Ciências Económicas e das OrganizaçõesEste estudo incide sobre a temática do perfil do líder empreendedor e pretende 1) caracterizar o estudante e a sua experiência profissional, 2) analisar a sua perspetiva sobre liderança e empreendedorismo, 3) averiguar quais são as principais qualidades e competências dos líderes empreendedores e 4) verificar se os mestrados lecionados no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) estimulam o empreendedorismo e a liderança. O estudo é aplicado aos estudantes dos diversos mestrados do IPCA e a metodologia utilizada consistiu na elaboração de um inquérito recolhido presencialmente em contexto de sala de aulas. Assume-se que existem fatores que poderão provocar um determinado impacto no comportamento do líder empreendedor e tudo indica que as características do perfil do líder empreendedor podem ser adquiridas, estimuladas, desenvolvidas e aprendidas. Como conclusões destacam-se a pertinência da inclusão de algumas unidades curriculares de opção relacionadas com estas temáticas. O Gabinete para o Emprego, Empreendedorismo e Ligação às Empresas do IPCA pode assumir um papel estratégico no processo, aproximando-se dos alunos e apoiando a valorização do empreendedorismo académico. Os tempos são de mudança e é preciso estar atento às alterações que ocorrem no comportamento do líder empreendedor. É sugerido o interesse de vir a ser reconhecida a necessidade de estimular “um líder empreendedor”, ou ainda, “um empreendedor líder”, em vez do empreendedor.Item Improving entrepreneurial skills in Portugal Higher Education - a case study in Alto Minho Region(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Rodrigues, Helena; Barreto, Luís; Escola de Ciências Económicas e das OrganizaçõesO tema empreendedorismo é identificado como uma alavanca de mudança com o intuito de aumentar o crescimento económico e a transformação da sociedade. Em particular, deve ser usado como uma estratégia de contrarresposta à atual crise e como um meio para combater a apatia, a inércia e a falta de iniciativa empresarial. Sabe-se que a educação para o empreendedorismo aumenta as intenções individuais para iniciar um negócio. O maior desafio no Ensino Superior é o romper com os métodos tradicionais de estudos, onde os alunos e suas famílias pensam na criação de novos funcionários para outras empresas e não para criar um novo empregador. A educação para o empreendedorismo visa produzir graduados com um conjunto de competências e uma mentalidade empreendedora, cujo objetivo final é desenvolver ideias originais que darão resposta a carências e necessidades identificadas no mercado. Na Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, um conjunto integrado de projetos e atividades estão a tentar contribuir para a melhoria das competências empresariais da região: desde oficinas abertas à comunidade, a projetos individuais dos alunos para preparar uma empresa startup, têm sido várias as contribuições para aumentar as novas capacidades dos alunos e melhorar a sua identidade empresarial. Alguns dos objetivos destas iniciativas integradas referem-se a: desenvolver a capacidade de aplicar conceitos e teorias abordados durante o curso de uma forma integrada, proporcionando-lhes a oportunidade de confrontar as teorias estudadas com as práticas profissionais existentes destinadas a experiência de consolidação e desempenho profissional; preencher lacunas específicas em áreas consideradas relevantes para o progresso e desenvolvimento da sua futura atividade profissional; fornecer uma visão prática da realidade empresarial através da formulação de ideias com potencial para a preparação de planos de negócios e marketing; fornecer aos estudantes ferramentas de execução, acompanhamento e gestão de negócios adequadas; incentivar o espírito empresarial e uma cultura ética e pró-ativa através da implementação de projetos que conduzam à solução de problemas e melhorias em processos organizacionais.Item The relevance of the organization's entrepreneurial leader: Case Study - Automobile sector in the municipality of Vila Nova de Famalicão(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Gomes, Penélope; Dieguez, Teresa; Escola de Ciências Económicas e das OrganizaçõesO empreendedorismo é um conceito cada vez mais presente nas organizações empresariais ou nos sistemas educacionais, assumindo um destaque incremental no debate público no que concerne ao futuro das políticas económicas para a competitividade, no âmbito da economia do conhecimento e da sociedade da informação. A sua pertinência instigou o estudo nas suas diversas valências, agudizado pela crise estrutural do capital. A análise privilegiadamente comportamental do perfil do empreendedor e a identificação do seu papel nas organizações foi corroborada por um estudo de caso sobre empresas do ramo automóvel em Portugal, Vila Nova Famalicão. Anui-se uma relação estreita entre o conceito de empreender e a descoberta profícua de oportunidades, que se fundeiam num espírito de mudança e inovação, central ao empreendedor. A competitividade afigura-se como premissa basilar na criação de valor e no progresso sustentável das organizações. O estudo permitiu atestar também uma dissimilitude de conceitos e aceções, alicerçados em evidências empíricas e científicas ainda exíguas. O trabalho objetivou assim uma maior sensibilização das comunidades organizacionais e académicas a esta temática, que contribua para uma compreensão mais abrangente e atual da sua relevância no seio das organizações. A mudança multidimensional de paradigma insurge-se num contexto situacional económico-financeiro estruturalmente debilitado, o que instiga a uma transfiguração dos conceitos e padrões observados até aqui. O empreendedorismo e o perfil comportamental do líder empreendedor assumem assim uma capital importância no processo eficaz de criação de valor: incremental, diferenciador e sustentável.Item Opportunities for the engagement of universities in social entrepreneurship and innovation: a pilot experience in Aveiro(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Ávila, Liliana; Amorim, Marlene; Dias, Marta Ferreira; Franqueira, Teresa; Sampaio, João; Escola de Ciências Económicas e das OrganizaçõesA promoção do empreendedorismo e da inovação social tem sido recorrentemente apresentada como uma resolução chave no contexto europeu, como um modelo económico capaz de promover um crescimento que é mais justo, verde e ancorado nas comunidades locais. Há sinais encorajadores de que nos estamos a mover nessa direção, como sociedades que testemunham uma onda de modelos de negócio híbridos, i.e. que perseguem uma missão social ao mesmo tempo que desenvolvem atividades comerciais, como forma de gerar receitas para sustentar as suas operações. Considerando os passos que estão a ser dados tanto ao nível europeu como ao nível regional para a promoção de ecossistemas adequados para as empresas sociais, os atores regionais necessitam melhorar e aumentar a sua capacidade para cooperar e apoiar o crescimento das empresas sociais. Este contexto coloca uma chamada importante ao papel das universidades no ecossistema da inovação social. As universidades têm sido reconhecidas como atores chave na persecução do objetivo de um desenvolvimento inteligente e inclusivo que tem sido adotado pelas economias europeias, uma vez que detêm recursos importantes que podem ser mobilizados para contribuir para a resolução de problemas sociais. As universidades podem contribuir para a avaliação do conhecimento, das capacidades e competências presentes numa região apoiando a identificação das áreas de especialização mais promissoras para essa região. Este artigo descreve a experiência e os resultados de uma iniciativa piloto liderada pela Universidade de Aveiro para envolver os atores regionais na identificação de oportunidades para o desenvolvimento de projetos de inovação e empreendedorismo social. A iniciativa envolveu a colaboração de uma equipa multidisciplinar da Universidade (incluindo investigadores das áreas da Economia, Gestão, Design e Ciências Sociais) e atores chave dos 11 municípios da Região de Aveiro com o objetivo de promover a criação de serviços baseados em estilos de vida sustentáveis. O trabalho de campo seguiu uma metodologia passo-a-passo que incluiu: i) um conjunto de ações preliminares para sensibilizar, aumentar o conhecimento e motivação de atores chave regionais para a área do empreendedorismo e inovação social; ii) uma fase de trabalho de campo exploratório, onde os investigadores interagiram com as populações locais para identificar as principais oportunidades relacionadas com o património local, a partir do qual foi desenvolvido um portfólio de oportunidades; iii) a seleção de uma amostra de oportunidades para o desenvolvimento de negócios sociais; iv) a condução de um conjunto de workshops, baseados numa metodologia orientada para o projeto; v) o acompanhamento dos resultados dos workshops, incluindo sessões de mentoria para as oportunidades de negócio social mais promissoras e definição da estratégia para a região. Neste artigo, toda a metodologia é descrita e discutida, levando à identificação de fatores críticos de sucesso e dificuldades enfrentadas pelas universidades que pretendem participar no desenvolvimento regional.Item As PME e a sua internacionalização: um estudo de caso(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Pinto, Marlene; Pereira, Raquel; Escola de Ciências Económicas e das OrganizaçõesA crescente interdependência dos países e mercados é uma realidade incontornável. As empresas concorrem num mercado global, que lhes coloca novos e constantes desafios nos negócios e determina uma crescente relevância da internacionalização. No contexto português, esta afirmação assume uma pertinência muito particular. O tecido empresarial é fortemente caraterizado por Pequenas e Médias Empresas (PME), representando 79% do emprego e 66,5% do valor acrescentado (Comissão Europeia, 2014). Há autores que defendem que a internacionalização das empresas é fundamental para o desenvolvimento da nossa economia (Fernandes, 2014; Pais 2002; Simões 2010). Contudo, para que esta passagem aconteça, as empresas têm que rever comportamentos e possuir vantagens competitivas que lhe permitam usufruir do vasto leque de oportunidades que o fenómeno da globalização propicia. Utilizando a metodologia qualitativa, e o método do estudo de caso, os objetivos fundamentais deste trabalho são analisar e perceber, fazendo o enquadramento com a literatura, de que forma as PME abordam os mercados internacionais procurando, desse modo, dar resposta às seguintes questões: Que razões motivam e influenciam o processo de internacionalização? Que estratégias/modalidades escolhem? Que fatores de diferenciação possuem que lhes permitem competir nos mercados internacionais? Especificamente, pretende-se estudar e analisar o PI de três PME portuguesas, situadas na região Norte, e que operam em áreas de negócio completamente distintas. Os resultados indicam que o modelo Uppsala é útil para compreender o processo de internacionalização das PME. Contudo, também indicam que há empresas que iniciam a sua expansão internacional muito rapidamente e para mercados geograficamente dispersos, contrariando alguns princípios do modelo Uppsala. Para os casos em análise, as razões/fatores que motivam e influenciam a internacionalização, associados a fatores como o perfil dos gestores, o modelo de negócio, as networks em que a empresa poderá estar inserida, podem potenciar a decisão de, e de reforço, PI, o qual acontece usando como principal modo de entrada a exportação.