Cadernos de Sociomuseologia Nova serie 18 - 2021 (Vol. 62)

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    Entre a museologia social e o museu tradicional : O caso do Museu Murillo La Greca e a Convocatória de Ocupação 2019 - Recife, PE
    (Departamento de Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2021) Tureta, Gabriela Maetê
    A pesquisa se debruçou sobre o Museu Murillo La Greca e a Convocatória de ocupação 2019, a fim de analisar à luz da Museologia Social como as ações educativas tensionam museus tradicionais a práticas mais colaborativas e democráticas. Foram utilizados autores como Mario Chagas, Glauber Guedes Ferreira Lima, Bruno Brulon, Marcele Pereira, Stránský, Tereza Scheiner e Hugues de Varine- Bohan, para estabelecer referenciais teóricos sobre as tensões e rupturas da Museologia frente ao espaço museal. Além disso, outros autores que abordam educação museal, sociologia e antropologia compuseram o arcabouço necessário para analisar os dados e contextualizar o objeto numa discussão mais ampla sobre os museus na contemporaneidade. Por meio de pesquisa participante de caráter exploratório e levantamento de dados sobre a Convocatória de Ocupação 2019 (até março de 2020) no Museu Murillo La Greca, foi possível analisar as práticas educativas desenvolvidas nesse período e refletir sobre a pertinência dessas práticas, no contexto de um museu tradicional, para decolonização de processos museológicos e para democratização dos acessos ao espaço museal. Com isso, buscou-se ampliar as possibilidades de experimentações, privilegiando o setor educativo como propulsor de novas práticas para transformações nos museus.
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    A mediação das memórias da Marquesa de Santos em seu antigo Solar em São Paulo
    (Departamento de Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2021) Anversa, Julia
    O artigo apresenta o Solar da Marquesa de Santos, atualmente sede do Museu da Cidade de São Paulo que, entre outros usos, foi residência de Domitila de Castro Canto e Melo em meados do século XIX. A Marquesa de Santos é uma das raras personagens femininas na história consagrada do país, cuja figura circulou por diversos meios de comunicação ao longo do tempo. Considerando as formas de apropriação da casa e das histórias de sua famosa proprietária, procura discutir os desafios impostos pela relação entre as expectativas do público e a realidade de seus espaços expositivos, entendendo o papel da educação patrimonial como forma de mediar questões de gênero despertadas durante a visitação.
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    O Programa Educativo Caixas Didáticas no Museu do Homem do Nordeste
    (Departamento de Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2021) Pacheco, Ricardo de Aguiar; Vilela, Déborah
    No arquivo da Fundação Joaquim Nabuco, encontramos a documentação administrativa do Museu do Homem do Nordeste (Muhne) desde sua fundação, no ano de 1979. Explorando essa documentação, foi possível observar o conjunto de iniciativas de educação em museus desenvolvidas pela equipe do Muhne nos anos 1990. Encontramos cópias dos planos e dos relatórios do programa educativo Caixas Didáticas, sob a coordenação de Maria Regina Batista e com o apoio de Silvia Brasileiro, datados dos anos de 1996 e 1997. Sobre essa ação, o arquivo da instituição guarda o projeto, o relatório das atividades, cópias do material impresso contendo as instruções para o uso das caixas didáticas e cópias do panfleto de divulgação, que explicam aos professores as características da atividade, bem como fotos de algumas atividades realizadas. A análise dessa ação específica permitiu-nos perceber o conjunto de princípios epistemológicos que guiavam a equipe do museu em suas ações educativas na década de 1990.
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    O uso do co-design em projetos de acessibilidade em museus para pessoas com deficiência visual
    (Departamento de Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2021) Almeida, Eveline; Mon'talvão, Claudia
    O presente artigo tem como objetivo fazer uma análise do uso do co-design em projetos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual em museus. Procurou-se discutir o estado da arte de práticas de participação em projetos museais, em específico as metodologias de co-design. Em seguida é feito um estudo de caso comparativo em que foram analisados artigos que descrevem a implementação de projetos de co-design em contexto museal e educativo. O objetivo da comparação foi demonstrar as diferentes metodologias de co-design, quais objetivos podem ser alcançados por essas metodologias e analisar e comparar os resultados e desafios encontrados. Dentre os projetos encontrados foram selecionadas quatro pesquisas para o estudo comparativo analisando suas diferenças e semelhanças. Conclui-se que as práticas participativas trazem como benefício não somente a fidelização e formação de novos públicos, mas o enriquecimento do próprio objeto museal, promovendo novas formas de fruição e aquisição de conhecimento. Pretende-se com este artigo contribuir para o desenvolvimento de futuros estudos e projetos de acessibilidade que ofereçam melhores condições de inclusão social e de democratização do espaço expositivo.
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    Reflexões sobre culturas indígenas e seus encontros com as crianças na educação museal
    (Departamento de Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2021) Altemar, Larissa; Silva, Danira
    O presente trabalho trata de questões em torno da educação museal, partindo do debate: Como tratar das histórias e culturas indígenas tendo como foco a criança pequena no museu? Como essa temática vem sendo tratada? As lacunas expográficas nos servem como mote para refletirmos sobre metodologias que nos auxiliam a dialogar sobre essas questões. Buscaremos compreender como as culturas indígenas vem sendo representadas e quais perspectivas podem nos auxiliar a ampliar as mediações direcionadas ao público infantil. Nesse sentido, amparadas por autores que refletem sobre as infâncias, educação e educação museal, refletimos sobre as imbricações possíveis e necessárias entre mediação, crianças e culturas e histórias indígenas.
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    Consentimento, anuência, comunidades e detentores : a questão da participação social no campo do patrimônio cultural e o diálogo entre a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial e a política de patrimônio imaterial do Brasil
    (Departamento de Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2021) Toji, Simone
    O artigo considera os modos de ativação e operacionalização da ideia de participação social a partir do campo do patrimônio cultural imaterial, tendo em vista a sua mais recente proposição de uso por meio da Convenção da UNESCO sobre a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial e da experiência de sua implementação no Brasil. Ao analisar como a questão da participação se estabeleceu por meio do diálogo entre as instâncias internacional e nacional, o trabalho também aponta como se consolidou a emergência de categorias de atores sociais como “comunidades” e “detentores” dentro das mencionadas políticas de patrimônio cultural imaterial.
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    Registro das Práticas Off-Road Como Patrimônio Imaterial e Implantação do Ecomuseu do Off-Road em Nova Lima, Minas Gerais
    (Departamento de Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2021) Braga, Solano; Gonçalves, Marina Furtado; Mello, Rogério Stockler; Jotta, Carlos; César, Alexandre
    O projeto de Registro das práticas off-road como patrimônio imaterial e implantação do Ecomuseu do Off-Road em Nova Lima é uma iniciativa popular que pretende salvaguardar a tradição e os benefícios gerados pelas práticas off-road nas trilhas do município. Essa iniciativa é pioneira no país e possui caráter multidisciplinar, pois envolve três grandes áreas: o esporte, a cultura e o turismo. Desde as primeiras ocupações indígenas em Minas Gerais, passando pelos bandeirantes, desbravadores, tropeiros, produtores rurais que transportavam seus artigos para venda e para os mercados locais até os dias atuais, as trilhas de Nova Lima são percorridas por esportistas e turistas. Desta forma, visa-se o uso das trilhas a partir da concepção das mesmas como lugares de memória, com o objetivo de valorizar os diversos atores sociais, parte integrante da comunidade novalimense, e entendendo as práticas off-road nas trilhas como um exemplo de patrimônio de caráter imaterial ou intangível, produzindo conhecimentos sobre os bens relacionados à vida social aos quais são aplicados sentidos, valores e significados e que, portanto, constituem referencial de identidade para uma determinada comunidade. Espera-se que com a proteção legalizada por meio do processo de registro as trilhas e as práticas off-road serão preservadas, aumentando o sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade da população local.