Revista Lusófona de Ciência e Medicina Veterinária Vol. 10 (2020)

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    Comparação do índice de KI-67 obtido através de contagem manual e de análise automatizada ImmunoRatio em amostras de tumores mamários caninos, carcinomas mamários felinos e mastocitomas
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2020) Cardoso, Serras, Maria João; Matos, Raquel; Faísca, Pedro; Faculdade de Medicina Veterinária
    O Ki-67 trata-se de uma proteína nuclear expressa em todas as fases do ciclo celular, excepto na fase de repouso, utilizada como marcador de prognóstico em vários tumores. A contagem manual é um método amplamente utilizado para avaliar o índice de Ki-67, no entanto é moroso e pouco prático. Com este estudo, pretendeu-se comparar a contagem manual com a análise automatizada (ImmunoRatio) no cálculo do índice de Ki-67, definir a melhor metodologia para a análise de amostras através do plug-in ImmunoRatio e ainda verificar a capacidade do ImmunoRatio na análise de imagens de menor ampliação (50x). Foram analisadas um total de 18 amostras (2 mastocitomas, 11 carcinomas mamários felinos e 5 tumores mamários caninos). Em amostras homogéneas foram selecionados cinco campos aleatórios e, em amostras heterogéneas, três campos aleatórios e três campos com um elevado número de células Ki-67-positivas (hotspots). Verificou-se uma correlação forte, positiva e estatisticamente significativa e uma concordância quase perfeita entre a contagem manual e as diferentes análises realizadas no plug-in ImmunoRatio (ImmunoRatio 200x sem estroma, ImmunoRatio 400x sem estroma e ImmunoRatio 200x com estroma). O estudo sugere ainda que a utilização do plug-in em imagens de menor ampliação (50x) permite obter resultados idênticos à média das contagens manuais da mesma amostra. Pode assim concluir-se que a utilização do ImmunoRatio pode ser uma alternativa viável e rápida à contagem manual. No entanto, sugere-se que nos casos em que se obtenham valores próximos dos valores limite indicativos de agressividade, se reconfirme com a contagem manual.
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    Diagnósticos molecular e citológico de herpesvirus felino tipo 1, chlamydophila felis e mycoplasma felis, em gatos com conjuntivite e/ou doença do trato respiratório superior
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2020) Vieira, M.; Fonseca, J.; Antunes, L.; Albuquerque, C.; Almeida, O.; Alves, Maria Margarida Ferreira; Faculdade de Medicina Veterinária
    A doença do trato respiratório superior (DTRS), apesar de muito comum em gatos, é frequentemente subvalorizada. Os sinais clínicos apresentados com mais frequência são espirros, tosse, secreção ocular e/ou nasal e conjuntivite. A conjuntivite felina apresenta, maioritariamente, uma natureza infeciosa, tendo como principais responsáveis o Herpesvírus felino-1, Chlamydophila felis e, possivelmente, Mycoplasma felis. Por vezes, o diagnóstico pode tornar-se desafiante, quer pela natureza dos agentes, quer pelos sinais clínicos inespecíficos. Os objetivos do presente trabalho foram: i) realizar o diagnóstico da infeção por estes agentes, através da citologia conjuntival e da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), em gatos com sinais clínicos de DTRS e/ou de conjuntivite e ii) avaliar a concordância entre os resultados do diagnóstico molecular e citológico. Para tal, numa população de 29 gatos com sinais clínicos de DTRS e/ou conjuntivite, foram realizadas duas recolhas de amostras conjuntivais, uma com zaragatoas e outra com escova de citologia, para os diagnósticos molecular e citológico, respetivamente. As citologias foram coradas pelo método de May Grunwald-Giemsa. Para cada amostra, procedeu-se a duas PCR convencionais, para amplificação do DNA de FHV-1 e M.felis e uma PCR em tempo real, para deteção de DNA de C. felis. Ao diagnóstico molecular, foi obtida uma frequência de infeção de 58,6% para FHV-1 e de 31,0% para C. felis. Não foi identificado nenhum gato com infeção por M. felis. No diagnóstico citológico conjuntival, apenas seis animais foram diagnosticados com C. felis, não tendo sido feita nenhuma observação suspeita de infeção para os restantes agentes. Os resultados evidenciaram uma elevada frequência de infeção por FHV-1 e C. felis. A PCR mostrou ser um meio de diagnóstico mais sensível para a deteção dos agentes em estudo, quando comparada com a citologia conjuntival. O presente estudo deixa em aberto a dúvida sobre o papel de M. felis enquanto agente etiológico primário na conjuntivite e DTRS.
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    Anaplasma phagocytophilum: repercussão da infecção da fauna silvestre em cães e gatos de uma zona endémica
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2020) Trincheiras, Joana; Martins, Ângela; Santos-Silvas, M.; Alves, Maria Margarida Ferreira; Santos, A.; Faculdade de Medicina Veterinária
    A população silvestre pode albergar uma elevada densidade de ixodídeos associados à transmissão de agentes patogénicos. Este facto é particularmente importante quando se assiste ao aumento descontrolado das populações silvestres, como se verifica, actualmente, com os javalis em Portugal. O presente estudo, procurou detectar evidências de infecção activa por Anaplasma phagocytophilum, agente zoonótico cuja transmissão poderá estar potenciada com o aumento da população de javalis no Parque Natural da Serra da Arrábida (PNSA). Foram estudados 21 javalis de três populações distintas, 35 cães e um gato com sinais clínicos, laboratoriais e/ou epidemiológicos compatíveis com doença associada a ixodídeos, atendidos no Hospital Veterinário da Arrábida (HVA) e 80 ixodídeos, capturados na vegetação (N=61) ou a parasitar animais (N=19) em áreas do PNSA. A pesquisa de ADN bacteriano foi realizada por PCR convencional genérico para Anaplasma/Ehrlichia e por PCR em tempo real específico para A. phagocytophilum. Embora em nenhuma das amostras tenha sido possível identificar reacções positivas as restrições temporais e espaciais deste estudo exploratório reforçam a importância de se realizar uma vigilância epidemiológica mais abrangente de agentes patogénicos associados a ixodídeos no PNSA.
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    O papel do rato na investigação biomédica
    (Edições Universitárias Lusófonas, 2020) Faustino, Ana Isabel Rocha; Alvarado, A.; Oliveira, P.; Faculdade de Medicina Veterinária
    Os animais têm sido usados desde há muitos anos na pesquisa biomédica, para estudar e compreender diversos aspetos das doenças, nomeadamente a sua etiologia, patogenia, progressão, base molecular e genética, e testar novos tratamentos. O rato e o murganho são os animais mais frequentemente utilizados na Europa como modelos de doença. O cancro é a principal causa de morte em todo o mundo. O nosso grupo de investigação tem usado o rato como modelo para o estudo de alguns dos tipos de cancro mais frequentes, como o cancro da mama e da próstata, contribuindo para um melhor conhecimento do desenvolvimento e progressão desta doença, e para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas mais eficazes, que possam melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevivência dos doentes oncológicos.