Patrimônio e conceito antropológico de cultura: uma longeva relação

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Data

2020

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Editora

Edições Universitárias Lusófonas

Resumo

O trabalho buscou discutir a associação feita entre o conceito antropológico de cultura e o alargamento do escopo da noção de patrimônio que ocorreu a partir do início do século XXI, especificamente no que diz respeito às políticas estabelecidas para a proteção do patrimônio cultural imaterial. Argumentou-se que, por ser polissêmico, o conceito antropológico de cultura manteve relação com a noção de patrimônio desde o primeiro quarto do século XX, ou seja, quase um século antes. Verifica-se que o sentido atribuído às duas categorias se transformou. Ademais, discutiu-se que uma ampliação da categoria patrimônio é fruto da ação dos mais diversos atores sociais na demanda por direitos culturais diferenciais, operando com uma gramática político-cultural específica, que dinamizou enunciados como multiculturalismo, diversidade cultural e representação, buscando uma visão não hierarquizante de cultura, o que impactou diretamente na conceitualização de patrimônio e na política de proteção de bens culturais. Para tanto, como maneira de delimitar a discussão, optou-se por trabalhar com documentos produzidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no período, visto ser agente e arena protagonista no que diz respeito às políticas de proteção a bens culturais.

Descrição

Cadernos de Sociomuseologia

Palavras-chave

DIVERSIDADE CULTURAL, CULTURAL DIVERSITY, PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL, INTANGIBLE CULTURAL HERITAGE, CULTURA, CULTURE

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