Estratégias de coping, adesão ao tratamento e qualidade de vida em jovens adultos e adultos com condições crónicas de saúde

Miniatura indisponível

Data

2017

Título da revista

ISSN da revista

Título do Volume

Editora

Resumo

As doenças crónicas são de longa duração, produzem incapacidade e exigem do doente a adaptação a várias mudanças na sua vida. Nos jovens adultos, o impacto da doença crónica pode ser particularmente elevado, em função da necessidade de adaptação a diversas dificuldades incomuns nesta faixa etária, tais como as que dizem respeito a assumir novas obrigações, modificar hábitos de vida, gerir os tratamentos, conhecer a doença e lidar com as suas limitações físicas. Considerando a doença crónica como uma condição potencialmente indutora de stress, a forma como ela é percebida pelo indivíduo, que depende da sua própria representação de doença e das estratégias que adota face ao novo estado de saúde, influencia os comportamentos de adesão, o que poderá refletir-se ao nível da qualidade de vida. A presente investigação consistiu num estudo transversal, com o objetivo de analisar as associações entre estratégias de coping específicas, adesão ao tratamento e qualidade de vida em jovens adultos e adultos com condições crónicas de saúde, bem como testar o papel mediador da adesão ao tratamento na relação entre estratégias de coping e qualidade de vida. Procurou-se ainda averiguar o potencial papel moderador do grupo etário nestes processos. Para o efeito, foi utilizado um questionário sociodemográfico e clínico e foram recolhidos dados através dos seguintes instrumentos: Brief Cope, Medida de Adesão aos Tratamentos e EUROHIS-QOL 8. A amostra foi constituída por 111 participantes: 60 jovens adultos e 51 adultos. Os resultados obtidos revelam que não se verificaram diferenças significativas nos níveis de qualidade de vida (t (109) = 0.023; p =.932) nem de adesão aos tratamentos (t (108) = -.117; p=.907) apresentados pelos dois grupos. Relativamente aos efeitos da adesão aos tratamentos e do humor verificou-se que quanto maior a adesão aos tratamentos e a utilização do humor, maior a qualidade de vida dos indivíduos. Em relação aos efeitos de interação, quando os indivíduos são jovens adultos, a aceitação e a utilização de suporte instrumental não contribuem para explicar a qualidade de vida. Porém, quando os indivíduos são adultos, a dimensão utilizar suporte instrumental relaciona-se positivamente com a qualidade de vida (b=1.169, t=3.049, p=.003) e a aceitação relaciona-se negativamente com a qualidade de vida (b=-.766, t=-1.742, p=.085).
Chronic diseases are long-term, produce disability and require the patient to adapt to various changes in your life. In young adults, the impact of chronic disease can be particularly high, due to the need to adapt to several unusual difficulties in this age group, such as those relating to new obligations, modify lifestyle habits, manage treatment, know the disease and deal with their physical limitations. Considering the chronic disease as a potentially inducing condition of stress, how it is perceived by the individual, it depends on your own representation of disease and the strategies adopted against the new health influences the adherence behaviors, which may be reflected in the quality of life. This research consisted of a cross-sectional study aimed to examine the associations between specific coping strategies, treatment adherence and quality of life in young adults and adults with chronic health conditions and test the adhesion mediating role to treatment in relationship between coping strategies and quality of life. We sought to further investigate the potential moderating role of the age group in these processes. To this end, a sociodemographic and clinical questionnaire and data were collected was used through the following instruments: Brief Cope, Measure Treatment Adherence and EUROHIS-QOL 8. The sample consisted of 111 participants: 60 young adults and 51 adults. The results show that there were no significant differences in the levels of quality of life (t (109) = 0.023, p = .932) or adherence to treatment (t (108) = -.117, p = .907) presented by both groups. For purposes of treatment adherence and mood found that the higher the adherence to treatment and the use humor, the higher the quality of life of individuals. Regarding the interaction effects when individuals are young adults, the acceptance and use of instrumental support do not contribute to explain the quality of life. However, when subjects are adults, the size instrumental play support relates positively to the quality of life (b = 1.169, t = 3.049, p = .003) and relates negatively acceptance with the quality of life (b=-.766, t=-1.742, p=.085).

Descrição

Orientação: Raquel Pires

Palavras-chave

MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE, PSICOLOGIA, DOENÇAS CRÓNICAS, COPING, ADESÃO À TERAPÊUTICA, QUALIDADE DE VIDA, JOVENS ADULTOS, TESTES PSICOLÓGICOS, EUROHIS-QOL-8, BRIEF COPE, PSYCHOLOGY, CHRONIC DISEASES, COPING, MEDICATION ADHERENCE, QUALITY OF LIFE, YOUNG ADULTS, PSYCHOLOGICAL TESTS

Citação