Respostas cognitivas e emocionais dos pais face à ansiedade dos filhos
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2018
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Resumo
Vários modelos teóricos e estudos empíricos apontam para o papel do contexto familiar para o
surgimento e manutenção de problemas de ansiedade em crianças e adolescentes.
Comportamentos parentais, como o controlo e a promoção de autonomia, têm um papel
importante e comprovado no reforço e manutenção da ansiedade nos filhos. Porém, o papel
que as cognições e emoções parentais podem ter no desenvolvimento e no incremento da
ansiedade infantil, tem sido menos abordado na literatura. Assim, a presente investigação tem
como principal objetivo identificar as cognições e as emoções dos pais (n=46; 50% mães) de
crianças com perturbações de ansiedade, numa situação real em que o filho se tenha sentido
ansioso e numa situação hipotética/ambígua potencialmente ansiogénica. Adicionalmente,
procurou-se explorar as cognições e emoções dos pais consoante o género parental em ambas
as situações (reais e hipotéticas). Os resultados indicaram que a maioria dos pais
interpretaram as situações reais como uma ameaça e pais interpretaram o cenário ambíguo de
tipo físico como ameaçador ao contrário do cenário hipotético de tipo social. Não se
verificaram diferenças significativas na análise das interpretações e emoções dos pais em
função do género parental tanto em situações reais como nas hipotéticas. Considera-se que a
presente investigação representa um contributo para a literatura empírica permitindo
aprofundar interpretações parentais sobre a ansiedade dos filhos, pela forma como se centra
na identificação das cognições e emoções parentais, permitindo assim, uma melhor
abordagem terapêutica.
Several theoretical models and empirical studies point out the role of the family context regarding the emergence and maintenance of anxiety problems in children and adolescents. Parental behavior, such as control and promotion of autonomy, play an important and proven role in strengthening and maintaining anxiety in children. However, the role that parental cognitions and emotions may play in the development and increase of childhood anxiety has been less addressed in the literature. Thus, the main objective of the present investigation is to identify the cognitions and emotions of parents (n = 46; 50% mothers) of children with anxiety disorders, in real life situation where the child felt anxious and in a hypothetical / ambiguous situation potentially anxiogenic. Additionally, we sought to explore the cognitions and emotions of parents according to parental gender in both situations (real and hypothetical). The results showed that most parents interpreted real situations as a threat and the ambiguous scenario of physical type as threatening unlike the hypothetical scenario of social type. There were no significant differences in the comparison of parents' interpretations and emotions according to parental gender in both real and hypothetical situations. Regarding this, the present investigation adds contribute to the empirical literature, allowing a deeper interpretation of children’s’ anxiety considering the focus in identifying parental cognitions and emotions, promoting an improved therapeutic approach.
Several theoretical models and empirical studies point out the role of the family context regarding the emergence and maintenance of anxiety problems in children and adolescents. Parental behavior, such as control and promotion of autonomy, play an important and proven role in strengthening and maintaining anxiety in children. However, the role that parental cognitions and emotions may play in the development and increase of childhood anxiety has been less addressed in the literature. Thus, the main objective of the present investigation is to identify the cognitions and emotions of parents (n = 46; 50% mothers) of children with anxiety disorders, in real life situation where the child felt anxious and in a hypothetical / ambiguous situation potentially anxiogenic. Additionally, we sought to explore the cognitions and emotions of parents according to parental gender in both situations (real and hypothetical). The results showed that most parents interpreted real situations as a threat and the ambiguous scenario of physical type as threatening unlike the hypothetical scenario of social type. There were no significant differences in the comparison of parents' interpretations and emotions according to parental gender in both real and hypothetical situations. Regarding this, the present investigation adds contribute to the empirical literature, allowing a deeper interpretation of children’s’ anxiety considering the focus in identifying parental cognitions and emotions, promoting an improved therapeutic approach.
Descrição
Orientação : Ana Filipa Beato
Palavras-chave
MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE, PSICOLOGIA, ANSIEDADE INFANTIL, PARENTALIDADE, ESTILOS PARENTAIS, COGNIÇÃO, EMOÇÕES, PSYCHOLOGY, INFANT ANXIETY, PARENTHOOD, PARENTING STYLES, COGNITION, EMOTIONS