La vie amoureuse et sexuelle des personnes en situation de handicap : entendre et comprendre pour transformer

Miniatura indisponível

Data

2017

Título da revista

ISSN da revista

Título do Volume

Editora

Edições Universitárias Lusófonas

Resumo

Dans nos sociétés, l’intimité, l’amour et la sexualité contribuent à la construction identitaire et à l’édification de relations interpersonnelles. Dès lors, connaître l’amour sentimental et/ou érotique est un projet légitime pour se construire comme sujet et comme individu social. Mais qu’en est-il pour des personnes en situation de handicap qui, entravées par une déficience motrice, sont dépendantes d’autrui pour tous les gestes de la vie quotidienne et contraintes d’être accueillies en établissement spécialisé ? Ne se trouvent-elles pas exclues de facto ? Comment, dans ces conditions, leurs aspirations s’expriment-elles, comment sont-elles comprises et prises en compte par les professionnels ? Afin d’appréhender les facilitateurs et les obstacles dans l’accès à une vie intime, amoureuse et sexuelle pour ces personnes, notre article, issu d’une recherche conduite auprès d’elles et des professionnels qui les accompagnent, s’appuie résolument sur une conception bio-psycho-sociale du handicap. Les discours des personnes en situation de handicap recueillis lors de groupes de paroles et ceux des professionnels lors de groupes d’analyse des pratiques nous permettent de montrer que les entraves restent fortes et que les professionnels ne sont en rien facilitateurs dans l’accès à une vie amoureuse et sexuelle pour les personnes auprès desquelles ils interviennent quotidiennement.
Em nossas sociedades, a privacidade, o amor e a sexualidade contribuem para construir a identidade e permitem edificar relações interpessoais. Portanto, experimentar o amor sentimental e/ou erótico é percebido como um projeto legítimo para se construir como ser humano e indivíduo social. Mas como esse projeto se torna possível com pessoas atingidas de incapacidades físicas, dependentes de outros para as atividades da vida diária e obrigadas a ficar em estabelecimentos especializados? Não estão de facto excluídas? Como se exprimem, nessas condições, as suas aspirações? Como são compreendidas e tomadas em conta pelos profissionais? Para compreender os facilitadores e os obstáculos no processo de acesso a uma vida íntima, amorosa e sexual dessas pessoas, o nosso artigo, decorrente duma pesquisa feita com eles e profissionais que os acompanham, inspirase firmemente do modelo bio-psico-social da deficiência. Os relatos recolhidos de pessoas com deficiência nos grupos de discussão, assim como os relatos dos profissionais nos grupos de análise das práticas, permitemnos evidenciar que os obstáculos permanecem fortalecidos e que estes profissionais não são facilitadores do acesso a uma vida amorosa e sexual para as pessoas com as quais eles atuam cotidianamente.
In our societies, intimacy, love and sexuality play a part in building a subjective sense of identity and in the edification of interpersonal relationships. From then on, knowing sentimental and/or erotic experiences is a legitimate plan to develop oneself as a subject and as a social person. But, what about physical disabled people, who are dependent of others for everyday life and forced to live in specialised institutions? Aren’t they de facto excluded? In these conditions, how do they express their wishes, how are they understood and taken into account by professionals? In order to better comprehend what facilitates or obstructs access to intimacy, love and sexual life for these people, our article relies on a research conducted with them and with caring professionals and is firmly based on a bio-psycho-social approach of disability. Disabled people’s speeches collected during focus groups and professionals’ speeches collected during supervision groups allow us to show that barriers are still numerous and that professionals are not facilitating access to love and sexual life for people they are daily working with.
En nuestras sociedades, la intimidad, el amor y el sexo contribuyen a la construcción de la identidad et a la edificación de las relaciones interpersonales. Desde ese momento, conocer el amor sentimental y/o erótico es un proyecto legítimo para desarrollarse como sujeto e individuo social. Pero, ¿qué es de ello en personas en situación de discapacidad, quienes, obstaculizados por una deficiencia motriz, son dependientes de otros en todos los gestos de su vida cotidiana y restringidos a ser acogidos en centros especializados? ¿No se encuentran marginados en el facto? ¿Cómo, en esas condiciones, se expresan sus aspiraciones, como son entendidas y tenidas en cuenta por los profesionales? Con el fin de entender las facilidades y obstáculos en el acceso a una vida íntima, amorosa y sexual para esas personas, nuestro artículo, objeto de investigación conducido a partir de ellas y de profesionales que les acompañan, se apoya firmemente sobre el modelo de biopsico- social de la discapacidad. Los discursos de las personas en situación de discapacidad recogidos a través de los grupos de palabra y los de los profesionales en los grupos de análisis de prácticas nos permiten mostrar que las dificultades permanecen elevadas y que los profesionales no facilitan en absoluto el acceso a la vida amorosa y sexual para las personas con las que intervienen cotidianamente.

Descrição

Revista Lusófona de Educação

Palavras-chave

EDUCAÇÃO, EDUCATION, SEXOLOGIA, SEXOLOGY, PRIVACIDADE, PRIVACY, AMOR, LOVE, SEXUALIDADE, SEXUALITY, INCLUSÃO SOCIAL, SOCIAL INCLUSION, DEFICIÊNCIA FÍSICA, PHYSICAL DISABILITY, SOCIEDADE, SOCIETY, IDENTIDADE SOCIAL, SOCIAL IDENTITY, VIDA QUOTIDIANA, EVERYDAY LIFE, EXCLUSÃO SOCIAL, SOCIAL EXCLUSION, INTIMIDADE SEXUAL, SEXUAL INTIMACY

Citação