Museus: engajamento e colaboração

Miniatura indisponível

Data

2014

Título da revista

ISSN da revista

Título do Volume

Editora

Edições Universitárias Lusófonas

Resumo

Até pouco tempo atrás, planejar ações em um museu consistia em reunir conteúdos, objetos e acionar um volume significativo de informações e acervos a serem expostos à fruição pública, por meio de exposições, ações educativas, enfim, programas dirigidos a diferentes públicos. Nosso compromisso era trazer à luz acervos adormecidos em reservas técnicas, dispô-los de forma interessante, cumprindo um roteiro cronológico ou temático, adicionar-lhes um cabedal de informações históricas, científicas ou artísticas de relevância, e aguardar que nosso público apreendesse todo o volume de dados que nós lhes impingíamos. Aos poucos, ondas de inquietação, de irreverência e de questionamento foram assolando o dia a dia dos museus e, de alguma forma, foram nos mostrando que os sentidos deveriam ser múltiplos, plurais. Os avanços dos estudos de público, o advento da internet e o alcance das mídias sociais, entre outras mudanças sociais e globais de relevância, revolveram o mundo dos museus de forma tão radical, que é imperativo que possamos refletir, flexibilizar e nos preparar para um novo tempo, que já chegou, em que o museu se transforma cada vez mais num espaço-fórum, num território de vivências, de experiências, de compartilhamentos e de inovação. O presente texto procura Levantar alguns aspectos do museu-fórum, do museu que se preocupa em pesquisar, em perguntar, em ouvir, em dialogar, em compartilhar, em buscar, em contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, mais plural, mais digna, mais verdadeira e, portanto, inclusiva. Esta é a essência que deve guiar a ação museológica, comprometida com a realidade em que o museu atua, com a sociedade que lhe dá sentido, com as ações que a comunidade elege, com as práticas que ela reconhece como suas e que decide codificar e perenizar para o futuro.
Until recently, plan actions in a museum was to gather content, and objects trigger a significant volume of information and collections to be exhibited for public enjoyment through exhibitions, educational activities, ultimately aimed at different public programs. Our commitment was to bring to light collections asleep in technical reserves, arrange them in an interesting way, fulfilling a chronological or thematic script, add them a lot of historical, scientific or artistic relevant information, and wait for our audience seize the entire data volume we offer them. Gradually, waves of unrest and irreverent questioning were ravaging the day to day of museums and, somehow, they were showing us that the senses should be multiple, plural. The progress of audience studies, the advent of the internet and the scope of social media, among other social and global changes of relevance, scoured the museum world so radically that it is imperative that we reflect, relax and prepare for a new time, which has now come to the museum turns into an increasingly space-forum, a territory of experiences, , shares and innovation. This text seeks to discuss some aspects of museum-forum, the museum who cares to search, to ask, to listen, to discuss, to share, to seek, to contribute to building a more just, pluralistic society, more worthy, truer, and therefore inclusive. This is the essence that should guide the museological action, committed to the reality in which the museum operates with the society that gives it meaning, with the actions that the community elects, the practices that she recognizes as her and decides to encode and perpetuated for the future.

Descrição

Cadernos de Sociomuseologia

Palavras-chave

MUSEOLOGIA, MUSEUS, INOVAÇÃO, MUSEOLOGY, MUSEUMS, INNOVATION

Citação