Adesão terapêutica em doentes crónicos na transição para a idade adulta: o papel moderador do agregado familiar

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2016

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Resumo

Objectivos: Com base no modelo socio-ecológico de preparação para a transição para a autogestão da saúde em jovens adultos com condições crónicas de saúde, este estudo teve como objetivos: (1) comparar os níveis de preparação para a transição e a adesão terapêutica entre jovens adultos com diferentes configurações do agregado familiar; e (2) analisar as associações entre a preparação para a transição e a adesão terapêutica, assim como o papel moderador da configuração do agregado familiar nestas associações. Método: A amostra foi constituída por 68 jovens entre 18 e 25 anos com diagnóstico de uma doença crónica que requeira tratamentos regulares. O protocolo de avaliação incluiu dois questionários de autorresposta (Transition Readiness Assessment Questionnaire e Medida de Adesão aos Tratamentos) e uma ficha de dados clínicos e sociodemográficos. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas nos níveis de preparação para a transição nem na adesão terapêutica entre jovens autónomos e jovens a viverem com os pais/cuidadores. No entanto, uma melhor autogestão da medicação associou-se significativamente com maior adesão terapêutica nos jovens que habitam com os pais/cuidadores, enquanto uma melhor gestão das atividades diárias se associou a maior adesão nos jovens autónomos. Conclusão: Estes resultados permitem concluir que o desenvolvimento de estratégias educativas de preparação para a transição devem constituir alvos de intervenção a implementar junto dos jovens mesmo que ainda dependentes dos pais/cuidadores, com o objetivo de promover a adesão terapêutica
Objectives: Based on the Social-ecological Model of Adolescent and Young Adult Readiness to Transition (SMART) to adult healthcare in young adults with chronic health conditions, this study aimed: (1) to compare the levels of transition readiness and adherence to treatments between youths with different household compositions; and (2) to examine the associations between transition readiness and adherence, as well as the moderating role of household composition in these associations. Method: The sample included 68 young adults between 18 and 25 years of age, with a chronic health condition that requires regular treatments. The assessment protocol consisted of two self-report questionnaires (Transition Readiness Assessment Questionnaire and Measure Treatment Adherence) and a clinical and sociodemographic datasheet. Results: No significant differences were found on transition readiness and adherence to treatments between youths living independently or living with parents/caregivers. However, better readiness for managing medications was significantly associated with higher adherence to treatments when young adults were living with their parents/family caregivers, and better management of daily activities was linked to higher adherence for independent youths. Conclusion: These results suggest that the development of educational strategies for improving transition readiness in youths, even when living with their parents, are important targets for interventions focused on promoting adherence to treatments.

Descrição

Orientação: Neuza Silva

Palavras-chave

MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE, PSICOLOGIA, DOENTES CRÓNICOS, ADESÃO À TERAPÊUTICA, JOVENS ADULTOS, CUIDADOS DE SAÚDE, AGREGADO FAMILIAR, PSYCHOLOGY, CHRONICALLY ILL, MEDICATION ADHERENCE, YOUNG ADULTS, HEALTH CARE, FAMILY

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