A escultura maconde e a ideia de moçambicanidade

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27/09/2016

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Resumo

fenómeno da escultura maconde fundamenta uma das ideias da construção da moçambicanidade. Comunidade do nordeste de Moçambique e o sudeste da Tanzânia é conhecida pela sua capacidade de resistência ao tráfico esclavagista e à penetração da dominação colonial A “aura” de “resistência” facilitou a sua adesão à FRELIMO no período da libertação nacional, constituindo uma das suas bases de recrutamento. Com a independência, os macondes e sua cultura constituem-se como uma das bases da “nação” em construção, dialogando mais tarde com a ideia de nação “índica”. A técnica de trabalho em madeira é reconhecida como singular no tempo colonial. No processo de implementação das estratégias de dominação pelo colonialismo português, várias expedições reconheceram a dimensão estética e simbólica desta escultura. Será essa qualidade estética que permitirá difundir pela Europa e Améria do Norte o trabalho dos artesãos maconde, atividades que suportará a luta armada. A independência de Moçambique consolida a relevância da escultura maconde como uma das bases da construção da nação. Criaram-se programas de valorização do trabalho dos artesãos. Experiencias efémeras nas "barracas" do museu, em Maputo e Nampula. Esta comunicação questiona o lugar da escultura maconde na ideia de moçambicanidade no âmbito da relação da cultura com o desenvolvimento em Moçambique. A abordagem que vamos efectuar, sobre a escultura maconde, comunidade que reside no Planalto do Mueda, no norte de Moçambique e na Tanzânia, tem como objectivo situar a emergência dos estudos sobre a “escultura africana” como um dos campos da problemática da construção do outro. A construção da ideia da Moçambicanidade após a independência em 1975 conduziu à busca dos elementos de construção da ideia de moçambicanidade.

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SOCIOMUSEOLOGIA

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