Principais entraves na via de autonomização dos Estudos do Turismo : anarquismo epistemológico ou concertação estratégica?

dc.contributor.authorDias, Francisco
dc.contributor.institutionEscola de Ciências Económicas e das Organizações
dc.date.issued2011-07
dc.description.abstractO presente artigo tem como objectivo demonstrar que a credibilização e dignificação institucional da área científica do Turismo junto da tutela ministerial não é uma questão de esforço de demonstração das bases epistemológicas do Turismo, mas sim uma questão de concertação estratégica da emergente comunidade de investigadores do Turismo. Parte-se do pressuposto de que a emancipação das áreas científicas é um processo complexo e gradual que inclui 3 dimensões relevantes: (1) epistemológica; (2) social e económica; (3) político-institucional e identitária. São formuladas duas hipóteses: a primeira hipótese assume que, na atribuição do estatuto de autonomia a áreas científicas, a dimensão político-institucional e identitária tem primazia sobre a dimensão epistemológica; a segunda hipótese sustenta que a crescente importância social e económica do Turismo tem servido para atrair financiamentos para as universidades, subsidiando projectos e grupos de investigação atomizados pelas diversas unidades de I&D das várias ciências sociais reconhecidas (Economia, Geografia, Sociologia, Antropologia, etc…), sendo este facto um obstáculo à autonomização do Turismo como área científica interdisciplinar. Estas duas hipóteses obtiveram corroboração empírica através da análise da lista de áreas científicas da FCT e da distribuição dos grupos de investigação do Turismo pelas diversas unidades de I&D reconhecidas e avaliadas pela FCT em 2007. É ainda aventada a hipótese, a qual só o tempo poderá validar, segundo a qual a emergente comunidade de investigadores do Turismo, maioritariamente vinculada ao Politécnico, tentará contrariar a actual tendência de espartilhamento disciplinar, apostando cada vez mais na criação de grupos de investigação interdisciplinares, o que levará ao reconhecimento dos Estudos do Turismo como área científica autónoma. Assume-se ainda que a dignificação dos Estudos do Turismo passa pela sua emancipação, a qual tarde ou cedo será conseguida, como o resultado cumulativo das seguintes linhas evolutivas: (1) a crescente aposta na formação pós-graduada em Turismo; (2) a criação de novas unidade de investigação em Turismo nas instituições de ensino onde existem Mestrados e Doutoramentos em Turismo; (3) o contínuo esforço de dignificação do Ensino Politécnico; (4) a procura de pontos de referência em outros países, onde o ensino e a investigação têm forte tradição.pt
dc.description.statusNon peer reviewed
dc.formatapplication/pdf
dc.identifier.citationDias , F 2011 , ' Principais entraves na via de autonomização dos Estudos do Turismo : anarquismo epistemológico ou concertação estratégica? ' , Default journal .
dc.identifier.issn1646-3730
dc.language.isopor
dc.publisherEdições Universitárias Lusófonas
dc.relation.ispartofDefault journal
dc.rightsopenAccess
dc.subjectINVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
dc.subjectTURISMO
dc.subjectEPISTEMOLOGIA
dc.subjectINVESTIGAÇÃO TURÍSTICA
dc.subjectTOURISM
dc.subjectEPISTEMOLOGY
dc.subjectSCIENTIFIC RESEARCH
dc.subjectTOURISM RESEARCH
dc.titlePrincipais entraves na via de autonomização dos Estudos do Turismo : anarquismo epistemológico ou concertação estratégica?pt
dc.typearticle

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