Indisciplina no ensino superior: perceção dos professores sobre comportamentos indisciplinados na sala de aula
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2014
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Resumo
A indisciplina no ensino superior em Portugal é uma realidade para a qual escasseiam
estudos científicos. Baseado na perceção dos professores sobre indisciplina no ensino
superior e utilizando uma perspetiva de investigação quantitativa, o presente estudo visa
contribuir para o conhecimento e contextualização desta realidade no nosso país. São
assim objetivos do estudo: (1) Explorar a perceção dos professores do ensino superior
sobre a indisciplina em sala de aula, (2) Compreender como se manifesta a indisciplina
nas salas de aula deste nível de ensino, nomeadamente no que se refere à frequência e
tipo dos comportamentos indisciplinados, e (3) Estudar o impacto das variáveis sexo,
experiência letiva e tipo de estabelecimento de ensino (politécnico versus universitário)
na perceção dos comportamentos indisciplinados. Foi aplicada uma escala de avaliação
da perceção de frequência dos comportamentos de indisciplina a uma amostra de 484
docentes do ensino superior a lecionar em diferentes instituições do território nacional. Os
resultados apontam para a perceção de uma elevada prevalência de comportamentos de
«baixa intensidade», tais como “Chegar atrasado à aula ou sair mais cedo”, “Conversar
com os colegas sobre assuntos não relacionados com a aula” e “Usar o computador para
tarefas não relacionadas com a aula”. Globalmente, as variáveis sexo, experiência letiva
e tipo de estabelecimento de ensino não predizem a perceção de indisciplina, com
exceção de um impacto marginalmente significativo do sexo e experiência letiva na
perceção das conversas dos alunos sobre assuntos não relacionados com a aula.
Incivility/disruptive student behaviors in Portuguese Higher Education is a reality for which scientific studies are scarce. Based on teachers perceptions about misbehavior in higher education, and using a quantitative research approach, this study aimed to contribute for the knowledge in the field. The aims of this study were: (1) to explore the perception of university teachers about misbehavior in the classroom, (2) to understand the nature of classroom misbehavior in this level of education, particularly with regard to the frequency and type of disruptive behavior, and (3) to study the impact of gender, teaching experience, and type of educational establishment (polytechnic versus university) in teachers perceptions of disruptive behaviors. It was used an assessing scale to measure the perception of frequency of disruptive behaviors, in a sample of 484 university teachers of several Institutions of Portugal. The results point to the perception of a high prevalence of "low intensity" behaviors, such as "to arrive late to class or leave early", "to talk with colleagues about topics unrelated to the lesson" and "to use the computer for tasks unrelated to the lesson”. Globally, the variables sex, teaching experience, and type of educational establishment do not predict the perception of indiscipline, except for a marginally impact of teaching experience and gender in the perception of conversations of the students on topics unrelated to the lesson.
Incivility/disruptive student behaviors in Portuguese Higher Education is a reality for which scientific studies are scarce. Based on teachers perceptions about misbehavior in higher education, and using a quantitative research approach, this study aimed to contribute for the knowledge in the field. The aims of this study were: (1) to explore the perception of university teachers about misbehavior in the classroom, (2) to understand the nature of classroom misbehavior in this level of education, particularly with regard to the frequency and type of disruptive behavior, and (3) to study the impact of gender, teaching experience, and type of educational establishment (polytechnic versus university) in teachers perceptions of disruptive behaviors. It was used an assessing scale to measure the perception of frequency of disruptive behaviors, in a sample of 484 university teachers of several Institutions of Portugal. The results point to the perception of a high prevalence of "low intensity" behaviors, such as "to arrive late to class or leave early", "to talk with colleagues about topics unrelated to the lesson" and "to use the computer for tasks unrelated to the lesson”. Globally, the variables sex, teaching experience, and type of educational establishment do not predict the perception of indiscipline, except for a marginally impact of teaching experience and gender in the perception of conversations of the students on topics unrelated to the lesson.
Descrição
Orientação: Célia Oliveira; co-orientação: João Lopes
Palavras-chave
MESTRADO EM PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO, PSICOLOGIA, ENSINO SUPERIOR, INDISCIPLINA ESCOLAR, COMPORTAMENTO DISRUPTIVO, PSYCHOLOGY, HIGHER EDUCATION, SCHOOL INDISCIPLINE, DISRUPTIVE BEHAVIOUR