Inspeção e inovação: um novo relacionamento com as escolas?

Miniatura indisponível

Data

2018

Título da revista

ISSN da revista

Título do Volume

Editora

Edições Universitárias Lusófonas

Resumo

Questão fundamental na pesquisa recente: a tensão entre a tradicional função inspetiva de regulação e os novos papéis a assumir face à complexidade da sociedade atual e aos novos conhecimentos. Nessa tensão se situa o Memorando de Bratislava (de 2013), produzido pela Standing International Conference of Inspectorates (SICI), ou seja, Conferência Internacional Permanente das Inspeções. Ora esse documento continua pouco conhecido entre nós mas assume grande importância pelas questões que levanta sobretudo quanto a inovação na ação inspetiva. Quisemos percecionar o modo como a Inspeção Geral de Educação e Ciência (IGEC), membro da SICI, se tem posicionado perante as propostas aí surgidas. A investigação mostra que as avaliações externas realizadas pela ISEC, sua atividade mais visível, tendem para uma matriz uniformizadora e diluidora das caraterísticas culturais de cada escola. Todavia, nas práticas da autoavaliação, apesar de sentidas como “obrigação” prévia à avaliação externa, surgem sinais de que a ação inspetiva será melhor compreendida pelos docentes se as visitas forem realizadas, não para mera prestação de contas, mas para uma partilha de análise dos problemas de aprendizagem e procura de soluções. Essa é uma das propostas daquele Memorando.
An issue in recent research on inspection: the tension between the traditional function of regulation and its new roles related to the complexity of the current society and new knowledge. It is in this tension that the Bratislava Memorandum (2013) works, produced by the Standing International Conference of Inspectorates (SICI). This document remains little known among us, but it is of great importance for the questions that it raises, above all about innovation in the inspective action. We wanted to understand how the Portuguese General Inspection of Education and Science (IGEC), a member of SICI, has positioned itself about the proposals that have arisen there. The research shows that the external evaluations carried out by ISEC, its most visible activity, tend towards a unifying and dilutive matrix of the cultural characteristics of each school. However, in self-evaluation practices, although perceived as an “obligation” prior to the external evaluation, there are signs that the inspection action will be better understood by the teachers if the visits are carried out, not for mere accountability, but for a sharing of analysis of Learning problems and finding solutions. This is one of the proposals of that Memorandum.
Question clé dans la recherche récente: la tension entre la fonction traditionnelle inspective de réglementation et les nouveaux rôles assumés par l’inspection dans la société d’aujourd’hui et les nouvelles connaissances. Dans cette tension se trouve le mémorandum Bratislava (2013), produit par la Standing International Conference of Inspections (SICI), soit Conférence Internationale Permanente des Inspections. Document peu connu, il est important pour les questions qu’il soulève surtout quant à l’innovation dans l’action inspective. Nous avons voulu percevoir comment l’Inspection Générale de l’Education et de la Science (IGEC), membre de SICI, s’est placée devant ces propositions-là. La recherche montre que les évaluations externes réalisées par ISEC, son activité la plus visible, ont tendance à un tableau unifié et dilutif des caractéristiques culturelles de chaque école. Cependant, dans les pratiques d’auto-évaluation, bien que perçue comme «obligation» avant l’évaluation externe, il y a des signes que l’action inspective sera mieux comprise par les enseignants si les visites constituent non une présentation de comptes, mais analyse partagée des problèmes d’apprentissage et recherche de solutions. Ce qui est l’une des propositions du mémorandum.
Cuestión llhave en la investigación reciente: la tensión entre la tradicional función inspectora de regulación y los nuevos roles ante la complejidad de la sociedad actual y los nuevos conocimientos. En esta tensión se sitúa el Memorando de Bratislava (de 2013), producido par la Standing International Conference of Inspectorates (SICI), es decir, Conferencia Internacional Permanente de las Inspecciones. Documento poco conocido, pero asume importancia por las cuestiones que plantea sobre todo cuanto a la innovación en la acción inspectiva. Quisimos percibir la forma en que la Inspección General de Educación y Ciencia (IGEC), miembro de la SICI, se ha posicionado ante las propuestas allí surgidas. La investigación muestra que las evaluaciones externas realizadas por ISEC, su actividad más visible, tienden a una matriz uniformizadora y diluidora de las características culturales de cada escuela. Sin embargo, en las prácticas de autoevaluación, a pesar de sentirse como «obligación» previa a la evaluación externa, surgen señales de que la acción inspectiva será mejor comprendida por los docentes si las visitas se realizan, no para mera rendición de cuentas, sino para un reparto de análisis de los problemas de aprendizaje y la búsqueda de soluciones. Esta es una de las propuestas de ese Memorándum.

Descrição

Revista Lusófona de Educação

Palavras-chave

EDUCAÇÃO, EDUCATION, INOVAÇÃO EDUCACIONAL, EDUCATIONAL INNOVATION, AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO, EDUCATIONAL ASSESSMENT, REGULAÇÃO DA EDUCAÇÃO, EDUCATION REGULATION, AUTOAVALIAÇÃO, SELF-ASSESSMENT

Citação