Geoestratégia energética na relação União Europeia e Rússia : o caso do Nord Stream II
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2022
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Resumo
Os Estados-membros europeus são os maiores compradores de energia a nível
mundial. A crise energética que ocorreu na Ucrânia reavivou a necessidade de existir uma
segurança energética europeia, assim como, uma União Energética Comum.
Entre os países produtores de gás natural, encontra-se a Federação Russa, que é,
historicamente, o maior fornecedor para o bloco europeu. Detentora do monopólio
energético a Rússia tem utilizado a sua capacidade energética para atingir os seus
objectivos políticos. Os gasodutos fazem parte da estratégia política russa para continuar
o seu domínio através da Gazprom.
Se por um lado a UE necessita de fornecedores de gás natural, por outro, a
dependência que existe em relação ao gás russa, traz vulnerabilidades para todo o bloco
europeu. Como forma de colmatar a dependência de países terceiros, têm sido criados
planos de diversificação de fontes energéticas e a UE tem apostado na transição
energética.
Contudo, os Estados-membros têm os seus objectivos políticos internos o que faz
com que o seu posicionamento não esteja alinhado com os objectivos europeus. Um
desses casos é o Nord Stream II, que coloca a Alemanha no centro do debate energético
e como este gasoduto pode aumentar a dependência de gás natural proveniente da Rússia
o que não corresponde aos objectivos estratégicos da UE.
O Nord Stream II veio demonstrar como um gasoduto pode ser utilizado para
pressões políticas, abrir clivagens entre Estados, colocar aliados europeus com
posicionamentos diferentes, aumentar a tensão na relação entre a UE e Rússia e
transportar a dependência energética europeia para a relação euro-atlântica.
European member states are the world's largest purchasers of energy. The energy crisis that occurred in Ukraine has revived the need for European energy security and a Common Energy Union. Among the natural gas producing countries is the Russian Federation, which is historically the largest supplier to the European bloc. As the holder of an energy monopoly, Russia has used its energy capacity to achieve its political goals. Pipelines are part of Russia's political strategy to continue its dominance through Gazprom. While on the one hand the EU needs natural gas suppliers, on the other hand, the dependence that exists on Russian gas brings vulnerabilities to the entire European bloc. To bridge the dependence on third countries, plans have been created to diversify energy sources and the EU has been betting on energy transition. However, member states have their own internal political goals, which means that their positioning is not aligned with European goals. One such case is Nord Stream II, which puts Germany at the center of the energy debate and how this pipeline can increase dependence on natural gas from Russia, which doesn't match the EU's strategic goals. Nord Stream II has demonstrated how a gas pipeline can be used for political pressure, open rifts between states, put European allies in different positions, increase tension in the EU-Russia relationship and carry Europe's energy dependency into the Euro-Atlantic relationship.
European member states are the world's largest purchasers of energy. The energy crisis that occurred in Ukraine has revived the need for European energy security and a Common Energy Union. Among the natural gas producing countries is the Russian Federation, which is historically the largest supplier to the European bloc. As the holder of an energy monopoly, Russia has used its energy capacity to achieve its political goals. Pipelines are part of Russia's political strategy to continue its dominance through Gazprom. While on the one hand the EU needs natural gas suppliers, on the other hand, the dependence that exists on Russian gas brings vulnerabilities to the entire European bloc. To bridge the dependence on third countries, plans have been created to diversify energy sources and the EU has been betting on energy transition. However, member states have their own internal political goals, which means that their positioning is not aligned with European goals. One such case is Nord Stream II, which puts Germany at the center of the energy debate and how this pipeline can increase dependence on natural gas from Russia, which doesn't match the EU's strategic goals. Nord Stream II has demonstrated how a gas pipeline can be used for political pressure, open rifts between states, put European allies in different positions, increase tension in the EU-Russia relationship and carry Europe's energy dependency into the Euro-Atlantic relationship.
Descrição
Orientação: Vasco Fernando Ferreira Rato
Palavras-chave
MESTRADO EM DIPLOMACIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS, DIPLOMACIA, RELAÇÕES INTERNACIONAIS, ENERGIA, GÁS NATURAL, RÚSSIA, UNIÃO EUROPEIA, DIPLOMACY, INTERNATIONAL RELATIONS, ENERGY, NATURAL GAS, RUSSIA, EUROPEAN UNION