Mestrado em Psicologia Forense
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Percorrer Mestrado em Psicologia Forense por autor "Pinto, Ricardo José, orient."
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Item Consequências psicológicas do conflito parental em crianças e adolescentes(2014) Gonçalves, Rafaela Diana Ferreira; Pinto, Ricardo José, orient.Esta investigação teve como objetivo avaliar o impacto ao nível da depressão e ansiedade em crianças e jovens em contexto de divórcio e litígio entre os pais. A novidade do estudo prendeu-se com a inclusão da perceção do conflito interparental, bem como outras variáveis associadas à forma de como a criança lida com a adversidade. Pretendemos aumentar o conhecimento dos fatores associados à depressão e ansiedade e explorar se as variáveis associadas à forma de como a criança perceciona e lida com o conflito poderão contribuir para um melhor ajustamento. Pretendemos assim contribuir para o desenvolvimento de programas de prevenção mais diretivos e intencionais de modo a intervir nas causas do desenvolvimento de depressão e ansiedade nestas crianças. Os participantes deste estudo foram crianças e adolescentes, numa faixa etária entre os 8 e os 14 anos (média = 11 anos), de ambos os sexos, que correspondem a dois grupos, nomeadamente o grupo “clínico”, constituído por crianças e adolescentes que foram expostos a situações de conflito parental provocado por divórcio litigioso por parte dos pais; e um grupo de comparação, constituído por crianças e adolescentes sem situação de conflito parental conhecida, nem a passar por um divórcio dos pais. Foram utilizadas três provas psicológicas, nomeadamente a Children’s Depression Inventory (CDI) de Kovacs (1979) para avaliar a depressão, a Children’s Manifest Anxiety Scale – Revised (CMAS-R), de Reynolds & Richmond (1978), para avaliar a ansiedade e a Children’s Perception of Interparental Conflict (CPIC), de Grych, Seid & Fincham (1992), para avaliar a perceção do conflito interparental. Em termos de resultados, verificou-se que todas as variáveis relacionadas com a perceção de conflitos foram associadas à depressão e ansiedade. Para além disso, as crianças e adolescentes, filhos de pais divorciados e em litígio, apresentaram significativamente mais depressão e ansiedade perceção de conflito, comparativamente aos filhos a viver com pais casados e sem litígio conhecido. São discutidas implicações práticas do estudo.Item The relationship between childhood adversity, psychopathology symptoms, and life experiences(2013) Pedro, Catarina Raquel Rocha; Pinto, Ricardo José, orient.Objetivos: Este artigo analisa a contribuição de dez categorias de adversidade na infância, incluindo abuso, negligência e disfunção familiar, e as recentes experiências de vida, incluindo experiências positivas e negativas, entre estudantes universitários para o desenvolvimento de sintomas psicopatológicos. Testamos a adversidade na infância como fator predisponente, e as experiências de vida recentes como fatores precipitantes para explicar os sintomas psicopatológicos. Método: Participaram no estudo 105 estudantes universitários, dos quais 21% (n = 22) eram do sexo masculino e 79% (n = 84) do sexo feminino, com idades compreendidas entre 18 e 54 anos. Resultados: Observou-se que 21% (n = 22) dos participantes revelaram valores clínicos de psicopatologia. A adversidade na infância foi positivamente correlacionada à psicopatologia (r = .258, p < .01), mas não foi correlacionada às experiências de vida positivas (r = -.032 p = .747) e negativas (r = .132 p = .182). Verificou-se uma correlação positiva entre psicopatologia e experiências de vida negativas (r = .288, p < .01), mas não foi obtida correlação significativa para as experiências positivas (r = .112, p = .253). Foi realizada uma análise de regressão logística, incluindo a adversidade na infância e experiências de vida na idade adulta, positivas e negativas, como variáveis preditoras, e psicopatologia como variável predita. Verificamos que apenas a adversidade na infância foi significativamente preditora de psicopatologia. Conclusões: Embora a relação entre a adversidade na infância e o posterior desenvolvimento de psicopatologia não seja determinista, os nossos resultados sugerem que as experiências adversas na infância aumentam a vulnerabilidade para o desenvolvimento de perturbações mentais futuras, independentemente da exposição a experiências positivas ou negativas na idade adulta.