Revista Lusófona de Ciência das Religiões Ano VII, nº 13/14 (2008)
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Percorrer Revista Lusófona de Ciência das Religiões Ano VII, nº 13/14 (2008) por autor "Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração"
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Item Acervos históricos e artísticos : Convento de São Francisco em Olinda(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Barbosa, Bartira Ferraz; Mendes, Débora; Assis, Maria Helena; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEste artigo, escrito a várias mãos, trata sobre pesquisa e levantamento de acervos artísticos e históricos existentes no Convento Franciscano de Nossa Senhora das Neves, localizado na cidade de Olinda – Pernambuco, Brasil. A pesquisa e o levantamento neste Convento se detiveram a quatro acervos, a saber: imagens devocionais, pintura, azulejaria e biblioteca.Item “Ainda ressuscitados são cadáveres”: os Sermoens de Vieira enquanto fonte para o historiador(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Lima, Luís Filipe Silvério; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO presente artigo pretende discutir alguns aspectos para a análise dos sermões de Vieira, pensados como documento histórico, sem contudo, perder de vista as especificidades retóricas e teológicas próprias da fonte.Item Alessandro Valignano : teólogo e missionário(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Gonçalves, Rui Coimbra; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoVários factores concorreram para a configuração do pensamento de Valignano enquanto teólogo. Da componente europeia da sua formação – de teor jurídico e filosófico –, terá ele absorvido elementos que tanto apontavam para soluções de conciliação, como, porventura, até de repulsa (como a filosofia tomista de matriz aristotélica, fundada, por seu turno, numa fé justificada pela via da razão), face ao ideário, necessariamente diverso, com que iria deparar-se nos territórios de missão em que havia de exercer a sua tarefa de supervisão enquanto Visitador: a Índia e o Japão.O objectivo deste estudo consiste, pois, em pôr de relevo esses aspectos compósitos e intentar demonstrar como logrou ajustá-los Valignano junto dos povos nativos dos territórios do Oriente onde desenvolveu o seu magistério de evangelização.Item António da Silva Rego : subsídios para uma teoria didáctica da missionação(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Madeira, José Manuel Rosa; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoAtravés da leitura dos textos mais representativos da produção académica legada pelo padre António da Silva Rego, procuramos salientar que a primazia concedida pela historiografia produzida durante o período de governação do Estado Novo acertos temas como a religiosidade do povo português, a evangelização dos povos ultramarinos ou até mesmo a problematização das metodologias empregues pelos missionários portugueses com objectivo de expandir a cristandade em terras de Além-mar inscreve-se numa lógica de proclamação do colonialismo português comosistema de dominação distinto dos seus congéneres ocidentais, a saber: a) pela ausência de práticas discriminatórias para com os povos sujeitos ao seu domínio e b) de afirmação do processo evangelizador do mundo não europeu como o fim último da colonização portuguesa e não um instrumento colocado ao serviço do poder político. Com o presente estudo procuramos ainda sublinhar que a frequência por demais recorrente destes e de outros temas que tais não seriam alheias as seguintes teorizações:c) o declínio colonial português estar associado à influência de elementos externos à causa nacional e d) de um povo que se fez nação pela ultrapassagem das suas próprias limitações.Item “Ásperas proposições”: Jesuítas; moradores e a Inquisição na Amazônia seiscentista no tempo de Vieira, missionário(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Chambouleyron, Rafael; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEste texto analisa quatro denúncias apresentadas ao Santo Ofício da Inquisição de Lisboa contra os padres da Companhia de Jesus do Estado do Maranhão, entre os anos 1656 e 1663. As acusações contra os religiosos coincidem, não fortuitamente, com o período em que o padre Antônio Vieira era a figura de maior influência na missão do Estadodo Maranhão, e com o clímax dos conflitos entre os jesuítas e moradores em torno da mão-de-obra indígena. Nesse sentido, trata-se de entender essas denúncias a partir do contexto de embates em que foram produzidas. Por outro lado, trata-se de investigar de que modo os acusadores se valeram do Santo Ofício como um instrumento político no conflito contra os padres jesuítas.Item O Bom Selvagem e o Boçal: argumentos de Vieira em torno à imagem do “índio boçal”(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Pécora, Alcir; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoCom base nos trabalhos de Frank Lestringant, que estudam a formação da imagem calvinista do Bom Selvagem, considera-se a imagem altamente funcional do índio boçal pelos jesuítas portugueses e, em particular, nos sermões do jesuíta Antonio Vieira (1608-1697).Item Catolicismo e do destino das almas dos Índios : a crítica antijesuítica setecentista a um texto seiscentista(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Sousa, Evergton Sales; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA missionação na América esteve intimamente ligada à cristianização das populações autóctones. As preocupações de alguns religiosos, entretanto, extrapolavam o cotidiano da evangelização. Uma questão que suscitou interesse foi a do destino das inúmeras gerações de gentis mortos antes de terem a oportunidade de conhecer a religião do Cristo. Este artigo pretende, justamente, analisar duas visões antagônicas, produzidas em épocas diferentes, acerca de problemas relativos à salvação dos ameríndios. A primeira é a do jesuíta Simão de Vasconcellos, explicitada nas Noticias curiozas e necessarias das cousas do Brasil (1663 e 1668), que, a partir de sua experiência missionária no Brasil, oferece uma visão mais otimista acerca das possibilidades de salvação dos ancestrais daqueles a quem evangeliza. A segunda é a do Padre António Pereira de Figueiredo, um dos maiores intelectuais portugueses da segunda metade do século XVIII, que faz uma duríssima censura às posições defendidas pelo Pe. Simão de Vasconcellos acerca da redenção dos índios.Item Catolicismo e Integralismo como lugares de produção do conhecimento histórico entre o Brasil e Portugal em começos do século XX(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Silva, Giselda Brito; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEm nossas colocações neste Colóquio procuraremos destacar alguns aspectos das condições de produção do conhecimento e da escrita da história em nossa atualidade, objetivando mostrar como mudanças de perspectivas de abordagens podem trazer novas contribuições à historiografia. Nossa intenção é ampliar as reflexões dos que concordam que vivemos hoje num mundo de reconhecida indeterminação em matéria científica, o que nos leva a considerar que não se pode mais limitar as interpretações a uma situação em que nos colocamos em posição de transcendência diante do outro.Vivemos, perceptivelmente, um momento frutífero de novas possibilidades do ofício do historiador que tem resultado na ampliação do conhecimento e a escrita da história.Essa ampliação é fecunda na medida em que permite as diversas formas de visibilidade e dizibilidade das interpretações históricas num clima de respeitabilidade e ética científica.Trata-se de reconhecer que podemos identificar um momento de estabilidade dos discursos historiográficos e de percepção de uma nova postura científica; um momento de revisão das pretensões de verdade; um momento de entrada numa nova posição em que escutar vale tanto quanto participar do sistema de difundir conhecimento. Nesse sentido, a dimensão ética passa a ter grande relevância no campo da produção do conhecimento e da escrita da história. E, os historiadores situados nessa dimensão têm demonstrado que não estão preocupados apenas em se relacionar com seu objeto e fontes, mas em justificar seu lugar social e institucional, procurando reconhecer que a verdade é verdade historicamente reconhecida pelos seus pares num dado momento e lugar. Trataremos, enfim, de despertar algumas reflexões com o objetivo de indicarmos avanços no sentido de uma democratização na legitimação do conhecimento histórico.Item As cinco pedras da funda de Davi: análise de dois sermões italianos de Vieira(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Muraro, Valmir Francisco; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO presente artigo analisa os Sermões do Padre António Vieira intitulados As Cinco Pedras da Funda de David, proferidos em Roma durante a Quaresma de 1674. Neles o pregador jesuíta tratou do significado da luta entre o gigante Golias e o pequeno Davi, ou seja, da derrota da força bruta do soldado treinado para matar, diante da confiança inabalável do jovem pastor. Ao cotejar as publicações disponíveis dos referidos Sermões com o texto proferido em língua italiana se verifica que o mesmo sofreu alterações significativas, o que permite inferir que o Padre Vieira interferiu nos Sermões publicados sob sua supervisão.Item O colégio jesuítico da Vila do Desterro e a expansão portuguesa no Atlântico Sul(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Dallabrida, Norberto; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA escola para meninos da Vila do Desterro diferenciava-se bastante dos colégios jesuíticos estabelecidos nas grandes cidades litorâneas da América Portuguesa […]. É fundamental assinalar que a pequena instituição escolar dos padres jesuítas da Vila do Desterro foi um sintoma de integração da Ilha de Santa Catarina na política colonial metropolitana, pelo facto de a Companhia de Jesus ter sido a principal congregação católica que acompanhava a expansão dos domínios lusitanos na sua colónia americana.Item A crítica sócio-política de Vieira na parénese quaresmal dos sermões dos pretendentes(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Marques, João Francisco; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA parénese pedagógica exercida através do púlpito, no tempo quaresmal, teve no jesuíta António Vieira, ao longo de mais de meio século, um pendor crítico de incidência impar sobre o estado e a sociedade portuguesa de seiscentos. É aliciante, para um historiador das ideias políticas e das mentalidades, analisar o seu sermonário onde perpassam problemas estruturais e conjunturais relativos ao poder a à governação coevos. Denúncia contundente e doutrinarismo imbricam-se exemplarmente no seu discurso moralista de contornos polémicos acerca da nomeação de pessoas para a administração e da distribuição de mercês por serviços prestados à coroa. Religioso, pregador régio e conselheiro de D. João IV, os seus três “sermões dos pretendentes”, dedicados ao tratamento desta temática e proferidos na Terceira Quarta-Feira da Quaresma, revestem-se de assinalável importância pelo conhecimento da realidade e envergadura intelectual e ética do orador, como, ao tempo, pela acuidade do assunto.Item Da fuga mundi à vita in mundo : comunidades novas e outras metamorfoses da vida consagrada(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Franco, José Eduardo; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoInscritos na tradição da experiência da vida religiosa na Igreja e procurando actualizá-la e adaptá-la às condições de vida presente e vivê-la no século, afirmaram-se no seio da Igreja os institutos seculares e outras associações afins de leigos e sacerdotes que pretendiam viver a consagração radical a Deus, não fugindo do mundo, mas plenamente integrados na vida quotidiana dos homens e mulheres do nosso tempo.Item Educação, política e militância na jesuíta Antônio Vieira(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Meksenas, Paulo; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEsta é uma análise do Sermão da Sexagésima, proferido pelo padre Antônio Vieira em1655, na Capela Real da cidade de Lisboa, Portugal. Aborda os problemas da perseguição dos jesuítas na província do Maranhão no Brasil Colônia, porque defendiam as populações indígenas exploradas economicamente por colonos e proprietários de terra. Vieira discorre sobre o significado da prédica como ação militante. Este artigo trata o referido sermão como um texto clássico da ciência política moderna e estabelece uma terminologia própria: o termo sermão é empregado como parte de uma teoria política; o termo pregação é entendido como ação política orientada ou militância propriamente dita. Neste contexto, é possível interrogar-se acerca dos significados de uma educação militante que se dê por meio de estratégias didáticas da socialização da teoria.Item Entre gente “aspra e dura” : advertências de um missionário no Congo e Angola (1713-1723)(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Almeida, Carlos José Duarte; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA singularidade do relacionamento entre, por um lado, o reino do Kongo e as regiões mbundu vizinhas e, por outro, a acção evangelizadora levada a cabo pelos missionários europeus desde o final do século XV é, hoje, largamente reconhecida. Com pontos de partida diversos e enquadramentos conceptuais por vezes distintos, a generalidade dos autores converge na ideia que, ao longo dos séculos, as cosmologias africanas seleccionaram e reinterpretaram símbolos e rituais cristãos sem que a sua solidez e coerência tenham sido abaladas. Contudo, se existe acordo em relação a essa realidade, o mesmo não pode dizer-se relativamente à identificação da natureza e importância dos factores que intervieram nesse processo. Um desses aspectos remete, segundo alguns autores, para a feição tolerante que a acção missionária teria assumido naquelas paragens, permitindo a compatibilização dos preceitos doutrinais cristãos com as práticas culturais daqueles povos. O texto que se segue procura reflectir sobre esta problemática, sugerindo uma outra abordagem aos relatos e demais registos documentais produzidos pelos missionários. Centra-se, em particular, no exame de um conjunto de regras metodológicas para a acção dos missionários no Kongo e em Angola compiladas por Giuseppe Monari, um missionário capuchinho de Modena que chegou a Luanda no início de 1713. A partir desta análise, procura-se sustentar a tese de que a acção missionária em África não pode ser desligada das representação sobre África e os africanos correntes na Europa e do modo como essas imagens evoluem no contexto da experiência vivencial do missionário na realidade africana. Nessa perspectiva, a evangelização dos africanos é pensada, não sobre uma visão tolerante da realidade cultural africana mas, ao invés, a partir de uma imagem que inferioriza os africanos e reduz a sua existência espiritual a um território de ilusão e aparência, dominado pelas forças volúveis do interesse e da paixão.Item Estudar o impacte do Cristianismo na China: confrontos por analogias versus saber ver(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Colla, Elisabetta; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO nosso propósito é reflectir objectivamente sobre a questão da identidade e da diferença entre a China e o Cristianismo, tomando como ponto de partida a obra de Jacques Gernet “Chine et Christianisme”. Ao analisar o confronto e o conhecimento a que a cultura europeia e a cultura chinesa foram sujeitas, nos sécs. XVI-XVIII, tentaremos de analisar a origem do equívoco de base que nos leva, ainda na nossa era, a não perceber a fundo o mundo chinês. Para este efeito, pretendo analisar a experiência histórica da missionação na China, protagonizada pela Companhia de Jesus, no intuito de evidenciar como a procura das semelhanças nos leva por vezes a criar malentendidos e a construir falsas identidades. Podemos afirmar com alguma segurança que, apesar de vivermos num mundo cada vez mais globalizante, estas circunstâncias permanecem identificáveis e perceptíveis,e que os equívocos e fricções culturais entre o Ocidente e o Oriente não pertencem apenas ao passado, fazendo parte integrante da presente conjuntura mundial.Item Gramatização e missão(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Mourão, José Augusto; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA máquina-ferramenta representa uma fase da gramatização, o alfabeto, a imprensa, o cinema e hoje a Internet, representam outras tantas fases da gramatização. A missão é um objecto mediológico. A catequese, a evangelização são igualmente máquinas de gramatização. Analisa-se aqui esse processo através da análise de um documento inédito e de várias outras referências à missão enquanto mecanismo de conversão e empresa de salvação.Item A Igreja portuguesa e as Invasões Francesas : uma crise na crise(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Cristóvão, Fernando; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA longa crise da Igreja de Portugal, iniciada por volta de 1750 com o regalismo pombalino, aprofundada pela ocupação francesa destruidora, de 1807 a 1811, e agravada em 1834 por D. Pedro e Joaquim António de Aguiar extinguindo as Ordens Religiosas, prolongou-se com o advento da primeira República de 1910, repetindo, “monotonamente” as perseguições, o anticlericalismo, as destruições e pilhagens de igrejas, conventos.Item As Igrejas e o nacionalismo em Angola(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Neves, Tony; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO trabalho, realizado no âmbito do mestrado em Lusofonia e Relações Internacionais, começa com uma investigação sobre a História do Cristianismo em Angola, marcada por relações de apoios e de contestações ao governo colonial português que, em 1940, tinha assinado o Acordo Missionário com o Vaticano. O lançamento, em Luanda, da revista Mensagem (1951) e o início da luta armada(1961) vão dar visibilidade à consciência nacionalista em Angola e criar algumas rupturas entre o Estado e as Igrejas, com perseguições e exílio para alguns cristãos nacionalistas.O papa Paulo VI daria um primeiro sinal de apoio à causa das independências nas ‘Colónias’ portuguesas, quando recebeu, em 1970, Agostinho Neto, Amílcar Cabral e Marcelino dos Santos. Pastores e padres envolveram-se num processo imparável que viria a ter como ponto de chegada a independência nacional a 11 de Novembro de 1975.Item Os Jesuítas e o comércio entre Macau e o Japão(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Oka, Mihoko; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoNeste artigo, procurei examinar a intervenção da Companhia de Jesus no Comércio existente entre Macau e o Japão, ocorrido nos séculos XVI e XVII. Paralelamente pretendi demonstrar e levantar a hipótese que o envolvimento e a crescente corrupção associada a este trato comercial, em parte protagonizada pelos jesuítas associados aos comerciantes de Macau, poderia estar relacionado com a expulsão do Cristianismo do Japão no início do séc. XVII. Para o efeito acima descrito, referenciei alguns documentos da autoria de jesuítas e franciscanos, os quais tinham vivido no Japão, assim como importantes informações relacionadas com o trato e o papel de intermediários comerciais desempenhado pelos jesuítas.Item A missionação em África nos séculos XVI-XVII : análise de uma atitude(Edições Universitárias Lusófonas, 2008) Levi, Joseph Abraham; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoUsando como trampolim as primeiras viagens de descoberta ao longo da costa ocidental africana (1415-1487), assim como, uma vez dobrado o nefasto Cabo das Tormentas (1487), ao longo da costa oriental africana — do futuro Cabo de Boa Esperança até ao extremo norte da costa suaíli (Mogadíscio) —, este estudo pretende abordar as dinâmicas da missionação portuguesa durante os primeiros dois séculos de presença (semi)permanente em solo africano. Em outras palavras observar-se-ão as abordagens, os sucessos e, mormente, os insucessos da cristianização dos povos autóctones por parte da Igreja e, através desta última, da Coroa, ambas interessadas em expandir o seu poder e a sua influência económico-social.