Mestrado em Justiça Juvenil e Proteção de Crianças e Jovens em Perigo
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Percorrer Mestrado em Justiça Juvenil e Proteção de Crianças e Jovens em Perigo por autor "Moreira, Jéssica Filipa Freitas"
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Item Relação entre experiências adversas na infância e suporte social(2023) Moreira, Jéssica Filipa Freitas; Pinto, Ricardo José Martins, orient.Objetivos: As experiências adversas na infância (EAI) podem ter efeitos negativos duradouros na saúde e no bem-estar dos indivíduos. O suporte social tem sido consistentemente apontado como um fator de proteção, com o potencial de melhorar o bem-estar e amortecer o impacto de situações stressantes e dificuldades da vida. Contudo, pouco se sabe sobre a satisfação do suporte social em amostras de crianças e jovens em perigo. O presente estudo investigou a relação entre as EAI e a satisfação com o suporte social em adolescentes. Método: A amostra foi composta por 189 participantes, com idade média de 16 anos (DP= 1.23), variando entre os 13 e os 18 anos, dos quais 95 (50.3%) eram do sexo feminino e 94 do sexo masculino (49.7%). Resultados: Os resultados revelaram que o abuso emocional (β = -.21, t(-2.55) = -4.20) e a negligência emocional (β = -.15, t(-2.15) = -2.71) foram as EAI que mais contribuíram para menor satisfação com o suporte social. Conclusões: O abuso emocional e a negligência emocional parecem ter impacto a longo prazo na satisfação com o suporte social. As crianças abusadas e negligenciadas emocionalmente poderão ter desenvolvido crenças negativas sobre si mesmas e sobre os outros, influenciado a autoestima, que por sua vez poderão ter comprometido o desenvolvimento de competências sociais e emocionais, explicando assim a menor satisfação com o suporte social. São discutidas propostas de futuros estudos para confirmação destas hipóteses.Item Transgressão ao género tradicional entre mulheres imigrantes brasileiras(2023) Moreira, Jéssica Filipa Freitas; Cabral, Joana, orient.O presente estudo teve como principais objetivos compreender as representações e esquemas de género de mulheres imigrantes do Brasil e ainda explorar de que forma um esquema menos tradicional está associado a uma maior perceção de transgressão e conflitualidade nas relações de intimidade. Olhamos para a conflitualidade não como exclusiva da mulher, mas sim, para a conflitualidade nas relações de intimidade. Deste modo, partimos de um olhar bidirecional sobre o fenómeno. A amostra foi constituída por 79 mulheres imigrantes de nacionalidade brasileira, com idades compreendidas entre os 30 e 49 anos (M = 40,82, DP = 10,625). Os instrumentos aplicados foram: Gender Theory Questionnaire (Coleman & Hong, 2008), Identily Centrality (Leach et al., 2008), Cenários Projetivos de Violência e Desigualdade (Cabral, et al, 2017), CADRI (Wolfe, et al. 2001), Inventário Masculino dos Esquemas de Género do Auto- Conceito (Giavani & Tamayo, 2003). Os resultados revelaram que mulheres cujo esquema é de transgressão, identificam e reagem emocionalmente mais aos conflitos que estão associados às transgressões de género e consideram que estes conflitos não devem ser ignorados. Verificou-se ainda que as mulheres que constroem o seu esquema de género de forma que é menos tradicional, estão mais sensíveis a detetar as transgressões que acontecem nas interações de casal e identificam maiores probabilidades de estas desencadearem conflito e violência nas relações íntimas. Assim sendo, quanto maior for a sensibilidade às transgressões de género, maior a insatisfação e consequentemente maior a conflitualidade elas experimentam nas suas relações de intimidade.