IMULP - Instituto de Mediação da Universidade Lusófona do Porto
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Percorrer IMULP - Instituto de Mediação da Universidade Lusófona do Porto por autor "Costa, Elisabete Pinto da"
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Item A aula de convivência: um dispositivo de mediação socioeducativa(Universidade da Coruña, 2011) Costa, Elisabete Pinto da; Barandela, Teresa; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaDa necessidade de se encontrarem respostas educativas diferenciadas e adequadas à diversidade de alunos a frequentar a escola, surgem projectos e estratégias inovadoras. A adopção da Mediação de Conflitos em Contexto Escolar faz emergir novas potencialidades de intervenção socioeducativa, adjudicando novas valências que se podem integrar e articular num projecto mais amplo de melhoria da convivência na escola, à luz do Modelo Integrado proposto por Torrego (2008). Trata-se de iniciativas imbuídas do movimento da melhoria da escola numa das suas vertentes: o clima e cultura escolar. A Aula de Convivência constitui, nesse contexto, mais um passo para o desenvolvimento de iniciativas específicas para a promoção dos relacionamentos interpessoais entre os diferentes actores educativos. Esta medida tem por objectivo converter-se numa resposta construtivista para o encaminhamento de alunos a quem é dada a ordem de saída da sala de aula por situação de indisciplina. Com este artigo pretende-se apresentar a implementação, funcionamento e alguns resultados desta medida educativa denominada por “Aula de Convivência” numa escola secundária, com terceiro ciclo, localizada numa zona semi-urbana do norte de Portugal.Item Avaliação da satisfação dos jovens sobre as sessões de mediação de conflitos(Edições Universitárias Lusófonas, 2012) Costa, Elisabete Pinto da; Melo, Márcia; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaAtualmente vivenciam-se comportamentos violentos cada vez mais graves, chegando mesmo a considerarem-se criminosos. Para uns, é o resultado da mudança das estruturas sociais, para outros, de razões socioeconómicas várias e, por fim, há quem procure analisar esta situação pela ausência de habilidades que possibilitem lidar com situações de conflito de forma positiva/colaborativa. Focalizando-se neste terceiro grupo de razões, advoga-se uma intervenção direta e incisiva nos sujeitos, especialmente nos jovens. Punir apenas não é suficiente, importa perceber os indivíduos criando condições de aprendizagem no âmbito das habilidades relacionais. Para o efeito, conseguiu-se conceber estruturas e procedimentos de mediação que permitissem preencher este vazio, em concreto nas escolas. Mas, se na literatura encontramos referências a estas estruturas e procedimentos de mediação, deparamo-nos, contudo, com uma quase total ausência de dados sobre a avaliação das mediações pelos seus destinatários. Assim, porque a nossa experiência foi-nos permitindo reconhecer os efeitos das mediações no incremento de habilidades pessoais e relacionais em prol de melhores contextos de convivência interpessoal, interessa compreender como os jovens avaliam as mediações realizadas. O presente estudo pretende analisar esta realidade sob a perspetiva de 36 jovens que preencheram o questionário de avaliação da satisfação na participação em sessões de mediação.Item Avaliação de um projeto de mediação de conflitos em contexto escolar(CIAIQ, 2016) Costa, Elisabete Pinto da; Torrego, Juan; Martins, Alcina Manuela de Oliveira; Carrington, Margarida; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaCom este artigo pretende-se partilhar a avaliação de um projeto de mediação de conflitos aplicado numa escola de Portugal. Para o efeito foi adotado o modelo CIPP de Stufflebeam, direcionado para a tomada de decisão, tendo por base a avaliação das principais dimensões do projeto. Para o estudo recorreu-se a uma análise qualitativa de dados, recolhidos num focus group, através do Software WebQDA. Os resultados apontaram para uma avaliação globalmente positiva. Contudo, detetaram-se constrangimentos culturais, institucionais e processuais. Os resultados da avaliação contribuirão para a definição de estratégias com vista à afirmação do projeto na escola.Item Construção e validação de uma escala de competências de mediação de conflitos em jovens (ECMEDJ)(Universidade da Corunha, 2011) Costa, Elisabete Pinto da; Melo, Márcia; Jesus, Paulo; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaA literatura especializada refere que a Mediação de Conflitos, enquanto metodologia de intervenção sócio-educativa, proporciona uma melhoria das competências de gestão pacífica de conflitos que, por sua vez, apoiam a promoção de competências relacionais. No entanto, a avaliação da eficácia de tais programas de intervenção requer a utilização de um instrumento válido e fidedigno que registe a aquisição e desenvolvimento de competências de mediação de conflitos. Assim, após um enquadramento teórico sobre a mediação e a importância das competências de mediação, descreve-se neste artigo, o processo de construção e validação de um instrumento capaz de desempenhar essa função. A construção da escala tipo Likert visou a inclusão de itens relativos a competências da mediação distribuídas por três dimensões psicológicas: dimensão cognitiva, sócio-emocional e relacional. A análise dos itens baseia-se nas respostas de 264 jovens dos 12 aos 20 anos, 148 do género feminino e 116 do género masculino, estudantes de quatro estabelecimentos de ensino, públicos e privados (ensino básico, secundário e universitário), residentes na zona Norte de Portugal. A análise psicométrica revelou uma consistência interna satisfatória (indicador de fiabilidade) assim como uma correlação elevada entre os resultados obtidos na Escala e as experiências reais de envolvimento em conflitos interpessoais (validade de construto e validade relativa a um critério externo). Avaliou-se ainda a estrutura factorial do instrumento, concluindo-se que as dimensões não correspondem a factores.Item De la diversidad praxeológica a la unidad identitaria de los mediadores(Revista La Trama, 2014) Costa, Elisabete Pinto da; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaEl mediador se asume como un artífice de la (re)construcción pacífica y positiva de las lógicas comunicacionales, de empoderamiento de los individuos y de resolución de conflictos. Y, a pesar de la variedad de titulaciones, su acción intervencionista está señalada por su naturaleza identitaria, siendo en sus aptitudes, estructuradas en los principios éticos y deontológicos, que se encuentra la confianza del potencial de la mediación. Algunos mediadores disponen de leyes y/o códigos, en los cuales se definen los principios y normas de la ética teológica (de la responsabilidad social) y de la ética deontológica (de la convicción del deber), garantes de la calidad de su acción. Todavía, no todas las especialidades de la mediación disponen de diplomas específicos. Sin embargo, se reconoce el carácter transversal de tales principios, entendiéndose, por ello, que deben ser específicos, y, sobre todo, comunes, configurando una dimensión unitaria y global de esta forma de intervenir.Item Desafios colocados pela avaliação de um projeto de mediação escolar(Revista Eixo, 2016) Costa, Elisabete Pinto da; Torrego, Juan; Martins, Alcina Manuela de Oliveira; Carrington, Margarida; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaAs vantagens e os constrangimentos que se colocam à mediação de conflitos são apontados em várias pesquisas. Este artigo tem por finalidade divulgar a avaliação de um projeto de mediação concretizado numa escola portuguesa. Tendo por base o modelo CIPP, focalizado na tomada de decisão, procedeu-se à avaliação das principais dimensões do projeto. Neste estudo foi aplicada uma análise qualitativa, através do Software WebQDA. Apesar de a avaliação, nas dimensões selecionadas, ser positiva, são evidentes alguns constrangimentos culturais e outros que resultam da implementação do projeto num contexto escolar específico. A avaliação efetuada foi decisiva para a reformulação da estratégia adotada e a sua otimização na comunidade educativa.Item Dispositivo de mediação socioeducativa: educação de alunos em mediação de conflitos em contexto de turma(2011) Costa, Elisabete Pinto da; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaPartindo das novas teorias sobre o conflito, a mediação advoga a sua apropriação e valorização pelos sujeitos, tornando-o uma oportunidade de crescimento pessoal e social. Nessa medida, a mediação diz respeito uma conceção mais ampla do que a busca de soluções para disputas, sustentando-se, também, como uma estratégia de educação e de transformação na gestão das diferenças e dos diferendos entre indivíduos e/ou grupos. Assim, entre as vantagens da mediação destaca-se o seu pendor educativo que assume particular relevância para as escolas, enquanto espaços privilegiados de aprendizagem e de socialização.Item Diversidade cultural, convivência, conflito e mediação(Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Costa, Elisabete Pinto da; Santos, João de Almeida; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaA principal marca das sociedades atuais é a diversidade cultural e civilizacional, fruto da globalização e dos fluxos migratórios a que assistimos desde o século passado. Qualquer sociedade apresenta-se, por isso, cada vez mais plural e multicultural. A relação entre culturas tem-se desenvolvido em contexto de tensão e, nessa medida, torna-se cada vez mais necessário construir e implementar dispositivos e dinâmicas de interação e de inclusão. Nesse sentido, a interculturalidade é algo a construir socialmente, indo além do reconhecimento da diferença e promovendo-se a convivência e a interação na diversidade. Num espaço social, relacional e cultural diverso, onde coabitam diversas pessoas ou culturas, com as suas identidades, princípios, valores, representações, necessidades e até patamares civilizacionais diferenciados, conviver ou viver juntos em interação harmoniosa é bem mais exigente do que partilhar simplesmente o mesmo território na mesma temporalidade. Os conflitos interculturais resultam da oposição entre indivíduos e grupos por razões de território, de pertença religiosa, de valores, de normas culturais e de dimensões civilizacionais, consubstanciando-se muitas vezes em incompatibilidade de interesses, de necessidades e de posições desejadas e manifestadas. Duas ilações fundamentais têm derivado do pluralismo cultural e civilizacional: o receio de um choque de civilizações (Huntington) e o desafio de uma vivência plural e interativa. O desconhecimento e a intolerância contribuem para exacerbar os conflitos interculturais. Nesse sentido, e inspirando-nos nos trabalhos de Carlos Giménez, não partimos da opção entre a convivência e a violência, mas da relação entre convivência e não convivência, onde se inscrevem também situações de conflito. A convivência multicultural deve acontecer num ambiente de diálogo que absorva os conflitos (ocultos, latentes ou manifestos). Nesse sentido, a convivência é uma construção partilhada. Por consequência, a gestão das relações interpessoais e grupais para a gestão e resolução de conflitos, interculturais e interpessoais, deve guiar-se pelas regras próprias do diálogo e pelos princípios do reconhecimento da diferença e da promoção da empatia. Passar da coexistência, num mesmo espaço físico, para a convivência, num espaço simbólico aberto, implica colocar a descoberto diferenças e dissenções, que podem tender para a divisão, se não mesmo para a rutura e exclusão, ou podem evoluir para a compreensividade e resultar em integração e coesão. Na aceção crítica, o conflito, enquanto crise larvar, pode constituir uma oportunidade de mudança, de aperfeiçoamento e de desenvolvimento humano, obrigando os indivíduos a definir-se, a contextualizar-se e a interagir no espaço relacional, social, cultural e civilizacional. A aposta na valorização do conflito e na sua reapropriação pelos indivíduos e grupos, numa lógica de socialização, integração e coesão, é-nos proposta pela mediação. Porque a mediação de conflitos não se encaixa apenas nos referenciais instrumentais e tecnicistas, assumindo objetivos mais amplos em termos societais. Através do tratamento do conflito num nível micro projeta-se um impacto de nível macro, visando gerar uma cultura crítica assente nos princípios da reflexividade, da alteridade, da não-adversariedade e da participação. Assim, a mediação de conflitos propõe uma forma própria de entender as relações humanas. Promove o reconhecimento da singularidade de cada indivíduo ou grupo e possibilita a construção de lugares sociais de cidadania, gerando espaços simbólicos abertos e partilhados. Pode-se então sintetizar duas vocações e dois grandes objetivos a alcançar pela mediação de conflitos: a nível interpessoal, uma vocação capacitadora, pelo empoderamento dos sujeitos; e a nível intercultural e societal, uma vocação emancipadora, pelo sentido da vivência em comunidade, inscrevendo nela a igualdade e a justiça social. A mediação de conflitos baseia-se no respeito pela dignidade e pelos direitos da Pessoa Humana e assume-se como metodologia de construção de convivência intercultural e civilizacional.Item Gabinetes de mediação de conflitos: estrutura de pacificação, dinâmica e resultados(CECS - Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade. Universidade do Minho, 2016) Costa, Elisabete Pinto da; Torrego, Juan; Martins, Alcina Manuela de Oliveira; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaOs gabinetes de mediação têm como finalidade auxiliar no tratamento dos conflitos que perturbam as interações, o ambiente escolar e o processo educativo. Este estudo versa sobre a dinâmica dos gabinetes de mediação numa lógica de aprendizagem e melhoria. Para o efeito, partilha-se a análise dos resultados de gabinetes de duas Escolas, Territórios Educativos de Intervenção Prioritária, do 2º e 3º ciclos. A amostra constituiu-se por 150 participantes, dos quais 49 mediadores (35 jovens e 14 adultos) e 101 mediados (99 jovens e 2 adultos). Recolheram-se dados através de questionários e para a sua análise recorreu-se ao método de análise quantitativa descritiva. Confirmou-se que estas estruturas criaram oportunidade para a abordagem colaborativa na resolução dos conflitos; foram aceites e reconhecidas; a elas recorreram alunos dos dois ciclos de ensino, de ambos os géneros, predominando a mediação informal no 2º ciclo; tanto diretores de turma como alunos encaminharam casos; focaram-se no tratamento de conflitos de “comunicação/ relação” e apresentaram um elevado índice de eficácia. Concluiu-se que a aprendizagem individual e organizacional, potenciada pela implementação destas estruturas, torna a Escola uma organização construtiva na gestão das relações interpessoais, contribuindo para a melhoria do ambiente socioeducativo escolar.Item A investigação qualitativa como metodologia compreensiva da dimensão interpessoal/social de um projecto de mediação de conflitos(CIAIQ, 2017) Costa, Elisabete Pinto da; Torrego, Juan; Martins, Alcina Manuela de Oliveira; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaEste estudo teve por base um Projeto de Mediação de Conflitos (PMC), realizado no centro de Portugal. A análise focalizou o impacto da intervenção do projeto, nos alunos e professores que participaram ativamente no mesmo, indagando os seus efeitos e benefícios nas relações interpessoais e na convivência escolar. Na pesquisa, foi selecionada uma investigação qualitativa, que privilegiou as representações, os significados e as práticas em torno do PMC. Os resultados apontam para a eficácia do PMC, na prevenção e resolução de conflitos, assim como na promoção da sociabilização. Na opinião dos professores, o pessoal não docente foi o que menos acompanhou a dinâmica do projeto. Em contraste, é significativa a formação específica de alunos e professores, pois concorreu para o desenvolvimento de valores e princípios, essenciais à convivência colaborativa.Item Mediação de Conflitos : um exercício de cidadania(Sociedade Portuguesa das Ciêncas da Educação, 2014) Costa, Elisabete Pinto da; Teles, Renata; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaImporta cuidar das competências interpessoais e cívicas que permitem ao indivíduo conquistar uma participação na vida social e, consequentemente, promover uma sã convivência cidadã. Tais competências adquirem-se em distintos contextos, com especial relevo na Escola, a primeira comunidade formal em que os indivíduos convivem, aprendem a conviver e se deparam com as mais diversas dificuldades, manifestadas muitas vezes em conflitos. Neste contexto, a mediação de conflitos surge como uma metodologia impulsionadora da cidadania, porquanto desperta nos indivíduos o cidadão, um ator capaz de agir na realidade que o rodeia.Item A mediação de conflitos em Portugal. Sistemas públicos de mediação (familiar, penal e laboral e nos Julgados de Paz) e mediação privada(Edições Universitárias Lusófonas, 2017) Costa, Elisabete Pinto da; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaA mediação de conflitos foi institucionalizada no âmbito da administração da justiça em 2001, na estrutura orgânica e processual dos Julgados de Paz, e, desde então, assistiu-se à sua disseminação pelas áreas laboral, penal e familiar. Após a sua constituição como serviço público, em 2013, o legislador regulou as bases da prática profissional da mediação de conflitos privada, nomeadamente nas áreas civil e comercial. Num sistema marcado pela supremacia dos tribunais, a mediação, tal como outros meios alternativos de resolução de litígios, afirma-se como meio complementar de resolução e de pacificação da conflitualidade social. Em que medida a mediação de conflitos possibilitou um melhor acesso à justiça, consagrando uma resposta efetiva para certos domínios da conflitualidade social? Esta questão serviu de mote para a reflexão vertida neste texto, que assumiu, desde logo, dois objetivos principais, decorrentes da estratégia discursiva: 1) dar a conhecer a mediação de conflitos, quer no plano do seu quadro normativo geral quer no das especificidades dos regimes em funcionamento; 2) apresentar e debater os dados sobre o funcionamento dos regimes públicos de mediação de conflitos. Desta forma, procurei evidenciar a evolução da política pública de incentivo à mediação de conflitos no sistema da justiça português.Item Mediação de conflitos: um exercício de cidadania pelos jovens(2014) Costa, Elisabete Pinto da; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaNos moldes da filosofia moral e política, os conceitos de cidadão e de cidadania expõem uma forma ideal de viver em sociedade, assumindo-se com um modelo de ser sujeito social, que promove uma determinada forma de sociabilidade a construir (Sacristán, 2002). A cidadania é um marco da Escola, enquanto comunidade educativa. A esta corresponde um papel preponderante na promoção de uma “convivência cidadã” (Juste, 2007). Daí o alarme quando os problemas de conflitualidade, de indisciplina ou de violência aí ocorrem. A mediação na Escola incorpora uma conceção mais ampla que a mera solução pontual de conflitos. Ao apostar na valorização do conflito e na sua reapropriação pelos indivíduos (Pinto da Costa, Almeida & Melo, 2009), numa lógica de socialização dos mesmos (Correia & Caramelo, 2010), a mediação proporciona ao nível interpessoal oportunidade de aprendizagem e crescimento (Jares, 2006; Torrego, 2006) e ao nível social um sentido para o viver em conjunto. Este estudo exploratório insere-se num trabalho de investigação mais amplo sobre projetos de mediação de conflitos em contexto escolar e pretende-se especificamente compreender a atuação e o reconhecimento de um grupo de jovens mediadores no exercício da “convivência cidadã”.Item A mediação escolar nas narrativas de alunos do Ensino Secundário(Universidade do Minho, 2010) Costa, Elisabete Pinto da; Barandela, Teresa; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaA mediação escolar apresenta-se como uma ferramenta educativo-pedagógica através da qual se pode ministrar aos jovens competências relacionais promotoras da cooperação e da sã convivialidade, proporcionando, inclusive, oportunidades para enfrentarem os dilemas morais que se lhes colocam nesta fase de desenvolvimento. Tornase essencial consciencializá-los e, sobretudo, prepará-los para assumirem a coresponsabilidade pela harmonia do seu contexto social. Tendo por base tais pressupostos, promoveu-se uma formação em alunos do ensino secundário de uma escola do norte do país, cujo objectivo principal consistiu em dotá-los de habilidades de mediação de conflitos. Tais alunos foram sendo integrados numa equipa de mediação já em funcionamento na escola. Com este artigo pretende-se apresentar um estudo qualitativo realizado a partir de uma amostra de 10 alunos do ensino secundário, segundo a metodologia da narrativa que permitiu desocultar as representações da mediação de conflitos em torno de três principais temas: a formação em mediação, o processo de mediação e a identidade do jovem mediador. Este trabalho resulta de um processo de investigação e intervenção que obedeceu a um plano sequencial e cujo procedimento básico comum a todos os sujeitos consistiu na realização de sessões de sensibilização, de formação, de mediação e de reuniões de equipa, desenvolvido ao longo de 9 meses.Item A mediação para a convivência entre pares: contributos da formação em alunos do Ensino Básico(Universidade do Minho, 2009) Costa, Elisabete Pinto da; Almeida, Liliana; Melo, Márcia; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaA mediação de conflitos em contexto escolar apresenta-se como uma ferramenta educativo-pedagógica que pode proporcionar aos jovens a aquisição de competências relacionais duradouras. Estas competências permitem reforçar a convivialidade e a cooperação dentro da sala de aula e na escola, promovendo o sentimento de melhor integração no meio escolar. Segundo alguns estudos, a mediação apresenta-se, simultaneamente, como uma estratégia de prevenção primária e de prevenção secundária face a fenómenos de conflitualidade, incivilidade e agressividade. Por isso, é de considerar a necessidade de dotar os jovens das competências necessárias para uma intervenção eficaz e positiva ao nível dos conflitos. Além disso, torna-se necessário consciencializá-los de que possuem uma parte do poder de resolução de problemas, assim como a co-responsabilidade pela harmonia social da escola. Tendo por base tais pressupostos, elaborou-se um programa de formação, aplicado a alunos do ensino básico de duas escolas do norte do país. O programa compreendeu temas da mediação de conflitos e foi suportado por uma metodologia teórico-prática adequada à faixa etária. A este programa está associado um processo de investigação quantitativa e qualitativa com o qual se pretendeu avaliar a eficácia da sua aplicação ao nível das competências de mediação de conflito, bem como os diversos parâmetros da formação.Item Mediación escolar: un estudio de caso en Portugal(Centro de Investigación en Derecho Público - Universidad de Montreal y Universidad de Luxemburgo, 2017) Costa, Elisabete Pinto da; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaLa mediación escolar tiene como objetivo principal la creación de espacios de socialización y convivencia donde la gestión de las relaciones interpersonales sea constructiva. Tiendo por referencia las lógicas y las modalidades apuntadas a la mediación escolar, sustento una vocación de amplio alcance, que va más allá de la gestión de conflictos propia de la primera generación de programas implementados en las escuelas: la mediación entre pares. En este artículo tengo como objetivo principal presentar un análisis sobre un proyecto de mediación escolar en sus principales etapas de concretización: diagnostico, formación y funcionamiento de estructuras de mediación, a partir de la percepción de los alumnos participantes en esas etapas. Es un estudio de caso, con una investigación longitudinal, realizada en Portugal, en una escuela conocida como Territorio Educativo de Intervención Prioritaria, entre 2009 y 2015, con un número alumnos, entre los 12 y 14 años, que ha cambiado en cada uno de los momentos estudiados. Se ha adoptado una metodología de investigación mixta, con uso de cuestionario y entrevista y recurriendo a un análisis estadística y análisis de contenido. Los resultados demuestran una clara evolución sobre el abordaje del conflicto y de la convivencia entre el diagnóstico y la actuación como mediadores, confirmando la eficacia de la metodología de intervención de la mediación.Item Novos espaços de intervenção: a mediação de conflitos em contexto escolar(Edições Minerva, 2010) Costa, Elisabete Pinto da; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaThe present text is grounded on the wide field of the new paradigms of conflict resolution. Its main purpose is to contribute for the understanding of mediation in school context, when we consider it as a socializing and learning space and also a cohabitation community. Through a critical analysis, we want to show the importance of the educational, pedagogical and changing potential of school mediation. It´s also an approach to realize how it can be a way of reaching the social dimension of education and, as a consequence, of socially developing towards a peace culture.Item Potencialidades da pesquisa na internet para a investigação qualitativa(Internet Corpus Latent Journal, 2016) Costa, Elisabete Pinto da; Taborda, Célia; Costa, António Pedro; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaAs novas tecnologias de comunicação mudaram a forma de interagir socialmente. Retomamos ideias basilares segundo as quais vivemos na era da informação (Castells, 2007) e a comunicação em rede é a realidade das sociedades atuais. Na verdade, a internet fez emergir, aquilo que Castells (2007a) designou, a “sociedade de massa autocomandada”, em que os utilizadores têm acesso rápido não só ao consumo, mas também à produção de informação. A internet abriu um vasto campo ao cidadão, a quem, segundo Pierre-Lévy (1990), cabe explorar as potencialidades mais positivas. Ora, a rede digital possibilita inúmeras formas de expressão e disseminação de conteúdos que ficam disponíveis, competindo aos investigadores explorar estes recursos. Estes devem possuir domínio tanto das metodologias de investigação como da internet. Nesse sentido, as pesquisas efetuadas em ambientes digitais poderão introduzir inovação à conceção clássica da investigação. Como referem Anderson e Kanuka (2003, p. 5), “e-research is more than a set of new research techniques”.Item Projecto de mediação escolar Escola Básica 2/3 Prof. Óscar Lopes(2009) Costa, Elisabete Pinto da; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaA mediação de conflitos em contexto escolar pressupõe um programa estruturado, dinâmico e colectivo de promoção de competências, de comportamentos, de atitudes e valores. Este projecto de mediação surgiu para desenvolver novos recursos e procedimentos que possam contribuir para resolver os conflitos de convivência quotidianos de uma forma positiva. Uma cultura de convivência pacífica não é aquela em que não há conflitos ou se eliminam, mas aquela que se manifesta quando os conflitos se abordam: através do diálogo, da sua gestão positiva e criativa e pela actualização de valores (Torrego, 2006). Modificar as percepções negativas sobre o conflito e promover as habilidades de tratamento e transformação do conflito, tanto nos professores como nos alunos, é um dos desafios prioritários a enfrentar na construção de uma cultura de paz e de aprendizagem a (con)viver (Jares, 2002, 2006). Este projecto visa a criação duma equipa de professores e alunos mediadores, integrados num Gabinete de Mediação de Conflitos ao dispor da comunidade educativa. Está a ser implantado desde Outubro de 2007, e cumpriram-se as duas primeiras etapas.Item O projeto de mediação de conflitos como dispositivo de melhoria de escola(Universidade Católica do Porto, 2015) Costa, Elisabete Pinto da; Torrego, Juan; Martins, Alcina Manuela de Oliveira; Faculdade de Direito e Ciência PolíticaOs estudos relativos à melhoria educativa centram-se nas dimensões orgânico-culturais da Escola (Fullan, 2007a), focando as condições internas educativas (Bolívar, 2012). Torna-se fundamental criar práticas que marquem a diferença e que incorporem valor aos processos existentes. Por isso, Jares (2002), Alzate, (2003) e Torrego (2006) defendem que projetos de mediação de conflitos carecem duma lógica integrada. No artigo pretende-se analisar de que forma documentos estruturantes de uma Escola integram e valoram o projeto de mediação, tendo em vista a introdução de um novo método de resolução de conflitos e de gestão das relações interpessoais. Numa abordagem qualitativa, foram analisados o projeto educativo, o regulamento interno e o relatório do gabinete de mediação de uma Escola de 2º e 3º ciclos, Território Educativo de Intervenção Prioritária. Para a análise dos dados e em função do objetivo a alcançar recorreu-se à análise de conteúdo. Os resultados permitem constatar que a mediação faz parte das estruturas, dos normativos, dos procedimentos e do quotidiano escolar. É possível implementar uma forma mais eficaz de gestão dos conflitos e das relações interpessoais, capaz de mudar a cultura organizativa e social, e de contribuir para a melhoria da Escola.