Mestrado Transdisciplinar de Sexologia
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Percorrer Mestrado Transdisciplinar de Sexologia por autor "Pascoal, Patrícia, orient."
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Item BDSM/fetichismo e relações amorosas(2019) Quaresma, Ana Rita Marujo; Pascoal, Patrícia, orient.As práticas BDSM e Fetichistas têm vindo a ser encaradas cientificamente como uma variante da sexualidade humana. No presente trabalho, pretendemos analisar as significações e experiências acerca das práticas BDSM/Fetichistas e sua inter-relação com os relacionamentos amorosos. Uma amostra de conveniência de 87 pessoas, com idade igual ou superior a 18 anos, praticantes ou interessadas em BDSM/Fetichismo, completaram um questionário online, criado com recurso à participação de membros da comunidade, contendo perguntas de âmbito sociodemográfico e questões abertas para análise temática. As pessoas desta amostra têm uma média de idades de 33,02 anos (DP= 9,63), e a maioria reportou frequência universitária, habitando nas zonas de Lisboa, Porto e Setúbal. Os resultados demonstram expectativas múltiplas sobre como interagir sexualmente com o/a(s) parceiro/a(s). Estas expetativas são complexas e podem levar ao término da relação amorosa por sentimentos de frustração alicerçados no estigma. O estudo demostra a importância desta dimensão da sexualidade para o bem-estar dos indivíduos com práticas ou interesse em BDSM/Fetichismo e como as diferentes dinâmicas relacionais permitem lidar com a incompatibilidade de interesses. A falta de representações sociais positivas aparenta potenciar o estigma sobre praticantes de BDSM/Fetichistas. Estudos futuros com praticantes e não praticantes de poderão ajudar a esclarecer como se representam e negoceiam a monogamia e o amor romântico na presença de interesses divergentes.Item Body dissatisfaction and sexual distress: testing a mediation model with pregnant and non-pregnant partnered women(2017) Coelho, Soraia de Jesus Rosa; Pascoal, Patrícia, orient.manidades e Tecnologias – Escola de Psicologia e Ciências da Vida 5 Resumo Introdução: A gravidez é caracterizada por mudanças físicas, hormonais e psicológicas que podem afetar a sua sexualidade daquelas que estão em um relacionamento diádico, afetando a relação sexual do casal. Objetivo: Comparar uma amostra de mulheres grávidas e não grávidas e estabelecer se as mulheres grávidas apresentam níveis mais baixos, iguais ou superiores de insatisfação corporal, distração cognitiva durante a atividade sexual e distress sexual sobre a função sexual em comparação com mulheres não gravidas e testar um modelo explicativo moderado de mediação do impacto da insatisfação corporal em sofrimento sexual, usando a gravidez como moderador. Métodos: O presente estudo teve a participação de 44 mulheres não grávidas e 43 mulheres grávidas da população geral portuguesa (n = 87), com idade compreendidas entre os 25 e 40 anos que se autoidentificam como heterossexuais e estão envolvidas em uma díada exclusiva e comprometida, e que completaram uma pesquisa on-line. Principais medidas de estudo: as mulheres completaram a medida geral validada da insatisfação corporal (Escala Global de Insatisfação Corporal), distress sexual (procedimento retirado da Pesquisa Nacional de Atitudes Sexuais e Estilo de Vida), distração cognitiva baseada na aparência do corpo durante a atividade sexual (Escala de Distração de Aparência Corporal). Resultados: Distração cognitiva com a aparência do corpo intervém na associação entre insatisfação com o corpo e dificuldades sexuais. Além disso, o efeito da insatisfação corporal sobre o distress sexual, na presença da variável mediadora, foi reduzido a não significância, revelando assim um efeito de mediação completo da distração cognitiva com base na aparência do corpo na associação entre insatisfação corporal e angústia sexual. Conclusão: Este estudo avança nossa compreensão da sexualidade durante a gravidez, avaliando o distress sexual. Como tal, os dados fornecem uma imagem mais precisa sobre o distress sexual que as mulheres experienciam durante a gravidez em relação à insatisfação corporal.Item Defining polyamory: a thematic analysis of lay people’s definitions(2019) Maiochi, Francisco Hertel; Pascoal, Patrícia, orient.Este estudo visa analisar definições do público geral para o Poliamor, e comparar as definições apresentadas entre pessoas em relacionamentos monogâmicos (MR) e pessoas em relacionamentos consensuais não-monogâmicos (CNMR), e também entre pessoas heterossexuais e não heterossexuais. Para a realização deste estudo qualitativo e exploratório dados foram coletados através de inquérito online com uma amostra de conveniência, onde foi perguntado “O que significa Poliamor?”. Conduzimos uma análise temática de forma a encontrar padrões de significados e utilizamos os dados demográficos coletados para realizar as comparações entre os grupos. A amostra final foi composta de 463 participantes, entre 18 e 66 anos de idade (M=32.19, SD = 10.01), maioritariamente mulheres (61%) e heterossexuais (60,5%). A maioria dos respondentes se encontravam em relacionamentos monogâmicos (54,2%), seguidos pelos em nenhum relacionamento (21%), e pelos em relações não-monogâmicas (13,2%). A análise demonstra que as pessoas têm uma variedade ampla de definições para o Poliamor, e que a maior parte das pessoas tem um entendimento relativo do termo. Pessoas em CNMR valorizaram sentimentos positivos na relação, e expressaram temas de compromisso, consentimento informado e coabitação, enquanto estes temas foram menos presentes nas respostas de pessoas em MR. Os resultados foram discutidos em relação ao estigma e a desumanização.Item Perceção e preocupações dos encarregados de educação acerca da sexualidade de jovens com e sem perturbações neurodesenvolvimentais : estudo comparativo(2017) Quartilho, Fanny Laure Guimarães; Pascoal, Patrícia, orient.Jovens com perturbação neurodesenvolvimental expressam desejos e esperanças de conjugalidade, de maternidade/paternidade e de uma vida sexual. Porém, a sua experiência e conhecimento nesta área podem ser limitados e, por conseguinte, podem apresentar comportamentos sexuais suscetíveis de serem considerados inaceitáveis pela nossa sociedade. Encarregados de educação podem ser, direta e/ou indiretamente, responsáveis por estas limitações, por causa das preocupações ou dos preconceitos resultantes da falta de informação e/ou comunicação. Este estudo prendese com a necessidade de avaliar a perceção que estes têm sobre a sexualidade do seu educando com ou sem perturbação neurodesenvolvimental (CPN vs SPN), avaliando domínios como o comportamento sexual, a educação sexual, os conhecimentos sobre a privacidade e o comportamento social dos seus educandos, bem como as preocupações que estes educadores podem ter em relação a este tema. Para tal, aplicamos, via online, uma escala - Escala do Comportamento Sexual – a 64 encarregados de educação de nacionalidade portuguesa, 47 com educandos SNP e 17 com educandos CPN. Estes jovens possuem idades que variam entre os 10 e os 18 anos. O presente estudo conclui que em comparação aos pais de jovens SPN, os pais de jovens CPN apresentam mais preocupações com a sexualidade dos seus educandos, evidenciam maior ansiedade e mais comportamentos de superproteção. Acham que os seus filhos denotam menores níveis de educação sexual e de conhecimentos relacionados com a privacidade.Item Sexualidade em adultos com paralisia cerebral(2019) Gomes, Maria Margarida Costa Ribeiro; Pascoal, Patrícia, orient.Dada a escassez de estudos sobre a sexualidade em pessoas com paralisia cerebral, este estudo pretende, com recurso a uma amostra de adultos (N = 19): (1) explorar as perceções, necessidades e os conhecimentos associados à sexualidade; (2) identificar os fatores associados à satisfação na vida afetivo/relacional e sexual de adultos com paralisia cerebral. Foi conduzido um estudo qualitativo transversal e exploratório. A amostra foi recolhida através de um pedido de colaboração com associações que apoiam pessoas com paralisia cerebral (e.g., Associação de Paralisia Cerebral, em Lisboa, Associação Centro de Vida Independente, Associação Mithós e Associação Salvador). Como critérios de inclusão na amostra foram estabelecidos: (1) compreender e escrever em português; (2) viver em Portugal; (3) ter mais de 18 anos; (4) ter um diagnóstico de paralisia cerebral, sem alterações cognitivas; (5) responder de forma individual, i.e., sem a presença de outras pessoas. Os participantes responderam a um questionário on-line, numa plataforma de opensource, com cinco perguntas abertas focadas nas perceções e necessidades relativas à sexualidade. Os dados foram analisados através da Análise Temática que conduziu à identificação de diversas propriedades do construto “prazer sexual” permitindo a identificação das significações que lhes estão associadas funções, contextos, processos e fontes.Item Sexualidade num Portugal multicultural : estudo transcultural entre portugueses e imigrantes(2018) Barroso, Ana Martins; Pascoal, Patrícia, orient.Apesar do multiculturalismo de Portugal, poucos estudos foram realizados para entender se há diferenças relativamente à saúde sexual e reprodutiva entre os portugueses e os imigrantes. Através deste trabalho pretendemos explorar se há diferenças relativamente a certos indicadores de saúde sexual e reprodutiva entre portugueses e imigrantes residentes em Portugal. Trata-se de um estudo exploratório, transversal, descritivo, quantitativo, onde, através de uma amostragem não probabilística, reunimos 935 participantes (50.5% homens e 49.5% mulheres), entre os 18 e 72 anos, vivendo em Portugal. Utilizámos um questionário para recolher dados sociodemográficos e informação sobre indicadores de saúde sexual e reprodutiva. Os resultados demonstraram que existem algumas diferenças estatisticamente significativas entre os participantes de diferentes países no que diz respeito ao uso do preservativo, frequência de masturbação, história de dor durante a penetração vaginal, falta de desejo sexual, ejaculação atrasada ou ausência de ejaculação e prática de mutilação genital feminina ou de circuncisão. Devido às diferenças encontradas, defendemos um aumento do conhecimento cultural relativamente à sexualidade por parte dos profissionais de saúde bem como uma adaptação cultural dos programas de promoção da saúde sexual. Devem ser realizados estudos qualitativos para entender melhor as representações e comportamentos relacionados à saúde sexual de cada país.