Percorrer por autor "Primo, Judite Santos, orient."
A mostrar 1 - 10 de 10
Resultados por página
Opções de ordenação
Item Desenvolvimento do público interno : uma proposta de metodologia para um programa educativo direcionado aos funcionários de museu(2013) Figurelli, Gabriela Ramos; Primo, Judite Santos, orient.Este estudo aborda questões de relevância e de pertinência ao tema da tese - elaboração de metodologia para um programa educativo voltado para o público interno do museu - e reforçam o entendimento de que o caráter educativo do museu deve ser praticado nas diferentes esferas da instituição. As reflexões propostas baseiam-se, sobretudo, nas idéias de Paulo Reglus Neves Freire (1988), da museóloga Waldisa Rússio Camargo Guarnieri (1984), da museóloga e educadora Maria Célia Teixeira Moura Santos (2008). Propõe-se a criação de uma metodologia para um programa educativo direcionado aos funcionários de museu que privilegie o desenvolvimento profissional e pessoal, através de ações educativas pensadas em conjunto, a partir de um diagnóstico, objetivos comuns e práticas avaliativas. Busca-se elaborar uma metodologia que sirva como um roteiro experimentado, visando facilitar a ação, minimizar os erros, auxiliar a comunicação e a compreensão sobre as ações; composta por referências, procedimentos e etapas que viabilizem seu planejamento, desenvolvimento e sua avaliação, e que contribua para a construção de um diálogo entre os funcionários. A metodologia foi aplicada no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, na cidade de Lisboa.Item A educação museal na perspectiva da sociomuseologia : proposta para uma cartografia de um campo em formação(2019) Siqueira, Juliana Maria de; Primo, Judite Santos, orient.Esta tese discute a especificidade da Educação Museal como as aprendizagens tecidas no processo coletivo de apropriação do fazer museal, isto é, no âmbito das museologias participativas ou Sociomuseologia. Busca-se um entendimento da musealização capaz de favorecer o autorreconhecimento das comunidades brasileiras que desenvolvem processos de preservação cultural no terreno da Museologia Social e, ao mesmo tempo, aportar aos campos acadêmico e das políticas públicas fundamentos epistemológicos, teóricos e metodológicos para a legitimação dessas iniciativas em pé de igualdade com as práticas profissionais e institucionais ligadas ao patrimônio. Para tanto, constrói-se uma visão intercultural da Sociomuseologia, ancorada na memória das museologias de[s]coloniais e corazonada a partir da Biologia do Conhecer, do Bem-Viver e do Ubuntu. A investigação se desenvolve como uma pesquisa-ação crítico-colaborativa, comprometida com a justiça cognitiva e a transformação social no sentido da decolonialidade. Parte-se da experiência vivida no Programa Pedagogia da Imagem, implantado no Museu da Imagem e do Som de Campinas – SP, no período entre 2003 e 2018, para a produção de conhecimento situado sobre a Educação Museal. O método analético estrutura a cartografia dos territórios culturais de Campinas, abrangendo suas dimensões distópica – da matriz hegemônica, utópica – das ações educativas fronteiriças, e heterotópica – das invenções transformadoras.Item Imagens e Memórias Coletivas: o Museu Nacional Resistência e Liberdade em Peniche(2021) Souza, Henrique Godoy Alves de; Primo, Judite Santos, orient.Os museus de memória política têm se dedicado à educação da história recente em países que sofreram com o autoritarismo. Simultaneamente, promovem a reparação de memórias traumáticas de quem foi vítima da violência de Estado. Trabalha-se pelo alargamento da atividade pedagógica dos museus por meio da inclusão de depoimentos e testemunhos. A imagem fotográfica, enquanto suporte de análise histórica, nos auxilia no entendimento do discurso hegemónico europeu do final do século XIX e da ideologia do Estado Novo, que oprimiu Portugal por 48 anos. Ao mesmo tempo, a fotografia desempenhou um papel importante na construção de um contradiscurso que desmentia a propaganda política. Atualmente, o documento audiovisual é fundamental para a preservação da memória de resistência. Os registros de relatos, viabilizados pelo Museu Nacional de Resistência e Liberdade, buscam preencher lacunas na memória coletiva portuguesa, integrando-as num espaço de memória traumática musealizado que é o forte de Peniche, usado como prisão política. Defende-se a ideia de que a recolha e a exposição destas memórias individuais podem expressar o reconhecimento público das injustiças do passado, e que sua musealização é fundamental na quebra do silenciamento histórico. Foi feita uma análise crítica do conteúdo proposto para o MRNL e uma análise concreta da exposição Por Teu Livre Pensamento. Observou-se que – até o momento – a narrativa do museu ainda reproduz um caráter comemorativista sobre o 25 de Abril e que apesar da inserção inaugural da memória de resistência aos museus nacionais pouco se discute sobre o tumultuado ano de 1975 que estampou a política portuguesa.Item Memórias rebeldes : a invenção clássica e sua transfiguração em processos sociomuseais decoloniais e ecossistêmicos(2020) Rangel, Vânia Maria Andrade Brayner; Primo, Judite Santos, orient.Só após mais de 70 anos do movimento antropofágico, podemos dizer que a invenção e a surpresa lançaram-se contra as ‹‹elites vegetais›› na museologia brasileira. Uma museologia que, mesmo empanturrada de cópias, deglute as musas da invenção clássica e regurgita originalidades museais nativas — nas favelas, nos terreiros e quilombos, aldeias indígenas, comunidades e espaços virtuais —, todos os lugares onde o museu, enquanto movimento e abertura para a vida, espraia-se no chão fértil de memórias oprimidas. Conscientes dessa opressão, rebelam-se e já não aceitam a ‹‹leitura do mundo›› a partir de um único relato do passado, contado pelos vencedores da história. Organizam-se na resistência contra um presente inelutável e um futuro já dado, único e inexorável. Debater a sociomuseologia brasileira sob a perspectiva decolonial e ecossistêmica desafia este trabalho. Para isto, promove o encontro entre o filósofo Paulo Freire, a museóloga Waldisa Rússio, o antropólogo Tim Ingold e aqueles que pensam e fazem o Quilombo Nação Xambá e o Ponto de Cultura Espaço Livre do Coque, em Pernambuco; o Ilê Axé Ijexá Orixá Olufon e o Matamba Tombenci Neto, na Bahia; entre outras experiências, resultantes do conquistado exercício da possibilidade musealItem Modernidade e provincianismo: MASP, MAM-SP e a Campanha Nacional de Museus Regionais no nordeste brasileiro(2020) Pausini, Adel Igor dos Santos Cangueiro Romanov; Primo, Judite Santos, orient.A tese buscou identificar o capital social de determinados grupos da elite agrária paulista do século XIX e a sua relação com a ideia de ciência, museus e arte, articulados com o contexto político e econômico do período. Partindo do conceito de modernização conservadora de Florestan Fernandes, a proximidade tecida entre este grupo e o Movimento de Arte Moderna de 1922, na década de 1940, associados ao capital industrial emergente e ao capital cultura e econômico internacional, influenciaram o processo de constituição de museus de arte em São Paulo, comprometidos com a formação e a promoção do diálogo museológico e artístico entre o cenário externo e o cenário nacional. Em contexto de Guerra Fria, a pesquisa buscou discutir o envolvimento desses museus com o quadro político, econômico e cultural internacional, bem como compreender se a Campanha Nacional dos Museus Regionais significou a tentativa de reverberar tais aspectos internacionais, acrescido por um suposto projeto urbano-industrial paulista para outras regiões do país, a partir da política de implantação de museus regionais de arte moderna. Os estudos foram concentrados nos três museus regionais estimulados pela Campanha na região Nordeste do Brasil, inaugurados nas cidades de Olinda, Feira de Santana e Campina Grande na década de 1960, durante o regime militar brasileiro. Considerando a centralidade de Yolanda Penteado, vinculada a esses múltiplos processos, por meio da pesquisa de campo, aliada à revisão bibliográfica e a fontes documentais, a tese buscou compreender as dinâmicas dialógicas estabelecidas entre os grupos locais que acolheram o projeto de implantação dos museus regionais e o grupo paulista no momento de fundação de tais museus, bem como compreender as dinâmicas que foram determinantes para a manutenção desses museus regionais após a extinção da Campanha Nacional de Museus Regionais em 1968.Item Museologia e africanidades : experiências museológicas de mulheres negras em museus afro-brasileiros(2021) Santos, Deborah Silva; Primo, Judite Santos, orient.No momento em que se discute a descolonização dos museus e a decolonialidade da Museologia esta investigação problematiza experiências de mulheres negras em museus comunitários afro-brasileiros buscando refletir a dimensão de raça e a interseccionalidade de gênero e raça na Museologia brasileira. A grande maioria das instituições museais brasileiras foram constituídas a partir das lógicas da modernidade/colonialidade e, se consagraram apresentando características eurocêntricas, colonizadoras, enciclopédicas, hierárquicas, preservando a cultura material da elite econômica e política e sub-representando as culturas indígenas e negra. Nesse processo, as mulheres negras nos museus aglutinaram a invisibilidade, o silenciamento e o apagamento dado aos negros e as mulheres de desumanização, de representação em imagens estereotipadas e hipersexualizadas congeladas no estigma da escravização. A partir dos pressupostos da Museologia Decolonial que trouxe para o primeiro plano a questão da raça e do racismo, a redução das injustiças e desigualdades, reforçou a participação comunitária e reconheceu novas práticas de preservação da memória, analisou-se museus comunitários afro-brasileiros em busca do protagonismo de mulheres negras; da desobediência epistêmica; do reconhecimento da raça como estrutural; da construção coletiva e da busca pelo fim das desigualdades. Em suma da luta por uma nova ordem mundial que tenha o museu como ferramenta de enfrentamento ao racismo, de promoção da igualdade racial e de empoderamento e desenvolvimento social.Item Museu de Arte Popular: Memórias de Poder(2008-07) Pereira, Luís Filipe Raposo; Primo, Judite Santos, orient.Tendo como pano de fundo o Museu de Arte Popular, o presente trabalho procura compreender a decisão política que determinou o seu encerramento em 2008, enquadrando-a no período histórico vivido pela sociedade portuguesa desde o ano de 1948, data em que foi inaugurado, até aos nossos dias. É traçado o registo biográfico do Museu, assim como a matriz institucional que a ele preside, pretendendo-se, com o auxílio de informação produzida em várias áreas científicas complementares da museologia e presente em fontes documentais de arquivo, estabelecer uma descrição dos seus principais aspectos caracterizantes – onde se inclui a descrição do percurso institucional, do espaço expositivo, acervo, – bem como das relações funcionais verificadas entre o Museu e as diferentes tutelas dos períodos do Estado Novo e da Democracia.Item Património, Identidade e Memória: Proposta para a criação do Museu do Território de Alcanena(2007) Café, Daniel Calado; Primo, Judite Santos, orient.O presente estudo pretende propor a criação de um museu do território para o concelho de Alcanena baseado na necessidade de proceder à identificação, estudo e salvaguarda do património local colocando-o ao serviço das comunidades e do seu desenvolvimento sustentado. Tratando-se de um estudo de caso, irá nortear-se pelos princípios e pelas noções da nova museologia bem como na compreensão e entendimento da noção de ecomuseologia, trabalhando os seguintes aspectos: · As noções de património, identidade e memória, sua contextualização e a forma como as instituições museológicas fazem a sua apropriação; . O estudo da museologia no Século XX, baseada nas teorias museológicas contemporâneas da nova museologia, focando a importância que a defesa e salvaguarda do património detém na promoção de novos modelos de desenvolvimento a nível local, tendo como suporte a legislação nacional e internacional específica na área; · A importância que a promoção e implementação de um museu do território descentralizado e polinucleado no concelho de Alcanena poderá assumir no contexto da salvaguarda patrimonial e do desenvolvimento sustentado local; · Uma proposta concreta para a criação do Museu do Território do Concelho de Alcanena com vista à implementação do turismo sustentável visando o desenvolvimento económico e social das populações. O estudo realçará a importância das autarquias locais em todo o processo de salvaguarda patrimonial e desenvolvimento sustentável baseado no seu conjunto patrimonial.Item Sociomuseologia e género : imagens da mulher em exposições de museus portugueses(2011) Rechena, Aida; Primo, Judite Santos, orient.Este estudo incide sobre a relação teórica entre a Museologia, na vertente da Sociomuseologia, e a categoria analítica Género que tentamos verificar através da análise da imagem da mulher em exposições de alguns museus portugueses. Numa época em que a preocupação com a igualdade de género está cada vez mais presente na elaboração das políticas públicas e no desenvolvimento de projetos visando a valorização igual da contribuição de homens e de mulheres na sociedade, torna-se premente que a museologia se debruce sobre esta matéria. Relacionar a museologia (com incidência na vertente da sociomuseologia) com a categoria analítica género e compreender as repercussões que a integração da categoria terá para a metodologia, o campo de estudo e o corpus teórico, integra-se nessas preocupações gerais e nas tendências contemporâneas de atuação da museologia. Abordando a questão do género sob uma ótica feminina, investigamos a imagem da mulher em exposições museológicas em espaço museal, na tentativa de perceber se essas imagens perpetuam os estereótipos e as categorias de mulher que promovem a desigualdade e uma distinta valorização social da mulher.Item Sociomuseologia no Museu Histórico de Frankfurt : cinema, participação e empoderamento(2023) Malchow, Erica de Abreu; Primo, Judite Santos, orient.A presente pesquisa museológica buscou compreender e questionar o museu com base na Escola de Pensamento da Sociomuseologia, a qual delineia atividades de cunho teórico e aplicado que pressupõem um fazer museológico atento e atuante sobre temas contemporâneos, pautado em uma postura não-neutra. Evocou-se igualmente determinadas práticas de Museologia Social brasileiras e, efetuou-se assim, um trabalho de campo no Museu Histórico de Frankfurt que objetivou trazer estas referências e contribuir à gama de métodos e formatos participativos da instituição destinados a abordar o tempo presente e incluir a pluralidade de perspectivas na busca de respaldo perante a sociedade. Igualmente servindo-se das práticas participativas já existentes na instituição, empreendeu-se ações diversas e três projetos principais que trataram de assuntos como a própria cidade, questões de gênero e migração. Nesta perspectiva, propôs-se a adição do cinema como ferramenta criativa na concepção e execução de processos de musealização participativos, no que se chamou de ‘imaginação cinemuseológica’. Recorreu-se, por fim, à reflexividade e aos depoimentos de participantes e colegas em que foram pontuados aspectos acerca da participação no museu, de como os projetos realizados complementaram sua atuação e do impacto sobre o empoderamento das pessoas implicadas, de acordo com sua percepção.